Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares é acusado pelo Conselho de Redação do jornal "Público" de ter ameaçado a jornalista Maria José Oliveira, de quem "divulgaria, na Internet, dados da vida privada", caso uma notícia fosse publicada
O Conselho de Redação do "Público" acusa o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, de ter ameaçado o jornal - e a jornalista Maria José Oliveira - a não publicar uma notícia sobre o caso das "secretas".
Depois da audição de Relvas na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, na terça-feira, Maria José Oliveira questionou o ministro sobre uma série de "incongruências" sobre o seu depoimento.
O número 2 do Governo terá contatado a editora de política do "Público" telefonicamente e, de acordo com o comunicado do Conselho de Redação, "terá dito que, se o jornal publicasse a notícia, enviaria uma queixa à ERC, promoveria um black out de todos os ministros em relação ao 'Público' e divulgaria, na Internet, dados da vida privada da jornalista."
A direção do jornal foi informada da situação, mas, até à data, não tomou qualquer posição - e não publicou a notícia em questão. A editora de política diz que a decisão da não publicação já teria sido tomada antes das alegadas ameaças de Miguel Relvas. A diretora Bárbara Reis, citada pelo comunicado, esclarece que o assunto tem de ser tratado com calma e não "a quente".
O Conselho de Redação acusa a direção do jornal de ter falhado "ao não repudiar imediata e publicamente a inaceitável atitude de pressão daquele que é considerado o número 2 do Governo da República. O 'Público' não pode nunca aceitar, calado, tal tipo de pressões e é lamentável que o tenha feito."
Os elementos do Conselho de Redação - Bruno Prata, Clara Viana, João D'Espiney, João Ramos de Almeida, Luís Francisco, Luís Miguel Queirós, Ricardo Garcia e Rita Siza - dizem que irão "estudar o caso com o advogado do jornal e com o Sindicato dos Jornalistas para definir acções futuras junto das entidades competentes."
Retirado do Expresso
Durante 15 segundos, um separador do Jornal da Tarde desta segunda-feira mostrava um automóvel da marca Volkswagen, com a legenda: «Um bem essencial? Golf com IVA de 6%».
Mas a notícia do dia não era essa, mas sim uma informação avançada pelo Jornal de Negócios que dava conta da intenção do Governo de reduzir a taxa de IVA aplicada ao golfe para promover o turismo associado a este desporto.
«Percebemos que era um lapso e tirámos logo do ar», explicou ao SOL fonte oficial da RTP, assegurando que «são coisas que acontecem».
O vídeo está, entretanto, no Youtube e tem sido partilhado no Facebook, com o título «Fail: RTP e o Golf».
Via Sol
O jornal "A Bola" é para mim uma espécie de resquício em forma de folhetim diário da visão futebolística dos tempos antigos. Vive às custas da imagem de um clube porque esta continua a vender, já o fado nem tanto, Fátima lá está e o outro senhor, a quem convinha ter o povo feliz e embriagado, sereno e de mordaça, faz tijolo há muito tempo. Mas o jornal continua a viver numa espécie de redoma de impunidade futebolístico-intelectual sem grande intelecto, dando-se ao luxo de produzir capas facciosas e tendenciosas como a de ontem. Vale tanto como um folheto do Lidl, mas com muito menos variedade.
Pouco lhes importa se menorizam e enxovalham neste processo de defesa cego a um só clube os adeptos, as equipas, e todos os profissionais de clubes alheios. Uma total ausência de respeito pelos restantes. Aproveitando-se deliberadamente de um país em que a maioria é benfiquista, o jornal "A Bola" chuta para canto a isenção e dá-se ao luxo de criar capas como esta que vemos mais acima. Palavras para quê? Lendo o jornal, o Sporting de Braga parece não ter jogado e marcado dois golos e pelos vistos o FC Porto também não havia ganho ao Vitória de Guimarães no dia anterior, precisou por isso do Sr. Carlos Xistra. E o Roberto não sofreu um golo do meio campo, coisa que nem nos jogos dos infantis se vê. Foi tudo ilusão. Lá teremos daqui a algum tempo e a custo que fazer uma capa a dizer "FC PORTO CAMPEÃO ". Imagino o sofrimento e o ambiente pesado na redação.
Acho que qualquer pessoa minimamente inteligente percebe que o Benfica não precisa disto. Um benfiquista não precisa que um órgão de informação não oficial do clube produza contra-informação permanente que visa exclusivamente encobrir, aligeirar ou justificar desaires. Vitórias enaltecidas como se da batalha de Aljubarrota se tratassem. Miminhos e agrados. As contratações melhores do mundo. Jesus é Deus na terra e Deus Pai Nosso Senhor que se lixe ou vá treinar o Alverca. Agora entende-se a reunião da direção do clube com alguns meios de comunicação social há alguns meses ("definir estratégias"- disseram então...)
O Benfica é muito maior que o jornal "A Bola" e levantar-se-á por ele próprio se cair. Não precisa do andor ou de empurrões em formato de papel. É isso que distingue os clubes ditos grandes dos outros. Nem o jornal "O Jogo", que todos adoram apontar, e com alguma razão, como o jornal oficial do Porto clube, foi capaz alguma vez de produzir uma capa deste calibre. Reles. E jamais em tempo algum menosprezou uma vitória do Benfica. Nunca vi. Nunca li. Mostrem-me.
Esta capa do jornal "A Bola" é provavelmente o maior nojo jornalístico-desportivo dos últimos 20 anos. É de uma azia inexplicável, inqualificável e inadmissível entre profissionais (não todos certamente) mas ajuda em parte a explicar porque é que o FC Porto tem a garra que tem e é neste momento o único clube a ser visto e considerado como "grande" fora de portas. São estas coisas que alimentam o Dragão. Cá dentro continuam a ser tratados como os saloios do costume pela mesquinha e bolorenta comunicação. Mérito a quem o tem. Enorme FC Porto.
PS: Não entendo como ainda há pessoas, adeptos de outros clubes que não o Benfica, que continuam a escrever opinião neste jornal de propaganda avermelhada como se nada se passasse. Devem ser mesmo muito bem pagas.
Via 100 Reféns