‘Clarabóia’, o romance que José Saramago escreveu na juventude e deixou inédito até ao fim da vida, está disponível em formato e-book a partir de hoje, duas semanas antes da versão em papel, anunciou a Leya.
Em declarações à Lusa, o director de marketing daquele grupo editorial, Pedro Sobral, explicou que o objectivo de colocar já à disposição dos leitores a versão digital de ‘Clarabóia’, antes de 17 de Outubro – dia em que o livro físico chega às livrarias numa edição da Caminho –, é permitir aos leitores o acesso ao livro de Saramago o mais cedo possível.
«Acima de tudo, o grande objectivo é a promoção da obra e a visibilidade deste novo título de José Saramago», sublinhou o responsável pelos e-books do grupo Leya.
«Hoje em dia, com os novos dispositivos de leitura que estão disponíveis, como são os novos tablets e os novos smartphones, achamos que devemos permitir a quem tem esses novos dispositivos de leitura e a quem gosta de os utilizar experimentar este livro antes que ele esteja disponível em papel. Basicamente, é uma acção que tem como principal objectivo a promoção e a experimentação deste novo tipo de formato», indicou.
Quanto às expectativas relativas ao número de downloads, Pedro Sobral referiu que «o consumo de livros electrónicos em Portugal é um consumo ainda hoje incipiente, apesar de ter taxas de crescimento cada vez maiores», mas disse que espera «um número bastante interessante», tendo em conta as vendas de e-books de outros autores desde Setembro do ano passado, data em que a Leya começou a comercializar livros em formato digital (no site www.mediabooks.com).
Em ‘Clarabóia’, que acabou de escrever em 1953, aos 31 anos, José Saramago (1922-2010) centra a acção num prédio que tem precisamente uma clarabóia no telhado, por onde entra a luz natural que ilumina as escadas, e onde habitam algumas famílias, cujas histórias ele conta.
O romance «é muito rico, é muito diverso, e nota-se que já tem ali algumas coisas que o José Saramago viria a desenvolver mais tarde», disse em entrevista à Lusa o editor da Caminho, Zeferino Coelho, no primeiro aniversário da morte do Prémio Nobel da Literatura português, em Junho deste ano.
“Sobre a cegueira e a lucidez” é o lema da edição deste ano da Feira do Livro de Sevilha, que começa hoje na cidade espanhola e homenageia José Saramago, Prémio Nobel da Literatura 1998.
A menos de um mês do primeiro aniversário da morte do escritor falecido a 18 de Junho de 2010, o certame é dedicado a Saramago (1922-2010) pela relação especial que o escritor sempre manteve com Sevilha, refere o director da feira, Javier López Yáñez, no sítio do certame na internet.
Saramago inaugurou a edição de 2006 da Feira do Livro de Sevilha, em 2007 tornou-se “filho predilecto da Andaluzia” e em 2010 apresentou, no certame, a obra “José Saramago. A Consistência dos Sonhos”, uma cronobiografia do escritor da autoria de Fernando Gómez Aguilera.
Com stands na Plaza Nueva e na Plaza San Francisco, a feira durará este ano mais um dia do que em edições anteriores, prolongando-se até 30 de Maio, por nesta data de comemorar o dia de S. Fernando, santo católico também conhecido por Fernando III de Leão e Castela e responsável pela conquista de Sevilha.
Pilar del Rio, agradeceu a iniciativa da organização do certame e garantiu que participava activamente na homenagem ao marido, considerando tratar-se de uma “boa notícia”.
Destacou que, de todos os livros do marido, há que destacar, nos tempos que correm, o “Ensaio sobre a Lucidez”, que “deve ser lido em público, comentado, debatido, distinguido e acariciado” por se tratar de uma obra “em que os cidadãos se sublevam” e “decidem o seu voto não pelas campanhas mas pela sua consciência”.
A viúva do escritor estará ainda presente num recital de Esperanza Fernández, intitulado “ Saramago Jondo”, a realizar às 21h00, na Pérgola, num acto que é apresentado por Pilar del Rio e Cármen Mejías e organizado pelo Centro de Estudos Andaluzes.
Conseguir uma homenagem popular e participada ao escritor português durante a feira é o objectivo do seu director, Javier López Yáñez.
A casa e a biblioteca onde o escritor José Saramago passou parte da sua vida, em Lanzarote, Espanha, foram transformadas numa «casa-museu» que abrirá hoje as portas ao público.
A inauguração ocorre na data em que se cumprem nove meses desde a morte do Nobel da Literatura, «o tempo que se demora a morrer», como Saramago deixou escrito no romance O Ano da Morte de Ricardo Reis.
E é por isso que a data é escolhida para a abertura ao público da casa e da biblioteca do escritor português em Lanzarote, nas ilhas Canárias, onde decidiu viver a partir dos anos 1990.
Na casa José Saramago viveu e escreveu os romances das duas últimas décadas, foi lá que instalou a biblioteca pessoal e viveu com Pilar del Río.
Foi criado um percurso pela casa e biblioteca do escritor, sendo possível passar, por exemplo, pela cozinha, escritório e quarto do autor.
Na cerimónia de abertura da casa e da biblioteca, que a Fundação descreve como uma despedida de José Saramago, estarão presentes vários convidados, entre os vários editores que publicaram a obra do escritor, como o editor português Zeferino Coelho.
Na ocasião, Pilar del Río, presidente da fundação, explicará a razão da abertura ao público da casa de Saramago, e a directora da Casa Pessoa, a escritora Inês Pedrosa, lerá um fragmento de O Ano da Morte de Ricardo Reis.
José Saramago morreu a 18 de Junho de 2010, aos 87 anos.
A casa e a biblioteca onde o escritor José Saramago passou parte da sua vida, em Lanzarote, Espanha, foram transformadas numa "casa-museu" que abrirá as portas ao público no dia 18, informou hoje a Fundação José Saramago.
No dia 18 cumprem-se nove meses desde a morte do Nobel da Literatura, "o tempo que se demora a morrer", como Saramago deixou escrito no romance 'O Ano da Morte de Ricardo Reis', refere a fundação.
E é por isso que a data é escolhida para a abertura ao público da casa e da biblioteca do escritor português em Lanzarote, nas ilhas Canárias, onde decidiu viver a partir dos anos 1990.
Foi lá que José Saramago viveu e escreveu os romances das duas últimas décadas, foi lá que instalou a biblioteca pessoal e viveu com Pilar del Río.
Foi criado um percurso pela casa e biblioteca do escritor, sendo possível passar, por exemplo, pela cozinha, escritório e quarto do autor.
Na cerimónia de abertura da casa e da biblioteca, que a Fundação descreve como uma despedida de José Saramago, estarão presentes vários convidados, entre os vários editores que publicaram a obra do escritor, como o editor português Zeferino Coelho.
Na ocasião, Pilar del Río, presidenta da fundação, explicará a razão da abertura ao público da casa de Saramago, e a directora da Casa Pessoa, a escritora Inês Pedrosa, lerá um fragmento de 'O Ano da Morte de Ricardo Reis'.
José Saramago morreu a 18 de Junho de 2010, aos 87 anos.