Terça-feira, 12.06.12
Sem beijo e sexo, jovens optam por nova maneira de namorar

Jovens evangélicos adeptos da 'corte' optam por abdicar do contato físico. Psicóloga argumenta que sociedade deturpou o sexo e a sensualidade.

 

Eles não beijam na boca durante o namoro e defendem o sexo somente após o casamento. O objetivo: conhecer o verdadeiro amor. Este é o estilo de relacionamento que muitos jovens evangélicos têm adotado como princípio para uma vida “emocionalmente saudável”. É o que o universitário Rafael Almeida, de 22 anos, e Heloísa Lugato, de 24 anos, formada em direito, garantem estar vivenciando há mais de um ano.

 

O casal conta que os dois são adeptos da pureza sexual até o casamento e durante este período de relacionamento não tiveram relação sexual. “Preferi me preservar. Nos abdicamos do contato físico, do toque, para focar nosso relacionamento na amizade e em conhecer um ao outro”, comenta Rafael. Ele destaca também que a escolha ajuda ainda em ter uma vida emocional equilibrada.

Dia dos Namorados tem opções de jantar com preços variados em CuiabáColégios de SP permitem o namoro entre alunos, mas beijo é 'proibido'Para Heloísa, a união do casal está respaldada na santidade e em princípios que estão descritos na bíblia. Ela argumenta que o contato físico pode contribuir para que o namoro saia do foco e, por conta disso, o máximo que fazem é pegar na mão e abraçar. “Sabemos que o beijo não é pecado, até porque a bíblia não se refere a isso. Porém, o sexo é, por isso evitamos. Mas não se trata de uma regra. Somos livres para optar e escolher”, pontua.

A jovem disse que já teve outros relacionamentos fora da igreja e que as experiências só reforçam o estilo adotado no namoro atual. “Somos guardados do prejuízo que é ter um coração machucado e ferido”.

Corte

O casal já marcou a data do casamento para o mês de março de 2013. E para chegar até lá, Rafael e Heloísa contam que o namoro dos moldes atuais foi trocado para a modalidade “corte”, no sentido de resgatar valores que se perderam.

 

Voltamos ao tempo em que nossos pais namoravam na sala com a presença da família toda"Heitor Laranjo 
PastorMas para Rafael, isso não é uma tarefa fácil. Ele ressalta que o preconceito da sociedade é grande e que a castidade ainda é um assunto polêmico. Cursando engenharia civil, o universitário disse que já foi até chamado de louco por colegas. “A postura vai contra as regras ditadas pela sociedade. É difícil para muitos aceitarem que alguém em pleno século 21 pense assim. No entanto, quando se tem convicção, seguimos em frente”, avalia.

Veredas antigas

 

O pastor Heitor Henrique Laranjo, de 27 anos, explica que a área sentimental é a que mais aflige o solteiro. Responsável por trabalhos desenvolvidos com jovens e adolescentes na Igreja Videira, em Cuiabá, o pastor avalia que muitos jovens estão tendo diversos relacionamentos e que chegam a um ponto de frustração emocional muito cedo.

 

Ou então, segundo Heitor, chegam ao casamento e não conseguem sustentá-lo por falta de amadurecimento. Além disso, percebem que se casaram com a pessoa errada. “Por isso a corte é diferente do namoro, pois preserva o conhecimento entre o casal. Não é respaldado em beijo ou sexo. Voltamos ao tempo em que nossos pais e avós namoravam na sala com a presença da família toda”, reforça.

 

O molde de relacionamento tem ganhado cada vez mais adeptos nas igrejas evangélicas do país. O movimento “Eu Escolhi Esperar”, por exemplo, que prega a virgindade até o matrimônio tem sido disseminado cada vez mais nas redes sociais e já ganhou millhares de seguidores no Facebook e Twitter.

 

A adesão à corte, conforme o pastor Heitor Henrique, é feito por casais, preferencialmente a partir de18 anos e que têm o objetivo de casamento. “É muito maior que um movimento de pró-sexualidade. É o resgate das veredas antigas”, observa.

 

 

 

Precoce 
A doutora em psicologia comunitária Maria Auxiliadora de Oliveira avalia que a sociedade contemporânea deturpou o sexo ao explorar a sensualidade. Segundo ela, está cada vez intenso o desenvolvimento precoce da sexualidade, o que tem aumentado os casos de gravidez na adolescência.

 

“A questão afetiva e familiar hoje está banalizada. São muitos jovens e adolescentes começando uma vida sentimental sem estrutura. Sabemos que cada coisa tem o seu tempo e priorizar isso ajuda a minimizar os problemas que afetam a juventude”, frisou Maria Auxiliadora.

 

Frutos

 

Os frutos de um relacionamento preservado na pureza sexual, são o que o casal Sandro Cruz, de 28 anos, e Maria Aparecida de Assis da Cruz, de 29, garantem estar colhendo. Com apenas três de meses de namoro, eles se casaram e optaram pela castidade até subir ao altar.

 

Para Sandro foi a melhor opção que fez, após ter namoros fora dos padrões da igreja que geraram problemas sentimentais. “Começamos a nos conhecer e o sentimento foi aumentando. Percebi que já poderia me casar e fiz tudo dentro que acreditei estar correto. Hoje percebo que valeu à pena porque tenho um casamento recheado de respeito, confiança e carinho”, revela.

 

Maria Aparecida, que tem uma filha de sete anos, disse que não teve dúvidas em se preservar. Ela disse que foi difícil a caminhada, mas a vontade de encontrar o verdadeiro amor falou mais alto. “A questão é dar valor às coisas que se perdem no decorrer da relação. Nossa prioridade foi a amizade e a base do evangelho. Hoje vejo o quanto essa escolha fez a diferença em minha vida”.

 

Retirado de aqui



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Terça-feira, 22.05.12

Miley Cyrus:

 

Miley Cyrus: "Sexo é bonito"Alberto E. Rodriguez/AFP

 

A cantora e atriz Miley Cyrus deu uma verdadeira aula de educação sexual durante o programa americano "The Corversation", apresentado por Amanda de Cadenet.

 

Durante a conversa, a artista defendeu que o assunto tem de ser tratado mais abertamente.

 

"As garotas que baseiam seu valor nos favores sexuais que prestam para alguém me deixam triste. Isso porque sexo na verdade é muito bonito. É o único jeito em que nos tornamos capazes de criar, é o único jeito em que o mundo segue adiante”, disse  Miley.

 

Segundo ela, os pais devem abordar o assunto com seus filhos desde cedo.

 

"É uma ignorância não falar com seus filhos sobre o assunto ou fazê-lo parecer mais mágico e legal do que realmente é. Crianças assistem à televisão, então sabem o que é sexo. Então eduquem suas crianças e deixem que elas saibam que o sexo bonito, mágico, é quando você está conectado com outra pessoa", completou a cantora.

 

Retirado de Band



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Sexta-feira, 04.05.12

O livro do sociólogo José Machado Pais é lançado nesta sexta-feira
O livro do sociólogo José Machado Pais é lançado nesta sexta-feira (Foto: Paulo Pimenta)

Sociólogo José Machado Pais ouviu jovens "queixarem-se de excesso de liberdade". Está tudo num livro que é lançado hoje em Lisboa.

 

Vivem numa era em que tudo parece descartável, nomeadamente as relações. Mas será que a forma como os adolescentes namoram é assim tão diferente da dos seus pais? E quanto ao primeiro beijo, ao sexo e às traições amorosas? "Não há muitas diferenças a assinalar", concluiu o sociólogo José Machado Pais, autor do livro Sexualidade e Afectos Juvenis, que é lançado hoje à tarde no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa.

Depois de vários meses a discutir com jovens e respectivos pais questões como o casamento, divórcio e traições amorosas, o coordenador do ICS concluiu que a grande ruptura não se deu entre quem tem hoje entre 15 e 17 anos e os seus pais, mas entre estes e os seus predecessores, ou seja, os avôs.

"Os pais destes jovens teriam à volta de 20 anos, quando se deu o 25 de Abril, e tendem a demonstrar em relação aos seus filhos uma permissividade que surge como reacção à repressão de que foram vítimas, quando eram jovens, sobretudo as raparigas", adianta Machado Pais. O sociólogo diz mesmo ter ouvido nos grupos de discussão que promoveu em três escolas do país "alguns jovens queixarem-se de um excesso de liberdade".

"A forma de tratamento entre os jovens entrevistados e os seus pais é 'tu', enquanto estes tratavam os pais por 'você' ou mesmo 'vossemecê' e isso é significativo de uma mudança de um relacionamento verticalizado para um mais horizontalizado, em que os pais assumem um estatuto de amigos. E isso, às vezes, confunde-se com uma quase demissão da obrigação de disciplinar e orientar."

Quanto às semelhanças, na geração dos rapazes mais novos "persistem tiques de um machismo que não desapareceu". "Na geração predecessora, a iniciação sexual, nomeadamente nos meios rurais, fazia-se com recurso a prostitutas, onde a dimensão afectiva está ausente", contextualiza Machado Pais. "Entre os rapazes de agora continua a haver uma pressão para a iniciação sexual dirigida aos rapazes que ainda não se iniciaram sexualmente, e isso leva a que alguns se sintam impelidos à iniciação sexual desvinculada dos afectos." Já entre as raparigas, e agora como dantes, mantém-se "uma maior propensão para valorizarem a dimensão romântica e afectiva".

Quanto ao divórcio, consenso geral entre os jovens. "Todos dizem que, se um casamento não resulta, não vale a pena estar a prolongar uma situação de sofrimento", relata o investigador, admitindo que tal unanimidade poderá advir parcialmente do facto de alguns destes jovens "serem filhos de casamentos infelizes e não se sentirem confortáveis com as discussões quotidianas que presenciam".

 

Retirado do Público



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Segunda-feira, 30.04.12

Cuidado com os books fotográficos

Muitos jovens, atraídos pela promessa de ofertas de emprego, querem ter um "book" fotográfico. Cuidado, alertam os profissionais. “É tudo uma política enganadora"

 

Os "books" fotográficos estão na moda pelas promessas de ofertas de emprego, mas, segundo profissionais de diferentes áreas, criou-se um mundo de ilusão que atrai adolescentes cada vez mais jovens. Um "book" permite a qualquer pessoa ter um álbum de fotografias criadas e trabalhadas de forma original por profissionais. É a partir dos 15 anos que os interessados, sobretudo raparigas, apostam nesta rampa de lançamento, dentro e fora do universo da moda.

 

“As pessoas procuram cada vez estes serviços para fins profissionais, para expor na Internet ou noutro sítio qualquer. É um pouco aquela ilusão do ‘caça talentos’”, diz à Lusa Albertino Gonçalves, sociólogo de estilos de vida. Segundo o especialista, a sociedade é cada vez mais exigente no que respeita à imagem e acredita que, “ao mostrarem-se belas, [as pessoas] têm vantagens para conseguir um bom ‘feedback’”. “A imagem deixou de ser espontânea para passar a ser mecânica, como se vê nas redes sociais”, refere.

 

Ângela Alves tem 20 anos e já fez um "book". A jovem lamenta que o trabalho não lhe tenha aberto portas a nível profissional, mas não exclui a hipótese de “repetir a experiência”, pois admite que gosta muito de ser fotografada. Daniela Moreira, 19 anos, diz que o "book" também não lhe tem trazido vantagens: “Bem gostava que me desse oportunidades no futuro.”

 

Para o director da agência de modelos Central Models, António Romano, criou-se “um mundo imaginário” através da Internet e da televisão, fazendo com que os adolescentes “sonhem com o mediatismo”. Já Carlos Moreira, gerente da empresa de fotografia e vídeo Carfoto, não tem dúvidas: “É tudo uma política enganadora para mobilizar os jovens. Iludem as pessoas e isso vê-se nos anúncios dos jornais. Todos querem cinco minutos de fama.”

 

Na rede social Facebook são inúmeras as páginas que oferecem oportunidades para entrar no mundo da moda, como é o caso da página Jovens Modelos, que soma mais de três mil seguidores e propõe aos seus "fãs" colocar fotografias naquele espaço para irem a concurso. A Lusa contactou uma das vencedoras e a jovem, de 14 anos, confessou que a iniciativa não lhe trouxe qualquer vantagem, apesar de querer ser modelo profissional.

 

Quanto custa um "book"?


Os interessados podem obter um trabalho fotográfico editado por apenas 25 euros. A qualidade e a produção dependem do que o cliente pretende e inflacionam o preço — uma grande produção pode chegar aos 800 euros. No entanto, com o aumento do mercado e da procura, cada vez mais as empresas/profissionais estão a adaptar-se a esta realidade, criando "packs" promocionais, como foi o caso de Fernando Tavares. “Actualmente peço 180 euros por um 'book' profissional, mas também faço promoções. Quando tenho pedidos de clientes que apenas querem ter uma experiência, cobro entre 40 a 60 euros. Também faço 'books' a 25/30 euros para nos adaptarmos à situação financeira dos clientes e conseguir trabalho”, revela.

 

Vários profissionais afirmam que realizam entre dois a cinco "books" por mês, mas os que oferecem um preço mais baixo dizem conseguir ainda mais produções: entre quatro a oito sessões por semana. O fotógrafo "freelancer" Hélio Andrade defende que as ofertas baratas “estragam o mercado, porque quando os clientes que fizeram trabalhos por preços baixos vão ao encontro de empresas [de maior dimensão] sentem-se enganados quando estas lhes apresentam o valor real de um 'book'”.

 

Alguns profissionais acreditam que os fotógrafos que pedem menos de 50 euros não conseguem cobrir os custos da produção. No entender do fotógrafo Paulo Costa “deveriam receber entre 150 a 200 euros por cada serviço, devido a todo o trabalho que exige". "Normalmente uma fotografia demora uma hora a ser editada, o que exige muito do profissional”, refere. A modelo Diana Pereira defende que, para quem quer seguir o mundo da moda, fazer um "book" por baixo custo “não é uma opção”. Por isso, aconselha às adolescentes interessadas a fazerem um 'casting' nas agências de modelo, já que, se houver interesse, a “própria agência pagará o 'book'”.

 

retirado do P3



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Segunda-feira, 23.04.12
A MIMA House ganhou um prémio do site ArchDaily

 

A MIMA House ganhou um prémio do site ArchDaily (DR)
Em poucos meses, o projecto da premiada MIMA House, de dois jovens arquitectos de Viana do Castelo, passou da fase experimental para a de comercialização. Graças a um acordo com uma fábrica da região, a dupla pode começar a dar resposta a centenas de encomendas destas casas prefabricadas de inspiração japonesa. Os pedidos, já com lista de espera, chegam de países como Brasil, Chile, EUA, Canadá, entre outros.

Após um período de sistematização de processos para definir a "forma mais rápida de produção" e o método "mais eficiente de transporte e montagem" foi encontrada a parceria certa. O conceito de habitação está em condições de começar a ser produzido, em série, em menos de dois meses, numa fábrica do Norte do país. Com o arranque da fase de produção os dois arquitectos admitem a necessidade de contratação de vários especialistas face ao volume de encomendas.

A MIMA House foi beber inspiração à arquitectura tradicional japonesa e com a arte e engenho de Mário Sousa e Marta Brandão, adequada ao estilo de vida das sociedades modernas. Os interessados em viverem a experiência de uma casa MIMA podem fazê-lo no primeiro showroom do país que os dois arquitectos abriram no fim-de-semana em Viana. "Será um quarto em que vão conseguir ter uma ideia do que será a casa, tocando, percebendo o que são as paredes internas e externas", explicou Marta Brandão.

O produto tornou-se famoso através da Internet. O sucesso do projecto foi consolidado, em Março, com o prémio Building of the Year, do famoso site de arquitectura ArchDaily. O conceito assenta num modelo com uma área de 18 a 36 metros quadrados, mas toda a concepção pode ser alterada, porque no interior da casa existem calhas metálicas que permitem colocar ou retirar paredes amovíveis, adicionando ou subtraindo divisões à casa ou oferecendo-lhe um carácter de open space

A MIMA é composta, sobretudo, por materiais de madeira maciça e por janelas de vidro duplo, assente numa estrutura de pilar e viga com um espaço fixo. Tudo o resto são paredes com painéis e peças modulares personalizadas pelo cliente. Sobre as janelas ou sobre as paredes podem ser colocados (e trocados) painéis coloridos, na mesma lógica de personalização.

O preço-base ronda os 39 mil euros. No entanto, o que pode fazer variar o custo final é, precisamente, a possibilidade de o cliente personalizar a casa. A dupla quer combater a ideia de que a "arquitectura é um objecto de luxo" a que poucos têm acesso. "Mantendo a qualidade arquitectónica, que para nós é o mais importante, tentámos criar um produto mais económico que mantivesse as qualidades espaciais e construtivas, contornando as questões do tempo e das legalizações, porque já responde aos parâmetros", explicou Marta Brandão.

 

Via Público



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Domingo, 04.03.12
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Empresas que contratarem o estagiário serão premiadas

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Empresas que contratarem o estagiário serão premiadas

 (Foto: Jorge Silva/Arquivo)

O programa que o Governo apresentou ontem em Bruxelas para combater o desemprego jovem prevê o reforço dos estágios profissionais e vai premiar as empresas que acabem por contratar o estagiário.

 

A medida faz parte do programa Impulso Jovem, que, ao todo, abrangerá entre 77 mil e 165 mil jovens e representa um investimento entre os 352 e os 651 milhões de euros. 

Os estágios são a principal arma do Governo para combater o desemprego jovem, um problema que, no último trimestre de 2011, afectava 35,4% dos jovens portugueses. 

A medida "passaporte-emprego" mobiliza uma parte significativa dos fundos e destina-se a jovens inscritos há pelo menos quatro meses nos centros de emprego e que se proponham fazer um estágio numa PME, em organizações da economia social ou no estrangeiro. 

O documento a que o PÚBLICO teve acesso não precisa se a duração do estágio continuará a ser de nove meses, como actualmente, mas o valor da bolsa continua a ser em função do grau académico do estagiário. A grande novidade é que a bolsa pode ser prolongada por mais seis meses no caso de as empresas integrarem os estagiários por um período mínimo de dois anos.

O Governo é optimista quanto à adesão a uma medida desta natureza e conta apoiar entre 35.500 a 91 mil jovens.

É também proposto um "incentivo à promoção da orientação profissional" de jovens sem escolaridade obrigatória e de jovens com habilitações escolares, mas sem qualificação profissional. Cria-se ainda a possibilidade de os jovens com habilitações escolares e profissionais receberem apoios específicos à criação do próprio emprego, embora não se diga em que moldes. Ao todo, estas acções poderão chegar, no máximo, a 65 mil pessoas.

O Governo quer ainda apostar no empreendedorismo, com destaque para o apoio a jovens agricultores e para projectos em regiões menos desenvolvidas, e nos apoios à colocação de jovens em empresas estrangeiras.

No plano, o Governo traça dois cenários para o financiamento e metas a atingir. Num primeiro cenário, as verbas disponíveis resultam da reprogramação do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), o que permitirá realocar perto de 352 milhões de euros para o programa e abranger 77 mil jovens. O segundo cenário conta com um reforço das verbas comunitárias, o que permitiria abranger perto de 165 mil jovens com um total de 651 milhões de euros.

O Governo reconhece que o financiamento das medidas - que incluem também um reforço dos apoios às pequenas e médias empresas e à criação de microempresas nos territórios menos desenvolvidos ou que se insiram na revitalização das cidades - implica uma reafectação dos fundos estruturais existentes e alerta que "existe uma margem reduzida de verbas" para essa reprogramação.Isto acontece porque os programas operacionais estão praticamente esgotados. Esta reprogramação foi aprovada ontem em Conselho de Ministros e depende da aprovação de Bruxelas.

O programa apresentado ontem é a resposta de Lisboa a uma carta enviada por Durão Barroso aos chefes de Governo dos países onde o desemprego jovem é mais preocupante - Portugal é o terceiro país com a taxa mais elevada, a seguir à Grécia e à Espanha - e deverá ser posto no terreno a partir do segundo trimestre de 2012.

 

Via Público



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Sábado, 14.01.12

Um jogo para aprender as regras da contracepção

Sociedade de Obstetras e Ginecologistas do Canadá lançou um jogo para que as jovens aprendam especificidades de cada método contraceptivo. Objectivo é evitar gravidezes indesejadas

Se os espermatozoides não chegarem ao fim do labirinto, ou seja, ao óvulo, o objectivo está cumprido: evitou-se uma gravidez indesejada. Os métodos à disposição - pílula, preservativo, adesivo, anel vaginal, injecção ou dispositivo intra-uterino (DIU) – devem ser escolhidos de acordo com a situação e têm efeitos (e preços) diferentes. Isto é um jogo, mas podia ser a vida real.

 

A ideia, lançada pela Sociedade de Obstetras e Ginecologistas do Canadá (SOGC), tem como objectivo informar as jovens sobre as opções de métodos contraceptivos, todas elas com “pontos fortes e riscos”. “A nossa esperança é que, com a adopção de um formato lúdico, consigamos passar mensagens sobre as várias opções anticoncepcionais e a importância de uma sexualidade responsável e saudável”, explica, em comunicado, a SOGC.

 

O jogo "Brigada Contraceptiva" está disponível online – no facebook e na página oficial -, e consiste em dez níveis labirínticos onde o jogador é convidado a escolher o método mais eficaz para cada momento, evitando o avanço dos espermatozóides. Aliás, os métodos, no plural: no jogo, pode ser preciso combinar vários para conseguir passar de nível. E para cada um dos seis métodos há sempre uma breve explicação das vantagens e desvantagens.

 

Em Portugal, não há jogos semelhantes, mas vai ser lançada no dia 21 de Novembro a campanha "Jogo de Cintura para uma Contracepção Segura". A Associação para o Planeamento Familiar e o Instituto Português da Juventude estão também a desenvolver um jogo em que a sexualidade é um tema abordado. Enquanto não está disponível, podem treinar com o jogo canadiano, em inglês.

 

Via P3



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Quarta-feira, 07.12.11

Reino Unido é o principal destino de emigração de jovens farmacêuticosO mercado (ainda) não está saturado. Os salários mais elevados e o maior reconhecimento da profissão são os principais factores que os levam a sair de Portugal

Os números são reais e elucidativos. A grande fatia dos farmacêuticos em Portugal concentra-se na faixa etária mais jovem. Têm até 35 anos e são 5311 profissionais qualificados em Farmácia. Mas nem todos se encontram em Portugal: o Reino Unido é o destino de eleição, onde se encontram ofertas mais competitivas.

 

Duarte Santos, presidente da Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos (APJF) refere o Reino Unido como o principal país a recrutar em Portugal: "Não é por acaso que países na vanguarda da ciência nos procuram". Portugal está a assistir a uma "perda de talentos" e João do Ó, mestre em Ciências Farmacêuticas, é um exemplo disso.

 

Emigrar, às vezes, "é o único reduto"

O presidente da APJF fala em “problemas graves de empregabilidade” e numa “redução muito significativa de pessoas” por parte das empresas. Os jovens emigram, acrescenta, porque existe uma maior valorização da profissão e as perspectivas de carreira são mais abrangentes. Noutros casos, “é o último reduto”, depois de meses de espera.

 

Assegura ainda que “os últimos mestres têm tido uma enorme dificuldade de inserção”, afirmação que vai ao encontro do que disse ao P3 Marta, a farmacêutica que emigrou para o Rio de Janeiro por não encontrar um emprego à "sua altura."

 

O problema? Duarte Santos enuncia o Estado e as gravosas medidas de austeridade: “O Estado gasta dinheiro na formação e depois não tira partido disso. Tudo isto foge muito à racionalidade. Devíamos contar com mais respeito por parte de quem legisla.”

 

Outros revelam-se menos pessimistas. Não que o tempo médio de espera para conseguir emprego seja elevado: “É muito díspar, mas talvez quatro, cinco meses… mas há outros colegas que conseguem logo”, diz Catarina Pires, presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP).

 

Catarina considera que a capacidade de absorção destes jovens no mercado de trabalho não é a mesma: “Há seis anos quase não se falava de emigração e há 10 anos nem se falava em desemprego.” E acrescenta: “Os ordenados já não são o que eram e para não se ficar no desemprego muitas vezes aceitam-se trabalhos a recibos verdes, horas extras, noites e feriados.”

 

Já João Castilho, presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL), acredita que os valores da taxa de emprego ainda rondem os 100% e que os recém-mestres em ciências farmacêuticas esperem entre zero a três meses para encontrar emprego, mesmo que não seja um na vertente pretendida. Quem emigra, prossegue João, são sobretudo aqueles que querem ir para o sector da indústria farmacêutica.

 

Via P3



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Quarta-feira, 30.11.11
Mais jovens a aprender mandarim,

Empregabilidade e emigração são palavras-chave para compreender o aumento da procura dos cursos em Portugal

A pujança da China na economia mundial é um facto. A Europa em crise é outro. Em entrevista ao P3, alguns alunos que frequentam o curso de mandarim, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e no Instituto Confúcio da Universidade do Minho, em Braga, vêem a China como uma hipótese natural de emigração.

 

Thomas Barnstorf é "freelancer" de escrita criativa e edição de texto, tem 30 anos e frequenta o Curso Intensivo de Chinês na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP). Porquê? Para além de ser uma “mais-valia para o currículo”, o mandarim “é uma língua que abre muitas portas.”

 

Aprender para emigrar

Também Ana Rita Silva, estudante de Mestrado em Ecologia na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e colega de curso de Thomas, afirma que a língua nova é difícil de aprender: a forma de falar, escrever e até de pensar são muito diferentes do português”, mas “como é muito lógica, não é nada que não se consiga.” Emigrar? “Claramente!”

 

Com 26 anos, Sofia Romualdo diz que esta já é a quarta língua que aprende - para além da materna. Escolheu o mandarim porque "queria aprender algo diferente" e esta é uma forma de se diferenciar. Vê a emigração como uma saída, depois de já ter tido vários estágios "sempre não-remunerados e em 'full-time'" e outros "trabalhos que vão aparecendo" na área da fotografia. Garante tentar tudo o que aparece.

 

Trabalha com o mercado asiático e muito embora a condição de efectiva numa empresa de cortiça de Santa Maria da Feira, Loide Costa, de 32 anos, considera vivamente a hipótese de emigrar para Pequim: “com o mandarim será mais fácil, é uma língua muito importante”, remata.

 

Com apenas 20 anos, Samuel Gomes frequenta oInstituto Confúcio - onde a procura de cursos aumentou 30% -, em Braga, e fala português, inglês, francês, japonês (nível básico) e mandarim (nível HSK nº3, numa escala de 1 a 6). Estudante na Licenciatura de Línguas e Culturas Orientais na Universidade do Minho (UM), Samuel, assegura que o chinês "é uma língua do futuro" e que, embora gostasse de seguir a área de representação, se "Portugal não der conta do assunto da crise", a China será o destino.

 

"É difícil, mas é uma língua lógica"

Lu Yanan é solista instrumental de pi'pa e é a professora de Thomas, de Ana Rita, de Sofia e de Loide, na FLUP. Foi pioneira, lê-se no pequeno cartão com o contacto, na radiodifusão bilingue "Português e Mandarim" em 2006, em Portugal. Vive em Portugal há 15 anos e não hesita em afirmar que a procura de mandarim se deve, sobretudo, a questões de empregabilidade. 

 

À semelhança dos alunos, Lu admite ser um idioma difícil de aprender: “a gramática é fácil, mas falar é mais complicado.” Para se conseguir ler um livro são precisos cerca de 3000 caracteres. Ainda assim, as turmas estão cheias. O curso anual da FLUP teve este ano o mais elevado número de estudantes e é procurado maioritariamente por jovens, segundo o Gabinete de Formação e Educação Contínua da faculdade.

 

O mandarim é o dialecto oficial da China e é a língua mais falada em todo o mundo (845 milhões de falantes no total, segundo o Observatório de Língua Portuguesa em Março de 2010).

 

Via P3



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Domingo, 23.10.11
Preservativos em queda: os jovens já não têm medo da sida?

Gustavo já fez sexo desprotegido. D. Santos também, "mas só com a namorada". Para Rita, os jovens rendem-se ao risco. E ao álcool. E a sida?

 

"É uma doença dos outros"

 

"Têm comportamentos de risco e a seguir vão fazer os testes. E as desculpas são sempre as mesmas: vergonha de perguntar ao parceiro, era alguém que julgavam conhecer, estavam bêbados e desleixaram-se..." Em síntese, "perdeu-se o respeito pela doença".

 

Deixam-se toldar pelo álcool, não colocam a questão ao parceiro - por vergonha ou porque acreditam que este lhes é fiel - gostam de arriscar, saborear o momento, não pensam, sentem que a sida é algo que só acontece aos outros: eis algumas da razões que levam a que 42% dos jovens continuem a não usar preservativo quando têm relações sexuais com um novo parceiro.

 

A percentagem - extraída de um estudo divulgado esta semana e que envolveu inquéritos realizados em 29 países, entre Abril e Maio de 2011, a mais de 6000 jovens entre os 14 e os 24 anos - deixou os especialistas portugueses entre o espanto e a preocupação: é o medo da sida a desaparecer?

 

"A percepção de que a sida deixou de ser uma coisa que mata para passar a ser uma doença crónica levou a uma diminuição da pressão pública", interpreta o sociólogo Pedro Moura Ferreira, do Instituto de Ciências Sociais (ICS). Logo, "a atitude preventiva perdeu velocidade".

 

Não há tratamento para tudo


"A mensagem de que a sida é uma doença crónica visava tirar o estigma à doença, mas a verdade é que fez com que as pessoas lhe perdessem o respeito. Nos anos 1990 era o terror, morriam imensos homossexuais e as pessoas tinham medo e preveniam-se. Agora, e à medida que a medicação se tornou mais eficaz, as pessoas comportam-se como se vivessem numa sociedade em que há tratamento para tudo. E não há", contextualiza Josefina Mendéz, médica no Joaquim Urbano, no Porto, o único hospital de doenças infecto-contagiosas do país.

 

Ao seu gabinete Josefina já viu chegar muita gente. "Cada vez mais novinhos - 18, 20, 21 anos. E é gente que leva anos fazendo testes, ou seja, têm comportamentos de risco e a seguir vão fazer os testes de rastreio. E as desculpas são sempre as mesmas: vergonha de perguntar ao parceiro, era alguém que julgavam conhecer bem, estavam bêbados e desleixaram-se..." Em síntese, "perdeu-se o respeito pela doença".

 

Não é preciso colocarmo-nos à entrada do hospital para confirmar que é assim. "Normalmente uso preservativo, mas já aconteceu não ter comigo e avançar mesmo assim", admite Gustavo Mendes, 20 anos, estudante na Academia Contemporânea do Espectáculo do Porto. Não é o que o medo de infecção por VIH não estivesse presente. "Já conhecia a pessoa. Perguntei-lhe se tinha alguma doença, ela disse que não e eu confiei." Foi um risco calculado. "Se não conhecesse a pessoa, teria tido mais cuidado."

 

Via P3



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Segunda-feira, 26.09.11

42% dos jovens europeus já teve relações sexuais desprotegidas com novos parceiros. Números que sobem para os 50% no caso português. 

 

 

Quase metade dos jovens europeus já teve relações sexuais desprotegidas com novos parceiros, segundo um estudo hoje divulgado e que vem mostrar uma realidade semelhante à que se passa em Portugal.

 

O estudo resultou de um inquérito feito a seis mil jovens de mais de 29 países em todo o mundo e, na Europa, uma das principais conclusões é a de que 42% dos jovens tem relações sexuais desprotegidas com novos parceiros.

 

Em Portugal, alguns inquéritos apontam para que 50% dos jovens tenham relações desprotegidas.

 

"Pode ser por despreocupação, por não apetecer, por álcool a mais", comenta à agência Lusa o obstetra Fernando Cirurgião, diretor de serviços do Hospital São Francisco Xavier.

Alcoolizados ou por esquecimento

Aliás, o estudo internacional hoje divulgado indica que 11% dos jovens que não usam proteção nas relações sexuais justificam o comportamento por estarem alcoolizados ou por esquecimento.

 

O facto de o parceiro não gostar de usar métodos contracetivos é também referido por 14% dos jovens.

 

Para Francisco Cirurgião, em Portugal, a elevada percentagem de relações sexuais desprotegidas pode também ser culpa da falta de campanhas de informação e da debilidade da educação sexual nas escolas.

 

"Há muito tempo que não me lembro de ver campanhas de distribuição de preservativos.

 

Torna-se preocupante. Não é pelo facto de ter havido uma campanha há dois anos que é suficiente. Tem de haver campanhas contínuas", lamenta o médico.

Críticas à educação sexual

Também a formação em educação sexual nas escolas merece críticas por parte do especialista: "Sem desprestígio de quem lá está, alguns dos professores não têm qualquer formação na área da saúde. Temos mesmo que nos debruçar sobre a educação sexual adequada nas escolas".

 

Fernando Cirurgião defende ainda a existência e multiplicação de centros de atendimento para jovens, que devem ser independentes dos centros de saúde, para evitar constrangimento e permitir que os mais novos se sintam à vontade.

 

No estudo multinacional, que teve o apoio de várias organizações não governamentais, quase quatro em cada 10 jovens confirmam não ter educação sexual nas escolas.

 

Das mais de 200 milhões de gravidezes que há anualmente em todo o mundo, estima-se que 40% não são planeadas. A desproteção nas relações sexuais faz ainda com que uma em cada 20 adolescentes contraia todos os anos uma infeção bacteriana por via sexual.

 

Via Expresso



publicado por olhar para o mundo às 21:10 | link do post | comentar

Quinta-feira, 14.07.11
Pedro Ramos e Pedro Fiel
Pedro Ramos e Pedro Fiel (Foto: Pedro Cunha)
Dois jovens de 22 anos decidiram lutar contra o insucesso e o abandono escolar. O projecto Ensinar Primeiro consiste em "formar jovens recém-licenciados" e colocá-los em projectos pedagógicos nas escolas com maiores problemas sociais, "a acompanhar, na qualidade de mentor, os alunos em risco", explica Pedro Ramos, um dos membros da equipa.

Esta é mais uma das ideias candidatas ao prémio das fundações Gulbenkian e Talento para o concurso Faz - Ideias de Origem Portuguesa, que pretende premiar uma ideia que tenha sido concebida por portugueses na diáspora e residentes. 

Os jovens que integrarem o projecto Ensinar Primeiro não serão futuros professores ou educadores, nem pretendem seguir o ensino como escolha profissional, revela Pedro Ramos, que acabou recentemente a licenciatura em Bioquímica na Universidade de Glasgow, Escócia, e avança: "A nossa intenção é dar oportunidade a futuros economistas, engenheiros ou cientistas de se envolverem na resolução de um problema social", o insucesso escolar.

Este projecto é uma variante da versão inglesa do Teach First, reconhece, mas com algumas diferenças, salvaguarda: "No Reino Unido, esta iniciativa põe jovens graduados a dar aulas como se fossem professores", o que seria impossível em Portugal devido à número de desempregados nesta área. Por isso, "o objectivo não é substituir os professores", assegura o jovem, é antes "agir junto do aluno" e "formar um elo de ligação" entre o estudante e a escola. 

Pedro Ramos e Pedro Fiel, originários do Porto, querem aproveitar o factor de proximidade geracional entre os mentores e os alunos. "Já existem psicólogos, assim como vários programas sociais", mas as pessoas que os protagonizam são "da geração dos nossos pais", com quem os alunos "em risco" não se identificam. Com jovens de "vinte e poucos anos", é mais fácil criarem uma relação de amizade, de cumplicidade, de forma a que o aluno "se consiga abrir junto do mentor" sobre problemas "pessoais, emocionais e escolares". 

O objectivo é agir na raiz do problema, antes do insucesso e do abandono escolar. É preciso agir e inovar onde os programas que já existem falham. O mentor tem de criar uma primeira ligação com o aluno; de seguida, ligá-lo à escola, à família e a todos os agentes envolvidos e, assim, tornarem-se "líderes inspiradores para estes alunos".

A curto prazo, o sucesso escolar dos alunos tem um importante impacto na resolução de "problemas educacionais do país", defende Pedro Ramos.

Passando da teoria à prática, Pedro Fiel, estudante de Astronomia na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, explica ao P2 como é que o Ensinar Primeiro quer implementar o seu projecto. Apesar de o aluno "de risco" ser o alvo da ideia, o projecto centra-se no recém-licenciado. "Queremos atrair estes jovens e dar-lhes a formação necessária em práticas de inserção social para que saiam com a marca de embaixadores do nosso projecto: passa a ser um jovem socialmente responsável e com grande capacidade de resolução de problemas educacionais". 

Depois, são colocados nas escolas. Os dois jovens esperam que esta formação se torne numa mais-valia e que as empresas dêem valor ao Ensinar Primeiro, ao ponto de financiar a continuidade do projecto. "É a nossa grande esperança", até porque a questão do financiamento é uma das principais dificuldades apontadas: são precisos formadores e locais de formação, embora, numa fase mais avançada, os próprios mentores possam dar esta formação. É preciso remunerar estes recém-licenciados", diz Fiel. 

Outro entrave ao Ensinar Primeiro prende-se com a possível "não-cooperação" dos alunos, mas a dupla garante que esta vai ser "bastante reduzida" devido à "proximidade geracional".

Para avançar com o projecto, a equipa espera contar com o prémio de 50 mil euros do concurso. No caso de não conseguirem convencer o júri do concurso que aquele é o melhor dos dez projectos finalistas, "o financiamento tornar-se-á ainda mais complicado", admitem Pedro Ramos e Pedro Fiel, mas não está nos planos da dupla abandonar o Ensinar Primeiro. "Há que arregaçar as mangas e começar a procurar apoios!"

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 19:38 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sexta-feira, 27.05.11
A estátua de D. Pedro IV encheu-se de cartazes de protesto
A estátua de D. Pedro IV encheu-se de cartazes de protesto (Foto: Rafael Marchante)

O dia está cinzento e a chuva em nada convida a grandes ajuntamentos ao ar livre. As pessoas passam apressadas no Rossio. Escondem-se debaixo de ombreiras. Tapam o cabelo com um saco improvisado. Compram um chapéu-de-chuva barato, de última hora. Tentam não enfiar as sandálias abertas em grandes poças. Mas, mesmo assim, não resistem a uma paragem junto à estátua de D. Pedro IV. Os que vêm equipados com uma máquina, sobretudo os turistas, tentam uma fotografia. E mais outra. É impossível não reparar nas tendas, mesas, sofás e centenas de cartazes ali colocados. Há quem critique. Os mais curiosos aproveitam para falar com os 30 ou 40 jovens que estão aqui a passar o dia e a explicar a quem quiser o que os motiva e o que os faz resistir, até ao mau tempo.

Pedro Murteira, 26 anos, é um deles. O protesto começou na passada quinta-feira e Pedro tem estado sempre aqui, tirando uma ida ou outra a casa para tomar um banho. Esclarece desde o início que fala em nome individual. Aliás, como todos que aqui estão. “Não estamos aqui por ideologias ou para convencer alguém. Para falar em nome dos outros já temos os partidos. Viemos para uma praça no centro de Lisboa precisamente para que as pessoas tragam a sua voz e para que percebam que a rua é nossa e que não serve só para irmos a caminho do trabalho”, justifica.

A assembleia popular das 19h00

Durante o dia as conversas são mais informais e limpa-se o local com vinagre, cujo odor penetra o mais fundo que pode nas vias respiratórias de quem ali está. Há tempo para uma aula de yoga ao ar livre e para uma bancada com comida para todos os que quiserem repor energias. Partilha-se sopa, arroz, fruta, leite... o que houver. Umas coisas são trazidas pelos que aqui estão concentrados. “Mas também há pessoas solidárias que nos têm oferecido coisas”, conta. O momento alto do dia acontece às 19h00 quando se juntam umas 300 pessoas. É a esta hora que se cria uma reminiscência da polis grega e é então feita uma assembleia pública onde todos são convidados a intervir, a dar ideias, a denunciar problemas actuais. Ou simplesmente a contarem a sua história, em jeito de catarse colectiva.

 

Via Público



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Domingo, 22.05.11
Panos: Teatro de e para jovens dos 12 aos 18 anos
Tudo começa com a escolha de uma peça. Depois, trabalha-se o texto com os autores e um encenador. A partir daí, são vários meses de ensaios, construção de cenário, desenho de luz, escolha de figurinos. Até que chega o dia da estreia.

Podíamos estar a falar de praticamente qualquer peça de teatro, mas, neste caso, referimo-nos ao 'Panos – palcos novos, palavras novas', uma iniciativa promovida pela Culturgest e dirigida ao público jovem e escolar, entre os 12 e os 18 anos.

 

A ideia surgiu, conta ao SOL Francisco Frazão, comissário do projecto, há cerca de sete anos. O programador inspirou-se no Connections, uma iniciativa semelhante promovida pelo londrino National Theatre, há mais 15 anos. Trouxe a ideia para Lisboa e, um ano depois, começou a primeira edição do Panos.

 

O projecto é simples: convidam-se dois escritores portugueses contemporâneos – que podem ser, ou não, dramaturgos – a escrever uma peça para a iniciativa. Às duas peças escritas junta-se mais uma, vinda de Londres, escrita propositadamente para o Connections.

 

Adolescentes e contemporâneos


Depois, é a vez de os jovens se inscreverem, por grupos, no Panos, e escolherem a peça que querem apresentar. Este ano houve mais de 40 inscrições. Seguem-se vários meses de ensaios até ao dia da estreia. Depois é feita a escolha, pela Culturgest, de seis peças a levar ao palco em Lisboa.

 

«Mas o objectivo é que os jovens peguem numa das peças e as consigam apresentar e encenar», explica Frazão, que sublinha: «Não é um concurso, não há vencedores. Vir a Lisboa não é um prémio». 

 

O programador vê o projecto como «um fim em si mesmo: é uma experiência de um ano de trabalho em teatro para todos os envolvidos». Ou seja, a ideia não é criar novos públicos ou futuros profissionais do teatro. «Interessa-nos este ano de trabalho, não nos interessa condicionar o futuro». Ou seja, continua, «queremos promover o encontro entre duas áreas de acção que estão, normalmente, de costas voltadas: o teatro feito por adolescentes e o teatro de escritores contemporâneos». 

 

Frazão assinala que esta faixa etária costuma trabalhar apenas os clássicos. Além disso, diz, tanto o teatro escolar como a nova dramaturgia são duas áreas pouco desenvolvidas em Portugal.

 

Assim, nesta 6.ª edição, sobem ao palco este fim-de-semana (entre hoje, sábado e domingo)  as peças Filhos de Assassinos, de Katori Hall, Desligar e Voltar a Ligar, de Margarida Vale de Gato e Rui Costa e Dentro de Mim Fora Daqui, de Filipe Homem Fonseca.

 

Via Sol



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Segunda-feira, 28.03.11

 

 “O vosso roubo custou 13 milhões de salários mínimos”.

 

 

A mensagem foi colada, às cinco da manhã, no vidro da sede do BPN no Porto: “O vosso roubo custou 13 milhões de salários mínimos”.

 

A cena repetiu-se em várias cidades por volta da mesma hora – um pouco mais cedo em Braga. Assinado: “E o povo, pá? eopovopa.wordpress.com”. Um comunicado explica a opção deste grupo de dezenas de jovens pela clandestinidade: “Não importa quem somos, mas aquilo que nos junta. Somos gente farta da falta de oportunidades e cansada do discurso mentiroso que afirma que ‘não há outro caminho’. Somos gente cujo investimento e sacrifício dos pais na nossa educação resultou em desemprego e precariedade.” 

O que querem? “Vimos dizer que não nos tomem por parvos.” Porquê este banco? “Quando falamos do buraco nas contas públicas deixado pelo BPN referimo-nos a 6500 milhões de euros, ou seja, mais de 13 milhões de salários mínimos.” O PÚBLICO acompanhou toda a acção no Porto. 

 

Via Público



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