Escrevi aqui, e não pretendo retirar uma única vírgula ao que disse, que levar os "homens da luta" ao festival da canção na Alemanha é mais ou menos como ir correr as 24 horas de Le Mans com um símio ao volante. O Festival da Canção vale o que vale, e até pode valer pouco hoje em dia, admito. É uma espécie de resquício dos tempos em que acordávamos ao fim-de-semana às 7:30 e tínhamos de levar com o 70x7 e com o simpático Engenheiro Sousa Veloso no TV Rural antes de chegar o material bom, o animado, aquilo que fazia as crianças levantarem o pandeiro da cama mesmo em dias gelados de Inverno.
Tempos em que a novela "Pantanal" era transmitida de madrugada porque a "Juma" - que virava onça - aparecia desnudada, os habitantes da fazenda local suspeitavam que "Jove" - acabado de chegar do Rio - era "frosô" (veado) porque usava talheres às refeições e "Maria Broaca" - uma ninfomaníaca que viva nas margens do rio amazonas - andava a trair ao marido com um peão de boiadeiro, farta que estava da besta que "não lhe dava a assistência devida".
Mas não é por algo estar completamente desfasado e sem a qualidade e importância no panorama televisivo que o Festival da Canção deve ser automaticamente desconsiderado e sujeito ao envio de qualquer coisa, por muito má que seja, para nos representar. Já chega as tristes figuras que andamos a fazer na Europa. Estava na altura de parar de nos comportarmos como os parolos que vêm lá do refugo da europa à beira-mar-plantado para entreter os demais parceiros com as suas saloiices. Para isso já chegaram as várias tentativas de Inglês e Espanhol técnicos por parte do Primeiro-Ministro demissionário, com o mesmo número de espalhanços.
Foi por isso que constatei que no meio dos homens da luta há uma mulher que salva um bocadinho a coisa musicalmente, já que aquilo é uma verdadeira lástima. Chama-se Celina da piedade, é vocalista e intérprete do cinema ensemble de Rodrigo leão e ainda uma exímia acordeonista. Resumindo: nem tudo está perdido. Valha-nos a Celina e o seu acordeão. É uma pena não ir sozinha representar-nos. Grande Celina! Ouçam-na um bocadinho...
Via 100 Reféns
Noites sem ti Onde me perco Procuro por mim Na paixão do incerto E saber que me amas Mas mesmo assim Basta p'ra mim Dizeres que sim Mesmo quando eu vou Gostares de mim Pelo o que sou Deixa-me olhar Deixa-me perguntar Se gostas de mim nas noites Que eu passo sem ti E sempre que eu te vejo Perco-me na luz da noite E sempre que eu te beijo Fico sem medo do som |
Trocámos lágrimas e paixão
Como foi que te perdi?
Um momento de ilusão
Fiquei longe de ti
As noites em branco
O negro do dia
Desejo ardente
A cama fria
Longe de ti
Já não posso viver assim
O vazio que há em mim
Sinto que estou perto
Do fim
A tristeza no olhar
A dor dentro de mim
A vontade de chorar
Ninguém sofre assim
As noites em branco
O negro do dia
Desejo ardente
A cama fria
Longe de ti
Já não posso viver assim
O vazio que há em mim
Sinto que estou perto...
Longe de ti
Já não posso viver assim
O vazio que há em mim
Sinto que estou perto
Do fim.
Longe de ti...
Longe de ti...
Longe de ti...
(repete4x)
Há algo de senil em mim
Que já nao me deixa lembrar
Há quanto foi o fim
Nao sei cheguei a começar
Mas sei que foi sempre assim
Mais olhos que barriga
Mais sono que fadiga
Há sempre tempo para parar
Saber se vale a pena
Ou ficou por fazer
Refrão:
É só contar até 3 (1...2...3)
Vou nascer outra vez
Fechar os olhos (1...2...3)
Vou nascer outra vez
Respirar bem fundo (1...2...3)
Vou nascer outra vez
Começar de novo (1...2...3)
Vou nascer outra vez
Nunca foi boa escolha
Ficar à espera para ver
Por mais que agente sofra
Um dia havemos de morrer
Mas sei que foi sempre assim
Mais garganta que vontade
Mais treta que verdade
Há sempre tempo para pensar
Mudar alguma coisa
Ou me parto a loiça
Refrão:
É só contar até 3 (1...2...3)
Vou nascer outra vez
Fechar os olhos (1...2...3)
Vou nascer outra vez
Respirar bem fundo (1...2...3)
Vou nascer outra vez
Começar de novo (1...2...3)
Vou nascer outra vez
Refrão:
É só contar até 3 (1...2...3)
Vou nascer outra vez
Fechar os olhos (1...2...3)
Vou nascer outra vez
Respirar bem fundo (1...2...3)
Vou nascer outra vez
Começar de novo (1...2...3)
Vou nascer outra vez
Refrão:
É só contar até 3 (1...2...3)
Vou nascer outra vez
Fechar os olhos (1...2...3)
Vou nascer outra vez
Respirar bem fundo (1...2...3)
Vou nascer outra vez
Começar de novo...
Letra
Unamo-nos
Nós somos os famosos anónimos
Mesmo assim já comprimos os mínimos
Somos todos únicos
Que mais vão querer de nós
P'ra provar quem vai à frente
Ou fica atrás
Se é por
Ir estabelecer um novo record
Cumprimos o guinnes ao preço que for
E fica o assunto num lugar
E sem espumantes, às vezes dá p'ro banquete
Ou apenas sandes
Sempre
Complicamos a coisa mais simples
E simplificamos a complicada
Sai em rajada o tiro pela colatra
Às vezes mata, às vezes ressureição
Foi de raspão
(Só neste país...)
Só neste país
É que se diz:
Só neste país
Só neste país
Só neste país
Só neste país
Só neste país
São muitos séculos em mor-premonição
A transitar entre o granizo e a combustão
E um qualquer hino para qualquer situação
Pessimista, optmista...
(e vai abaixo e vai acima
pessimista, optimista...)
...e agora a rima
Portugal é nosso p'ro bem e p'ro mal
E o mal que está bem
E o bem que está mal
E o bem que está bem
Juro
P'lo fado
P'lo baile e p'lo Kuduro
Que este país ainda tem futuro
É verde e maduro
Como a fruta, às vezes brote
Às vezes consternação
Secou no chão
Por isso unamo-nos
Nós somos o famosos anónimos
Mesmo assim já cumprimos os mínimos
Somos todos únicos
Que mais vão querer de nós
P'ra provar quem vai à frente
Ou fica atrás...
(Só neste país)
Só neste país
É que se diz:
Só neste país
(...)
Portugal é nosso p'ro bem e p'ro mal
Letra
Eu queria ser astronauta
o meu país nao deixou
Depois quis ir jogar á bola
a minha mãe nao deixou
Tive vontade de voltar a escola
mas o doutor nao deixou
Fechei os olhos e tentei dormir
aquela dor nao deixou.
Ó meu anjo da guarda
faz-me voltar a sonhar
faz-me ser astronauta ...e voar
O meu quarto é o meu mundo
o ecrã´n é a janela
Nao choro em frente á minha mãe
eu que gosto tanto dela
Mas esta dor nao quer desaparecer
vai-me levar com ela
Ó meu anjo da guarda
faz-me voltar a sonhar
faz-me ser astronauta....e voar
Acordar meter os pés no chão
Levantar pegar no que tens mais à mão
Voltar a rir,voltar a andar
Voltar Voltar
Voltarei
Voltarei
Voltarei
Voltarei
Letra
quem acorda mais cedo vai vender saúde
e quem vai dormir cedo há-de crescer
o que será de mim que tenho por virtude
ver o sol avisar que vai nascer?
Não vou ouvir o que ninguém diz
e vou dormir quando eu quiser
grão a grão a galinha vai enchendo o papo
e eu fico a pensar o tempo inteiro
o que será de quem dá tudo por um trapo
ao chegarem os saldos de Janeiro?
Não vou seguir o que ninguém diz
e vou vestir o que eu quiser
ando sob a chuva porque quero andar
grito porque é moda proibir gritar
eu não sei... eu não sou... mas quando olho para mim
não cheguei... não vou... mas eu estou bem assim
se quem semeia ventos colhe tempestades
eu prefiro plantar mil furacões
não vou ligar ao que ninguém diz
e vou fazer o que eu quiser
o que eu quiser!