Quinta-feira, 19.04.12

seixos que rolam sobre a pele, massagens nos açores

Seixos que rolam sobre a pele

Não estamos a falar de um típico spa. Paredes meias com a zona balnear da Silveira, em Angra do Heroísmo, o Hotel do Caracol tem uma oferta de serviços que aposta nas características únicas do arquipélago dos Açores. Como a massagem com pedras vulcânicas quentes.

Na zona balnear da Silveira, em Angra do Heroísmo, areia é coisa difícil de encontrar. Salta-se para o mar, com maior ou menor aparato, do porto que abre a vista para o Monte Brasil e é toda a plenitude do Atlântico, naquele contraste de azul e verde que tão bem simboliza os Açores. Mas na paleta de cores do arquipélago o preto também tem lugar de destaque. A areia, quando a há, assume-se preta, e toda a costa, desenhada pelo encontro da lava com o mar, faz-se de formações rochosas irregulares, tão irregulares que na costa Norte lhe chamam Biscoitos.

O vaivém das ondas vai trabalhando as cuspidelas de lava que molda em seixos de diferentes tamanhos que os locais usam para decorar casas, separar terrenos agrícolas ou, no caso de Eva Albuquerque, como utensílio de massagem. Em parceria com Paulo Araújo, a fisioterapeuta desenvolveu a Azorean Hot Stone Massage, onde alia as propriedades de pedras vulcânicas de proveniência local a técnicas manuais de relaxamento e bem-estar. "Cada pedra foi individuO movimento das ondasalmente seleccionada pelas suas características. A sua forma e textura foram ditadas pelo resultado do efeito dos elementos ao longo dos anos sem intervenção humana. É um presente da natureza para veicular bem-estar", explica.

O Wellness Center do Hotel do Caracol não é o típico spa. Paredes meias com a zona balnear da Silveira, tem uma oferta de serviços únicos que aposta nas características particulares do arquipélago. As actividades ao ar livre, como as aulas de PNF Chi e Olaria Corporal, também criados pela dupla de responsáveis pelo Welness Center, são privilegiadas e os recursos naturais, como o mar, são incorporados sempre que possível. Um formato que agrada aos locais, mas que apela sobretudo aos clientes do hotel: "A Azorian Stone Massagem é direccionada para o público em geral, no entanto, é sobretudo aos turistas que suscita mais interesse por ser um produto regional, portanto único".

O movimento das ondas

Ao subir para o primeiro andar do Hotel do Caracol, onde está o Welness Center, a ideia de ser massajado com pedras traz outras por arrasto, como a esfoliação da pedra-pomes que, sendo uma sensação áspera, é agradável. Contudo, já na marquesa, as pedras sentem-se primeiro com um calor que nos acompanha a coluna dorsal, como pesos colocados estrategicamente sobre uma toalha também ela quente e húmida. Assim ficam enquanto os membros começam a ser massajados com óleo e recebem individualmente a atenção da terapeuta. Desde a abertura, em 2003, que o Wellness Center do Hotel do Caracol trabalha com a Thalgo. A marca está amplamente presente na gama de óleos para massagem, numa inspiradora combinação de elementos marinhos e óleos essenciais de origem vegetal.

 

Sendo ela mesma fisioterapeuta, Eva Albuquerque fez desta formação pré-requisito de todas as funcionárias do spa. Segundo a responsável pelo Wellness Center, este cruzamento de competências representa "o melhor de dois mundos: a atenção e cuidados de um profissional de saúde que não descura a vertente terapêutica num serviço de bem-estar". Assim sendo, cada uma das massagens é pensada para ser uma experiência única e personalizada, em que não há uma sequência fixa: pelo contrário, tenta-se satisfazer as necessidades específicas de cada pessoa.

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 08:27 | link do post | comentar

Segunda-feira, 30.01.12

Nasceu sem braços mas fez dos pés os seus maiores aliados, numa longa caminhada no universo da massagem profissional. Aos 49 anos, Sue Kent conseguiu alcançar o seu sonho: ser massagista olímpica oficial. Com os pés.

 

Esta é daquelas histórias que merecem ser contadas. Não porque Sue seja uma "aleijadinha", como tanta gente lhe chamou ao longo da sua infância, mas sim porque é uma vencedora mesmo sem levar medalhas para casa. Um daqueles exemplos em que toda a gente que gosta muito do queixoso "vai-se andando" devia pôr os olhos.

Sue tem dois filhos e é uma profissional de sucesso. Embora nos Jogos Paralímpicos nos tenhamos habituado a ver deficientes no estrelato, desta vez chega-nos um exemplo de como a imaginação, aliada à perseverança, podem mudar a vida de alguém que nasceu, à partida, condenado a ser diferente.

"Nunca me senti uma coitadinha"

 

Lembro-me de há uns anos ter entrevistado alguns dos nossos maiores campeões. Todos multimedalhados, todos deficientes. Não ganhavam ordenados do género Cristiano Ronaldo... Aliás, muitos deles pagavam para ser atletas de alta competição, com apoios mínimos do Governo do país cuja bandeira foi hasteada ano após ano graças ao seu esforço. O litro deram-no por satisfação pessoal.

Recordo a nadadora Leila Marques , que se desdobrava entre o curso de Medicina e as três horas de treino diárias... com um braço a menos. Trouxe-nos o bronze no Campeonato do Mundo. Recordo também a boa-disposição de Bento Amaral , que ficou tetraplégico aos 25 anos a fazer uma carreirinha no mar e voltou a "encontrar a liberdade" com a vela adaptada. Categoria em que se sagrou campeão mundial, ao mesmo tempo que dava aulas e era chefe de Câmara dos Provadores do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto.

Teria sido mais fácil (ou não) ficar sentado no sofá a dizerem mal da vida que os presenteou de forma tão ingrata. Teria sido até legítimo que perdessem a vontade de tentar dar a volta. Mas não foi isso que fizeram. Tal como Sue, que não se resignou e contornou os seus obstáculos.

Não quero com este texto ser melodramática ou puxar ao sentimento com histórias que realmente podiam fazer parte de um filme, mas que são da vida real. Que podia ser a minha ou a de quem quer que esteja a ler estas palavras agora. Os tempos são cinzentos, é certo, mas paremos de nos queixar por tudo e por nada. Condenarmo-nos ao mundo da inércia parece-me um erro. Com uma fatura demasiado cara para pagar no futuro.

 

Veja como Sue Kent massaja com os pés

 



Via A vida de Saltos Altos



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