Recomeçou o programa dos segredos da TVI e parece não haver segredo em relação à saloiice que continua a caracterizar a "casa mais famosa do país" (e aparentemente um dos bares de alterne com mais metros quadrados da europa). Do pasteleiro musculado (aliás toda a fauna masculina parece ter sido alimentada a papas de creatina) ao tipo do rancho folclórico, da rapariga que se orgulha de ter traído tudo o que é namorado que sentou à mesa dos papás (almoços em que adora debater a arte de "fornicar"- "especialmente quando há convidados") - à stripper com dois litros de implantes mamários (parte dos habitantes dos pastos açorianos devem morrer de inveja) e 1 mililitro de massa cinzenta. Do rapaz humilde e virgem que fazia furor entre as ovelhas todas da terra ao "garanhão" com a mania que é poeta mas com o QI de um javali.
Surpresa: a stripper é afinal ex-namorada de um dos pasteleiros, que aparentemente não sabia que a ia encontrar desta forma, choroso que está desde que esta o decidiu trocar por parte da corporação de bombeiros do barlavento algarvio. Para finalizar todos dizem procurar um futuro na representação? Perdão? Alguém é capaz de explicar a este grupo que a representação não é uma espécie de fungo que se apanha à beira da piscina num pré-fabricado da Venda do Pinheiro?
Não me venham com a desculpa habitual de que só vê o programa quem quer. As pessoas vêem este nojo porque ele está disponível e a inabalável verdade é que o ser humano adora contemplar a desgraça. De preferência a alheia. Os portugueses adoram dissecar acidentes. Observar a chapa amolgada e o sangue. De tal forma que se provocam filas só para ver um toque entre dois veículos. E olhar para um incêndio e a fazer comentários? - " Epá este é dos grandes - sim senhor"? Horas no Zoo a ver os macacos fazerem imbecilidades... E gastar dinheiro em revistas que falam da ex-mulher do médico dos obesos que andava enrolada com o motorista? Então qual o motivo válido para não gostarem de assistir a esta malta a expor a sua vida, as suas debilidades, a sua profunda ignorância, 24 horas por dia, 7 dias por semana?
E agora? Vamos deixar de prevenir incêndios, pôr de parte a prevenção rodoviária e levar com esta imundice em formato televisivo não criticando só porque há quem goste? Não.
A ERC, uma entidade que não se percebe bem para que serve mas que já fazia alguma coisa em relação à lixeira em que se está a tornar a televisão em Portugal, está à espera de quê? A educação de um povo não passa por aquilo que lhes é transmitido? A televisão não é hoje um meio fundamental na educação dos cidadãos? Os operadores televisivos neste momento são uma espécie de selva em que quase tudo é permitido, o limite são as audiências ou falta delas. 80 Mil desocupados candidataram-se a este programa e a TVI parece ter escolhido o azeite que escorria pelas folhas de inscrição. O lixo, a ignorância, a estupidez, a idiotice e a promiscuidade triunfam. Resumo: o povinho quer-se estupido e bacoco. Quanto mais ignorante, saloio e entretido melhor. E Portugal teima em não acordar do estado comatoso em que se encontra, conveniente a tantos.
Via 100 Reféns
De certeza que já não se recordam deste vídeo. Algumas jovens que se intitulavam "amigas de Paulo Portas" acharam que a melhor maneira de apoiar o candidato seria divulgar chavões do CDS aparecendo num vídeo a "dançarem" em biquíni, revelando assim não só os atributos físicos como uma clara inaptidão para a arte da dança. Isto porque já tive oportunidade de ver leões-marinhos e algumas focas dançarem com mais ritmo ao som dos Queen. Neste pequeno vídeo só faltou aparecer um tratador e começar a mandar-lhes sardinhas para a boca para tornar o espectáculo num show habitual do Zoomarine mas com seios a abanar à mistura e assim.
Diziam as senhoritas: "Achamos que o Paulo Portas é um borracho e por isso decidimos fazer um vídeo para ajudar a divulgar algumas das ideias do CDS. Juntem-se a nós para fazermos um Portugal melhor." Mas que raio de Portugal queriam estas meninas fazer? Uma espécie de quintal da mansão do Hugh Hefner à beira mar plantado?
Posso estar enganado, mas não me parece que o candidato Portas aprecie este tipo de divulgação de conteúdos e mensagens políticas por parte do partido de que é Presidente, muito menos da forma que são feitas. Podiam ter tido pelo menos o cuidado de vestir as meninas com mais roupinha e já agora (porque não? estou certo que Paulo Portas não é homofóbico) pôr também alguns rapagões vestidos de marinheiro a dançarem pendurados nos cabos do Tridente ou agarrados ao periscópio do Arpão. Ou uma dança conjunta, quem sabe um musical sensual a bordo de um porta-aviões. Isso sim seria bonito. Não temos porta-aviões? Não faz mal encomendam-se já dois no dia 6 de Junho.
O primeiro canal de televisão português dedicado à cultura e criatividade, estreia na segunda-feira na posição 180 da grelha digital da Zon, com seis horas diárias de programação, foi hoje divulgado pela OSTV.
A empresa, sedeada no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, venceu em 2010 o Prémio Nacional das Indústrias Criativas Unicer/Serralves, precisamente com o projecto de lançamento do primeiro canal de televisão colaborativo e interactivo na área da cultura.
Pensado numa lógica 'low cost', o canal 180 tem uma equipa de dez pessoas, nenhum estúdio, câmara de filmar ou apresentador, e assenta numa lógica de colaboração com as instituições culturais.
«Mais do que produzir uma grande quantidade de conteúdos, queremos procurar, encontrar e atrair conteúdos, criando um contexto qualitativo interessante. Temos uma equipa muito concentrada em criar uma boa experiência de conteúdos mais do que produzir», esclareceu João Vasconcelos, fundador e director geral da OSTV, em declarações à Lusa.
O responsável considera que «não é a captação e produção de novos conteúdos que faz falta».
A necessidade, diz, «é mais a forma» como se agrega, comunica e quais as horas de programação desses conteúdos.
A motivação da empresa é mostrar conteúdos culturais, «que não se conseguem encontrar na televisão», acrescenta João Vasconcelos.
Quando for para o ar, na segunda-feira a partir das 20 horas, o 180 chegará também a outras plataformas - website, Facebook, iPad e iPhone.
O público-alvo do canal tem entre 18 e 35 anos, das classes A, B e C1, e são pessoas «informadas e qualificadas, culturalmente activas, viajantes, artistas, criadores, cinéfilos, melómanos e apreciadores de arte».
A programação prolonga-se todos os dias até às 2 da manhã, incluindo videoclips, um magazine cultural e um destaque diário (que pode ser um documentário ou um concerto, por exemplo).
O magazine «vive muito da colaboração com as instituições» culturais, o que «permite grandes poupanças», refere João Vasconcelos.
«Depois, temos os destaques diários, sobretudo no formato documentário. Alguns são adquiridos, outros fruto de colaboração com artistas ou com marcas comerciais», acrescenta, explicando que o canal se paga «com publicidade».
Os documentários Rip: 'Remix Manifesto', 'Lusofonia a (R)Evolução', 'Uma na Bravo outra na Ditadura', '12 Histórias sobre John Zorn', 'Inside Outside' e 'We ar moving in' são alguns dos destaques para a primeira semana de programação, dedicada ao tema Revolução.
Via Sol
A revista Blitz reedita com a edição de abril o primeiro número da publicação, quando ainda era jornal, informou hoje a Impresa, que edita o título.
A comemorar o 27.º aniversário, a Blitz, revista especializada em música e cultura popular, teve a primeira edição em novembro de 1984, com a cantora Siouxie na capa.
O último número enquanto jornal surgiu a 24 de abril de 2006, sendo o título convertido posteriormente para o formato de revista em junho do mesmo ano.
A edição de abril da revista Blitz, dirigida pelo jornalista Miguel Cadete, é editada na quarta-feira.
Via IOnline