Segunda-feira, 28.05.12

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A equipa da Claan, com o cão Vincent van Dog

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A equipa da Claan, com o cão Vincent van Dog (Nelson Garrido)

 

A CulturePrint oferece serviços de ghostwriting para quem ache que a sua vida dava um livro. A RentingPoint criou o primeiro site de aluguer em Portugal e aluga desde bonecos insufláveis a cadeiras de rodas e vestidos de noiva. Também há uma empresa que criou o Loveblip, que põe pessoas com interesses comuns, que queiram ir ao mesmo concerto, por exemplo, a falar umas com as outras.

 

E outra que se pôs a editar discos. E ainda aquela que encontra, negoceia e reabilita casas à medida de cada cliente. Quem acredita que o empreendedorismo e a inovação se traduzem obrigatoriamente em gigabytes e equações inacessíveis escusa de ir bater ao Pólo das Indústrias Criativas da Universidade do Porto (Pinc). Nestes gabinetes de um edifício cor-de-rosa fervilham perto de 30 empresas. Num país vergastado pela crise, os que aqui trabalham atreveram-se a dar sequência prática a um qualquer momento eureka, do género "Mas como é que alguém não pensou nisto antes?". Eles pensaram. E, mais do que isso, fizeram. 

O resto é suor e persistência. Nas carteiras de clientes de algumas destas empresas - veja-se a Claan, que funciona numa sala onde vários iMacs disputam espaço com uma bicicleta e um cão que se chama Vincent van Dog - pontuam gigantes como a Siemens. 

Observa-se o entra-e-sai dos gabinetes e vêem-se rapazes e raparigas com T-shirt e sapatilhas. À maioria ninguém colaria o rótulo CEO. Mas é isso que eles são. "As ideias que nos chegam são todas potencialmente disparatadas. E, por vezes, acontece que as mais disparatadas são as que têm mais sucesso", introduz Fátima São Simão, responsável pelo Pinc. Criado em 2010, é um dos quatro pólos do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), o qual soma 112 empresas. 

No processo de selecção das empresas, a universidade privilegia as propostas por ex-alunos "ou que ambicionem ligar-se à universidade". Antes de terem direito a gabinete, os potenciais empresários passam por um período de incubação. Têm telefones, Internet, uma sala de co-work, outra de reuniões e um auditório. A maioria das que falham é nesta fase. Ultrapassada essa etapa, as empresas ganham direito a gabinete próprio. "Não somos uma agência imobiliária, o que cobramos é um valor simbólico de oito euros por metro quadrado mais dois euros para condomínio - limpeza, água, luz, serviço de vigilância 24 horas por dia." 

Têm telefone à disposição, mas pagam as chamadas. Além disso, o Pinc tem "um programa de apoio ao empreendedorismo com a Escola de Gestão do Porto que garante formação em sala sobre princípios básicos de gestão". Os que precisarem podem candidatar-se a um serviço de consultoria que os ajude a vencer questões burocráticas e a focar-se no negócio. Ao fim do primeiro ano, a valor da renda sofre um aumento de 15%. Ao fim do segundo, passa para 20%. "A ideia é que as empresas se emancipem." 

Não é bem o caso da CulturePrint, mas anda lá perto. É uma cooperativa sem fins lucrativos, nasceu em Maio de 2011 pela mão de três mulheres, a Catarina, a Isabel e a Minês. Uma era livreira, outra vinha das Belas-Artes e a terceira, a Minês, tinha-se licenciado em comunicação. Juntaram-se para "comunicar cultura". Hoje, fazem assessoria de comunicação, editam, produzem eventos e escrevem. Muito. "O serviço de ghostwriting tem muita procura, para livros mas também para discursos e até para blogues de pessoas que têm coisas para dizer mas não sabem como", conta Minês Castanheira. 

Aposta de futuro

Nenhuma delas vive da cooperativa. "Tirar daqui um salário ainda não é possível, até porque somos três, o que não quer dizer que o futuro não passe por aí", diz Minês, para elencar mais vantagens na ligação à universidade: "É uma marca forte, temos acesso a formação e fica muito mais fácil trabalhar em parceria com outras empresas." Um exemplo? A próxima iniciativa d"O Bairro dos Livros, um projecto "geográfico-sentimental" de livreiros do Porto a que a CulturePrint ajuda a dar forma nos segundos sábados de cada mês, vai fazer-se em parceria com o Cineclube do Porto e com a SW.ark, outra empresa "incubada" deste pólo criativo. 

Expliquemo-nos. O que a SW.ark faz, nalguns gabinetes ao lado, é househunting, entre outras coisas. "Procuramos casas na Baixa para reabilitar à medida de cada cliente, projectamos e reabilitamos o espaço", explica Sara Natária, da SW.ark. "Encontramos a casa, avaliamo-la, negociamo-la com o proprietário, tratamos das burocracias todas, fazemos o projecto, reabilitamo-la, e, se o cliente quiser, até lhe enchemos o frigorífico", precisa Paulo Santos Cunha. 

Ela, 32 anos, é arquitecta e, depois de ter lidado com as complicações subjacentes à compra de uma casa na Baixa, regressou da Noruega decidida a lançar-se na criação da sua própria empresa. Paulo, com mais vinte anos em cima, trabalhou a maior parte da sua vida entre a gestão de redes comerciais e a banca de investimento. Estava a lançar-se na criação da sua própria imobiliária quando se conheceram por acaso na rua. Poucos meses depois, em Abril de 2010, começava a pré-incubação da SW.ark. A empresa foi formalizada em Setembro seguinte. "No final do primeiro ano", recua Paulo Cunha, "tivemos o retorno de todo o capital investido". 

Ao fim deste corredor em que se encontram, deixando para trás a porta envidraçada da SW.ark onde se cita Pessoa - "... de que a vida é a maior empresa do mundo" -, chega-se à Claan. A melhor maneira de perceber o que aqui se faz será ir ao site da Siemens e folhear a revista hi!tech. A sensação anda muito perto da que se tem quando se segura a revista nas mãos. Viram-se as páginas e o que se ouve é o tradicional restolhar do papel. 

A revista está lá, disponível em 11 línguas, graças ao Leafer, uma plataforma que permite converter o tradicional PDF em algo muito mais interactivo, com som e imagem, totalmente made in Claan. Totalmente made by Clara Vieira e Andreas Eberharter. Ela é portuguesa, tem 31 anos; ele, austríaco, 32. Conheceram-se em 2004 em Roterdão, quando ambos frequentavam o Erasmus, e dali migraram para Viena e dali para o Porto, onde decidiram criar a Claan. 

O Leafer, explica Andreas, permite à Siemens "um feedback imediato sobre quanto tempo as pessoas ficam em determinada página, quais os assuntos mais lidos e a que horas...". Mas a Claan não é uma empresa de software informático. "É um estúdio criativo que trabalha a imagem digital das empresas", resume Clara. Na prática, criam conceitos e identidades visuais, principalmente digitais, dos clientes. Os catálogos digitais da farmacêutica Merck são deles. 

A Claan nasceu num escritório da Rua de Ceuta. A mudança para o pólo criativo da UPTEC foi importante porquê? "A certa altura demos conta de que já não estávamos a fazer aquilo de que gostávamos. A mudança para o pólo permitiu-nos receber formação e pôs-nos em contacto com outras empresas às quais prestamos serviços." O ambiente de trabalho é informal, permite levar o cão para o trabalho, e a liberdade de estabelecer o próprio horário. Em teoria. "Na prática, trabalhamos durante o dia, à noite e ao fim-de-semana", diz Clara. "Quando se tem um emprego normal, sai-se e desliga-se. Aqui é do nosso filho que estamos a falar."

 

Retirado do Público



publicado por olhar para o mundo às 13:04 | link do post | comentar

Sábado, 17.12.11

 

Figo diz que quer vender os seus negócios em Portugal e afirma ter ficado desiludido com Sócrates. Numa entrevista ao PÚBLICO, conta ainda as histórias das saídas polémicas do Sporting e do Barcelona.

Consta que foi sempre um bom gestor das suas finanças... Conta-se que um dia, ainda iniciado ou juvenil, disse a um dirigente da Federação: “Se não houver dinheiro não há palhaço...” 


Não sei se afirmei isso ou não, mas é bem possível que sim. Mas quando não nos pagam é comum ouvir essa frase, não é? Sempre fui uma pessoa que disse tudo o que pensava, independentemente de os outros poderem ou não gostar. Assumo a minha forma de ser e tudo o que digo. E o que dizem ou deixam de dizer sobre mim não me interessa. Até porque não me conhecem. Muita gente relaciona-me sempre com dinheiro. Isso resulta também do facto de eu, muitas vezes, ter surgido a defender os interesses dos outros, queimando-me a mim. Mas não me importa. Tenho a consciência que tudo o que tenho foi ganho com o meu suor e o meu trabalho. Foi uma troca de serviços. Nunca apontei uma arma à cabeça de ninguém a obrigá-lo a assinar um contrato comigo, fosse ele de publicidade ou como jogador. É o mercado. Estás interessado, aceitas; não estás interessado, não aceitas. Se eu, por exemplo, não tivesse tido rendimento no primeiro ano no Barcelona, certamente que me tinham dado um pontapé, como fizeram a outros ao longo da minha carreira e nos clubes por onde passei. 


Por que escolheu viver em Madrid?
Primeiro porque a minha família, desde que conheço a minha mulher, viveu sempre em Espanha, primeiro em Barcelona e depois em Madrid. Depois tivemos de emigrar para Itália, mas as minhas filhas nasceram em Espanha. Outra das razões foi porque, quando saí do Real e fui para Milão, estava a construir a minha casa em Madrid. Quando terminei o contrato com o Inter quis, naturalmente, usufruir da casa, o que não tinha acontecido até aí.

Hoje é também visto como um empresário. Diz-se que tem investimentos na área do imobiliário, hotelaria, combustíveis, etc. O que nos pode dizer sobre isto? Nada... Tenho vários negócios, muitos deles em Portugal, apesar de eu querer vender tudo o que tenho no meu país. Pago muitos impostos, ao contrário do que muita gente pensa. 

Mas quer vender tudo em Portugal por pagar muitos impostos? 
Não, quero vender porque estou um bocado farto disto. Mas o que eu estava dizer é que dou trabalho a muita gente e pago muito de IVA. Estou a dizer isto apenas para responder aos que dizem que eu não contribuo para o país. 

Mas quantas empresas tem em Portugal?
Tenho várias, na área da hotelaria, por exemplo.


"Enganei-me sobre Sócrates"

Apoiou politicamente José Sócrates há dois anos para obter vantagens financeiras, designadamente do BPN, como se escreveu na altura?
Para os que dizem isso, devo informá-los do seguinte: depois disso, fiz um contrato publicitário com a Just for Men, fiz outro com a UniCredit e ainda outro com uma marca de relógios. Será que também tenho de agradecer a José Sócrates por ter recebido dinheiro destes contratos publicitários? 

Ainda tem esperança de vir a receber os 850 mil euros que BPN lhe deve à conta de um contrato de direitos de imagem? 
Tenho. E tenho porque acredito na justiça. Muita gente fala isto e aquilo, mas a minha ligação ao BPN foi apenas em torno da minha imagem publicitária. Fiz o trabalho que estava estipulado no contrato, mas não me pagaram. Foi um contrato assinado de livre vontade e, por isso, confio que se vai fazer justiça.

Recentemente deu uma entrevista em que afirmou que, se os políticos não derem o exemplo, Portugal não tem remédio... Ficou assim tão desiludido com Sócrates? O que acha de Passos Coelho? 
A política não me interessa. Deixou de me interessar. Apoiei um candidato porque, na altura, achei que era a pessoa adequada. Não que eu seja do partido a, b, c, ou d, mas pensei que ele poderia ajudar Portugal a crescer e a melhorar as coisas. Errei. Enganei-me, como se enganaram milhões de portugueses que votaram nele. Mas eu, por ser figura pública, tive consequências disso. Hoje ninguém acredita nos políticos, há uma descredibilização total, aqui, em Espanha ou em Itália, é igual. Não me venham dizer que há uma crise financeira, uma crise mundial. Há é políticos que gastam mais do que há para gastar. E isso é o bê-à-bá da economia. Não é preciso ser muito inteligente para perceber isto - eu não sou muito e não gasto mais do que aquilo que tenho. 

Também não era fácil... 
É fácil é... 

A Fundação Luís Figo também tem sido afectada pela crise?
Claro que tem. Perdemos os mecenas que tínhamos porque as respectivas empresas cortaram nos apoios que davam. Agora, a fundação vive à custa de doações minhas e do jogo que normalmente realizamos e que nos serve para cativar receitas. A fundação foi constituída há oito anos e continua sem lhe ver reconhecido o estatuto de utilidade pública, o que facilitaria não só em termos de custos fiscais, mas também na obtenção de mecenas. Não se trata de obter benefícios fiscais para mim, que fique bem claro. Isto não serve para lavar dinheiro. É uma instituição sem fins lucrativos e auditada. Não se pode brincar com o trabalho social.

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 23:20 | link do post | comentar

Quinta-feira, 30.06.11

Apple já não consegue garantir reparações em Portugal

 

A Apple entrou em divergência com o seu representante e importador em Portugal, Interlog, e terá suspendido o fornecimento de peças e equipamentos ao mercado português. Ao que o Dinheiro Vivo apurou, as duas empresas estão a tentar resolver o desentendimento, mas não conseguiram evitar que os clientes da Apple fossem afectados. 

É que o serviço AppleCare, que estende a duração e abrangência da garantia da empresa, exige uma reparação no máximo de três dias - algo que não está a ser cumprido desde que os problemas começaram. Uma situação muito anormal na marca, que é conhecida mundialmente pela rapidez e eficácia do suporte. 


Alguns centros de reparação autorizados estão sem receber peças desde meados de Junho e começam a acumular computadores Mac avariados durante semanas. No centro das Olaias "Tou Aqui Tou Aí", um dos mais conceituados do país no arranjo de Macs, há 92 computadores empilhados à espera de peças, que deixaram de chegar a 17 de Junho. O centro, que contactou a Apple norte-americana para tentar contornar o problema, espera que tudo seja seja resolvido "dentro de alguns dias".  


Também a Distriloc confirma que não tem recebido peças e por isso suspendeu a garantia de arranjo em três dias. "Depende do problema da máquina, mas não podemos dizer se é em dois dias ou dez dias", explica fonte da empresa. 


Nos centros de reparações circula o rumor de que a importadora Interlog, que representa a Apple desde 1986, terá deixado de pagar à empresa e por isso o contrato foi congelado. O Dinheiro Vivo contactou a Interlog para obter esclarecimentos, mas não foi possível conseguir quaisquer explicações. 

 

Via Dinheiro Vivo



publicado por olhar para o mundo às 00:41 | link do post | comentar

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