"Preocupas-te?" Essa é a pergunta que se impõe e quem a faz é a organização do Festival Musa, que pretende levar para o palco, nos dias 2 e 3 de Julho, a importância dos problemas ambientais. Para o fazer opta por dar música, junto à praia de Carcavelos, ao mesmo tempo que passa a mensagem. Tudo em boa onda.
O objectivo não é apenas musical: passa por alertar e fazer pensar sobre o ambiente, principalmente sobre a importância do mar na vida humana: "Temos como parceiro social o SOS - Salvem o Surf, que dá enfoque à preservação das ondas. A nossa perspectiva acaba por recair nos oceanos", conta Pedro Guilherme, presidente da Associação Criativa, grupo juvenil de voluntários que organiza o evento.
"A maioria das pessoas não sabe, mas mais de metade do oxigénio que respiramos vem dos oceanos", explica Pedro Guilherme. É por isso que a organização convida o público a participar em provas de surf, longboard e bodyboard, com largada às 15h de 2 de Julho na praia da Baía, em Cascais. Por volta das 17h prevê-se que todos os participantes já tenham regressado. Nessa altura, os atletas vão formar "um cordão humano no mar com uma mensagem ambiental", diz.
Sustentabilidade O Musa sabe que um festival implica emissão de carbono, mas está preparado para isso: "Tentamos fazer com que o evento seja sustentável ao máximo", esclarece o presidente. Como o evento não tem fins lucrativos, os recursos financeiros são uma barreira: "Ainda não conseguimos usar biodiesel e temos geradores." Para contornar a poluição, a organização tenta compensar o ambiente plantando árvores em Carcavelos. Pedro Guilherme afirma que a maior parte das emissões de carbono produzidas no Musa vêm do público: "Muita gente traz carro." A associação criou então o carpool, opção que permite aos espectadores inscreverem-se para dividir transporte. Basta aceder a festivalmusa.org, onde também se encontra o programa do evento.
"Há uma comunidade musa muito forte. Juntamos música e cidadania por um planeta saudável". Há praia, surf, e concertos de reggae unidos pelo ambiente: "É uma forma ligeira para alertar, com diversão, pelo preço simbólico de 10 euros", conclui Pedro Guilherme.