Domingo, 11.03.12

O feminismo não é coisa de mulheres. É coisa da democracia.

Sempre me causaram grande incómodo os depoimentos de mulheres que afirmam "eu cá não sou feminista porque nunca me senti discriminada". Reduzir a História a uma condição pessoal é um malabarismo que confunde as coisas. Martin Luther King não precisou de ser escravo para saber que os negros eram efetivamente discriminados e de assumir a luta contra essa discriminação como a causa da sua vida. O conhecimento da realidade obriga-nos a escolhas. Isso basta.

 

Mais incómodo me causam aquelas expressões tão triviais de homens que dizem: "Feminismo? Deve haver engano: isso é com elas." O feminismo não é coisa de mulheres. É coisa da democracia. São feministas - mulheres e homens - aquelas/es que olham para a sociedade e veem nela o apoucamento das mulheres por serem mulheres. E que diagnosticam nessa discriminação a presença de relações de poder antigas, culturalmente entranhadas, que aberta ou subtilmente reservam para as mulheres um lugar subalterno no terreno social.

 

Há quem ainda o faça à bruta - as 14 700 queixas de violência doméstica apresentadas à polícia só no primeiro semestre do ano passado atestam-no bem. Mas o tempo e a denúncia desses atavismos encarregaram-se de revestir a discriminação das mulheres de invólucros sofisticados. Hoje, mais do que justificar a discriminação, desqualifica-se o discurso que a denuncia. É o que se passa desde logo com a absolutização dos casos de sucesso ("ela tornou--se respeitada no local de trabalho, contra todos os preconceitos, estão a ver?" ou "discriminação das mulheres era dantes, agora 65% dos licenciados são mulheres"). O caminho feito nunca justifica a cegueira do caminho por andar. E se há hoje condições sociais e culturais em que a dignidade das mulheres é equacionada em termos diferentes dos que existiam há meio século, o mínimo que apetece dizer é que mal seria se assim não fosse. Mas isso não é, não pode ser, álibi para que não reconheçamos a persistência de uma cultura de disponibilidade para menorizar as mulheres como seres humanos plenamente autodeterminados.

 

Que a crise financeira que nos dilacera esteja a ter impactos diferenciados sobre mulheres e homens, com o fosso salarial médio na União Europeia a atingir os 16% e com as pensões de velhice das mulheres a serem 59% das pagas a homens, que em Portugal uma mulher tenha em média de trabalhar mais quatro meses do que um homem para atingir o salário anual dele em idênticas funções - são razões de sobra para a consciência de que o feminismo é um dos discursos mais cruciais da democracia no nosso tempo.

 

Não tanto pela denúncia, em si mesma, destas aberrações. Mas pela denúncia da cultura funda que as torna socialmente aceites. Essa cultura foi expressa, há pouco tempo, pelo novo cardeal Monteiro de Castro. Dizia o dignitário de Roma que "a mulher perdeu muito do valor que tinha. Tem muito valor num sentido, mas noutro..." Para logo concretizar: "Um país depende muito, muito das mães, pois é ela que forma os filhos. Não há melhor educadora que a mãe. [...] A mulher deve poder ficar em casa, ou, se trabalhar fora, num horário reduzido, de maneira que possa aplicar-se naquilo em que a sua função é essencial, que é a educação dos filhos."

 

Esta forma de pensar, em que o valor da mulher é superlativo em casa (e não no espaço público) e em que é nela - e não nele - que se pensa espontaneamente quando se equaciona a possibilidade (residual diante da aflição económica da esmagadora maioria das famílias) de um dos pais se dedicar por inteiro à educação dos filhos, pois é aí "que a sua função é essencial", mostra como se engana quem pensa que o feminismo é coisa de mulheres e coisa do passado. Não, é mesmo da democracia e agora. E é por isso que eu sou feminista.

Artigo publicado no “Diário de Notícias” em 9 de março de 2012

 

Retirado de Esquerda Net



publicado por olhar para o mundo às 21:30 | link do post | comentar

Sexta-feira, 03.02.12
Lucho vai ser o treinador no campo, mas Belluschi faz falta

 

Se dermos como verdadeira a tese de que as contratações em Janeiro servem principalmente para emendar erros cometidos no Verão, salta à vista que o FC Porto acaba de fazer um enorme mea culpa com as contratações de Lucho González e Janko – enquanto a chegada de Danilo terá, obrigatória e rapidamente, de servir para corrigir o equívoco em que se tornou a colocação de Maicon na lateral e a gestão dos humores de Fucile e Sapunaru. Mas as correcções criaram pelo menos uma outra situação difícil de entender: que vantagens vai retirar o FC Porto da cedência, ainda por cima por empréstimo (e a custo zero), de Belluschi ao Génova? Aparentemente, nenhuma...


Belluschi foi contratado, em 2009, por cinco milhões de euros ao Olympiakos. Na primeira época, com Jesualdo Ferreira, confirmou o que já se conhecia dele: dotes técnicos excepcionais, mas também alguma renitência na colaboração defensiva. Esta ideia acabou por ser contrariada na época seguinte, já com André Villas-Boas. Belluschi esteve absolutamente imparável na primeira metade da época, período em que provou ser um jogador completo, capaz de criar desequilíbrios na frente, mas também de participar nas ajudas defensivas. 

A certa altura, era mesmo um dos jogadores com mais recuperações de bolas. É verdade que a segunda metade da época não lhe correu tão bem. Mas isso aconteceu principalmente por mérito de Guarín, que nesse período final se apresentou, de facto, numa condição física e mental excepcional. Mesmo assim, o argentino continuou a ser um jogador determinante, conseguindo exibições que lhe valeram mesmo o regresso à selecção argentina, da qual andava afastado há muito tempo.

Esta época, Belluschi não passou, naturalmente, incólume às variações de humor de uma equipa que teve de lidar com problemas de vário género. Mesmo assim, acabou por ser um dos que menos acusaram as condições adversas e o mau momento da equipa. Foi, de resto, o médio mais utilizado no somatório das várias provas, a par de João Moutinho, ambos com 27 jogos realizados (Moutinho jogou mais um na Liga dos Campeões, mas menos um na Taça de Portugal). É verdade que, a partir de certa altura, o argentino passou a alternar na titularidade com Defour, mas o belga só leva realizados 21 jogos, tal como Fernando, enquanto o também emprestado Guarín somou apenas 11, menos quatro do que Souza. Ou seja, Belluschi foi sempre um jogador útil e não consta que contribuísse para desestabilizar o balneário, ao contrário de outros.

O empréstimo de Belluschi não pode sequer ser justificado pela cláusula de opção que ficou estabelecida na sua cedência gratuita, porque o Génova só a exercerá se quiser. Mais do que isso, essa cláusula oscila entre os 3,5 e os 5 milhões, em função de o clube italiano se apurar ou não para as provas europeias. Guarín, que tem características distintas mas nunca teve o peso de Belluschi no FC Porto, foi emprestado até ao final da época por 1,5 milhões de euros. E, no final, se o Inter quiser ficar com ele, vai ter de pagar mais 13,5 milhões. Claro que Guarín tem apenas 25 anos, enquanto Belluschi já tem 28. Mas Lucho também já vai nos 31 anos e nem por isso o FC Porto teve de abdicar de receber dois milhões de euros que o Marselha ainda lhe devia para garantir o regresso do El Comandante...

Por outro lado, Belluschi e Lucho González são dois médios de qualidade e que seriam sempre compatíveis e até complementares no mesmo plantel. Salta à vista que o FC Porto só retiraria vantagens de poder contar com ambos. Pode, claro, questionar-se a questão orçamental, que estará na origem da redução do plantel para apenas 23 jogadores. Mas também não é fácil perceber como é que agora só há disponíveis cinco médios para o triângulo no meio-campo, enquanto para as duas vagas nas alas existem seis alternativas possíveis (James Rodriguez, Varela, Hulk, Iturbe, Cristian Rodriguez e Djalma).

As vantagens da contratação de Lucho são evidentes. O argentino, que esta época jogou a generalidade dos jogos do Marselha, é um jogador refinado tecnicamente e de uma rara lucidez, o que lhe dá vantagens até em termos de finalização. Mas nunca foi um jogador muito rotativo, valendo a pena recordar palavras de Jesualdo Ferreira ao jornal O Jogo: “Não é exactamente um jogador explosivo, o que pode tê-lo impedido de chegar a clubes ainda maiores. Mas a inteligência táctica e a facilidade de execução fazem com que valha uns 12 ou 13 golos por temporada”. Resta a dúvida até que ponto a idade já um pouco avançada não irá, no futuro, deixar ainda mais nu a sua principal limitação.

Para além da mais-valia que representa o seu futebol, as vantagens da sua contratação são também relevantes noutras vertentes. Dentro do campo, Lucho pode transformar-se na “extensão do treinador” a que se referia recentemente Jorge Jesus quando falou das qualidades de Aimar. E isso pode vir a ser muito importante numa equipa do FC Porto que, por vezes, parece desnorteada e sem comando no relvado.

Mas Lucho é também um jogador que se impõe pela sua personalidade tranquila e que não deixará de ser olhado com muito respeito num balneário que conhece bem. Não é crível sequer que saia prejudicado pelo facto de ter ultrapassado o tecto salarial e de ter ultrapassado Hulk e João Moutinho como jogadores mais bem pagos. Até porque já foi bem passada a mensagem de que abdicou de 108 mil euros líquidos por mês, passando a receber no FC Porto “apenas” 250 mil...

Lucho não é um líder destemido e agressivo na senda de outros que passaram pelo Dragão, como João Pinto ou até Pedro Emanuel, antes alguém que se impõe pela forma tranquila e esclarecida como reage e aborda as questões. É provável que acabe por contribuir para a resolução de conflitos no balneário, contribuindo assim para disfarçar as limitações de Vítor Pereira em termos de liderança e comunicação. Até por isso, faz todo o sentido que a Lucho seja devolvida a braçadeira de capitão...

Os melhores da primeira volta

Na continuação do balanço da primeira volta (em que destacámos Aimar e Pedro Martins, respectivamente como melhor jogador e melhor treinador), deixamos hoje aqui as nossas restantes escolhas, que ficaram de fora noutras alturas, por razões de espaço:

Melhor equipa (em 4x4x2) Artur; Maxi Pereira, Luisão, Garay e Álvaro Pereira; Javi Garcia, João Moutinho, Schaars e Aimar; Hulk e Babá. 

Caso a opção passasse pelo 4x3x3, o beneficiado seria James Rodríguez. Gaitán seria o eleito se o desenho táctico fosse o 4x2x3x1. Entre Schaars e Witsel a dúvida foi enorme, sobrando a ideia de que o benfiquista vai acabar por se impor de forma indubitável.

Outro onze possível Helton; João Pereira, Ewerton (Braga), Onyenu e Insua; Rinaudo, Elias, Hugo Viana, Capel, Nolito e Cardozo.

Revelação Rodrigo, com menções honrosas para Hugo Vieira (Gil Vicente), Sami (Marítimo), Rúben Ferreira (defesa-esquerdo do Marítimo), Barrientos (Guimarães), Atsu (Rio Ave), Carrillo, Salvador Agra (Olhanense), Melgarejo (Paços de Ferreira) e Sissoko (Académica, entretanto transferido para o Wolfsburgo, da Alemanha).

Azarado Orlando (o capitão da Académica voltou a lesionar-se gravemente no dia em que regressava de uma paragem de mais de um ano, após uma cirurgia ao tendão de Aquiles).

Desilusões Capdevila, Enzo Pérez, Bojinov e Kléber. 

 

Via Público



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Domingo, 29.01.12

Mourinho o treinador Hooligan

 

Sus logros en el fútbol son lo de menos. Lo realmente asombroso es cómo en los 20 meses desde que José Mourinho asumió el cargo de entrenador del Real Madrid se ha convertido, de lejos, en el personaje más polémico de España. Posiblemente nadie haya provocado más división -más repulsa o más fanática adhesión- desde tiempos de Franco.

 

Su cara pública es la de un personaje iracundo y resentido que ve enemigos por todos lados

 

No da la sensación de amar el fútbol en sí, a diferencia de Guardiola, Ferguson o Valdano

 

Los cuatro años que vivió en la capital británica, como entrenador del Chelsea, fueron otra cosa. Fue feliz allá. Él mismo lo dijo poco después de marcharse: "El único problema que tuve en Londres fue el incidente con mi perro".

 

Tuvo su gracia aquel "incidente", pese a que acabó siendo detenido por la policía. Tuvo su gracia porque demostró que Mourinho el padre de familia, a diferencia del personaje que presenta al mundo, tiene su punto de ternura. Según trascendió en la prensa, y él nunca negó esta versión de los hechos, estaba en un evento en el que se premiaba a los mejores jugadores del Chelsea cuando recibió una llamada de casa. Su mujer y dos niños estaban histéricos. Dos policías habían llegado a la puerta y querían llevarse a la mascota familiar. No, no un rottweiler; un diminuto yorkshire terrier, uno de esos perritos de falda peludos, populares entre señoras mayores, cuyos rostros parecen expresar dulce, perpleja -y permanente- sorpresa.

 

Mourinho salió disparado a casa. Arrebató el perro de las manos de los oficiales de la ley, hubo un forcejeo y el animal, misteriosamente, desapareció. Nunca quedó muy claro si Mourinho lo escondió o si se fugó a la noche londinense. Lo que sí se supo -Scotland Yard lo confirmó- fue que Mourinho fue detenido y llevado a la comisaría. El problema tuvo que ver con las complicadas leyes de cuarentena británicas y con la sospecha que tenía la policía de que el perro había entrado en Inglaterra sin que sus dueños cumpliesen los necesarios requisitos legales. El desenlace del episodio fue que, lejos de provocar la indignación del público inglés, Mourinho quedó como un héroe: defensor de su perro, símbolo en carne y hueso (al menos para los ingleses, grandes amantes de la especie canina) de la unidad y felicidad familiar. Los incondicionales de Mourinho en España (los adeptos al "mourinhismo", palabra incorporada ya al vocabulario español, como si fuera una ideología, o una secta religiosa) habrían sacado una similar conclusión.

 

Pero hubo otra interpretación posible de aquel incidente londinense, una a la que se predispondría aquel sector de la población española que (el verbo no es ninguna exageración) lo detesta: que Mourinho es tan prepotente y grosero que se considera por encima de cualquier ley, humana o divina; que sus éxitos en el fútbol le han hecho creer que está más allá del bien y del mal. Ahora estos éxitos han sido considerables. No le faltan motivos para sentirse satisfecho consigo mismo. Su trayectoria profesional ha sido estelar, compensando con creces la frustración que sintió en su juventud por no dar la talla como jugador. En menos de 12 años como entrenador ha ganado la máxima competición de clubes mundial, la Liga de Campeones, dos veces; la primera (quizá su hazaña más extraordinaria), con el Oporto en 2004, y la segunda, con el Inter de Milán en 2010, tras vencer al todopoderoso Barcelona en semifinales. Ha ganado la Liga portuguesa, la italiana y, con el Chelsea, la inglesa dos veces. Y ha acumulado varios trofeos importantes más, entre ellos, la Copa del Rey con el Real Madrid la temporada pasada. Hoy está en vías de ganar la Liga española por primera vez, ya que lleva cinco puntos de ventaja sobre el Barcelona, y va viento en popa en la Liga de Campeones. Triunfar a tal nivel de manera tan consistente en tan poco tiempo en el deporte -en el fenómeono de masas- más grande del mundo no es poca cosa. Cuando Florentino Pérez, el presidente del Real Madrid, afirma que es el mejor entrenador del mundo, no es fácil refutarle. Hasta se puede llegar a comprender porque le ha entregado, desde su llegada en mayo de 2010, prácticamente el poder absoluto en el club, o más poder del que había tenido jamás un entrenador del Real Madrid.

 

 

 

Do El Pais.es



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Quarta-feira, 16.03.11

"CARTA ABERTA

Prezado Dr. Carlos Barbosa
Presidente da Direcção do Automóvel Club de Portugal

Lisboa, 9 Março 2011

ASSUNTO: O DESCARADO AUMENTO DOS COMBUSTÍVEIS - TRÊS PERGUNTAS A FAZER ÀS GASOLINEIRAS

O elevado custo a que os combustíveis chegaram é um doloroso espinho na nossa economia.
Torna-se urgente removê-lo ou pelo menos evitar que se enterre mais, se a quisermos salvar de “morte certa”.
O preço dos combustíveis assenta em quatro custos básicos:
1 – A matéria prima (ramas de petróleo)
2 – O transporte marítimo (frete)
3 – A refinação (transformação do crude nos produtos de consumo)
4 – A distribuição (armazenagem e colocação nas bombas)

Mas as nossas gasolineiras (Galp/BP/Repsol/Shell,etc.) parece só conhecerem o primeiro ou escondem os restantes.

HÁ TRÊS PERGUNTAS URGENTES A FAZER

A primeira grande situação escandalosa do custo dos combustíveis, que abastecemos nas bombas, advêm do facto das gasolineiras, quando trocaram a compra da matéria prima proveniente dos portos do Golfo Pérsico, cerca der 15 dias de viagem, pela dos portos do Norte e do Oeste de África, cerca de 3 a 6 dias de viagem, nem um só cêntimo alguma vez baixaram seus preços! (Alguém soube de tal?) 
Por exemplo, se os fretes estiverem a 1 dólar/tonelada/dia de viagem (para usar nºs simples pois o valor é superior) teremos que, no caso dum petroleiro de 100 mil toneladas, com aquela troca de origem resultaria:
De 100.000x1x15 = 1.500.000 dólares
Para 100.000x1x3ou6 = 300.000 ou 600.000 dólares
Uma redução fabulosa!
A pergunta que o ACP deve fazer:
QUEM BENEFICIOU COM ESTA REDUÇÃO DE FRETES?

A segunda grande situação escandalosa advêm do facto (pelo menos no momento actual) da escalada do custo das matérias primas se ter iniciado há menos de um mês e as gasolineiras já fizeram três aumentos. O primeiro escândalo, nesta situação, é o facto de que todo o produto refinado, entregue na distribuição naquele período de tempo, foi primeiro adquirido nos mercados estrangeiros em “spot” a longo termo (talvez seis meses ou mais) com custos muito inferiores aos actuais), depois feito o afretamento dos navios petroleiros estrangeiros (que os não há portugueses) nos “brokers” internacionais, nem sempre de pronto disponíveis. Depois realizam-se as viagens das origens daquela matéria, para os terminais de Sines e Leixões. Seguiu-se o processo de tratamento e refinação, tancagem e distribuição. Tudo levando largas semanas senão meses até ao consumidor.

A pergunta a fazer é:
A QUE PREÇO PAGARAM AS GASOLINEIRAS AS RAMAS QUE SINES E LEIXÕES RECEBERAM NAS ÚLTIMAS SEMANAS?

A terceira situação escandalosa advêm do facto do petróleo bruto ali recebido, primeiro não ser todo proveniente do mesmo terminal de origem, fretes diferentes, depois não possuir as mesmas características (mais ou menos “light” ou mais ou menos betuminoso, etc.) de que resulta produtos refinados de diferente qualidade.

A pergunta a fazer é:
COMO É QUE TODAS AS GASOLINEIRAS CONSEGUEM, COM TAIS PARÂMETROS, FAZER O MESMO PREÇO DE VENDA E NO MESMO DIA?

A minha solicitação a meu prezado Presidente do ACP para que se coloquem estas questões às gasolineiras é porque a mim elas não me respondem. Faço parte daqueles que “elas” consideram de “tansos pagantes”, apesar de ter andado algumas dezenas de anos no transporte de hidrocarbonetos e viajado mais de um milhão de milhas em navios petroleiros por esse mundo fora do petróleo.
Como seria bom ler o que nos vão (se) responder…
E talvez com as respostas dadas o Sr Ministro responsável pelos transportes saísse da meditação em que se encontra e nos ajudasse a resolver o assunto. 
E com um muito saudar vos solicito minhas escusas.
Joaquim Ferreira da Silva – Sócio nº 3147
Capitão da Marinha Mercante (Reformado)
Membro da Secção de Transportes da Sociedade de Geografia de Lisboa"

 

Retirado de Persuacção



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