Domingo, 05.01.14

Eusébio

O antigo futebolista morreu na madrugada deste domingo, vítima de paragem cardiorespiratória. Tinha 71 anos.

 

Eusébio morreu. Eusébio da Silva Ferreira, antigo futebolista do Benfica, morreu na madrugada de domingo em Lisboa, disse à Lusa fonte do clube.

 

A mesma fonte adiantou que Eusébio, 71 anos, morreu às 4h30, vítima de paragem cardiorespiratória. Eusébio estava em casa, sentiu-se mal por volta das 3h30 da manhã e foi chamado o INEM, mas já foi demasiado tarde. O corpo do antigo futebolista deverá ser transportado ainda este domingo para o Estádio da Luz, onde ficará dois dias. O funeral deverá realizar-se na terça-feira.

 

Nascido a 25 de Janeiro de 1942 na então Lourenço Marques, hoje Maputo, Eusébio tornou-se o maior símbolo do futebol português. Vindo de Moçambique, depois de ter jogado no Sporting de Lourenço Marques, chegou ao clube de Lisboa no Inverno de 1960. Foi nessa década que o “Pantera Negra” mais brilhou nos relvados, no Benfica e ao serviço da selecção de Portugal, no Mundial de 1966, onde foi o melhor marcador.

 

Sete vezes melhor goleador do campeonato português (1963/64, 64/65, 65/66, 66/67, 67/68, 69/70 e 72/73), duas vezes melhor marcador europeu (1967/68 e 72/73), Eusébio foi uma vez eleito melhor futebolista europeu mas é considerado um dos maiores futebolistas mundiais de todos dos tempos.

 

Foi 11 vezes campeão nacional pelo Benfica - alinhando em 294 jogos, nos quais marcou 316 golos -, ganhou cinco Taças de Portugal, foi campeão europeu em 1961/62 e finalista da Taça dos Campeões em 1962/63 e 67/68.

 

No total, foram 546 os golos que marcou pela selecção portuguesa e ao serviço dos clubes por que passou. Pelo Benfica, foram 473, em 440 jogos oficiais. Cometeu a proeza de marcar 32 golos em 17 jogos consecutivos, tendo ainda conseguido marcar seis golos no mesmo jogo em três ocasiões. O guarda-redes que mais golos seus sofreu foi Américo, do FC Porto (17).

 

Jogou no Benfica até 1975, tendo depois actuado ainda em clubes da América do Norte, no Beira Mar e no União de Tomar – esta última uma breve experiência que durou até Março de 1978, após o que regressou aos EUA para tentar uma efémera experiência no futebol indoor.

Participou em 64 jogos da selecção de Portugal, pela qual se estreou em 8 de Outubro de 1961.

 

No Mundial de 1966, em Inglaterra, em que Portugal foi o  terceiro classificado, venceu o troféu destinado ao melhor marcador da prova, com nove golos, e foi considerado o melhor jogador da competição.

 

Ficou célebre a sua actuação no jogo com a Coreia do Norte, dos quartos-de-final desse mundial, em que marcou quatro golos, contribuindo decisivamente para a vitória de Portugal a por 5-3, depois ter estado a perder por 0-3. "Foi o meu dia", recordou mais tarde,quando, no Mundial de 2010, na África do Sul, a equipa portuguesa voltou a defrontar a asiática.

 

Retirado do Público



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Terça-feira, 26.06.12

Festival de Almada é Festival de Almada é "pólo de resistência"

Depois de algumas dúvidas o Festival de Almada 2012 foi mesmo levado a bom porto e esta sexta-feira, 22 de Junho, Rodrigo Francisco, director-adjunto do festival, apresentou uma programação “de qualidade” mas inevitavelmente marcada pelas difíceis circunstâncias económicas e financeiras que o teatro atravessa.

 

De 04 a 18 de Julho a 29ª edição daquele que é um dos festivais lusos com maior projecção internacional no campo das artes, vai trazer a 11 salas de Almada, Lisboa e a novidade Braga, propostas diversificadas. Teatro, dança, pantomina e novo circo, é esta conjugação em que pensou Joaquim Benite, director do evento, e cujo nome foi invariavelmente bajulado por todos os que marcaram presença nesta apresentação pública.

 

“Com trabalho de parceria pode-se fazer muito com pouco”, palavra de Rodrigo Francisco e que se comprovam ao olhar para o nome de Peter Stein, o mítico director da Schaubühne de Berlim que subirá ao palco do Teatro Municipal S. Luiz, uma estreia nacional, para o recital de poesia “Fantasia Fausto”, excertos do “Fausto” de Goethe acompanhados apenas pelo pianista Giovanni Vitaletti. No dia 05 de Julho estará disponível para conversar com público e jornalistas no mesmo espaço.

 

A cultura em Portugal atravessa tempos extremamente complicados, com cortes orçamentais sucessivos - como os 38% para todas as companhias de teatro, cortesia da Direcção Geral das Artes - e por isso Francisco definiu esta edição como “um pólo de resistência, que insiste em ser artisticamente relevante e tematicamente actual”.

 

Israel Galvan, um dos principais nomes do flamenco contemporâneo, abre o festival no dia 04 de Julho com “A Idade de Ouro”. Depois disso os destaques são muitos, além do já falado Peter Stein.

 

A Fundação Pontedera Teatro revisita o Livro do Desassossgeo de Fernando Pessoa em duas performances – “ábito” e “Lisboa”.

 

A religião e o conflito religioso serão estrinçados em "A Véspera do dia final" , do israelita Yael Ronen e que promete dar muito que falar.

O encenador suíço Christoph Marthaler esteve seis anos em negociações com a equipa do festival e chega finalmente com a peça "+ - 0=1- um acampamento subárctico", mais um dos seus trabalhos de questionamento da sociedade europeia.

 

Passando pelo novo circo, com paragem numa terra de ninguém, Aurélia Thierrée Chaplin (neta de Charlie Chaplin) estará na Culturgest para apresentar o seu "Murmúrios dos Muros".

 

Nas produções nacionais, destaque, em primeiro lugar, para o regresso de Ricardo Pais à encenação (dado destacado pelo próprio durante a apresentação de hoje) na recriação de "O Mercador de Veneza", protagonizado ppelos actores João Reis e Albano Jerónimo.

 

Já o Teatro Meridional traz "O Sr.Ibrahim e as flores do corão" e a Companhia Nacional de Bailado repõe “Sagração da Primavera” de Olga Roriz, acompanhada pela curta "La Valse" de Rui Horta e João Botelho.

 

A actriz Cecília Guimarães é a personalidade do mundo do teatro homenageada em 2012.

 

Retirado de HardMúsica



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Curta portuguesa entre as semifinalistas do festival de cinema do YouTube

North Atlantic é uma co-produção luso-britânica e já arrecadou nove prémios em festivais (DR)


North Atlantic, a estreia de Bernardo Nascimento na realização, está entre os 50 semifinalistas do Your Film Festival. É a única produção de origem portuguesa portuguesa em competição no festival de cinema que decorre online, no YouTube, e cujos vencedores serão exibidos no Festival de Veneza.

 

A curta-metragem portuguesa foi seleccionada entre cerca de 15 mil propostas, para o lote de 50 no qual o público é chamado a votar até 13 de Julho. Dessa votação popular sairá uma lista de dez finalistas. Nesse momento, entrarão em cena o cineasta Ridley Scott e o actor Michael Fassbender – que trabalharam recentemente juntos em Prometheus – para atribuir o “grande prémio”.

A entrada na lista de finalistas vale automaticamente a presença no Festival de Veneza, o mais antigo festival de cinema do mundo, que acontece no Lido, entre 29 de Agosto e 8 de Setembro. Mas o “grande prémio” vale meio milhão de dólares (400 mil euros) ao realizador vencedor para pôr em prática o seu projecto para uma longa-metragem.

North Atlantic conta, em cerca de 15 minutos, a história de um controlador aéreo numa ilha açoriana, que entra em contacto com um piloto perdido sobre o Atlântico. O filme é uma co-produção luso-britânica e o facto de ser semifinalista nesta primeira edição do Your Film Festival não é uma surpresa completa: exibido em mais de 40 festivais, foi já distinguido com nove prémios – em Portugal, Itália, EUA, Japão e Polónia – e uma menção honrosa.

 

Noticia do Público



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Segunda-feira, 25.06.12

OS TRUQUES DOS PORTUGUESES PARA GASTAR MENOS NAS FÉRIAS

Os portugueses vão viajar menos e para destinos mais próximos este verão, gastando menos e passando menos dias fora, na confirmação de tendências dos últimos meses, disseram à Lusa vários elementos do setor das agências de viagem.

«É verdade que os portugueses estão a gerir o menor rendimento disponível indo para férias mais baratas, concretamente optando por períodos mais curtos, mais do que quebras de quantidade e, portanto, optam por períodos mais curtos para pagarem menos», disse à Lusa o presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo (APAVT), Pedro Costa Ferreira, que admite que as quedas destas empresas podem vir a atingir os dois dígitos.

Ainda assim, Pedro Costa Ferreira acredita que a redução vai ser mais ao nível da faturação do que ao nível de passageiros, o que significa que as pessoas vão continuar a fazer férias, mas vão escolher destinos ou formas mais baratas, algo a que as agências têm estado sensíveis, apresentando propostas «com preços mais razoáveis».

Não deixam de ir de férias, mas vão para mais perto e por menos tempoFonte da Agência Abreu explicou, em resposta a questões colocadas pela Lusa, que se está a assistir «à confirmação de tendências que emergiram nos dois últimos anos, menos tempo de viagem e maior procura do turismo interno», do Algarve à Madeira e Açores.

Por seu lado, a Top Atlântico, em respostas escritas, afirmou que, de 2011 para este ano, as alterações de comportamento sentiram-se «no reajustamento das férias dos portugueses, tanto ao nível do número de viagens por ano (uma em vez de duas ou três), como ao nível do crescimento de procura de destinos de proximidade, não tão procurados anteriormente, como as ilhas espanholas».

Porém, a mesma fonte da Top Atlântico realçou não estar a verificar um crescimento do destino Portugal «em detrimento de destinos no estrangeiro».

A Abreu disse estar «praticamente em linha quanto ao número de reservas, o que não deixa de ser relevante», tendo em conta a situação conjuntural.

«Parece haver uma tendência grande, que nós saudamos, para escolhas de destinos em Portugal, que é também uma tendência expectável. Isso pode provocar uma menor quebra na hotelaria nacional, sendo certo que os números que existem de turistas nacionais registam, neste momento, quebras muito grandes», explicou Pedro Costa Ferreira.

A nível de destinos, depois da experiência que foi a Páscoa, há oferta para os vários gostos, explicam os diversos intervenientes, desde o Algarve ao sul de Espanha, passando por Marrocos e Tunísia (em «franca recuperação», segundo a Abreu), até Cabo Verde, que continua «líder» no médio curso, disse o presidente da APAVT.

«Nota sublinhada também, «puxada» pelos preços baixos, para a procura de cruzeiros (sobretudo no Mediterrâneo), circuitos europeus (nalguns casos combinando com cruzeiros) e cidades europeias», acrescentou a Agência Abreu, sublinhando que Miami, através da TAP, e destinos como a Índia têm também despertado interesse no mercado nacional.


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Segunda-feira, 18.06.12
Cavaco promulga Código do Trabalho e pede “estabilidade” para criação de emprego

Cavaco Silva diz que “não foram identificados indícios claros de inconstitucionalidade que justificassem a intervenção do Tribunal Constitucional”

 (Foto: Miguel Madeira)

O Presidente da República promulgou as alterações ao Código do Trabalho, exortando nesta segunda-feira a que, “a partir de agora”, se “assegure” a estabilidade legislativa “com vista” à “recuperação” do investimento, criação de emprego e relançamento “sustentado” da economia.

 

Na mensagem de promulgação do diploma publicada na página da Internet da Presidência da República, de sete pontos, Cavaco Silva diz que na análise realizada pela Casa Civil da Presidência da República “não foram identificados indícios claros de inconstitucionalidade que justificassem a intervenção do Tribunal Constitucional” e realça ter tido “presente os compromissos assumidos por Portugal junto das instituições internacionais”.

“Com a entrada em vigor desta reforma da legislação laboral, deverá assegurar-se, a partir de agora, a estabilidade das normas reguladoras das relações laborais, com vista à recuperação do investimento, à criação de novos postos de trabalho e ao relançamento sustentado da economia portuguesa”, defende o chefe de Estado.

Cavaco Silva lembra que o diploma foi aprovado na Assembleia da República com os votos favoráveis da maioria de Governo, do PSD e do CDS, com a abstenção do PS, “tendo votado contra apenas 15% dos deputados.”

 

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Sexta-feira, 15.06.12

Portugal perdeu trinta e sete mil pessoas num ano

Portugal perdeu 30.317 pessoas no último ano, segundo as estimativas anuais de população reveladas nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o que representa uma taxa de crescimento efetivo negativo de 0,29 por cento.

A estimativa aponta para 10541840 habitantes em Dezembro de 2011, contra 10.572.157 em Dezembro de 2010. O maior contributo para este decréscimo é do saldo migratório: entre pessoas que chegaram e pessoas que partiram no prazo de um ano, ficaram menos 24.331 indivíduos. Esses dados foram obtidos através dos inquéritos ao emprego e aos movimentos migratórios de saída realizados pelo próprio INE.

O Governo estimou há algumas semanas que os números de emigrantes, ou seja, pessoas que saem de Portugal para o estrangeiro, estivesse «entre os 120 mil e os 150 mil». Foi o valor avançado pelo ecretário de Estado das Comunidades, José Cesário. 

Entre quem deixou o país e quem imigrou há menos 24 mil habitantes, estima INE.A completar as perdas, o saldo natural, que tem em conta o número de nados vivos e óbitos apurados, é de menos 5.986 indivíduos. 

A região Norte é a que tem maior número de população residente, 3.686.784 pessoas, e também a que mais perdeu, um total de 14736. Em termos percentuais o saldo mais negativo é na Madeira, que perdeu 0,6 por cento da sua população. Seguem-se o a região centro e o Alentejo, ambos com menos 0,5 por cento de habitantes. 

Os dados do INE têm já por base os resultados provisórios dos Censos 2011 e serão revistos quando houver resultados definitivos do último grande recenseamento nacional. A partir daí, explica o INE, terá início «nova série de estimativas provisórias de população residente».

 

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Segunda-feira, 11.06.12

10 DE JUNHO: É MESMO ESTE O DIA DE PORTUGAL?

O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas é comemorado este domingo e sobreviveu ao corte em dois feriados civis, definido pelo Governo. 10 de junho é a data que assinala a morte de Luís Vaz de Camões e há quem defenda que não devia ser este o dia para celebrar Portugal. Recordemos, então, o que significa este feriado.

«Os republicanos aproveitaram o tricentenário da morte de Camões, em 1880, para fazerem manifestações contra a monarquia, pelo que, logo na Primeira República, o tornaram num feriado municipal de Lisboa», recorda ao tvi24.pt a presidente da Associação dos Professores de História.

Raquel Henriques admite, no entanto, que «não há informações muito precisas sobre o nascimento e a morte de Camões». «Não há grandes registos da época, pelo que a doença e a data estão por provar», disse.

Republicanos começaram por aproveitar o tricentenário da morte de Camões para lutar contra a monarquia. Feriado ganhou força no Estado Novo como Dia da Raça. Mas há quem defenda que o 1 de dezembro é que devia prevalecerA professora da Escola Básica de Mafra frisa que o feriado «só passou a ser nacional com o Estado Novo», conhecido como o Dia da Raça. «Foi aproveitado para exacerbar as características nacionais. Como Camões foi uma figura emblemática, associada aos Descobrimentos, foi usado como forma de o regime celebrar os territórios coloniais e o sentimento de pertença a uma grande nação espalhada pelo mundo, com uma raça e língua comum». 

Está explicado o porquê do Dia de Camões e o porquê do Dia das Comunidades, mas a polémica centra-se à volta do Dia de Portugal. «O 1 de dezembro [Restauração da Independência] é mais emblemático do ponto de vista da História de Portugal, faria mais sentido ser esse o Dia de Portugal. O 10 de junho é sobretudo simbólico», defendeu Raquel Henriques.

Sublinhando que «não faz sentido abolir feriados» que «foram discutidos durante muito tempo», porque «são uma forma de consagração e perpetuação de valores nacionais», a professora admitiu que, entre o 10 de junho e o 1 de dezembro, «faria mais sentido abolir o primeiro» e não o segundo, conforme o Governo decidiu. «O 1 de dezembro está mais enraizado na tradição histórica», concluiu. 

«Ninguém sabe em que dia morreu Camões»

Perante a necessidade invocada de cortar dois feriados civis, o deputado do CDS-PP Ribeiro e Castro sugeriu que o 10 de junho fosse transferido para o segundo domingo do mês, para desta forma «salvar» o 1 de dezembro.

«Não tenho nada contra o 10 de junho, nem contra os valores de Camões, da Língua e das Comunidades, e até faço parte de uma geração que tem na sua memória a homenagem feita aos heróis e aos combatentes do Ultramar neste dia. Mas é um feriado com alguma arbitrariedade, porque ninguém sabe quando, em que dia exato, Camões morreu», afirmou ao tvi24.pt.

O deputado centrista não defende «a transferência» do Dia de Portugal, mas sim «a acumulação» entre estas duas datas. «O Dia de Portugal por natureza é o 1 de dezembro. Foi um feriado instituído em 13 de outubro de 1910, como o dia de autonomia da pátria portuguesa. É o dia que celebra a independência, a existência do país, e é um facto histórico inequívoco e da maior importância», sublinhou.

A ideia de tornar o 10 de junho móvel baseia-se no facto de ser também o Dia das Comunidades. «Como não decretamos feriados universais, o 10 de junho já é celebrado ao fim de semana pelos portugueses de todo o mundo», notou, frisando que esta é uma data que «celebra a portugalidade, mais do que o país».

Ribeiro e Castro, autor do livro «1 de Dezembro - Dia de Portugal» e subscritor do Manifesto do 1.º de Dezembro, Dia da Independência Nacional, votou contra a revisão do Código do Trabalho e contestou a «validade» da eliminação deste feriado. Agora, acredita que «só o Presidente da República a pode travar», «ou vetando, ou suscitando a avaliação da constitucionalidade».

 

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Quarta-feira, 06.06.12

O Teatro Garcia de Resende, em Évora, acolhe a V edição do Festival das Companhias

 

Depois de uma passagem por Faro, em 2005, Braga em 2008, Campo Benfeito, Castro Daire e Lamego em 2009 e Coimbra em 2010, chega agora a vez da cidade de Évora acolher o Festival das Companhias.

 

Com organização do CENDREV a programação inclui sete espectáculos, apresentados em onze sessões, e uma mesa-redonda.

 

A primeira noite está a cargo da Companhia de Teatro de Braga, que apresenta em Évora uma versão muito particular da história de Inês de Castro, escrita e dirigida pelo encenador ucraniano radicado na Alemanha Alexej Schipenko, um colaborador habitual da CTB.

 

De  Abel Neves, autor que já viu textos seus montados por quase todas as companhias desta plataforma, “Provavelmente uma pessoa” é apresentado pelo Teatro das Beiras na sala-estúdio do Teatro Garcia de Resende no dia 06 à noite e no dia 07 à tarde.

 

“O Abajur Lilás”, espectáculo feito em co-produção com A Escola da Noite que estreou em Évora no passado mês de Abril, subirá ao palco na terceira noite do Festival.

 

 

Na sexta-feira e no sábado, a ACTA – Companhia de Teatro do Algarve vai ocupar os três palcos do Festival.


“Laço de Sangue”, de Athol Fugard, estará em cena na sala principal do Teatro Garcia de Resende, pelas  21:30.


“Cavalo Manco Não Trota”, de Luis del Val, sobe ao palco pelas 18:30 na sala-estúdio e ainda será possível conhecer o singular projecto VATe – Serviço Educativo, que a companhia desenvolve há alguns anos. 

De salientar que no autocarro transformado em teatro os espectadores poderão assistir a quatro sessões do espectáculo “De Ulisses…Nunca Digas Tolices – A Guerra de Tróia”, de Alexandre Honrado. 


A encerrar o Festival, o Teatro do Montemuro apresenta, no sábado à noite, 09 de Junho, a peça “Louco na Serra”, de Peter Cann e Steve Jonhstone.

 

Como já vem sendo hábito o Festival conta com um debate que nesta edição terá como tema “O teatro em tempo de crise”.

 

Os cortes já aplicados, e que constam do financiamento público, à actividade artística, as indefinições que subsistem quanto ao futuro e o papel específico que a cultura e a arte em particular podem e devem desempenhar no combate à crise em que mergulharam o país serão certamente aspectos que forçosamente virão à discussão.

 

O debate está agendado para o último dia do Festival, sábado, 09 de Junho, entre as 16:00 e as 18:30.

Ao nível interno, o Festival inclui ainda, pela primeira vez, um momento de “plenário”, em que todos os elementos das companhias, equipas artísticas, técnicas e de produção, poderão aprofundar a troca de experiências que vêm dinamizando e discutir novas formas de colaboração entre os grupos.


Segue o programa que nos foi enviado:

05 de Junho, 21:30
“Jardim”, pela Companhia de Teatro de Braga
 
06 de Junho, 21:30
“Provavelmente uma Pessoa”, pelo Teatro das Beiras
 
07 de Junho, 18:30
“Provavelmente uma Pessoa”, pelo Teatro das Beiras
 
07 de Junho, 21:30
“O Abajur Lilás”, co-produção CENDREV / A Escola da Noite
 
08 de Junho, 10:30 e 15:00
“De Ulisses…Nunca Digas Tolices – A Guerra de Tróia”, VATe – Serviço Educativo da ACTA
 
08 de Junho, 18:30
“Cavalo Manco Não Trota”, pela ACTA – Companhia de Teatro do Algarve
 
08 de Junho, 21:30
“Laço de Sangue”, pela ACTA – Companhia de Teatro do Algarve
 
09 de Junho, 12:00 e 18:30
“De Ulisses…Nunca Digas Tolices – A Guerra de Tróia”, VATe – Serviço Educativo da ACTA
 
09 de Junho, 16:00
debate “O Teatro em tempo de crise”
 
09 de Junho, 21:30
“Louco na Serra”, pelo Teatro do Montemuro
 
Bom Festival!

 

Retirado de HardMúsica



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Terça-feira, 05.06.12

PSP operações stop

 

No caso de os condutores terem dívidas fiscais podem ver o seu carro apreendido por elementos das Finanças

 



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Quinta-feira, 31.05.12

«As famílias precisam de ajuda já! Todos os dias há famílias a perderem as suas casas». O apelo é de Natália Nunes, da DECO, feito à AF. Em resposta, todos os partidos vão discutir a 8 de junho no Parlamento alterações temporárias às regras do crédito habitação no caso de sobreendividamento das famílias.


Em cima da mesa estarão medidas mais ou menos consensuais e que passam por dar, a quem ficou no desemprego ou sofreu uma quebra acentuada do seu rendimento, alternativas à devolução da casa ao banco. 

No rol de medidas, todos os partidos querem limitar o aumento dospread (margem de lucro do banco) em caso de divórcio, viuvez ou desemprego, ao mesmo tempo que defendem a moratória. Os sociais-democratas propõem que famílias onde, pelo menos, um dos elementos esteja no desemprego, que se deparem com uma taxa de esforço no crédito acima dos 45% e um rendimento anual bruto do agregado, no momento do incumprimento, inferior a 25 mil euros, possam ficar entre 6 a 18 meses sem pagar prestações ou ficar até 4 anos só a pagar juros com um spread de 0,25%. Nestas circunstâncias, o prazo do empréstimo pode ser alargado até o devedor ter 75 anos e o banco não poderá cobrar comissões adicionais.

Desempregados e famílias em crise vão ter alternativas para pagar o crédito habitaçãoO Bloco, por exemplo, defende uma moratória, total ou parcial, mais alargada: por um período até 24 meses, sem que as condições do crédito sejam revistas.

entrega da casa ao banco será então uma medida-limite. O PSD quer que esta pague a dívida quando o imóvel em causa seja a única habitação da família, que o valor da casa não seja superior a 250 mil euros e que o valor da avaliação da casa e das prestações pagas não seja igual ou superior ao valor do empréstimo inicial. O devedor pode ainda retomar a casa se pagar as prestações vencidas, juros de mora e as despesas do processo, querem sociais-democratas e socialistas.

O PS defende, no entanto, que, para os desempregados, o valor fiscal do imóvel não pode exceder os 200 mil euros e, em situações de quebra acentuada no rendimento, o valor da habitação não pode superar os 300 mil. 

Já o BE considera que o valor da casa não conta para esta equação. A devolução da habitação deve acontecer quando a moratória não é já uma «solução viável» ou numa «situação avançada de execução da hipoteca». Uma situação a considerar para quem está desempregado e tem uma taxa de esforço acima de 50%. Depois da moratória, se o devedor não conseguir pagar as prestações, o Bloco quer obrigar os bancos a aceitar o imóvel, se este for a única habitação permanente. 

O devedor poderá ainda optar por arrendar a casa ou pela permuta de outra mais barata. Neste último caso, o PSD quer limitar condições na lei: o novo imóvel terá de ficar, no máximo, a 15 km de distância em linha reta, dimensão e em estado de conservação equivalentes. Esta via não será uma opção para o banco, mas antes uma obrigação. 

Uma medida consensual, ao contrário do fundo de garantia, no valor de 150 milhões de euros, proposto pelo PS. Um mecanismo que seria idêntico a um seguro de crédito habitação, sendo pago pelo banco e pelo devedor.

O PS defende, ainda, a resolução do contrato se três prestações vencidas não forem pagas e que o reembolso do Plano Poupança Reforma ou Plano Poupança Educação possa pagar prestações sem penalizações fiscais.

PS e PSD defendem ainda a necessidade de dar prioridade ao crédito habitação quando há outras dívidas.

Já o CDS, que entregará a sua proposta a 1 de junho, está mais preocupado na prevenção de casos críticos. Os democratas-cristãos defendem a obrigatoriedade de uma reunião para reanálise do crédito, antecipando «riscos de incumprimento», e quando se justifique, que o banco apresente soluções para evitar a entrada do contrato de crédito em mora». O CDS defende ainda a definição de um manual de boas práticas e alteração à lei das penhoras.

 

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Quarta-feira, 23.05.12

O presidente da Câmara de Oeiras foi sentenciado a dois anos de prisão

O presidente da Câmara de Oeiras foi sentenciado a dois anos de prisão (Nuno Ferreira Santos)
O Ministério Público de Oeiras considerou prescrito o procedimento criminal contra o presidente da Câmara Municipal local, Isaltino Morais, pelo crime de corrupção passiva para acto ilícito, pelo que arquivou o inquérito.

Em nota da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) esclarece contudo que este arquivamento por prescrição (do crime de corrupção) “não tem qualquer relação, relevância ou consequência” na pena de prisão de dois anos aplicada a Isaltino Morais, pelo Tribunal da Relação de Lisboa de 13 de Julho de 2010, a qual ainda não foi executada.

A decisão do MP de Oeiras foi tomada na segunda-feira, tendo, em síntese, considerado que “consumado o crime (de corrupção) em 1 Fevereiro 1996, mesmo aproveitando a constituição de Isaltino Morais como arguido de 9 Junho de 2005 no processo primitivo, o procedimento criminal estaria extinto por prescrição em 1 de Fevereiro de 2011”. Assim, o MP de Oeiras ordenou o arquivamento do inquérito. 

Em Julho de 2010, o Tribunal da Relação de Lisboa confirmou a condenação em primeira instância de Isaltino Morais, mas anulou a parte respeitante ao crime de corrupção, devido a uma irregularidade processual, e mandou o Tribunal de Oeiras repetir o julgamento relativamente a esses factos que envolviam uma troca de favores com um empreiteiro algarvio.

Segundo a PGDL, na audiência de julgamento no Tribunal de Oeiras, já em Maio deste ano, foi comunicada a alteração substancial dos factos, não tendo Isaltino Morais “dado o seu acordo para a continuação do julgamento”, ficando o MP de apreciar a questão da prescrição, ou não, do crime de corrupção.

Isaltino Morais foi condenado em 2009, num tribunal de primeira instância, a sete anos de prisão e à perda de mandato autárquico por fraude fiscal, abuso de poder, corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais. Posteriormente, quanto ao branqueamento de capitais, a Relação de Lisboa baixou a pena para um ano e cinco meses de prisão.

Em cúmulo jurídico, pelos três crimes de fraude fiscal e um de branqueamento de capitais, a Relação decidiu condenar o autarca a dois anos de prisão efectiva. Isaltino Morais chegou a ser detido a 29 de Setembro de 2011, mas acabou por ser libertado menos de 24 horas depois por decisão do tribunal de Oeiras.

 

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Recebemos no nosso mail um testemunho de uma pessoa enganada por uma empresa fraudulenta que se aproveita da fragilidade do desemprego para conseguir arranjar trabalho grátis. Segue o testemunho na íntegra:
Car@s Precári@s,
Contacto-vos porque, no início deste ano, ao procurar um emprego em part-time para conciliar com a faculdade, acabei por ser vítima de uma suposta empresa de marketing que chegara a Portugal em Agosto de 2010 e se encontrava (e encontra) a recrutar colaboradores.
Ficam, ainda, muitos pormenores escabrosos por relatar, pois a lista é quase infinita. Gostaria apenas, por enquanto, de alertar tod@s @s jovens que se encontram à procura de emprego para que não caiam nesse esquema. Eles têm anúncios em sites de emprego legítimos, e ao que parece, mudam o nome e a localização dos escritórios com alguma frequência, portanto é possível que se venham a deparar com a mesma empresa sob outro nome. De momento, o nome AXES MARKET continua a constar nos anúncios.
O que aconteceu, resumidamente, foi o seguinte:
Enviei o meu currículo através do site "Empregos Online" e fui contactada no dia seguinte para marcação de entrevista. Perguntei a quem me deveria dirigir quando chegasse ao local e informaram-me de que só teria que dizer que vinha para entrevista, pois esta seria realizada pelo director. Solicitaram-me, ainda, que levasse uma cópia do meu currículo.
No dia seguinte, dirigi-me ao 6ºesquerdo da Rua Rodrigues Sampaio nº 30, onde fui entrevistada, em inglês, por um norte-americano (o director) que falou muito rapidamente acerca da função a desempenhar e me disse que, entre os cerca de trinta entrevistados naquele dia, menos de dez seriam contactados para a segunda fase de selecção.
No final do dia, a empresa entrou em contacto comigo para informar que tinha sido uma das escolhidas, e que deveria comparecer no dia seguinte às 12h30, vestida profissionalmente mas com sapatos confortáveis, pois iria acompanhar um colaborador ao longo do dia de trabalho. Pediram-me, ainda, que confirmasse a minha disponibilidade entre as 12h30 e as 20h, visto ser este o tempo que deveria permanecer com o colaborador em questão.
No dia seginte, fui então para o "terreno" com aquele que viria a ser o meu "leader" e mais dois colegas. O primeiro começou por fazer-me perguntas básicas: a minha experiência profissional, os meus objectivos, etc. Quando lhe disse que já tinha tido alguns empregos de Verão em lojas e que gostava do contacto com o público, ele respondeu: "Pois, mas vendedor qualquer idiota pode ser. Nós estamos a recrutar líderes, e a fase das vendas directas não é determinante, é apenas parte do processo.". Eu não me recordava de me ter candidatado a chefe de equipa uma vez que, como já referi, sou estudante e estava apenas à procura de um part-time - mas enfim, se encontrasse algo melhor que um call center não me faria rogada. Posteriormente, fui bombardeada por uma série de questões e informações acerca da área das vendas directas (porta-a-porta), enquanto, literalmente, corria atrás do tal líder. Tive ainda que responder a um questionário sobre os meus pontos fortes e fracos (10 de cada), bem como mencionar 15 características de um bom líder. Para além disso, foi-me pedido que respondesse a 3 adivinhas e que dissesse como imaginava a minha vida em 1, 5 e 10 anos. Tudo isto enquanto subia e descia escadas.
Á hora de almoço, o "líder" fez numa folha do meu caderno um esquema da progressão dentro da empresa e das remunerações, sendo que, na fase inicial, um colaborador receberia entre 250 a 300€ por semana, passando depois a 500 e assim sucessivamente. O horário de trabalho seria de segunda a sexta, entre as 11 e as 21h, sendo, no entanto, totalmente flexível para trabalhadores-estudantes.
Às 22 horas desse mesmo dia, completamente encharcada e cheia de feridas nos pés, caminhei com o líder até à estação do metro, onde este me disse que eu parecia ser uma pessoa empenhada e com muita força de vontade, mas não era extraordinária em nada e, assim sendo, ele não sabia se devia ou não recomendar-me ao director. Pediu-me que lhe dissesse o que tinha, então, de especial para ser escolhida entre os 5 que tinham passado à esta fase, pois só iriam ficar com uma pessoa - ou nenhuma, se não houvesse um candidato realmente à altura. Pressionou-me até eu responder que não sabia mais o que me distinguia dos outros e que, embora gostasse de ficar com o emprego, não teria qualquer problema se não fosse seleccionada, uma vez que respondera a diversas ofertas.
No final, fui novamente ao gabinete do director onde, surpreendentemente, este me deu os parabéns por ter sido seleccionada e que deveria começar no dia seguinte.
No dia seguinte, houve um "Opportunity Meeting" com o director, onde nos foi feita uma lavagem cerebral, cujo objectivo era fazer-nos crer que ganharíamos um bom ordenado ao mesmo tempo que progredíamos na carreira, e tudo isso dependeria apenas da nossa dedicação. Essa dedicação, como vim a verificar nas 3 semanas em que estive na empresa, consistia em trabalhar DOZE HORAS POR DIA, 6 DIAS POR SEMANA, recebendo apenas uma comissão de 20 ou 30€ por venda - e, como é óbvio, nem sempre se vendia, principalmente porque nos enviavam para a mesma zona de dois em dois dias. As despesas de deslocação e alimentação eram por nossa conta pois, teoricamente, éramos trabalhadores independentes.
Dada a dificuldade de encontrar na internet qualquer informação relevante acerca da empresa (que tem, pelo menos, três nomes) optei por pesquisar o nome do director e as minhas suspeitas confirmaram-se: a empresa não passa de um esquema para encher os bolsos de quem está no topo, não tanto através das vendas, mas sobretudo do recrutamento de "distribuidores" (nas três semanas em que lá trabalhei, entraram pelo menos vinte novas pessoas), que serão, também eles iludidos pela promessa de crescimento profissional e sugados por charlatães que tentam a todo o custo afastar-nos da realidade e que nos querem fazer crer que somos uns preguiçosos se o dia de trabalho não nos corre bem – mesmo depois de termos passado o dia inteiro à chuva, a bater a portas e a ouvir reclamações.
Eu saí da empresa a um mês depois e até hoje não recebi um cêntimo pelas vendas que fiz. Recusei diversas entrevistas de emprego por achar que estava a trabalhar numa empresa a sério, e agora continuo sem trabalho – e com receio de voltar a deparar-me com uma situação semelhante.
Ficam, ainda, muitos pormenores escabrosos por relatar, pois a lista é quase infinita. Gostaria apenas, por enquanto, de alertar tod@s @s jovens que se encontram à procura de emprego para que não caiam nesse esquema. Eles têm anúncios em sites de emprego legítimos, e ao que parece, mudam o nome e a localização dos escritórios com alguma frequência, portanto é possível que se venham a deparar com a mesma empresa sob outro nome. De momento, o nome AXES MARKET continua a constar nos anúncios.
Grata pela atenção.
Retirado de Precários inflexiveis


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Terça-feira, 22.05.12
Viegas quer nova Lei do Cinema no Parlamento dentro de 15 dias
Nova lei irá "criar um ambiente para o cinema e o audiovisual", diz Francisco José Viegas (Nuno Ferreira Santos) 

 

O secretário de Estado da Cultura, o escritor Francisco José Viegas, confirmou neste domingo que pretende ter no Parlamento a proposta de nova lei do cinema, no prazo de 15 dias

 

"Se o prazo legislativo decorrer com normalidade, acho que há essa possibilidade de, no prazo de 15 dias, termos a Lei do Cinema disponível para circular, portanto para entrar na Assembleia da República", afirmou Francisco José Viegas à Lusa. 

O secretário de Estado da Cultura confirmou assim o que antecipara na sexta-feira, no final de uma reunião com a Associação Portuguesa de Realizadores (APR), um grupo de subscritores do documento "Cinema Português: Ultimato ao Governo", entre os quais os realizadores Miguel Gomes e João Salaviza, e os produtores Humberto Santana e Luís Urbano. 

Segundo Francisco José Viegas, esta nova proposta de enquadramento legal "não é uma lei para financiar o cinema, é uma lei para criar um ambiente para o cinema e o audiovisual, ou seja, desde o Plano Nacional de Cinema, que entra em vigor já no início do ano lectivo de 2013/2014 para as escolas, à semelhança com o que acontece com o Plano Nacional de Leitura, até aos apoios à exibição à produção e à promoção internacional". 

"É uma lei geral do cinema e do audiovisual que, pela primeira vez, traz o audiovisual para o mundo também do cinema", acrescentou ainda o secretário de Estado, referindo que a situação de falta de verbas "não é singular do nosso país, vive-se em toda Europa". 

Segundo Francisco José Viegas, "há países onde há financiamento zero, há países onde foi cortado 50 por cento, mas esses países onde o corte foi muito radical, tinham já uma estrutura montada e essa estrutura é a que nós queremos montar com esta Lei do Cinema e do Audiovisual". 

Quanto ao "plano de emergência" referido pelos representantes dos realizadores no final da reunião de sexta-feira, o secretário de Estado afirmou compreender "as dificuldades e a situação de penúria em que o sector foi deixado", por isso está "a ver em que medida é que se podem arranjar soluções muito pontuais para alguns dos casos mais dramáticos". 

A sua vontade é "ver se a partir do momento em que a lei é a aprovada, se podem abrir os concursos habituais do ICA [Instituto do Cinema e do Audiovisual] ainda este ano, tal como os concursos pontuais das artes". 

O secretário de Estado falou à entrada de uma sessão do ciclo literário "Porto de encontro", na biblioteca Almeida Garrett, no Porto, durante a qual afirmou a sua vontade de regressar ainda este ano aos romances policiais, com um livro intitulado "O coleccionador de relva". 

O actual titular da Cultura respondeu que "uma pessoa não ‘está' escritor, ‘é', mas ‘está' secretário de Estado". Admitiu no entanto que as funções públicas o obrigaram a "uma paragem que não quer dizer um corte". 

"Às vezes recorro mesmo à necessidade de ter que escrever por razões mentais, de sanidade absoluta", acrescentou. "Uma pessoa precisa mesmo de escrever, este é um mundo pessoal que não posso deixar de ter, mesmo que isso signifique menos horas de sono".

 

Noticia do Ipsilon



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Segunda-feira, 21.05.12


O que mais é preciso para que estes senhores entendam que este não é o caminho?.... e não, a pergunta não se refere ao Hermam... esse nunca vai entender


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Domingo, 20.05.12

Privacidade: dados de 220 mil estudantes a descoberto na web

Nomes completos, números de BI e NIF de bolseiros do ensino superior estiveram a descoberto na web. Dados do agregado familiar também estiveram acessíveis

Os dados pessoais de 220 mil estudantes bolseiros do ensino superior estiveram acessíveis durante várias semanas no site da Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES). A situação foi corrigida quinta-feira pela empresa responsável pelo desenvolvimento da plataforma, mas vai ser investigada pela Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD).

 

Os nomes completos e os números dos bilhetes de identidade e de identificação fiscal dos mais de 220 mil alunos candidatos a bolsas de estudo podiam ser consultados sem grandes dificuldades numa área específica do site da DGES. O sistema permitia também aceder aos mesmos dados pessoais dos pais e restantes elementos do agregado familiar destes estudantes do ensino superior.

 

O problema prendia-se com o acesso à área reservada do site a bolseiros, que era feita através de um endereço inseguro, que podia ser manipulado. O link à vista no browser de qualquer computador mostrava os parâmetros de acesso "ID" preenchidos com vários X. Substituindo os X pelos números de contribuinte ou de BI dos estudantes era possível aceder a essa zona do site. Uma vez ultrapassada a barreira, os dados pessoais estavam inteiramente disponíveis.

 

Solução é temporária

Uma denúncia anónima fez com que o portal "pplware.com", associado à rede Sapo Tek, tivesse detectado o problema, dando origem a uma publicação naquele site feita anteontem. A forma como a notícia se começou a espalhar levou também o Ministério da Educação e Ciência (MEC) e a DGES a olhar para o caso e, a meio do dia de ontem, já havia uma solução, ainda que temporária.

 

O endereço de acesso à zona "reservada" a candidatos foi desactivado, o que impede agora o acesso à área onde os dados pessoais estavam acessíveis. A solução não corrige, todavia, o problema em definitivo. Numa nota escrita enviada ao PÚBLICO, o MEC garante que "têm vindo e estão a ser desenvolvidos os procedimentos normais nestas circunstâncias, designadamente em matéria de auditoria informática".

 

"O endereço já não se encontrava acessível através da plataforma de candidatura, onde tinha sido substituído, na sequência da adopção de um método diferente de geração de formulários", informa o gabinete de Nuno Crato.

 

Segundo o ministério, "nunca esteve em risco a divulgação de qualquer informação acerca, designadamente, dos rendimentos e património dos candidatos e do seu agregado familiar". Além disso, a consulta da informação através do endereço em causa "não era possível por engano ou casualidade", obrigando a uma "deliberada e intencional" manipulação de dados, uma prática que é ilegal, explica o MEC.

 

Retirado do P3



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Sexta-feira, 18.05.12
Olga Roriz recebe Prémio União Latina

 

Olga Roriz receberá o prémio no final do mês

 

A coreógrafa Olga Roriz, 56 anos, é a vencedora da edição 2012 do Prémio União Latina. Esta é a primeira vez que o prémio distingue uma personalidade da área da dança.

 

A notícia foi confirmada pela própria coreógrafa que, em declarações ao PÚBLICO, disse que “o prémio distingue também a dança, numa altura em que as artes parecem excluídas da vida quotidiana”.
Olga Roriz, que prepara neste momento a remontagem, na Companhia Nacional de Bailado e no Ballet Teatro Guaíra (de Curitiba, Brasil), da sua coreografia Sagração da Primavera, estreada em 2011, diz que o prémio “tem um sabor agridoce”: “É prestigiante, e de louvar, mas não nos podemos esquecer do momento estranho que as artes vivem neste momento ”. Por isso, “a surpresa” é tanto maior, porque “permite esquecer essa ambivalência”.
A situação de que fala tem exemplos muito concretos, como é o caso da perda eminente de espaço de trabalho. Olga Roriz foi informada de que a sua companhia, que parte no sábado para Macau onde apresentará, no centro cultural da cidade, a criação de 2007, Nortada, deverá abandonar em Setembro as instalações que ocupava há dois anos na Rua da Prata.  A seguradora Tranquilidade, com quem havia estabelecido um protocolo de cedência de espaço que lhe permitia abrir o espaço a aulas e residências artísticas de outros criadores, decidiu ali construir um hotel. 
A coreografia A Cidade, com estreia em Outubro em Viana do Castelo, seguindo-se depois a digressão nacional, será a última que a coreógrafa ali vai poder criar.
O prémio, no seu décimo aniversário, distinguiu já o cineasta Manoel de Oliveira, o ensaísta Eduardo Lourenço (que presidiu este ano ao júri), o arquitecto Álvaro Siza Vieira, o ex-Presidente da República Mário Soares, a helenista Maria Helena da Rocha Pereira, o historiador José Mattoso, o actor e encenador Luís Miguel Cintra, o pintor Júlio Pomar, o arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles e a escritora Lídia Jorge.
A cerimónia de entrega do prémio será dia 29 de Maio, no Instituto Camões, em Lisboa, presidida pelo secretário de estado dos Assuntos Europeus, Miguel Morais Leitão.
Noticia do Ipsilon


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Terça-feira, 15.05.12
Eduardo Lourenço
Eduardo Lourenço (Nelson Garrido)

É uma cerimónia de peso a que está prevista para a entrega do Prémio Pessoa 2011 ao ensaísta e filósofo Eduardo Lourenço hoje ao final da tarde na Culturgest, em Lisboa. A mesma que celebra os 25 anos do galardão e, também por isso, ajudou a definir a escolha do escritor de 88 anos entre os 50 possíveis vencedores.

 

Presidente da República, primeiro-ministro e presidente da Assembleia da República marcam presença na cerimónia; como também anteriores vencedores do Prémio Pessoa – como o escritor Vasco Graça Moura, o bispo D. Manuel Clemente, a cientista Maria do Carmo Fonseca, a historiadora Irene Pimentel, entre outros, que estarão também numa conferência, à tarde, antes da cerimónia, e tenta responder à pergunta: “Que Portugal queremos daqui a 25 anos?”. 

Em 2011, por ser um ano de celebração de um prémio, lançado há um quarto de século pelo jornal Expresso, fundado por Francisco Pinto Balsemão, o júri quis que ele fosse também símbolo da data comemorativa e, ao mesmo tempo, entregue a uma figura com um legado no século XX. “Num momento como este, é particularmente importante que seja dado o prémio a Eduardo Lourenço. Além de tudo, é um homem que acredita em Portugal e nos portugueses”, declarou Mário Soares, ex-Presidente, amigo do filósofo, e um dos 11 membros do júri, quando o prémio foi anunciado em Dezembro.

Visionário de uma Europa em crise

Para o próprio, foi uma surpresa, como então disse Eduardo Lourenço ao PÚBLICO, porque, apesar de a sua obra girar à volta de Pessoa, receber este prémio já não estava no seu horizonte. ”Já não contava realmente com esse prémio. Já estou no fim de carreira e de vida”, disse o filósofo, a partir de Vence (França) onde vive. 

E, no entanto, a “força e vitalidade intelectual”, “a curiosidade intelectual que se tem na adolescência e depois se perde”, foi na altura apontado, pela escritora e cronista Clara Ferreira Alves, como uma “característica única”, própria de quem é jovem, mas que encontra em Eduardo Lourenço, apesar dos seus 88 anos.

Outras importantes razões para a escolha apontadas pelo júri, presidido por Pinto Balsemão: a natureza fundadora do pensamento de Lourenço para a existência de uma História da Literatura Portuguesa, o seu pensamento filosófico e político, e a sua visão antes do tempo do caminho que viria a percorrer a Europa. “A primeira reflexão sobre o nosso lugar na Europa foi deste português europeu”, lembrou então Clara Ferreira Alves. “Ele foi das primeiras pessoas a observar que havia umas fendas naquilo que na altura parecia um chão de solidez que era o chão europeu.”

Além disso, o júri quis, com este prémio, homenagear “a modéstia” e “a generosidade” da sabedoria de uma figura que deixa uma marca universal nos Estudos Portugueses e nos Estudos Pessoanos. 

Pessoa, o verdadeiro profeta 

Foi com alguma “má consciência” que Eduardo Lourenço recebeu o prémio, disse na mesma entrevista pelo telefone, a partir de Vence (França), onde vive. “Todas as pessoas que recebem o Prémio Pessoa devem ter, penso eu, esse pensamento curioso: Pessoa, que foi o génio do século, que não teve uma vida fácil e nunca teve consciência da sua excepção, do seu futuro glorioso, não recebeu nenhum grande prémio.” Eduardo Lourenço recebeu vários, entre o quais o Prémio Camões em 1996. 

De Pessoa, poeta em que centrou a sua obra, salienta ainda: “Essa espécie de visão que ele teve do mundo, totalmente diferente, faz com que ele tenha sido o verdadeiro profeta dos tempos que estamos a viver, em que tudo oscila, e somos assaltados por uma dúvida terrível”. E conclui: “Somos quem somos um pouco por Camões ter existido. Mas com Fernando Pessoa, no nosso presente e no futuro, será a mesma coisa. A figura icónica e o mito da nossa realidade portuguesa agora é que é outra, já não é a mesma do tempo de Camões. É outra.” É, para ele, Fernando Pessoa.

 

Retirado do Público



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Domingo, 13.05.12

Passos Coelho e a mulher no momento em que um grupo de pessoas o apupou

Passos Coelho e a mulher no momento em que um grupo de pessoas o apupou (Enric Vives-Rubio)

 

O primeiro-ministro foi esta tarde à Feira do Livro de Lisboa com a mulher, numa visita que se pretendia particular e informal. Deteve-se demoradamente nos pavilhões e comprou livros, acompanhado pelo secretário de Estado da Cultura, Francisco Viegas, e pelo secretário-geral da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Miguel Freitas da Costa. Mas não saiu de lá sem ser vaiado.

 

O passeio foi quase perfeito até aos últimos 20 minutos, quando algumas dezenas de indignados, que estavam concentrados desde a véspera num dos lados do Parque Eduardo VII, o vaiaram exibindo cartazes.

Passos Coelho não se descompôs e até dialogou por instantes com uma representante dos manifestantes, para nervosismo dos seguranças pessoais e da força policial que surgiu do nada. 

A contestação subiu de tom, as palavras de ordem tornaram-se mais agressivas (“Fora, fora daqui, a fome, a miséria e o FMI”, “Passos, ladrão, o teu lugar é na prisão”, “Quem deve aqui dinheiro é o banqueiro”) e o primeiro-ministro desistiu: “Debate e diálogo, sim, mas não nestas condições.” Pouco depois entrava no automóvel oficial e abandonava a Feira do Livro.

Passos Coelho chegou ao Parque pelas quatro horas, pouco depois de terem sido largados mil balões amarelos sobre o Marquês de Pombal. O gesto parecia ser para ele, mas não – era uma das iniciativas programadas no âmbito da Feira, que termina este domingo.

“Como foi este ano?”, perguntou de rajada ao secretário-geral da APEL. A conversa evoluiu depois para as datas do evento e os resultados de negócio, não sem antes esclarecer que tinha decidido, fora de qualquer agenda, aproveitar o último dia para a visitar.

Livros é algo que, por estes tempos, o primeiro-ministro pouco lê. A última leitura, disse, foi uma obra sobre Singapura e as suas enormes transformações económicas e sociais. A mulher, Laura Ferreira, confirmaria mais tarde ao PÚBLICO que os dossiês da governação não deixavam espaço para outras leituras: “Antes, ele lia vários livros ao mesmo tempo, mas agora é impossível. De vez em quando, alugamos um filme para descontrair.”

“Os homens nascem sem alma”, de Jorge Augusto Vieira, é o primeiro título a chamar a atenção de Passos Coelho e a suscitar um comentário bem-humorado: “Espero que não nasçam muitos nessa condição...” Decide comprá-lo conjuntamente com outro de poesia (“Jaca em escamas”, de Isabel de Santiago) e faz questão de os pagar, sem esquecer o respectivo recibo. Para as filhas escolheu, mais à frente, “Onde vivem os monstros”, de Maurice Sendak e “Adoro chocolates”, de Davide Cali. E perguntou a Francisco Viegas onde poderia adquirir os livros da Mafalda, que “as minhas filhas adoram”.

Num roteiro orientado pelo secretário de Estado da Cultura, Passos Coelho foi circulando pelo recinto, de pavilhão em pavilhão, sempre sem pressa e perante a indiferença ou a vaga curiosidade de quem passava. Zita Seabra, da Aletheia, ofereceu-lhe “Os Cantos”, obra de Maria Filomena Mónica, que apresentou como uma obra sobre “o maior e mais visionário empresário dos Açores”. 

O encontro com Ricardo Araújo Pereira e José Diogo Quintela (do grupo humorístico Gato Fedorento) proporcionou ao primeiro-ministro o elogio da crítica e da autocrítica: “Fazem muita falta e são sempre boas.” Não podia adivinhar que seria submetido a essa prova pouco depois.

 

Retirado do Público



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Segunda-feira, 07.05.12
O combate à corrupção é moroso e apresenta resultados abaixo do recomendável
O combate à corrupção é moroso e apresenta resultados abaixo do recomendável (Foto: Adriano Miranda)
O ex-ministro da Justiça Laborinho Lúcio desafiou a Assembleia da República a produzir uma estratégia efectiva de combate à corrupção, ultrapassando os “princípios e manifestações de boa vontade” que já emanou.

Na apresentação de um relatório do Sistema Nacional de Integridade (SNI) sobre corrupção em Portugal, Laborinho Lúcio referiu nesta segunda-feira que “é necessário que a Assembleia da República compreenda que é aí que é preciso um pacto”. Para aplicar essa estratégia avançou a possibilidade de ser criado um órgão, indicando que as organizações que já existem podem ser aproveitadas para esta nova entidade. 

Aos partidos, acrescentou, cabe serem “exigentes na qualidade dos seus elementos” para prevenir “a montante” os casos de corrupção com eleitos, em vez de se estar a agir “a jusante, punindo as más escolhas”. “A credibilidade da classe política está aí, na escolha”, argumentou. 

No plano judicial, Laborinho Lúcio destacou o conflito que subsiste entre eficácia no combate à corrupção e respeito pelos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. As escolhas, indicou, situam-se no aumento ou redução de restrições ao uso de escutas, ao segredo de justiça e aos direitos de defesa dos arguidos. 

O relatório do SNI conclui que o combate à corrupção apresenta resultados abaixo do recomendável e refere que a “cunha” está institucionalizada entre os elementos dos governos. Apesar dos “esforços”, traduzidos na produção de legislação, muitas das novas leis “estão viciadas à nascença, com graves defeitos de concepção e formatação”, o que as torna “ineficazes”, acrescenta o documento produzido pelo SNI, formado por entidades públicas e privadas e elementos da sociedade empenhadas no combate à corrupção. 

O trabalho conclui que o combate à corrupção “está enfraquecido por uma série de deficiências” resultantes da “falta de uma estratégia nacional de combate a esta criminalidade complexa”. O relatório português insere-se numa iniciativa da organizaçãoTransparency International, que se desenvolveu noutros 24 países europeus e que em Portugal foi realizado pela associação Transparência e Integridade, centro INTELI - Inteligência e Inovação e Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. 

 

Via Público



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O cinema em Portugal está parado
Miguel Gomes está preocupado com a situação de "bancarrota total do ICA"

 

Profissionais querem discutir com Passos Coelho sobrevivência do cinema em Portugal.

 

Nem de propósito. No dia em que actores, realizadores e produtores se reuniram em Lisboa para debater o cinema português, que dizem estar numa "situação dramática", sobretudo por causa da falta de financiamento e de "atrasos sucessivos" numa lei nova que até agrada ao sector, ficou a saber-se que Gonçalo Tocha ganhou mais um prémio internacional com "É na Terra não É na Lua". O filme sobre a ilha do Corvo foi considerado o melhor documentário no festival de São Francisco, depois de uma menção honrosa em Locarno e de outro primeiro prémio em Buenos Aires. 
Boas notícias num dia em que o cinema português discutia a sua sobrevivência e em que os produtores Pedro Borges (Midas) e Luís Urbano (O Som e a Fúria), que organizaram o encontro no Cinema São Jorge, acusaram o Governo de não saber o que quer do sector e anunciaram que vão pedir uma audiência a Pedro Passos Coelho. "A Secretaria de Estado da Cultura [SEC] tem andado numa deriva", disse Urbano. "Este secretário de Estado não manda nada e o que é preciso é falar com quem manda, que é o primeiro-ministro."
O reconhecimento internacional do cinema português tem sido muito forte nos últimos meses com prémios para Miguel Gomes ("Tabu") e João Salaviza ("Rafa") em Berlim e para João Canijo em San Sebastián, Miami e Linz, mas isso não significa que não esteja sem grandes perspectivas de futuro. 
"Quem olha de fora acha que o nosso cinema está com saúde, mas isso não é verdade - está a morrer", disse ao PÚBLICO Luís Urbano, pouco antes deste encontro que foi precedido de um "Ultimato ao Governo", assinado por 21 profissionais do cinema, entre eles Manoel de Oliveira, João Botelho, João Canijo, Manuel Mozos e Pedro Costa. "Chegámos ao limite. Não é possível contrair mais empréstimos pessoais ao banco nem continuar a pedir às equipas que trabalham connosco e aos fornecedores que esperem para receber", garante o produtor, que tem neste momento vários projectos a aguardar financiamento, um deles dependente apenas da homologação da SEC.
Francisco José Viegas é, aliás, um dos principais alvos de críticas. Pedro Borges, produtor de "Sangue do Meu Sangue", de Canijo, diz que está preocupado com o facto de o sector não conhecer a versão final da proposta da Lei do Cinema, que prevê, na sua opinião "justamente", que o financiamento seja partilhado entre o Estado e as televisões (resultante da taxa sobre os lucros da publicidade). "Sabemos que é da RTP, e não das privadas, que têm partido mais críticas", disse Borges. 
Antes do debate, Canijo defendera no São Jorge que "o cinema português está a caminho da indefinição total" e admitia que tem vivido de prémios: "Não faço ideia como vou continuar quando esse dinheiro acabar." 
Miguel Gomes está preocupado com a situação de "bancarrota total do ICA", mas garante que a questão de fundo é política: "O cinema em Portugal está parado porque o Governo não tem uma ideia, uma vontade forte. Há um esvaziamento de responsabilidades, o secretário de Estado não toma medidas e contradiz-se permanentemente." 
Num esclarecimento às redacções, o gabinete de Viegas disse que, terminado a 30 de Abril o prazo de consulta pública do novo diploma, o processo está agora na fase de incorporação dos contributos do sector. Rejeitando que tenha havido qualquer atraso, o breve comunicado acrescenta que a proposta deverá ser levada a "apreciação interministerial na próxima semana", prevendo-se que o processo legislativo esteja concluído até ao final de Junho. 
Luís Urbano diz estar farto de promessas e de receber os parabéns de políticos pelo sucesso de "Tabu". "O sacrifício que está a ser imposto ao cinema português é a morte e eu não quero morrer."
Retirado do Ipsilon


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Domingo, 06.05.12
Praias candidatas às sete maravilhas
PRAIAS DE DUNAS. Praia do Carvalhal - Grândola - Setúbal, Alentejo DR

 

A lista de 21 praias candidatas às 7 Maravilhas de Portugal, que entram agora em fase de votação pública, foi revelada esta tarde. O Alentejo lidera com quatro nomeações, seguindo-se, com três praias cada, Lisboa e Setúbal, Algarve e Beira Interior.

É no Alentejo que ficam mais praias-maravilha portuguesas, segundo os votos de um "painel de 21 notáveis" que levaram à elaboração da lista final de 21 praias candidatas a nova edição da competição Maravilhas de Portugal.

 

As nomeadas, que serão agora votadas pelo público, foram reveladas há momentos pela organização do evento, que tem direito a uma gala, em transmissão em directo na RTP1 esta tarde, a partir da praia da Comporta, na Costa Alentejana, "região anfitriã" do evento "7 Maravilhas - Praias de Portugal". 

 

Dividida por sete categorias balneares e contabilizando praias em sete regiões, a lista conta com quatro praias no Alentejo (duas no distrito de Setúbal - Tróia-Mar e Carvalhal; duas no distrito de Beja - Milfontes e Zambujeira). Com três candidatas, o Algarve surge em 2.º lugar no top (Arrifana, Odeceixe, Ilha de Tavira), ex-aequo com Lisboa e Setúbal (Meco, Guincho, Ribeira d' Ilhas) e Beira Interior (Penedo Furado, Loriga, Rossim). Com duas praias, classificaram-se as regiões de Entre Douro e Minho (Ermal, Canto Marinho) e Trás-os-Montes e Alto Douro (Fisgas do Ermelo, Ribeira - Albufeira do Azibo). A fechar a lista, Madeira (Porto Santo), Açores (Lagoa do Fogo) e Estremadura e Ribatejo (Supertubos).  


As 21 praias candidatas


1. PRAIAS DE RIOS

Penedo Furado - Vila de Rei - Castelo Branco, Beira Interior  
Praia das Furnas de Vila Nova de Milfontes - Odemira - Beja, Alentejo
Praia Fluvial de Loriga - Seia - Guarda, Beira Interior

2. PRAIAS DE ALBUFEIRAS E LAGOAS
Albufeira do Ermal - Vieira do Minho - Braga, Entre Douro e Minho
Ribeira - Albufeira do Azibo - Macedo de Cavaleiros - Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro
Vale do Rossim - Gouveia - Guarda, Beira Interior

3. PRAIAS URBANAS
Praia da Zambujeira do Mar - Odemira - Beja, Alentejo
Praia da Costa Nova - Ílhavo - Aveiro, Beira Litoral
Praia de Troia-Mar - Grândola - Setúbal, Alentejo

4. PRAIAS DE ARRIBAS
Praia da Arrifana - Aljezur - Faro, Algarve
Praia de Odeceixe - Aljezur - Faro, Algarve
Praia do Meco - Sesimbra - Setúbal, Lisboa e Setúbal

5. PRAIAS DE DUNAS
Praia do Carvalhal - Grândola - Setúbal, Alentejo
Praia da Ilha de Tavira - Tavira - Faro, Algarve
Praia do Porto Santo - Porto Santo - Madeira

6. PRAIAS SELVAGENS
Canto Marinho - Viana do Castelo, Entre Douro e Minho
Fisgas de Ermelo - Mondim de Basto - Vila Real, Trás-os-Montes e Alto Douro
Lagoa do Fogo - Ribeira Grande - São Miguel, Açores

7. PRAIAS DE USO DESPORTIVO
Praia de Ribeira d'Ilhas - Mafra - Lisboa, Lisboa e Setúbal
Praia do Guincho - Cascais - Lisboa, Lisboa e Setúbal
Supertubos - Peniche - Leiria, Estremadura e Ribatejo


A votos


E agora é que começa a verdadeira batalha das ondas. Depois de votarem as maravilhas de Portugal (neste caso, arquitecturas históricas como os Jerónimos ou a Torre de Belém), as de origem portuguesa no mundo, as naturais ou as da gastronomia, os portugueses voltam às "urnas" das maravilhas para eleger a melhor praia de cada categoria: a votação pública decorre até 7 de Setembro, através de várias plataformas. 

Organizado pela empresa 7 Maravilhas, o evento conta com dezenas de apoios, incluindo da Presidência da República, das secretarias de Estado do Mar e do Ambiente e Ordenamento do Território ou da Marinha Portuguesa. O resultado final da votação será apresentado numa gala a realizar a 8 de Setembro em Tróia.  


E como se chegou à lista das 21?


Ainda em 2011, qualquer "entidade pública, privada ou indivíduo" pôde nomear a "sua" praia. Em Janeiro de 2012, começou a avaliação das candidatas por um Conselho Científico (com representantes de entidades como a Marinha Portuguesa, Agência Portuguesa do Ambiente, Associação Bandeira Azul da Europa, Geota, Liga para a Protecção da Natureza, Quercus e SOS - Salvem o Surf)). Foram apuradas cerca de três centenas de praias que preenchiam os critérios regulamentados. Destas, um painel de 70 especialistas ("representantes das várias áreas científicas e com representatividade geográfica nacional") elegeu 70 pré-finalistas (dez praias por cada uma das sete categorias), apresentadas em Fevereiro, avaliando vários critérios (sete: beleza, qualidade da água e limpeza, estado de conservação dos sistemas naturais, serviços prestados aos utentes, espaços públicos, preservação da identidade local, condições naturais para prática desportiva). Passo seguinte: um "painel de 21 notáveis", composto por "figuras públicas reconhecidas no país e ligadas aos vários quadrantes e sectores da sociedade portuguesa", votou as praias, chegando-se à lista final de nomeações que integra as três praias mais votadas por cada categoria, sendo que, sublinha a organização, "a representatividade geográfica é assegurada pela presença no mínimo de uma finalista por região.


Os 21 notáveis que decidiram as nomeações
A lista de "notáveis" que decidiu as candidatas que vão a votoss incluiu Manuel Pinto de Abreu, secretário de Estado do Mar, Manuel Lacerda, da direcção da Agência Portuguesa do Ambiente, ou o Comandante na Marinha Portuguesa Nuno Galhardo Leitão, além de presidentes de organismos ligados à ecologia (Liga para a Protecção da Natureza, Quercus ou Geota, ABAE), dirigentes de empresas (casos de Pires de Lima, presidente da Unicer, ou João Marcelino, director-geral da Controlinveste), músicos (Carminho, maestrina Joana Carneiro), desportistas (Joana Rocha - Campeã Nacional de Surf, piloto Elisabete Jacinto,), a jornalista e investigadora de temas ambientais Luísa Schmidt ou o director de Informação da RTP, Nuno Santos, além de figuras como Guta Moura Guedes (directora da Experimenta Design) ou Nuno Gama (estilista). Lista completa aqui

 

A votação pública
A votação prolonga-se até às 14h de 7 de Setembro. Conta tudo: SMS, chamada telefónica, site e Facebook. "As 7 vencedoras serão apuradas pelo maior número de votos em cada uma das categorias", informa a organização, adiantando que "não podem ser eleitas mais do que duas maravilhas por região". O que poderá acontecer é existirem "regiões sem nenhuma maravilha eleita". O processo de votação é auditado pela consultora PricewaterhouseCoopers. 

 

 

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Sábado, 05.05.12
 
(Manuel Roberto)
A Casa da Música vai estar no ar no canal televisivo francês Mezzo ao longo deste mês de Maio.

O canal temático vocacionado para a música esteve no Porto a gravar vários momentos da última edição do festival À Volta do Barroco, em Outubro-Novembro do ano passado. Vai agora transmiti-los em diferentes horários, já a partir da manhã deste domingo. Neste dia, será recordado, às 11h50 e às 18h50, o REMA Showcase, uma apresentação de formações musicais constituídas por jovens instrumentistas de música antiga. 

No dia seguinte, com honras de horário nobre, serão transmitidos os concertos do grupo italiano Sonatori de La Gioiosa Marca, com o violinista Giuliano Carmignola (21h), e da Freiburger Barockorchester (22h), dois momentos altos do festival. A programação que a Mezzo dedica à Casa da Música, e que se prolongará pelo mês adiante, inclui também uma reportagem realizada nos bastidores do edifício concebido por Rem Koolhaas, numa visita guiada pelo administrador delegado Nuno Azevedo. 

O canal Mezzo emite actualmente para 39 países.

 

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Sexta-feira, 04.05.12

O livro do sociólogo José Machado Pais é lançado nesta sexta-feira
O livro do sociólogo José Machado Pais é lançado nesta sexta-feira (Foto: Paulo Pimenta)

Sociólogo José Machado Pais ouviu jovens "queixarem-se de excesso de liberdade". Está tudo num livro que é lançado hoje em Lisboa.

 

Vivem numa era em que tudo parece descartável, nomeadamente as relações. Mas será que a forma como os adolescentes namoram é assim tão diferente da dos seus pais? E quanto ao primeiro beijo, ao sexo e às traições amorosas? "Não há muitas diferenças a assinalar", concluiu o sociólogo José Machado Pais, autor do livro Sexualidade e Afectos Juvenis, que é lançado hoje à tarde no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa.

Depois de vários meses a discutir com jovens e respectivos pais questões como o casamento, divórcio e traições amorosas, o coordenador do ICS concluiu que a grande ruptura não se deu entre quem tem hoje entre 15 e 17 anos e os seus pais, mas entre estes e os seus predecessores, ou seja, os avôs.

"Os pais destes jovens teriam à volta de 20 anos, quando se deu o 25 de Abril, e tendem a demonstrar em relação aos seus filhos uma permissividade que surge como reacção à repressão de que foram vítimas, quando eram jovens, sobretudo as raparigas", adianta Machado Pais. O sociólogo diz mesmo ter ouvido nos grupos de discussão que promoveu em três escolas do país "alguns jovens queixarem-se de um excesso de liberdade".

"A forma de tratamento entre os jovens entrevistados e os seus pais é 'tu', enquanto estes tratavam os pais por 'você' ou mesmo 'vossemecê' e isso é significativo de uma mudança de um relacionamento verticalizado para um mais horizontalizado, em que os pais assumem um estatuto de amigos. E isso, às vezes, confunde-se com uma quase demissão da obrigação de disciplinar e orientar."

Quanto às semelhanças, na geração dos rapazes mais novos "persistem tiques de um machismo que não desapareceu". "Na geração predecessora, a iniciação sexual, nomeadamente nos meios rurais, fazia-se com recurso a prostitutas, onde a dimensão afectiva está ausente", contextualiza Machado Pais. "Entre os rapazes de agora continua a haver uma pressão para a iniciação sexual dirigida aos rapazes que ainda não se iniciaram sexualmente, e isso leva a que alguns se sintam impelidos à iniciação sexual desvinculada dos afectos." Já entre as raparigas, e agora como dantes, mantém-se "uma maior propensão para valorizarem a dimensão romântica e afectiva".

Quanto ao divórcio, consenso geral entre os jovens. "Todos dizem que, se um casamento não resulta, não vale a pena estar a prolongar uma situação de sofrimento", relata o investigador, admitindo que tal unanimidade poderá advir parcialmente do facto de alguns destes jovens "serem filhos de casamentos infelizes e não se sentirem confortáveis com as discussões quotidianas que presenciam".

 

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Terça-feira, 01.05.12

A mudança de Governo abriu caminho à adopção das novas regras

A mudança de Governo abriu caminho à adopção das novas regras (Dário Cruz)

 

A partir das 9h desta terça-feira, exactamente cinco anos após a data que tinha sido estabelecida no programa Simplex, do Governo de José Sócrates, qualquer pessoa pode registar um endereço a terminar em .pt.

 

A liberalização, anunciada em Fevereiro, faz com que deixe de ser necessário ter uma marca, uma empresa ou um nome profissional para poder ter um domínio de Internet em .pt, o domínio de topo correspondente a Portugal (todos os países têm um).

O registo de endereços em .pt, porém, mantém algumas das restrições antigas e continua com regras mais apertadas do que os registos em .com ou .net, dois dos mais populares e onde quase tudo é válido.

Uma das proibições no registo de domínios são as “palavras ou expressões contrárias à lei, à ordem pública ou bons costumes”. Também não são permitidos “nomes que induzam em erro ou confusão sobre a sua titularidade, nomeadamente por coincidirem com marcas notórias ou de prestígio pertencentes a outrem”.

Já o registo de endereços com palavras de âmbito geográfico – o nome de uma cidade, por exemplo – está limitado a entidades competentes, como câmaras municipais. E há também termos relacionados com nomenclaturas da Internet que não são permitidos.

A liberalização é um objectivo antigo da entidade que gere o domínio .pt, a Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN). A medida chegou a estar anunciada para 1 de Maio de 2007, ao abrigo do programa Simplex – mas foi sendo sucessivamente adiada e só a mudança de Governo acabou por abrir caminho à adopção das novas regras.

O presidente da FCCN, Pedro Veiga, afirmou na apresentação da liberalização ter esperança que a abertura do registo leve a um aumento de pessoas e entidades que optam por ter um endereço em .pt. Se o volume de registos crescer pelo menos 25%, as receitas poderão mesmo permitir à FCCN baixar os preços. Actualmente, o .pt custa 22 euros por ano, ou 65 euros por um registo de cinco anos (o que se traduz em 13 euros anuais – o preço dos .comronda os nove euros).

A medida abre ainda portas ao nascimento de um mercado secundário, para revenda de domínios em .pt. No caso do .com, há domínios que são revendidos sucessivamente, acabando por atingir preços de milhões de euros. Por exemplo, o sex.com chegou aos 10,5 milhões de euros e o diamonds.com, aos 5,7 milhões.

Pedro Veiga, porém, observou que a liberalização é tardia, uma vez que muitas pessoas já optaram por domínios que não o português.

Na base do adiamento desde 2007 esteve a oposição do então ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago. O ministério argumentava que as empresas poderiam ver registados domínios semelhantes às respectivas designações e marcas, o que levaria a litígios. Embora a FCCN não esteja sob tutela directa do Governo, havia organismos na dependência daquele ministério que tinham assento no conselho geral da fundação.

Antes que a liberalização avançasse, o ministério exigiu que a FCCN recolhesse pareceres das principais associações empresariais. Na sequência da análise dos pareceres, o ministério enviou à FCCN, em 2008, uma orientação contra a liberalização. Dois anos mais tarde, com o processo de liberalização estagnado, o conselho geral da FCCN acabou por decidir apertar ainda mais as regras, limitando os tipos de marcas que davam direito ao registo de um domínio.

Em Fevereiro deste ano, altura em que apresentou dados, a FCCN contava 382.499 registos efectuados, dos quais “menos de 200 mil” estavam a ser usados (a contribuir para isto está o facto de as empresas criadas ao abrigo do serviço Empresa na Hora receberam automaticamente um domínio .pt, embora muitas não o cheguem a usar).

Os registos podem ser feitos em DNS.pt, um site gerido pela FCCN, ou em empresas especializadas, chamadas agentes de registo. De acordo com números do DNS.pt, na semana passada foram feitos 1986 registos.

 

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Domingo, 29.04.12

“Sangue do meu Sangue” vence prémio na ÁustriaAs filmagens em Lisboa, em 2010 (Foto: Nuno Ferreira Santos)


O filme “Sangue do meu Sangue”, de João Canijo, venceu na noite deste sábado o Prémio New Vision, no valor de cinco mil euros, no Festival Crossing Europe, em Linz, na Áustria, segundo a produtora Midas Filmes.

 

A longa-metragem do realizador português tem ganho vários prémios internacionais, entre os quais o Prémio da Crítica Internacional e o Prémio Outra Mirada no Festival de San Sebastian, em Espanha, e o Grande Prémio do Júri no Festival de Miami, nos Estados Unidos.

“Sangue do meu Sangue” – protagonizado por Rita Blanco, Anabela Moreira, Cleia de Almeida, Nuno Lopes e Rafael Morais – vai ser apresentado por Canijo, nesta segunda-feira, no Festival Internacional de Cinema D’Autor de Barcelona, sendo que, algumas horas mais tarde, o Panamá International Film Festival vai mostrar também a longa-metragem, contando com a presença do actor Rafael Morais.

O Festival de La Rochelle, em França, vai apresentar o filme – já visto por mais de 20 mil espectadores nos cinemas portugueses – no mês de Junho e fazer uma homenagem a João Canijo, informa ainda a Midas Filmes.

 

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Segunda-feira, 23.04.12
A MIMA House ganhou um prémio do site ArchDaily

 

A MIMA House ganhou um prémio do site ArchDaily (DR)
Em poucos meses, o projecto da premiada MIMA House, de dois jovens arquitectos de Viana do Castelo, passou da fase experimental para a de comercialização. Graças a um acordo com uma fábrica da região, a dupla pode começar a dar resposta a centenas de encomendas destas casas prefabricadas de inspiração japonesa. Os pedidos, já com lista de espera, chegam de países como Brasil, Chile, EUA, Canadá, entre outros.

Após um período de sistematização de processos para definir a "forma mais rápida de produção" e o método "mais eficiente de transporte e montagem" foi encontrada a parceria certa. O conceito de habitação está em condições de começar a ser produzido, em série, em menos de dois meses, numa fábrica do Norte do país. Com o arranque da fase de produção os dois arquitectos admitem a necessidade de contratação de vários especialistas face ao volume de encomendas.

A MIMA House foi beber inspiração à arquitectura tradicional japonesa e com a arte e engenho de Mário Sousa e Marta Brandão, adequada ao estilo de vida das sociedades modernas. Os interessados em viverem a experiência de uma casa MIMA podem fazê-lo no primeiro showroom do país que os dois arquitectos abriram no fim-de-semana em Viana. "Será um quarto em que vão conseguir ter uma ideia do que será a casa, tocando, percebendo o que são as paredes internas e externas", explicou Marta Brandão.

O produto tornou-se famoso através da Internet. O sucesso do projecto foi consolidado, em Março, com o prémio Building of the Year, do famoso site de arquitectura ArchDaily. O conceito assenta num modelo com uma área de 18 a 36 metros quadrados, mas toda a concepção pode ser alterada, porque no interior da casa existem calhas metálicas que permitem colocar ou retirar paredes amovíveis, adicionando ou subtraindo divisões à casa ou oferecendo-lhe um carácter de open space

A MIMA é composta, sobretudo, por materiais de madeira maciça e por janelas de vidro duplo, assente numa estrutura de pilar e viga com um espaço fixo. Tudo o resto são paredes com painéis e peças modulares personalizadas pelo cliente. Sobre as janelas ou sobre as paredes podem ser colocados (e trocados) painéis coloridos, na mesma lógica de personalização.

O preço-base ronda os 39 mil euros. No entanto, o que pode fazer variar o custo final é, precisamente, a possibilidade de o cliente personalizar a casa. A dupla quer combater a ideia de que a "arquitectura é um objecto de luxo" a que poucos têm acesso. "Mantendo a qualidade arquitectónica, que para nós é o mais importante, tentámos criar um produto mais económico que mantivesse as qualidades espaciais e construtivas, contornando as questões do tempo e das legalizações, porque já responde aos parâmetros", explicou Marta Brandão.

 

Via Público



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Segunda-feira, 16.04.12

Os portugueses que se dizem católicos são menos, mas o Catolicismo continua a ser dominanteOs portugueses que se dizem católicos são menos, mas o Catolicismo continua a ser dominante (Foto: Enric Vives-Rubio)

Desde 1999 até 2011, diminuiu o número de católicos em Portugal (que são agora 79,5%) e aumentou o número de protestantes (incluindo evangélicos) e Testemunhas de Jeová.

 

Segundo o estudo do Centro de Estudos de Religiões e Culturas (CERC) da Universidade Católica Portuguesa, que quarta-feira será apresentado na assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, os católicos desceram de 86,9% para 79,5%. 

“Pode observar-se um decréscimo relativo da população que se declara católica e um incremento da percentagem relativa às outras posições de pertença religiosa, com um particular destaque para o universo protestante (incluindo os evangélicos)”, diz o relatório assinado por Alfredo Teixeira, do CERC. 

Os mesmos resultados mostram que 31,7% dos portugueses vão à missa pelo menos uma vez por semana. Se se somarem os 14% que dizem que vão à missa pelo menos uma ou duas vezes por mês, o total de portugueses que vão à missa com regularidade é de 45,7%. 

O inquérito, que foi realizado em Novembro passado, a partir de quatro mil entrevistas em todo o continente, compara os dados obtidos com um inquérito semelhante realizado em 1999. Em ambos os casos, pretendia-se saber como é que os portugueses se situam perante o fenómeno religioso, através de perguntas sobre a regularidade da prática religiosa ou de atitudes como a frequência com que se reza: 33% dos inquiridos dizem que todos os dias costumam “rezar ou dirigir-se a Deus ou qualquer outra entidade sobrenatural”, enquanto 26,7% o faz algumas vezes na semana. 

Crescem outras religiões 

Se os católicos diminuíram, já a percentagem de pessoas com uma religião diferente da católica passou de 2,7% em 1999 para 5,7%. Mas também o número de pessoas sem qualquer religião aumentou, de 8,2% para 14,2%. Por categorias, o aumento verificado foi de 1,7 para 3,2 nos indiferentes, de 1,7 para 2,2 nos agnósticos e 2,7% para 4,1% nos ateus.

Entre a população que se identifica com uma posição religiosa, os católicos baixaram de 97% para 93,3%. Nesta mesma grelha de análise, as categorias que mais cresceram foram os protestantes e evangélicos, bem como os que se definem como “crentes sem religião”. 

Os protestantes e evangélicos aumentaram de 0,3% para 2,8%, enquanto as Testemunhas de Jeová subiram de 1% para 1,5% no peso relativo. Os “outros cristãos” (que deverão ser predominantemente ortodoxos) aumentaram de 1,5% para 1,6%, enquanto os crentes de religiões não cristãs (muçulmanos, judeus, hindus, budistas, por exemplo) passaram de 0,2% para 0,8%. 

Na assembleia plenária que esta tarde abre em Fátima, com um discurso do presidente da CEP, o patriarca de Lisboa e os bispos deverão debater ainda uma nota pastoral sobre a Europa. Esta mensagem, disse o porta-voz da CEP, padre Manuel Morujão, à Lusa, incidirá na ideia de que “a Europa não pode resumir-se a um projecto de euros”. Antes, diz este responsável, deve “assumir-se como uma comunidade de países solidária e aberta ao mundo, para que a utopia da União Europeia se concretize nos seus valores essenciais”.

 

Retirado do Público



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Quarta-feira, 11.04.12

Portugal em 5º lugar no Ranking da Fifa

A selecção portuguesa de futebol subiu dois lugares no ranking da FIFA, surgindo em quinto lugar na classificação divulgada nesta quarta-feira.

Portugal aparece à frente de selecções como o Brasil, a Inglaterra e a Argentina, embora continue atrás de dois dos três adversários que vai encontrar na fase de grupos do Euro 2012: a Alemanha é segunda do ranking e a Holanda quarta.

Já a Dinamarca ocupa o nono lugar, o que significa que as quatro equipas do grupo de Portugal no Euro 2012 estão no "top ten" mundial.

A Espanha mantém a liderança de um ranking em que o Uruguai é um dos destaques, ocupando agora o 3.º posto, a melhor classificação da história daquele país sul-americano.

Ranking da FIFA (Abril 2011)

1.º Espanha, 1442 pontos
2.º Alemanha, 1345
3.º Uruguai, 1309
4.º Holanda, 1207
5.º Portugal, 1190
6.º Brasil, 1165
7.º Inglaterra, 1132
8.º Croácia, 1114
9.º Dinamarca, 1069
10.º Argentina, 1066

 

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Golo  Retirado do facebook

 

 

 

 


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Segunda-feira, 09.04.12

As filas eram menores no sábado, mas os turistas continuam a lamentar as dificuldades para pagarAs filas eram menores no sábado, mas os turistas continuam a lamentar as dificuldades para pagar (Melanie Map's)

O sistema de cobranças, sem portageiros, revela-se um fracasso. Os turistas queixam-se: "Até para pagar se criam dificuldades"

 

Os espanhóis esperaram, e desesperaram, para entrar em Portugal, pela fronteira do Guadiana, neste período da Páscoa. O sistema de portagens, instalado na Via do Infante (A22), à saída da ponte, é "confuso, ineficaz". Muitos, mesmo sem querer, acabam na EN125, contribuindo para congestionar ainda mais esta via de elevada sinistralidade.

A Estradas de Portugal (EP) procurou, nos últimos três dias, "humanizar" o serviço de cobrança de portagens na A22, colocando na fronteira de Castro Marim/Vila Real de Santo António uma funcionária para ajudar os automobilistas a operarem a máquina de pagamento. O movimento das mini-férias da Páscoa serviu para testar o que já se sabia: até para pagar se criaram dificuldades aos turistas.

O casal João e Lola, na casa dos 30 anos, está entre os muitos espanhóis que apreciam a gastronomia portuguesa. Neste sábado, quando viram o sol a brilhar, decidiram partir de Huelva. "Como funciona?", pergunta Lola, bem disposta, ao aproximar-se da máquina de pagamento de portagens. A funcionária da EP pergunta-lhe para onde vai, mas Lola ainda não sabe, a ideia é mesmo "andar por aí". Quando o destino é incerto, aconselha a funcionária, é melhor comprar um bilhete de 20 euros, válido por três dias - pode entrar e sair da A22 as vezes que quiser. "Mas nós só vimos comer, vamos a Tavira, voltamos para casa". Para fazer o trajecto, ida e volta - diz a tabela - a portagem a pagar é de 4,60 euros. Mas a mesma tabela adverte que "o mínimo que o dispositivo cobra são dez euros".

"E se não pagarmos, o que acontece?", questiona João. A pergunta fica sem resposta e a funcionária da EP sugere que, nesse caso, para não se sujeitarem a coimas, o melhor é meterem-se na EN125. Lola não sabe se percebeu bem a resposta, uma vez que nem ela fala português nem a funcionária castelhano.

"Serviço personalizado"

Outro condutor de Madrid dirige-se com a família a Vilamoura. "Conheço bem Lisboa e Porto, venho pela primeira vez ao Algarve", diz. Mostra o dispositivo electrónico de identificação do veículo que usa nas auto-estradas espanholas e pergunta se é válido em Portugal. Após um telefonema, a funcionária da EP esclarece que não serve.

Ontem, ao contrário do que sucedeu nos dois dias anteriores, não houve filas para pagamento, mas os automobilistas continuavam a protestar, por acharem as portagens "caras e, ainda por cima, difíceis de pagar". Manuel Horta, emigrante em França, andava de um lado para o outro sem saber o que fazer: "Já fui à policia e nem eles sabem dizer-me como posso pagar as portagens". Andou pela Via do Infante, com a viatura de matrícula estrangeira, sem pagar. Nos Correios disseram-lhe "que o sistema não lia matrículas estrangeiras". A representante da EP encolhia os ombros.

A meio da manhã, chega ao local o director regional da EP. Sobre a confusão do sistema de cobranças, Luis Pinelo, disse ao PÚBLICO que o apoio de informação no local só decorreu no período da Páscoa. Para os restantes dias, existe um número de apoio, que remete para o call center da empresa, em Almada. E acrescentou que na estação de serviço de Olhão existe um "serviço personalizado, a funcionar 24 horas".

O serviço personalizado é o funcionário da bomba que, quando não está a receber os pagamentos do combustível ou a vender chocolates e bolachas, também presta informação sobre o pagamento das portagens. Anton Bergario, de mapa na mão, aproxima-se dele, adiantando que pretende ir a Faro e "talvez um pouco mais adiante". O empregado da gasolineira avisa: "Se não me disser para onde quer ir, não o posso ajudar". O espanhol pretendia, como turista, descobrir a região, sem rumo certo. "Já passou dois pórticos sem pagar", disse o empregado, passando ao lado, para atender novo cliente. Por fim, o visitante admite querer conhecer também Albufeira. "Isto é confuso, muito confuso - o normal seria passar, e no fim pagar", protesta. O empregado, sorrindo, observa: "Isto é todo o dia assim ..."

 

Via Público



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