Os consumidores que vão comprar equipamentos gastadores de energia, como máquinas de lavar ou impressoras, podem procurar conselho no site Topten.pt, que actualizou as atuais oito categorias e estuda integrar também máquinas de café e televisores.
Em Portugal, o site do projecto, de âmbito europeu, é gerido pela Quercus e recebe cerca de quatro mil visitas por mês de consumidores que pretendem saber quais as marcas e modelos mais eficientes.
«Em Janeiro de 2012, todas as categorias do Topten estão actualizadas, existem oito categorias online, como lâmpadas de baixo consumo, máquinas de lavar roupa e loiça, frigoríficos, congeladores, arcas, monitores, impressoras e automóveis», explicou Rita Antunes, Grupo de Energia e Alterações Climáticas da Quercus.
Desde 2007, as categorias foram crescendo e «este ano queremos lançar novas categorias, gostaríamos de lançar as máquinas de café e os televisores. É o que está previsto, embora possa haver alterações», avançou à agência Lusa Rita Antunes.
O Topten.pt é uma ferramenta de pesquisa online dos melhores produtos que existem no mercado ao nível de eficiência energética e vai continuar em actividade, pelo menos, nos próximos três anos, referiu.
«Temos cerca de quatro mil visitas por mês, [um número] estável ao longo dos últimos anos», acrescentou a técnica da Quercus, recordando o questionário online para «perceber quais as informações que os consumidores necessitam».
Está prevista uma actualização anual de cada categoria, mas a frequência com que os modelos mudam no mercado e a nova etiqueta energética leva a que os exemplos apontados sejam alterados mais rapidamente.
«A novidade nas categorias das máquinas de lavar roupa e loiça, frigoríficos e arcas é que o pior modelo é de classe A porque, com a entrada da nova etiqueta energética, todas as outras saíram do mercado», sendo a melhor a A+++, especificou Rita Antunes.
Além das recomendações de compra, o Topten disponibiliza conselhos de utilização dos equipamentos de cada categoria.
Via Sol
Em Portugal, essa estratégia está agora a ser praticada pela Intimissimi e Triumph, sendo que a marca italiana desconta três euros ao valor de um soutien novo na retoma de um velho e a alemã, no mesmo procedimento, abate 5 euros na compra do cliente.
Francesca Vellano, do Departamento de Comunicação e Imagem do grupo Calzedonia, que detém a Intimissimi, afirma que essa «é a primeira marca de roupa íntima a propor a destruição e reciclagem de soutiens velhos com a finalidade de produzir painéis absorventes e isoladores de som capazes de atenuar vários tipos de poluição sonora e de assegurar excelentes performances de insonorização em qualquer estrutura».
«É também a primeira vez que a actividade da reciclagem utiliza soutiens para a produção de revestimentos permeáveis», realça a mesma responsável. «A Intimissimi procura afirmar-se como brand ecológica e de tendência, reduzindo a sua pegada ecológica e a dos seus clientes, apoiando a eco-sustentabilidade e transmitindo a ideia de que uma atitude defensora e amiga do ambiente é uma moda intemporal».
Madalena Moniz Pereira, chefe do Departamento de Marketing da Triumph Portugal, recorda que esta prática de incentivo à reciclagem de soutiens usados foi lançada na Alemanha em 2009, revelando-se um «case study de sucesso» que depois «foi adoptado por outras marcas da concorrência».
A Portugal, a campanha chegou em Março de 2010 e resultou num«êxito de vendas», até porque, «numa altura em que a crise económica anda de mãos dadas com os consumidores, é natural que as marcas - umas mais criativamente, outras menos - criem soluções que vão de encontro às expectativas dos seus clientes».
Madalena Moniz Pereira realça também que a reciclagem de soutiens tem ainda um efeito prático na saúde das utilizadoras.«Cerca de 80% das mulheres usa o número e o tipo de soutien errado para o seu corpo», observa. «Como não sabem escolher e têm algum embaraço em perguntar, compram lingerie por impulso e, às vezes, essa é usada uma vez e posta de lado, porque a mulher não se sente confortável».
«Agora, mesmo numa altura de crise, as mulheres vão poder trocar os soutiens cujas alças lhes fogem dos ombros, que têm elásticos frouxos ou que pura e simplesmente não as fazem sentir confortáveis», conclui.
Os soutiens usados recolhidos nas 58 lojas que a Intimissimi tem em todo o país vão ser entregues à empresa OVAT Campagnari SRL, que Francesca Vellano aponta como «líder na recolha e recuperação de materiais», com base na experiência que os seus fundadores recolheram inicialmente no sector da construção civil e que agora alargam à área dos têxteis e do ambiente.
Só no que se refere ao tratamento de resíduos e desperdícios derivados de fiação, tecelagem, malharia e embalagens, a empresa processou o ano passado mais de 1.000 toneladas de material, transformado depois em produtos semi-acabados para reingresso na linha produtiva, como é o caso de absorventes acústicos, isoladores térmicos, estofados, materiais de limpeza e cortinas.
À campanha da Triumph, por sua vez, aderiram em Portugal 25 lojas, 20 'franchisados' e mais de 100 clientes com representações várias, mas a chefe do Departamento de Marketing da marca não adianta que tipo de utilização será dado aos soutiens usados a nível de reciclagem
Via Sol
Pôr todos os meses algum dinheiro de parte foi a forma conseguida por Pedro Martins para planear a sua reforma. O Plano Poupança Reforma (PPR) foi o instrumento escolhido. "Na altura apresentava benefícios fiscais bastante atractivos e, ao mesmo tempo, tinha a vantagem de nem sequer ver o dinheiro, já que este é transferido automaticamente todos os meses para o PPR", diz ao i.
Mesmo com a redução dos benefícios fiscais, o comercial garante que vai continuar a investir neste produto. Tudo em nome de uma reforma mais descansada. "Se não for assim, muito dificilmente continuava a fazer um pé-de-meia. Já me habituei a não contar com esse dinheiro no final do mês e, como optei por fazer transferências reduzidas, não causa um grande impacto no orçamento."
A verdade é que este não é um caso isolado. Planear a reforma com alguma antecedência para evitar desagradáveis surpresas é cada vez mais a estratégia seguida pelos portugueses. No entanto, nem sempre é uma tarefa fácil, já que o orçamento familiar para a maioria dos consumidores está cada vez mais asfixiado.
Para alguns especialistas o truque é simples: poupar no mínimo 10% dos rendimentos mensais para esse fim. Além do valor também a idade deve ser tida em conta. A Deco lembra que esta decisão deve ser tomada o mais cedo possível. Um dos erros típicos é assumir que basta preocupar-nos com este assunto a cinco ou 10 anos da reforma. Uma visão que pode trazer desagradáveis surpresas, já que em cinco ou 10 anos dificilmente iremos poupar o suficiente para complementar a pensão de reforma.
Mas vamos a números. Se poupar 50 euros por mês a partir dos 40 anos consegue juntar mais de 25 mil euros até aos 65 anos. Conclusão, "é preferível constituir uma poupança pouco a pouco do que adiar a decisão, já que consegue atingir uma poupança considerável a partir de quantias reduzidas", admite a associação. Esta refere, no entanto, que o consumidor não deve aplicar todo o dinheiro em produtos a longo prazo, uma vez que, pode vir a precisar dessa verba para responder a algum imprevisto.
acautelar o futuro De acordo com o Axa Barómetro 2010, os reformados portugueses começam a poupar mais e mais cedo face aos congéneres europeus. Segundo as conclusões deste inquérito, a população reformada começou a poupar, em média, aos 38 anos, num montante médio de 4400 euros anuais (mais 5% do que a média da Europa Ocidental). Também a população reformada preparou-se melhor que os actuais trabalhadores, de entre os quais, apenas quatro em dez pessoas já o começou a fazer.
Onde investir? Há várias ofertas no mercado, cabe ao consumidor escolher a modalidade que mais se adequa ao seu caso. O cliente deverá ter em conta alguns factores, nomeadamente a necessidade de diversificar os investimentos, o perfil de risco do investidor e o espaço de tempo até à chegada da reforma. A partir daí é só escolher o produto mais indicado (ver caixas e testemunhos).
Os PPR são os produtos eleitos pela maioria dos consumidores, mas também aqui a Deco chama a atenção para alguns factores. Por exemplo, quem tem menos de 35-40 anos não deve investir ainda em PPR. Nesta faixa etária os portugueses devem investir em áreas com forte exposição aos mercados bolsistas - nomeadamente fundos de acções ou mistos agressivos - numa lógica a longo prazo. Segundo a associação, a idade ideal para investir neste produto ronda os 40 anos. "Isso não significa que pessoas mais novas descurem a poupança para a reforma", conclui, "existem sim ofertas alternativas".
Cinco alternativas de poupança
Plano poupança Reforma (PPR)
É o instrumento de poupança mais conhecido junto dos consumidores portugueses e é o que tem mais adeptos. A maioria da oferta tem capital garantido, como tal o perfil de risco é moderado. Os benefícios fiscais inerentes a este produto ditaram o seu sucesso nos últimos, no entanto, o governo impôs limites a estes benefícios já este ano. Passou a existir um tecto máximo ao valor dos benefícios de que os contribuintes poderão usufruir. Estes limites serão bastante restritivos e vão variar entre os zero e os 100 euros consoante os escalões de rendimento. Não se esqueça que agora é mais fácil movimentar um PPR caso não esteja satisfeito com a performance do produto, ou seja, pode transferir o capital investido para um PPR de outra instituição. O processo foi simplificado em 2009, altura em que foram impostas comissões máximas que os bancos e seguradoras poderiam cobrar por este processo. Desta forma, transferir um PPR que não tenha garantia de capital deixou ter qualquer custo. Já no caso dos produtos com garantia de capital, a comissão máxima prevista é de 0,5% do valor a resgatar.
Via Ionline