A coreógrafa Olga Roriz, 56 anos, é a vencedora da edição 2012 do Prémio União Latina. Esta é a primeira vez que o prémio distingue uma personalidade da área da dança.
A notícia foi confirmada pela própria coreógrafa que, em declarações ao PÚBLICO, disse que “o prémio distingue também a dança, numa altura em que as artes parecem excluídas da vida quotidiana”.
Olga Roriz, que prepara neste momento a remontagem, na Companhia Nacional de Bailado e no Ballet Teatro Guaíra (de Curitiba, Brasil), da sua coreografia Sagração da Primavera, estreada em 2011, diz que o prémio “tem um sabor agridoce”: “É prestigiante, e de louvar, mas não nos podemos esquecer do momento estranho que as artes vivem neste momento ”. Por isso, “a surpresa” é tanto maior, porque “permite esquecer essa ambivalência”.
A situação de que fala tem exemplos muito concretos, como é o caso da perda eminente de espaço de trabalho. Olga Roriz foi informada de que a sua companhia, que parte no sábado para Macau onde apresentará, no centro cultural da cidade, a criação de 2007, Nortada, deverá abandonar em Setembro as instalações que ocupava há dois anos na Rua da Prata. A seguradora Tranquilidade, com quem havia estabelecido um protocolo de cedência de espaço que lhe permitia abrir o espaço a aulas e residências artísticas de outros criadores, decidiu ali construir um hotel.
A coreografia A Cidade, com estreia em Outubro em Viana do Castelo, seguindo-se depois a digressão nacional, será a última que a coreógrafa ali vai poder criar.
O prémio, no seu décimo aniversário, distinguiu já o cineasta Manoel de Oliveira, o ensaísta Eduardo Lourenço (que presidiu este ano ao júri), o arquitecto Álvaro Siza Vieira, o ex-Presidente da República Mário Soares, a helenista Maria Helena da Rocha Pereira, o historiador José Mattoso, o actor e encenador Luís Miguel Cintra, o pintor Júlio Pomar, o arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles e a escritora Lídia Jorge.
A cerimónia de entrega do prémio será dia 29 de Maio, no Instituto Camões, em Lisboa, presidida pelo secretário de estado dos Assuntos Europeus, Miguel Morais Leitão.
A rodagem do filme de João Canijo (ao centro), em 2010 (Nuno Ferreira Santos)
O filme de João Canijo, “Sangue do Meu Sangue”, continua a somar prémios nos festivais onde é apresentado. Depois de na semana passada ter sido distinguido na Áustria, ontem o filme português venceu o Prémio do Público no “D’A - Festival Internacional de Cinema D’Autor” de Barcelona, anunciou nesta segunda-feira a produtora Midas Filmes. O prémio conquistado por “Sangue do Meu Sangue” é o único que o festival atribui.
O drama protagonizado por Rita Blanco, Cleia de Almeida, Anabela Moreira e Rafael Morais foi apresentado na secção Direccions, competindo com “as melhores obras do ano no que respeita à autoria contemporânea e ao cinema independente, nomes capitais do cinema de hoje e que dificilmente chegam às salas comerciais, mas que estão na boca de todos os cinéfilos”, como definiu o festival. João Canijo destacou-se assim entre nomes como Werner Herzog, Johnnie To, Christophe Honoré, Nury Bilge Ceilan, Terence Davies ou Bertrand Bonello.
No catálogo do festival, “Sangue do Meu Sangue” foi apresentado como “o último filme de um dos melhores realizadores portugueses contemporâneos, o retrato de uma mãe coragem e sua família. Uma obra onde o trabalho dos actores tem um lugar chave, ao mesmo tempo que a câmara cúmplice de um autor em estado de graça”.
Desde que se estreou no ano passado no Festival de San Sebastian, onde conquistou o Prémio da Crítica Internacional e o Prémio Otra Mirada da TVE, o filme de Canijo tem sido amplamente premiado. Na semana passada o filme recebeu em Linz, na Áustria, o New Vision Award no Festival Crossing Europe e, antes disso, já tinha conquistado o Grande Prémio do Júri no Festival de Miami (EUA) e o Prémio Melhor Filme no Festival de Pau (França).
Mas não foi apenas no estrangeiro que “Sangue do Meu Sangue”, o filme português mais visto em 2011, foi premiado. Em Portugal, o filme foi consagrado no Festival do Faial e no Caminhos do Cinema Português, em Coimbra, para além dos Prémios SPA, estando ainda nomeado em cinco categorias para os Globos de Ouro, cujos vencedores são conhecidos no dia 20.
A Midas informa ainda que o filme vai continuar a sua digressão internacional. Em Junho, “Sangue do Meu Sangue” vai ser exibido no Festival de La Rochelle, em França, que vai homenagear João Canijo, exibindo ainda os filmes “Ganhar a Vida”, “Noite Escura” e “Mal Nascida”. Esta mini-retrospectiva será no final do ano exibida em diversas cidades de Espanha. Já “Sangue do Meu Sangue” será entretanto exibido na Filmoteca da Extremadura (Cáceres e Badajoz), ainda durante este mês.
Já editado em DVD e exibido na sua versão de três partes na RTP, o filme continua a circular um pouco por todo o país, em sessões organizadas por cineclubes e associações culturais.
O filme “É na terra não é na lua”, de Gonçalo Tocha, foi eleito o melhor documentário do 55º Festival Internacional de Cinema de São Francisco, nos Estados Unidos, anunciou a organização
O documentário, que retrata a vida da ilha açoriana do Corvo, recebeu o Golden Gate Award, que equivale a cerca de 15 mil euros, para melhor documentário em longa-metragem.
Gonçalo Tocha recebe este prémio semanas depois de ter sido distinguido na Argentina, onde o documentário conquistou o prémio de melhor filme na secção “Cinema do Futuro”, no Festival Internacional de Cinema Independente, em Buenos Aires.
O filme, com 180 minutos de duração, foi rodado entre 2007 e 2009 e estreou-se no Festival Internacional de Cinema de Locarno, na Suíça, onde recebeu uma menção especial do júri, tendo depois vencido o prémio para a melhor longa-metragem no DocLisboa.
O realizador, descendente de micaelenses, nunca tinha estado no Corvo até ao dia em que partiu de S. Miguel, onde tinha apresentado o seu primeiro filme, à descoberta da mais pequena ilha do arquipélago, apanhando várias boleias de barco.
A pequena equipa filmou tudo o que conseguiu na ilha e acabou por fazer uma espécie de “arquivo contemporâneo em movimento”, disse o realizador à Lusa.
Gonçalo Tocha admitiu que entrou no Porto da Casa, no Corvo, sem “a mínima ideia” do que ia fazer, mas com a “ambição louca de filmar tudo e conhecer todas as pessoas”.
Nascido em 1979, Gonçalo Tocha assinou em 2006 a primeira longa-metragem, “Balou”, premiado no ano seguinte no festival IndieLisboa.
As filmagens em Lisboa, em 2010 (Foto: Nuno Ferreira Santos)
O filme “Sangue do meu Sangue”, de João Canijo, venceu na noite deste sábado o Prémio New Vision, no valor de cinco mil euros, no Festival Crossing Europe, em Linz, na Áustria, segundo a produtora Midas Filmes.
A longa-metragem do realizador português tem ganho vários prémios internacionais, entre os quais o Prémio da Crítica Internacional e o Prémio Outra Mirada no Festival de San Sebastian, em Espanha, e o Grande Prémio do Júri no Festival de Miami, nos Estados Unidos.
“Sangue do meu Sangue” – protagonizado por Rita Blanco, Anabela Moreira, Cleia de Almeida, Nuno Lopes e Rafael Morais – vai ser apresentado por Canijo, nesta segunda-feira, no Festival Internacional de Cinema D’Autor de Barcelona, sendo que, algumas horas mais tarde, o Panamá International Film Festival vai mostrar também a longa-metragem, contando com a presença do actor Rafael Morais.
O Festival de La Rochelle, em França, vai apresentar o filme – já visto por mais de 20 mil espectadores nos cinemas portugueses – no mês de Junho e fazer uma homenagem a João Canijo, informa ainda a Midas Filmes.
O trabalho de António Pedrosa retrata o quotidiano de uma comunidade de 120 ciganos do Bairro do Iraque, Carrazeda de Ansiães (António Pedrosa)
Uma reportagem de António Pedrosa sobre uma comunidade cigana do Bairro do Iraque, na vila transmontana de Carrazeda de Ansiães, venceu o Prémio de Fotojornalismo 2012 Estação Imagem/Mora. O PÚBLICO venceu em quatro categorias, entre as quais um primeiro prémio para Pedro Cunha pelo trabalho "Surf em Portugal", na categoria Desporto.
Paulo Pimenta venceu o segundo prémio na categoria Artes e Espectáculos, com a reportagem "Portugal Fashion", Adriano Miranda ganhou também o segundo prémio na categoria Retratos, com trabalho "Meninos de Cabanelas" e Rui Gaudêncio conquistou o terceiro prémio em Vida Quotidiana, pelo trabalho "Tanatopraxia".
O presidente do júri internacional que analisou os 452 trabalhos enviados a concurso, o italiano Emílio Morenatti, justificou o prémio máximo atribuído a António Pedrosa afirmando que “era a melhor história, muito fácil de entender e contada com forte dramatismo”. Citado pela organização do Estação Imagem/Mora, Morenatti sublinhou o “profundo trabalho de aproximação” à comunidade cigana retratada e o “estilo de fotografia muito clássico” em que o preto e branco foi trabalhado “de forma perfeita”.
Para além do Estação Imagem/Mora, o concurso está estruturado em seis categorias. João Carvalho Pina, do colectivo kameraphoto, ganhou o primeiro prémio da categoria Notícias, com a reportagem “Revolução Egípcia”. Nelson d’Aires, do mesmo colectivo português, conquistou o segundo prémio, com “Sobreviventes”, e Mário Cruz o terceiro, com “Campanha eleitoral: José Sócrates”.
Na categoria Vida Quotidiana, o trabalho “Curandeiros” de Miguel Proença venceu o primeiro prémio. Em Arte e Espectáculos, Rui M. Oliveira foi o vencedor, com “Uma ‘fábrica’ de teatro” e em Ambiente o trabalho distinguido foi "The last forest”, da autoria de Tommaso Rada.
O portefólio “Ocupações”, de Filipe Branquinho, conquistou a atenção do júri para o primeiro prémio na categoria Retrato e, por último, na categoria Desporto, o trabalho vencedor foi “Surf em Portugal”, do fotojornalista do PÚBLICO Pedro Cunha.
Nelson d’Aires, um dos fotógrafos já reconhecidos com o prémio máximo daquele é neste momento o único prémio de fotojornalismo em Portugal, foi o nome escolhido para a Bolsa Estação Imagem/Mora 2012 com a proposta “Álbum de família – a memória de Mora, como demora a fotografia”.
Para além do fotojornalista Emílio Morenatti, que trabalha para a agência Associated Press, fizeram parte do júri o fotojornalista, Pratick Baz, da Agência France Press, e três editoras de fotografia: Marion Duran, da revista “Newsweek”, Frédérique Babin, que, entre outras, trabalhou para a revista “Le Monde Magazine”, e “Arianna Rinaldo”, que dirige a revista de fotografia espanhola “Ojodepez”.
Morenatti explicou o ambiente que rodeou o processo de escolha dos trabalhos vencedores dando conta de “um debate intenso, nalguns casos acalorado, com diferentes pontos de vista em busca da ética do fotojornalismo”. O presidente do júri lamentou que entre as centenas de trabalhos enviados não houvesse nenhum sobre a actual situação de crise económico-financeira que atravessa Portugal e vários países da União Europeia. “Os fotógrafos contemporâneos têm que fiscalizar a crise social. Têm que fotografar o que se passa em frente às suas casas. É importante sair à rua e medir isso que se passa em Portugal e na Europa actual”. Citado pela organização, Emílio Morenatti deu um sinal de alerta em relação a trabalhos com demasiada pós-produção digital: “Havia trabalhos com excesso de recurso ao photoshop na pós-produção, que tiveram que ser excluídos”.
O Prémio Estação Imagem/Mora realiza-se pelo terceiro ano consecutivo. Na sessão de entrega dos prémios, o presidente da câmara, Luís Simão de Matos, prometeu continuar a apoiar a iniciativa “apesar dos constrangimentos financeiros”. “A Câmara Municipal de Mora sempre fez questão de continuar com o prémio. Não pode ser só construir estradas e jardins. É preciso que exista incentivo à cultura e à fotografia”.
O fotojornalista do PÚBLICO Paulo Pimenta foi o primeiro vencedor do concurso, com uma reportagem sobre o abandono da linha ferroviária do Sabor, e Nelson d’Aires o segundo, com um trabalho sobre o caso de “bullying” que poderá ter estado na origem do afogamento de um adolescente em Mirandela.
Notícias 1º Revolução Egípcia - João Carvalho Pina 2º Sobreviventes – Nelson d’Aires 3º Campanha eleitoral : José Sócrates – Mário Cruz
Vida Quotidiana 1º - Curandeiros – Miguel Proença 2º - “Ninja” – José Ferreira 3º – Tanatopraxia – Rui Gaudêncio
Arte e Espectáculos 1º – Uma “Fábrica” de Teatro - Rui M. Oliveira 2º – Portugal Fashion – Paulo Pimenta 3º – Sonar – Miguel Riopa
Ambiente 1º - The Last Forest – Tommaso Rada 2º – Retratos de Rapinas – José Antunes 3º - A Time of Crocodiles: Humans and Nature Clash in Mozambique - Vlad Sokhin
Retratos 1º – Ocupações – Filipe Branquinho 2º – Meninos de Cabanelas – Adriano Miranda
Desporto 1º – Surf em Portugal – Pedro Cunha 2º – CSI Porto – Ricardo Meireles
Bolsa Estação Imagem/Mora 2012 Álbum de Família – A memória de Mora, como demora a fotografia Nelson d’Aires
A rodagem do filme de João Canijo (ao centro), em 2010 (Fotografias: Nuno Ferreira Santos)
"Sangue do Meu Sangue", de João Canijo, recebeu o Grande Prémio do Júri do Festival de Cinema de Miami, nos EUA, que termina neste domingo.
A distinção inclui uma atribuição de cinco mil dólares. O filme acaba de ser editado em DVD em Portugal, em edição de coleccionador, nas duas versões, a curta e a longa, de 2h20 e de 3h10, respectivamente.
No seu percurso por festivais, "Sangue do Meu Sangue" venceu já o Prémio da Crítica Internacional e a Menção Especial do Júri do Prémio "Otra Mirada" durante o Festival de San Sebastian, onde teve a sua estreia mundial.
Depois disso foi apresentado no Festival de Toronto e mais recentemente no Festival de Bussan, Coreia. Estão ainda agendadas as exibições no Festival do Rio de Janeiro, no Brasil, em Munique, na Alemanha, em Linz, na Áustria, em Vílnius, na Lituânia, e na Corunha, em Espanha, onde será acompanhado por uma retrospectiva da obra do realizador. A distribuição alternativa nos EUA no próximo ano também já está assegurada, segundo a distribuidora Midas Filmes.
Museu Casa das Mudas, na Calheta, é um dos trabalhos deste madeirense (Foto: Miguel Silva/Arquivo)
O arquitecto Paulo David recebeu a Medalha Alvar Aalto 2012, na Gala Capital World Design realizada no Hall Sibelius de Lahti, na Finlândia.
Paulo David é o 11.º arquitecto galardoado e o segundo português, depois de Siza Vieira (1988), com a Medalha Alvar Aalto que é atribuída a um arquitecto ou escritório de arquitectura em reconhecimento de um contributo significativo para a arquitectura.
O trabalho de Paulo David, na opinião do júri, faz uma síntese convincente da arquitectura contemporânea e tradicional. Respeita as características locais da sua ilha natal da Madeira, criando uma nova camada histórica da paisagem secular da ilha. Os edifícios projectados por Paulo David podem ser considerados tanto paisagem como arquitectura.
Nas palavras do Júri, "o trabalho de David é localmente enraizado, mas ao mesmo tempo universal. É um alerta oportuno de que a arquitectura pode ser calma, serena, lírica, poderosa e "não-espectáculo". A sua obra continua a busca constante por uma arquitectura adequada, relevante e autêntica que se funde com a paisagem. O trabalho respeita e responde à "história, tempo, lugar, cultura e tecnologia" - a sua arquitectura é uma resposta, não uma imposição".
A medalha tem sido tradicionalmente atribuída pela data do aniversário de Alvar Aalto (3 de Fevereiro). O prémio é concedido pela Comissão que representa a Fundação Alvar Aalto, a Associação Finlandesa de Arquitectos/SAFA, a Fundação para o Museu de Arquitectura da Finlândia, a Sociedade Finlandesa de Arquitectura e da Cidade de Helsínquia.
Paulo David que hoje participou na abertura de uma exposição sobre a Medalha Alvar Aalto no Museu de Arquitectura da Finlândia, licenciou-se em arquitectura em 1989 pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa. Colaborou com os arquitectos Gonçalo Byrne e João Luis Carrilho da Graça, em diversos projectos de arquitectura, em Lisboa, cidade onde viveu doze anos.
Em 2003 cria o seu próprio ateliê no Funchal, através do qual tem desenvolvido projectos em diferentes áreas e programas, equipamentos, habitação, requalificação de edifícios e espaços públicos. Entre outras distinções, recebeu o Prémio Fad – Arquitectura Ibérica (2007), pelo Complexo das Salinas, em Câmara de Lobos a a primeira edição do Prémio Enor Portugal (2005), pelo Centro das Artes – Casa das Mudas , na Calheta, obra seleccionada nesse ano para o Prémio Europeu de Arquitectura Contemporânea Mies Van der Rohe.
Rita Blanco e Cleia de Almeida são as protagonistas do melodrama familiar filmado por Canijo (Nuno Ferreira Santos)
O mais recente filme de João Canijo,Sangue do Meu Sangue voltou a ser distinguido num festival internacional. Depois de San Sebastian, em Espanha, foi a vez de Pau, em França, onde arrecadou o prémio para melhor filme.
Sangue do Meu Sangue estava em competição com outros seis filmes, no Festival International du Film de Pau, que vai apenas na segunda edição. O evento chega neste sábado à noite ao fim, com a entrega de prémios. A actriz Anabela Moreira, que acompanhou o filme, vai receber o galardão.
Na mesma nota em que dá conta do prémio em França, a produtora, a Midas Filmes, sublinha ainda que o filme estará também em competição no Miami International Film Festival, em Março do próximo ano. Em Setembro, saiu do festival de San Sebastian, em Espanha, com o prémio da crítica internacional e uma menção honrosa.
João Canijo trabalhou durante três anos em Sangue do Meu Sangue, escrito em parceria com o elenco, que inclui Rita Blanco, Cleia de Almeida, Anabela Moreira, Rafael Morais, Nuno Lopes, Beatriz Batarda e Marcello Urgeghe. É um melodrama familiar, que narra o amor de uma mãe pela filha, nos subúrbios de Lisboa.
Sangue do Meu Sangue, que sucede a Mal Nascida e a Fantasia Lusitana na filmografia de João Canijo, está há dez semanas em sala, em Portugal. É, de acordo com os dados do Instituto do Cinema e do Audiovisual, o filme português com maior receita bruta deste ano.
Fotografia de Tubarão Azul ao largo dos Açores deu ao fotógrafo português Nuno Sá uma menção honrosa na edição de 2011 do prestigiado prémio de fotografia da vida selvagem. Imagens do concurso de 2010 estão em exibição no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Universidade de Lisboa, até 30 de Dezembro de 2011.
Foram anunciados os vencedores do Veolia Environment Wildlife Photographer of the Year 2011, um dos mais prestigiados concursos de fotografia da vida selvagem de todo o mundo. O fotógrafo português da vida selvagem Nuno Sá obteve um “alto louvor” com a fotografia “Racing blue” na categoria “The Underwater World”.
Tirada ao largo da ilha do Faial, nos Açores, esta fotografia exibe um tubarão azul. O objectivo do fotógrafo foi “mostrar a beleza deste predador de topo”.
Esta distinção coloca a fotografia de Nuno Sá em evidência entre as 108 imagens escolhidas pelo júri do Veolia Environment Wildlife Photographer of the Year. O fotógrafo vê o seu talento reconhecido pela segunda vez neste concurso anual. Na edição de 2008, conquistou um “alto louvor” na categoria Animals in their Environment atribuído à fotografia “Orcas at Sunset”.
A exposição relativa ao prémio da edição anterior intitulada Veolia Água Fotógrafos da Natureza 2010, encontra-se actualmente em exibição no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Universidade de Lisboa. Até 30 de Dezembro, os visitantes podem apreciar as melhores imagens da vida selvagem deste prémio internacional, um dos mais conceituados na área da fotografia da natureza.
Exibida pela primeira vez em Portugal, a Veolia Água Fotógrafos da Natureza 2010 resulta da mais importante competição fotográfica de vida selvagem em todo o mundo, o concurso Veolia Environment Wildlife Photographer of the Year. O concurso é promovido pela BBC Wildlife Magazine e pelo Museu de História Natural de Londres, sendo a Veolia Environment o principal patrocinador desde a edição de 2009.
A selecção das fotografias é feita por um painel de júris composto pelos mais respeitados e conceituados fotógrafos de natureza e peritos em vida selvagem de renome mundial. As fotografias distinguidas são apresentadas numa grande exposição no Museu Nacional de História Natural de Londres, e posteriormente exibidas em várias cidades do mundo – entre as quais se inclui agora Lisboa.
Com o romance “Os Malaquias”, a escritora Andréa del Fuego é a vencedora da sétima edição do Prémio Literário José Saramago. O anúncio acaba de ser feito numa cerimónia no edifício sede do Grupo BertrandCírculo, em Lisboa. O prémio, no valor de 25 mil euros, foi entregue à jovem escritora pelo secretário de Estado, Francisco José Viegas.
O Prémio Literário José Saramago, que foi instituído pela Fundação Círculo de Leitores e é atribuído de dois em dois anos, distingue uma obra literária no domínio da ficção, romance ou novela, escrita em língua portuguesa, por um escritor com idade não superior a 35 anos, cuja primeira edição tenha sido publicada em qualquer país lusófono.
À sétima edição do prémio, que celebra a atribuição do Prémio Nobel da Literatura de 1998 a José Saramago, podiam concorrer obras publicadas em 2009 ou 2010 enviadas pelos escritores ou editores dos países da lusofonia cujos autores tivessem até 35 anos à data da sua publicação. O júri do Prémio José Saramago foi, nesta edição, presidido pela directora editorial do Círculo de Leitores, Guilhermina Gomes e composto ainda pela escritora e académica brasileira Nelida Piñon; pela poeta e historiadora angolana Ana Paula Tavares; pela “presidenta” da Fundação José Saramago, Pilar del Río, e pelo poeta e escritor Vasco Graça Moura.
Nas edições anteriores, o Prémio José Saramago foi atribuído: aos portugueses Paulo José Miranda, por “Natureza Morta”, em 1999, e José Luís Peixoto, por “Nenhum Olhar”, em 2001. À brasileira Adriana Lisboa, “Sinfonia em Branco”, em 2003, e aos portugueses Gonçalo M. Tavares, “Jerusalém”, 2005; valter hugo mãe, “O Remorso de Baltazar Serapião”, 2007, e João Tordo, “As Três Vidas”, em 2009.
Portuguesa poderá representar Europa nos prémios da MTV
Aurea venceu o Best Portuguese Act, dos Prémios MTV EMA (European Music Awards). A cantora, escolhida pelos fãs, que podiam votar no site da MTV, é agora candidata ao prémio Worldwide Act, em competição com artistas escolhidos de outros 22 países onde a MTV tem canais regionais.
Um ano após o lançamento do seu álbum de estreia, homónimo, Aurea, 23 anos, destacou-se num registo soul e blues, tendo alcançado em apenas 4 meses o primeiro lugar do top de vendas nacional com o single "Busy (For Me)". A cantora já é dupla platina em Portugal.
Em comunicado, Aurea agradeceu à MTV a oportunidade e distinção. "Obrigada a todos vocês que me acompanham pela vossa força, dedicação e carinho incondicionais, à minha família e a toda a minha equipa, Rui, João, Ricardo, músicos e técnicos por me aturarem por essa estrada fora e me fazerem sentir sempre em casa onde quer que esteja."
A competir com Aurea estavam os Amor Electro, o DJ Diego Miranda, os Expensive Soul e os The Gift.
Até ao dia 24 de outubro, Aurea vai disputar com os restantes finalistas dos 22 países da Europa onde a MTV está presente, a oportunidade de representar a Europa na categoria Worlwide Act. A votação está a decorrer em www.mtvema.com, online e mobile.
O Worldwide Act pretende celebrar a diversidade e abrangência da música que a MTV tem para oferecer, elevando os MTV EMA a uma dimensão global. No dia 24 serão revelados os finalistas de cada região (Europa, Ásia/ Pacífico, América do Norte, América Latina, Médio Oriente/ Índia/ África).
O grande vencedor será revelado em directo na cerimónia dos MTV EMAs, dia 6 de Novembro, em Belfast.
Segundo o comunicado da MTV, Portugal foi o segundo país europeu a mobilizar mais pessoas para a votação, que somou os 36 milhões de votos.
Nos European Music Awards, atribuídos anualmente desde 1994 e considerados um dos mais importantes prémios europeus da música, Lady Gaga lidera a corrida com seis nomeações, seguida dos norte-americanos Katy Perry e Bruno Mars, com quatro cada um.
Dupla de coreógrafos foram distinguidos hoje com o prémio Prix Jardin d’Europe, no valor de 10 mil euros, a mais importante distinção para a emergente dança contemporânea europeia.
A dupla de coreógrafos portuguesa Sofia Dias e Vítor Roriz recebeu este sábado, em Bucareste, o prémio Jardim d’Europe, no valor de dez mil euros, atribuído por um júri internacional composto por oito críticos à peça “Um Gesto não passa de uma ameaça”. Apresentada na passada quarta-feira no 6º Xplore Dance Festival que decorreu na capital romena, a coreografia distinguiu-se do conjunto dos trabalhos apresentados por nomes emergentes da cena europeia.
O Prémio Jardin d’Europe, na sua 4ª edição, é a mais importante distinção para a nova criação contemporânea europeia e resulta da colaboração de 14 instituições, entre elas o ImpulsTanz, em Viena, e a companhia Ultima Vez, em Bruxelas. O festiaval iDans, em Istambul ou a companhia Cullberg Ballet, em Estocolmo.
Na crítica publicada no P2 aquando da estreia de “Um gesto que não passa de uma ameaça” no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a 2 de Julho deste ano, Luísa Roubaud escrevia: “A peça evidencia basear-se na improvisação e numa aturada escuta introspectiva. Mas estamos longe de uma catarse: Dias e Roriz lançaram-se, literalmente, de corpo e alma, num intenso brainstorming motor, mental e verbal, e é dele que emana toda a Dinâmica dramatúrgica; contudo, sob a aparente associação livre, o cuidado com os ínfimos detalhes com que corpo e voz dão visibilidade cénica à insondável linha condutora que liga o material apresentado, denota decantação e selecção, prevalência do controlo sobre o risco”. A coreografia mereceu 4 de 5 estrelas.
“Um gesto que não passa de uma ameaça” é apresentado dias 22 de Outubro em Évora (Festival Internacional de Dança Contemporânea), 12 de Novembro em Estarreja (Cine-teatro de Estarreja), e de 24 a 26 de Novembro em Lisboa (Espaço Alkantara).
Souto de Moura recebe o prémio Pritzker de Arquitectura 2011 (Rex Allen Stucky)
Quantas vezes é que o nome de um arquitecto português foi incluído no discurso de um Presidente americano? É fácil: nunca tinha acontecido até ontem à noite. Barack Obama teve uma passagem breve pela cerimónia de entrega do Prémio Pritzker, em Washington, mas não fez uma alusão passageira a Eduardo Souto de Moura. O seu discurso foi um elogio do arquitecto português, até agora desconhecido nos Estados Unidos fora dos circuitos da arquitectura.
Obama descreveu Souto de Moura como alguém que “nunca se satisfaz com soluções fáceis” e com “um estilo que parece tão espontâneo quanto é belo”. Destacou o Estádio de Braga – “talvez a mais famosa obra de Eduardo” –, notando que o arquitecto demoliu parte de uma montanha e sublinhando o princípio democrático da obra: “Ele teve o cuidado de posicionar o estádio de forma a que qualquer pessoa que não pudesse comprar bilhete conseguisse ver o jogo” do exterior.
Não foi a única empatia americana que Obama apontou em Souto de Moura, que comparou a Thomas Jefferson, um dos pais fundadores dos EUA e um homem apaixonado pela arquitectura. “Como Jefferson”, disse, Souto de Moura “puxou os limites da sua arte, mas fê-lo de uma forma que serve o bem comum”.
Nos 30 anos de existência do Pritzker, conhecido como o “Nobel da arquitectura”, foi apenas a segunda vez que um Presidente americano esteve presente na entrega do prémio. Em 1998, quando o italiano Renzo Piano foi distinguido numa cerimónia realizada na Casa Branca, Bill Clinton fez um discurso político e apenas aludiu brevemente ao laureado.
Obama, que falou durante cinco minutos, com Michelle Obama a seu lado, regressou à Casa Branca imediatamente após o discurso e já não se encontrava no Mellon Auditorium quando Eduardo Souto de Moura subiu ao palco para receber a medalha de bronze do Pritzker.
Ao aceitar o prémio, o arquitecto referiu-se à “crise social e económica” que se vive em Portugal, dizendo que “a solução para a arquitectura portuguesa é emigrar”, em particular para África e outras economias emergentes.
Falando em português – com tradução simultânea para os cerca de 400 convidados –, Souto de Moura centrou-se sobretudo no seu percurso biográfico. Atribuiu a decisão de ser arquitecto a uma “crise agnóstica dos 15 anos”, em que duvidou “se Deus devia ter descansado ao sétimo dia” – frase que produziu risos na sala, ao retardador por causa da tradução.
Evocou a “experiência excepcional” de trabalhar com o mentor Siza Vieira no início da sua carreira, “não só pela arquitectura, mas sobretudo pela pessoa em si”.
Mencionou Mies van der Rohe, arquitecto do Movimento Moderno, referência maior da sua obra, como quem aponta a família a que pertence. E concluiu o discurso citando Herberto Helder. Foi breve, o que foi bem recebido pelos convidados. E o quarteto de cordas, num canto ao fundo da sala, retomou a música.
Entre os convidados: o actor Richard Gere, quatro anteriores laureados com o Pritzker –Frank Gehry, Rafael Moneo, Hans Hollein e Renzo Piano (que fez parte do júri que este ano escolheu Souto de Moura) – e o mayor de Chicago e ex-chefe de gabinete de Obama, Rahm Emanuel.
O documentário de Jorge Pelicano é sobre o fim da linha ferroviária do Tua (Foto: Nelson Garrido)
O documentário “Pare, Escute, Olhe”, do português Jorge Pelicano, foi distinguido em Itália, na 59.ª edição do Trento Film Festival, com o Prémio Cittá di Bolzano, para o Melhor Filme de Exploração e Aventura.
O galardão, entregue neste sábado ao documentário português sobre o fim da linha ferroviária do Tua, foi assim justificado pelo júri: “Este documentário mostra o que acontece ao povo quando o sistema político é mais influenciado pelos interesses privados do que os interesses de uma comunidade. É um grande exemplo de cinema interventivo que nos deixa a pensar”.
“Pare, Escute, Olhe” foi escolhido de entre os 27 filmes de vários países que estavam a concurso.
Para o realizador, Jorge Pelicano, este prémio “comprova que o fecho da linha ferroviária e repetidas injustiças para com o povo transmontano também não deixaram indiferente o público italiano e o júri internacional”.
“Espicaçar, não deixar as pessoas indiferentes, era um dos objetivos deste documentário. Mesmo a uma grande distância de Portugal, as pessoas sentiram a revolta. A mensagem do filme foi compreendida”, comentou.
Depois de ter sido reconhecido em Portugal em certames como o DocLisboa, CineEco e Caminhos do Cinema Português, este é o oitavo prémio para “Pare, Escute, Olhe”, um documentário destinado a alertar para a necessidade de defender a identidade da região transmontana, onde se situa o único distrito do país sem um único quilómetro de auto-estrada.
Um cartaz com dois garfos e duas mãos do designer João Borges é um dos vencedores de um concurso internacional contra a pobreza e está exposto, a partir de hoje, no festival Tec Art Eco, em Lugano, Itália.
O cartaz, que apela à «racionalização do consumo», foi um dos 10 vencedores na categoria de design gráfico do concurso internacional 'Fight Poverty – Design for social and human rights 2010', promovido pela Associação Italiana para a Comunicação Visual (AIAP), acrescentou João Borges.
O concurso destinava-se a eleger dez trabalhos na categoria de design gráfico e outros tantos na de design industrial, segundo consta do sítio da AIAP na internet.
No âmbito da campanha 'Fight Poverty', o cartaz de João Borges continua patente na sexta-feira e no sábado naquele certame em Lugano e, no dia 12, será mostrado em Milão, num seminário subordinado ao tema 'O Social e a Ética na Comunicação'.
«A sustentabilidade, a acção social e a luta contra a pobreza são áreas em que gosto muito de trabalhar, além de que o design está muito ligado à racionalização dos recursos e, consequentemente, a questões como o consumo, o excesso deste ou a pobreza», disse João Borges.
Cruzar «o simbolismo da mão e do garfo que são usados para suprir carências, mas também para desperdiçar» é, segundo o autor, a mensagem do trabalho onde inscreveu frases como «The fight against poverty starts with the strike against excess and waste» (A luta contra a pobreza começa com o combate ao excesso e desperdício) e «Wasting is the fastest way to run out the world's ressources» (Desperdiçar é a forma mais rápida de esgotar os recursos do planeta).
Dos restantes vencedores daquela categoria, seis dão oriundos do Canadá e quatro são europeus: um da Grécia, um da Irlanda e outro da Croácia.
Um poster com fundo vermelho onde figura um rosto a negro com uma fatia de pão a ocupar parte do cérebro e outro com um círculo com pigmentos amarelos e vermelhos, semelhante aos que se usam em testes de visão, em que a verde se lê «Poverty», constam dos vencedores daquela categoria.
Os premiados na categoria de design industrial foram cinco designers da República da Coreia, três de Itália, um da Alemanha e um da Nova Zelândia.
Para João Borges, é sintomático que o maior número de vencedores em design industrial seja da Ásia, por este ser um continente «mais ligado à racionalização de objectos ligados à indústria».
Já sobre entre os vencedores design gráfico estarem criadores de Portugal, Irlanda, Grécia e Croácia, o autor admite tratar-se de uma questão a que «não será alheio o contexto económico e as dificuldades com que esses países se estão a confrontar».
«Actualmente, os países do Mediterrâneo estão mais ligados à mensagem até porque se vivem tempos difíceis», observou.
Nascido no Porto em 1965, João Borges é licenciado em Design de Comunicação. Em 2009 editou um projecto de fusão entre música e design em parceria com Mário Laginha.
Sem recompensa monetária pelo concurso 'Fight Poverty', o designer diz que o que lhe interessa «não é o dinheiro, mas criar ideias e memórias» não negando, porém, que os prémios lhe trazem «visibilidade».
A atribuição do grande prémio World Press Photo ao retrato de uma mulher afegã mutilada foi "uma decisão muito corajosa" do júri, disse à Lusa Paul Ruseler, da organização do prémio.
A exposição anual World Press Photo, promovida pela fundação homónima com sede em Amesterdão, na Holanda, estará a partir desta sexta-feira no Museu da Electricidade, em Lisboa.
Paul Ruseler, comissário da mostra, referiu que foi a primeira vez, na história dos prémios (que são atribuídos desde 1955, ano em que a fundação foi instituída), que o galardão máximo foi atribuído a um retrato.
A imagem foi captada pela repórter sul-africana Jodi Bieber, no ano passado.
Jodi fotografou uma jovem de 18 anos, Bibi Aisha, a quem o marido cortou o nariz e as orelhas por uma questão de honra. A fotografia causou polémica, em Julho de 2010, quando foi capa da revista "Time". E pode agora ser vista em Lisboa.
"Foi uma escolha muito corajosa do júri, porque é uma fotografia muito diferente e quebra com a tradição [do prémio] que habitualmente representa o assunto que dominou o ano. E este é um assunto maior, não é só de um ano, é actual", disse Paul Ruseler.
Uma reportagem sobre um caso de "bullying" numa escola de Mirandela garantiu hoje ao fotógrafoNelson d'Aires a conquista do principal galardão do Prémio Internacional de Fotojornalismo Estação Imagem/Mora, vencendo igualmente na categoria Série de Retratos.
O fotojornalista argentino Walter Astrada, presidente do júri deste prémio, destacou que o trabalho de Nelson d'Aires, "feito ao longo do tempo, acompanhando um tema noticioso", mostra "uma visão pessoal do fotógrafo", ao mesmo tempo que, "desde o princípio, dá a entender tratar-se de um assunto importante".
"Com esta escolha, o júri pretende mostrar que, cobrindo matéria noticiosa, também é possível criar uma história completa, bem editada e com um estilo pessoal. O trabalho vencedor mostra que, se o fotógrafo for perseverante, vai conseguir sempre montar uma boa história", sublinhou.
Os vencedores da segunda edição do Prémio Internacional de Fotojornalismo Estação Imagem/Câmara Municipal de Mora foram anunciados hoje, numa cerimónia realizada no auditório municipal daquela vila alentejana.
A iniciativa, dedicada unicamente à reportagem, é promovida pelo município local e pela associação Estação Imagem, com sede em Mora e dedicada ao estudo e promoção da imagem, sobretudo da fotografia documental.
O concurso, com outras seis categorias, além do galardão principal, estreou-se em 2010 e, nesta segunda edição, a organização recebeu 164 inscrições de fotojornalistas, que submeteram 462 reportagens, num total de 4 968 fotografias.
Nelson d'Aires foi também o vencedor da categoria Série de Retratos, com “Bairro da Estação”, sendo premiados ainda Tiago Miranda, pela reportagem “Retratos de um Despedimento”, e Daniel Rocha, com “Candidatos Presidenciais”, no segundo e terceiro lugar, respetivamente.
Na categoria de Notícias, o primeiro classificado foi Enric Vives Rubio, por uma reportagem sobre a Madeira, o segundo foi Nelson Garrido, com o trabalho “Papa pela TV”, e o terceiro foi Carlos Palma, por “Kingdom of Empty Dreams”.
O primeiro lugar na categoria de Vida Quotidiana coube a José Carlos Carvalho (“Mãe entre Muros”), sendo ainda premiados António Pedro Santos (“Campismo”), em segundo, e Augusto Brázio (“Cova da Moura”), em terceiro.
Este último fotojornalista conquistou a categoria Ambiente, com a reportagem “Natureza”, tendo o júri distinguido apenas outro fotógrafo, com o segundo prémio: Valter Vinagre, com o trabalho “Animais de Estimação”.
Arte e Espetáculos foi outra das categorias que apenas teve dois premiados, com Artur Machado (“Paredes de Coura”) a liderar, seguido de Martim Ramos “Mais que a Vida”, enquanto a categoria de Desporto teve um único galardoado, Leonel Moura, pela reportagem “Guerreiros do Norte”.
Além de todas estas reportagens distinguidas, foi ainda atribuída a Bolsa Estação Imagem 2011 a Paulo Alegria, que propôs desenvolver um trabalho intitulado “Cultura Magra”.
O edifício da Vodafone no Porto, a Closet House, em Matosinhos e o bar temporário da Faculdade de Arquitectura do Porto, foram distinguidos pelo site de arquitectura “Arch Daily” com o prémio de “melhor edifício do ano 2010”, em categorias distintas.
Após “quatro semanas de votações” e “com mais de 30.000 votos na segunda ronda”, segundo informação revelada no site, eram sete os edifícios portugueses que se encontravam entre os setenta finalistas do “ArchDaily’s Building of The Year”, três dos quais galardoados.
Na categoria Arquitectura Institucional o premiado foi o edifício da Vodafone no Porto, na avenida da Boavista, desenhado pela dupla José António Barbosa e Pedro Guimarães, que disputava o prémio final com o projecto do reconhecido arquitecto suíço, Herzog.
A categoria Interiores foi arrebatada pela Closet House em Matosinhos, projecto que alia design, arquitectura e audiovisuais projectado pelo gabinete de arquitectura da Consexto
Já na categoria Hotéis e Restaurantes, dos cinco finalistas o contemplado foi o bar temporário da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto para uma Queima das Fitas, projecto que implicou a sobreposição de mais de quatrocentas caixas, delineado pelos arquitectos Diogo Aguiar e Teresa Otto.
O concurso para melhor edifício de 2010 foi lançado pelo site de arquitectura “Arch Daily” e as votações online decorreram até ao dia 13 de Fevereiro.
O jornal i venceu o prémio da Society for News Design (SND) para o "jornal mais bem desenhado do mundo". Os prémios SND são os mais conceituados na área e vão já na 32ª edição.
Os júris do Die Zeit, The Seatle Times, Akzia, Ottawa Citizen e Poynter Institute convidam jornalistas e editores de todo o mundo a deixarem-se inspirar pela forma "fresca e original" que o i tem de olhar a informação e repensarem os modelos onde trabalham com a mesma "criatividade e tenacidade."
"O i é composto como uma bela peça musical. Tem a disciplina para tocar apenas as notas mais altas, que mais importam," pode ler-se na nota do júri que não elogia apenas a forma, mas também o conteúdo. "O i faz o caminho entre a revista e o jornal com um equilíbrio perfeito. O seu formato tem a flexibilidade necessária que nos permite focar um dia nas notícias duras e no outro em artigos de fundo. As edições que vimos destacam uma história principal sobre um grande autor, num dia, e no outro, uma grande reportagem sobre o terramoto no Haiti. Encontrámos histórias contadas com sentido de urgência e de notícia, outras contadas com subtileza e humor."