Por conter aspectos inconscientes, a alteração do desejo sexual nem sempre é compreendida pelo parceiro
A sexualidade ativa não precisa ser interrompida em nenhum momento da gravidez e do puerpério (período de 40 dias, no qual a mulher se reestabelece do parto), visto que não é apenas com a penetração que se atinge o orgasmo. Há várias maneiras de se obter prazer e cada parceiro pode usar de criatividade e jogos de sedução para que se mantenha viva esta chama tão importante na vida conjugal e tão benéfica nesta fase.
Por conter aspectos inconscientes, a alteração do desejo sexual de um parceiro nem sempre é compreendida pelo outro e, muitas vezes, é captada como uma dificuldade de ordem pessoal, tornando a relação mais vulnerável e o vínculo conjugal ameaçado. Outras disfunções sexuais poderão vir à tona neste período. Poderíamos destacar: a dificuldade em atingir o orgasmo por parte da mulher, alterações no tempo da ejaculação e na qualidade da ereção para o homem.
Assim, o significado de tais alterações é percebido pelo homem e pela mulher de maneiras diferentes. Para o homem, pode ser a confirmação de sua exclusão na relação mãe-bebê e pode causar-lhe profunda mágoa e grande irritação. Consequentemente, isso provocará um maior afastamento de sua parceira, num momento em que ela está mais necessitada de sua presença física e emocional.
Para a mulher, pode ser a confirmação de que não é mais atraente, fazendo-a sentir-se menos sedutora, muitas vezes reclamando que o parceiro está desinteressado pela gravidez e pelo bebê.
É, portanto, de suma importância, o diálogo entre os dois, sem mágoas e ressentimentos, assim que as dificuldades conjugais comecem a surgir, para que não se acentuem.
Mais uma vez há de se falar da importância do acompanhamento de um profissional especializado, no sentido de ajudar a tornar conscientes os aspectos dos sentimentos mais íntimos do casal. Restabelecendo a segurança e fortalecendo o vínculo do relacionamento amoroso, para que possam acolher o bebê em um ambiente de harmonia.
Via Bond
Cada um extravasa como quer (ou pode) a alegria do ápice do prazer na cama. Tem gente que chora. Tem quem ria, sem parar.
Tem as que ficam em silêncio, curtindo na ausência do som a intensidade do prazer. E tem quem grite. Para potencializar o prazer - ou simplesmente para externar a satisfação - há quem se empolgue e coloque numa boa noite de sexo uma trilha sonora com gritos, altos gemidos e muito, muito escândalo.
Mas às vezes, você gosta de fazer barulho - e seu parceiro acha a cena desnecessária. Como não existe receita pronta, o legal é sentir o ritmo da coisa e controlar o volume da empolgação na medida. “Meu marido não gosta que eu grite, mas tem vezes que é incontrolável. Até mordo o travesseiro. Sinto que ele fica assim quando transamos em casa, já que temos duas filhinhas”, conta Suzi Cunha. Segundo ela, mesmo com o quarto distante das meninas, o maridão não se sente à vontade da mesma forma quando eles vão para um motel.
Raul Silveira concorda que perto dos filhos não é legal, mas admite que adora quando a mulher grita. “Significa que está mesmo sentindo muito prazer”, diz. “Mas quando tem alguém em casa, não gosto quando minha esposa grita. Não quero que as pessoas fiquem imaginando minha mulher pelada transando comigo”, completa. Pelo jeito os gritos valem mesmo no motel, quando não tem ninguém escutando. “Lá, não vejo problema algum em gritar. Todo mundo vai para o motel para transar mesmo”.
Alicia Medeiros diz que o namorado é bem barulhento, fala bastante e sempre comenta depois que ela é muito quietinha na cama. “Eu não gosto de falar nada, nem de gritar. Prefiro curtir o prazer em silêncio”, afirma. “Gemer um pouco alto tudo bem, agora fazer escândalo, ninguém merece”.
Então como tanto homem quanto mulher podem preferir o sexo silencioso, mais calminho, o legal é sentir a vibração do parceiro. Mas não deixe de extravasar apenas porque o parceiro não gosta. Encontrar o equilíbrio na equação é muito melhor do que reprimir o prazer.
Via Vila Dois
Há um órgão no corpo feminino exclusivamente dedicado ao prazer. O clitóris, botão mágico que pode levar a mulher às nuvens se bem estimulado, tem de 6 a 8 mil fibras nervosas e por isso, altíssima sensibilidade.
O problema é que muitas mulheres - e um número ainda maior de homens - não faz ideia onde ele fica ou como ele deve ser manipulado.
Segundo a médica Elsa Gay de Pereyra, chefe do setor de medicina sexual do departamento de obstetrícia e ginecologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, o clitóris é equivalente ao pênis se considerado o número de inervações e vascularização. Mas fica bem mais escondidinho. "Para encontrá-lo, é preciso colocar o dedo no umbigo e deslizá-lo até a raiz dos pequenos lábios", ensina. Ele fica então entre os lábios da vulva, sob uma dobra da pele que o cobre (capuz).
A melhor posição sexual para estimular o clitóris é a famosa "cachorrinho", quando a mulher fica de quatro e o homem a penetra por trás. "Mesmo que o homem não consiga tocar, essa é uma boa posição para a mulher também se estimular", indica Elsa. A "colher" também é uma posição acolhedora e confortável, especialmente para grávidas, e que pode levar a um maior estímulo do clitóris.
Elsa diz que a sensibilidade no clitóris é diferente em cada mulher. E, dependendo como ele é manipulado, pode até doer. "Por isso é extremamente importante que a mulher se conheça e descubra o melhor movimento". A médica ensina que as áreas mais sensíveis do corpo da mulher estão no clitóris, claro, além dos pequenos lábios e na entrada da vagina. "Durante a atividade sexual o clitóris tende a intumescer e ficar ereto, embora muito menos do que o pênis".
O estímulo dessa parte do corpo pode ser feita de diferentes maneiras. E os especialistas em saúde sexual recomendam, por exemplo, o uso dos dedos. Com o polegar e o indicador é possível realizar uma delicada massagem circular. Outra forma é com os lábios, que podem exercer pressão ou sucção e podem, efetivamente, estimular os sensores de prazer. "A vantagem é que esse tipo de movimento também estimula o tronco do clitóris em profundidade", explica Elsa. Ainda na boca, a língua é considerada a melhor estrutura para acariciar o clitóris, já que é macia e úmida.
O tamanho do clitóris varia, mas a parte que pode ser tocada tem em média apenas 5 milímetros. Elsa conta que, em 1998, a médica australiana Helen O'Connell conseguiu estudar o clitóris em três dimensões e descobriu que sua extensão pode chegar a 10 centímetros. "O botão de capuz discretamente salientes entre os lábios da vagina é a ponta de um enorme iceberg embutido no corpo da mulher", afirma a médica. Esse órgão especial é composto de cabeça ou glande e o eixo ou corpo. A única parte visível é mesmo a glande - "a grande joia do sistema clitoriano", como define Elsa.
Ela bem lembra que muitas mulheres sentem mais prazer durante as carícias do clitóris que durante a penetração. Então, é preciso encontrar um parceiro que conheça bem essa parte especial do corpo feminino para chegar ao prazer intenso. Mas bem antes disso, é preciso que você saiba onde encontrá-la e o conheça primeiro.
“O que é proibido é mais gostoso”. Será verdade? Transar com o parceiro em lugares públicos, por exemplo, costuma ser mais excitante para alguns casais.
Lembra do polêmico vídeo com as cenas de sexo de Daniella Cicarelli e Tato Malzoni na praia de Cádiz, na Espanha?
Você já pensou em fazer sexo na praia? Na frente de uma igreja? Escondida em um quarto durante uma festa? No meio da rua? A analista de recursos humanos Verônica Martins* já fez isso.
Ela namora há mais de quatro anos e passou por muitas aventuras com o companheiro.
“Em uma viagem à praia com meu namorado e a família dele, resolvemos dar uma volta e saímos andando à procura de um canto para fazer ‘coisinhas’ sem ninguém por perto. Mas não queríamos motel nem nada do tipo, acho que estávamos atrás de emoções mesmo”, conta a analista.
Depois de encontrar uma praia com um único quiosque, o casal achou um local e começou a namorar. Quando o parceiro de Verônica já estava sem a sunga, dois policiais se aproximaram deles. A analista conta que o policial os advertiu que existiam crianças e idosos no local e recomendou que os namorados fossem para outro lugar. “Falei para ele que só estávamos conversando e ele me disse ‘poxa gente, tem tanto canto bom por aqui para vocês se divertirem, vão para algum cantinho’, e deu um risinho maroto”, se diverte a jovem.
A psicóloga Milene Rúbia Jorge explica que algumas pessoas gostam de ser flagradas durante o ato sexual ou de correr esse risco. “Isso aguça a sexualidade da pessoa e dá prazer. Quando são vistas, sentem mais tesão”, diz a especialista.
Ainda de acordo com Milene, a exposição sexual também pode ser vista como um transtorno, mas o diagnóstico fica difícil por causa dos valores culturais. “O certo e errado depende da cultura, é a sociedade que vê o que é errado. E é essa forma de exposição que gera o prazer na pessoa”, explica.
Via Vila dois