O FC Porto pretende que o Ministério da Educação se pronuncie sobre “os fascistas do gosto”, na sequência de uma queixa contra o ensinamento às crianças de cantigas infantis com saudações ao Benfica numa escola pública da Ericeira.
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, o clube portuense condena “o proselitismo em escolas públicas”, saúda “o civismo do pai” autor da queixa e critica o género de cantilenas naquele jardim-de-infância público: “Em vez de ensinarem os valores da liberdade de escolha, ou de opinião, preferem ser uma espécie de ‘ayatollahs’ das suas próprias preferências”.
“Mais grave é que a adulteração da letra é prática diária e repetida três vezes ao dia, não só no jardim-infância da Ericeira, mas também em todas as escolas do pré-escolar do agrupamento e noutras de Lisboa e Cascais”, refere a nota divulgada na página oficial do clube.
O FC Porto pretende que “o Ministério da Educação se pronuncie sobre estes fascistas do gosto e dê instruções para que, em todas as escolas do país, se acabem com práticas que fazem lembrar os tempos da outra senhora”.
A inclusão da expressão ‘viva ao Benfica’ na cantilena “Atirei o pau ao gato” de um jardim-de-infância da Ericeira, Mafra, motivou a queixa de um pai ao Ministério da Educação, por desrespeitar a pluralidade de gostos.
Na queixa enviada, Eduardo Mascarenhas, pai de uma menina de quatro anos, manifestou-se contra o facto de a educadora ter feito uma adaptação, ao ensinar as crianças a cantar “vai-te embora pulga maldita/batata frita/viva o Benfica”, várias vezes ao dia.
Via Público
Quem não se lembra da primeira professora? Aquela que nos ensinou a ler e escrever e que deixou mais lições para a vida. Aquela que nos colocou de castigo ou que dobrava o trabalho de casa quando não sabíamos a tabuada, mas que a seguir já nos estava a desafiar para cantar de mãos dadas ao som da viola.
Se fechar os olhos, vejo o cuidado atento e o sorriso doce da minha primeira professora, e se voltar a abri-los percebo que muitos valores foram aprendidos na sala de aula. Em tenra idade, os docentes têm um papel fundamental, que se prolonga para a vida. Exemplo disso é a mexicana Martha Rivera Alanis, que virou heroína esta semana dentro e fora do seu país.
Enquanto acontecia lá fora um violento tiroteio entre traficantes, a professora primária resolveu cantar para os alunos, para que o episódio passasse quase despercebido, mantendo-os calmos dentro da sua inocência.
Deitados no chão, as crianças permaneciam imóveis, cantando alegremente em coro, sem ouvirem o barulho dos tiros.
A atitude de coragem e a postura cívica de Martha valeram-lhe uma distinção pelas autoridades de Monterrey, mas também o mundo aplaudiu a sua atuação, depois de o vídeo ter sido divulgado no YouTube.
E foi assim, que se pouparam estas crianças a ferimentos e traumas desnecessários, porque nesta fase o importante é elas acreditarem que o mundo é encantado, bonito e colorido. Feliz Dia da Criança, porque os dias especiais para elas são todos os dias!!