Domingo, 23.10.11
O estudo pode ter uma grande influência na forma como se olha para a inteligência
O estudo pode ter uma grande influência na forma como se olha para a inteligência (DR)
Um estudo em adolescentes ingleses mostrou que as contas não estão feitas quanto ao famoso Quociente de Inteligência (QI) durante esta etapa da vida. O valor que carimba a inteligência de cada pessoa, normalmente através de testes verbais e não verbais, e que se pensava ficar determinado para o resto da vida durante a infância, afinal continua a oscilar durante a adolescência, mostra um estudo publicado nesta semana na Nature.

A equipa da investigadora Cathy Price, do Instituto Wellcome Trust, da University College de Londres, testou a inteligência de 19 rapazes e 14 raparigas, primeiro em 2004 e depois em 2007 e 2008. Os jovens tinham no primeiro rol de testes idades entre os 12 e os 16 anos e no segundo, idades entre os 15 e os 20.

Os testes dividiram-se em verbais, onde os jovens punham à prova as suas capacidades na linguagem, aritmética, cultura geral e memória e testes não verbais, como identificar elementos que faltam numa figura ou resolver puzzles visuais. Ao mesmo tempo, os cientistas investigaram o que se passava no cérebro dos rapazes e das raparigas através de imagens cerebrais por ressonância magnética.

“Verificamos uma mudança considerável nos resultados de QI obtidos em 2008, comparado com quatro anos antes”, disse em comunicado Sue Ramsden, primeira autora do artigo. Trinta e nove por cento dos adolescentes tiveram uma variação nos testes verbais e 21% obtiveram melhor ou pior resultado nos testes não verbais. Algumas das variações chegaram aos 20 pontos do QI, uma diferença grande quando a média do QI na população é de 100 e mais ou menos 20 pontos pode colocar alguém mediano na categoria de genial ou vice-versa.

A grande mais-valia da investigação é que os resultados das imagens por ressonância encontravam mudanças nas regiões associadas a estas capacidades. “Encontrámos uma correlação clara entre as mudanças nas performances e as mudanças nas estruturas dos cérebros e por isso podemos dizer que estas mudanças no QI são reais.”

No caso dos testes verbais, os cientistas encontraram mudanças de densidade do cérebro no córtex motor esquerdo, uma região associada à linguagem. Já quando havia um aumento do QI não verbal havia um aumento na densidade do cerebelo anterior, uma área associada aos movimentos das mãos.

Os cientistas não encontraram nenhuma regra em relação às mudanças no QI dos adolescentes. “Não foi um caso das piores performances melhorarem, e os jovens com resultados altos tornarem-se mais mediano. Alguns bons conseguiram resultados ainda melhores, e alguns com resultados fracos pioraram”, explicou Cathy Price.

Marcas para o futuro
O estudo pode ter uma grande influência na forma como se olha para a inteligência. Muitas vezes, os jovens ficam carimbados numa altura muito precoce da sua vida como sendo muito ou pouco inteligentes e isso tem impacto na vida adulta. “Temos tendência em avaliar as crianças e determinar o curso da sua educação cedo na vida delas, mas aqui mostramos que a sua inteligência provavelmente está a desenvolver-se”, disse a cientista em comunicado, acrescentando que tal como a condição física pode deteriorar-se ou melhorar durante a adolescência.

E será que a inteligência é estática depois, ao longo da vida adulta? A equipa não sabe, mas aposta que não. “Há muitas provas que sugerem que o nosso cérebro pode-se adaptar e que a sua estrutura muda, mesmo durante a idade adulta”, disse a cientista. Perceber se isso afecta a inteligência será o próximo passo na investigação da equipa.

 

Via Público



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Quarta-feira, 23.02.11
Torne o seu filho inteligente

Se acha que ter um filho inteligente é um factor genético ou obra e graça do "Espírito Santo" está enganada. Estudos científicos indicam que os pais podem (e devem) cultivar eexercitar o cérebro dos seus filhos. Saiba como.

Sabia que a inteligência não é apenas um factor genético, mas na maioria das vezes pode ser resultado de uma prática constante ou exercícios adequados ao desenvolvimento cerebral do seu filho?

Como mãe, você pode realmente interferir na inteligência do seu filho, basta ter em conta algumas abordagens para promover a aprendizagem da criança ou mesmo incentivar o seu desenvolvimento intelectual.

Gwen Dewar, a antropóloga e criadora do site "Parenting Science ", faz pesquisas científicas associadas ao estudo da evolução psicológica e ao quociente de inteligência cerebral e emocional, estudando ainda os diversos estereótipos infanto-juvenis.

Uma das suas pertinentes opiniões que me chamou particularmente a atenção está relacionada com desempenho escolar. Gwen diz que é errado premiar uma criança por ter obtido bons resultados na escola, ou por ter mostrado um sinal de inteligência num determinado momento. Isso não aumenta a auto-estima da criança ou sequer melhora o seu desempenho escolar. A investigadora é da opinião que este tipo de comportamentos dos pais não passam de ideias pré-concebidas e que, pelo contrário, não acentua em nada a inteligência do seu filho .

Para esta antropóloga, há outras formas de exercitarmos os cérebros dos nossos filhos. Por isso, vamos a essas abordagens:

 

1. Amamentar o seu filho: pode ser muito importante a longo prazo, já que o leite materno é um bom contributo para o melhor funcionamento do cérebro, fornecendo nutrientes essenciais para a saúde do seu filho, bem comofortalecer o seu quociente de inteligência cerebral e emocional.

 

2. Atividade física: é fundamental para o desenvolvimento psicológico da criança.

 
Integrar o seu filho em equipas de desporto, desenvolve em muito a confiança da criança, contribui também para um elevado espírito de liderança e, sobretudo, promove uma forte motivação perante desafios.

 

3. Jogos de consolas ou de computador: por mais desajustado que isto possa parecer, a cientista, baseando-se num estudo feito pelaUniversidade de Rochester, afirma que ao terem contacto com esse tipo de jogos, as crianças exercitam o cérebro de forma a reconhecerem ou a aprenderem sinais ou indicações visuais mais rapidamente do que aquelas que nunca o fazem ou fizeram.

Por isso mesmo é que muitos professores ingleses começaram a utilizar na sala de aula jogos de consolas para praticar determinados exercícios. De qualquer forma, o que se deve ter em atenção quando nos referimos a este tipo de jogos é que o mais importante é não incentivarmos os jogos que sejam violentos e solitários. No entanto, devemos autorizar de vez em quando todos os outros que desenvolvam o pensamento: os jogos estratégicos, os jogos com a capacidade de planeamento ou ainda os que promovem o espírito de equipa.

 

4. Incentivar a leitura: é sem dúvida uma forma de melhorar a aprendizagem e contribui eficazmente para o desenvolvimento cognitivo da criança. Mesmo que o seu filho ainda não saiba ler, leia-lhe histórias todos os dias. Faz exercitar muito a sua capacidade de atenção.

 

5. Atividades extra curriculares: são fundamentais para a capacidade de interagir e de incentivar a curiosidade do seu filho. Os passatempos ou hobbies devem ser uma constante diária na vida do seu filho. Não se esqueça que atrás deste tipo de atividades nascem perguntas, desafios, novos interesses e novos conhecimentos. Por fim, podem desafiar o pensamento critico do seu filho, com a forte probabilidade de criar uma riqueza de auto-consciência.

 

6. Tocar um instrumento musical: ajuda a moldar o cérebro significativamente.

Os neurocientistas que estudaram a relação existente entre a música e a inteligência verificaram que os músicos têm cérebros completamente diferentes :

"por exemplo, se examinarmos o cérebro de um teclista veremos que a região do cérebro que controla os movimentos do dedo é alargada (Pascual-Leone, 2001)."

"Além disso, em testes cerebrais realizados em crianças entre os 9 e os 11 anos de idade, as crianças que tocam instrumentos musicais têm um volume com mais massa cinzenta, tanto no córtex sensório-motor e os lobos occipital (Schlaug et al 2005), do que as crianças que não tocam qualquer instrumento musical."

Na verdade, os músicos têm muito mais massa cinzenta em várias regiões cerebrais do que os não-músicos.

Relativamente a este assunto, sugiro a consulta de um outro artigo que já publiquei aqui no blogue: "Qual é o instrumento mais adequado para a idade do seu filho? "

 

7. Adeus à fast food. Por mais que o seu filho goste de ir ao McDonald's, ou de comer pizzas, ou até por mais que lhe dê jeito a si fazer para o jantar deles uns hambúrgueres ou uma salsichas rápidas, pense muito bem antes de agir.

Está cientificamente comprovado que uma alimentação saudável é a base para o desenvolvimento mental e motor na primeira infância e especialmente durante os primeiros anos de vida.

O melhor que podemos fazer é dar-lhes alimentos ricos em ferro para o desenvolvimento saudável do tecido cerebral. Saiba que os impulsos nervosos são transmitidos de forma mais lenta se houver deficiência de ferro.

Retire de uma vez por todas da alimentação deles os alimentos que contenham emulsionantes, gorduras e açucares.

Alimentos frescos e cozinhados de uma forma saudável são os mais indicados para crianças em idade de aprendizagem.

 

8. Sono e pequeno-almoço: deitar cedo e dormir cerca de 10 horas, a juntar a um pequeno almoço reforçado é fundamental para o desenvolvimento do coeficiente de inteligência do seu filho.

 

As crianças devem ter uma rotina de sono diária e que deve ser respeitada a cima de todas as coisas. O ideal é dormirem pelo menos 10 horas por dia, já que isso lhes vai proporcionar uma boa concentração escolar.

Os seus filhos devem tomar um pequeno almoço reforçado para melhorar a memória, a concentração e a aprendizagem na escola.

Em contrapartida, as crianças que não tomam um pequeno almoço em condições, e que não dormem o suficiente, tendem a cansarem-se mais facilmente, irritam-se com maior facilidade e reagem mais lentamente a novos desafios.

 

Agora que já sabe (ou recordou) as pistas para tornar o seu filho mais inteligente, comece já hoje mesmo a por tudo em prática, pois eles crescem num abrir e fechar de olhos.

 

Via A Vida de saltos Altos



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