Os portugueses que se dizem católicos são menos, mas o Catolicismo continua a ser dominante (Foto: Enric Vives-Rubio)
Desde 1999 até 2011, diminuiu o número de católicos em Portugal (que são agora 79,5%) e aumentou o número de protestantes (incluindo evangélicos) e Testemunhas de Jeová.
Segundo o estudo do Centro de Estudos de Religiões e Culturas (CERC) da Universidade Católica Portuguesa, que quarta-feira será apresentado na assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, os católicos desceram de 86,9% para 79,5%.
“Pode observar-se um decréscimo relativo da população que se declara católica e um incremento da percentagem relativa às outras posições de pertença religiosa, com um particular destaque para o universo protestante (incluindo os evangélicos)”, diz o relatório assinado por Alfredo Teixeira, do CERC.
Os mesmos resultados mostram que 31,7% dos portugueses vão à missa pelo menos uma vez por semana. Se se somarem os 14% que dizem que vão à missa pelo menos uma ou duas vezes por mês, o total de portugueses que vão à missa com regularidade é de 45,7%.
O inquérito, que foi realizado em Novembro passado, a partir de quatro mil entrevistas em todo o continente, compara os dados obtidos com um inquérito semelhante realizado em 1999. Em ambos os casos, pretendia-se saber como é que os portugueses se situam perante o fenómeno religioso, através de perguntas sobre a regularidade da prática religiosa ou de atitudes como a frequência com que se reza: 33% dos inquiridos dizem que todos os dias costumam “rezar ou dirigir-se a Deus ou qualquer outra entidade sobrenatural”, enquanto 26,7% o faz algumas vezes na semana.
Crescem outras religiões
Se os católicos diminuíram, já a percentagem de pessoas com uma religião diferente da católica passou de 2,7% em 1999 para 5,7%. Mas também o número de pessoas sem qualquer religião aumentou, de 8,2% para 14,2%. Por categorias, o aumento verificado foi de 1,7 para 3,2 nos indiferentes, de 1,7 para 2,2 nos agnósticos e 2,7% para 4,1% nos ateus.
Entre a população que se identifica com uma posição religiosa, os católicos baixaram de 97% para 93,3%. Nesta mesma grelha de análise, as categorias que mais cresceram foram os protestantes e evangélicos, bem como os que se definem como “crentes sem religião”.
Os protestantes e evangélicos aumentaram de 0,3% para 2,8%, enquanto as Testemunhas de Jeová subiram de 1% para 1,5% no peso relativo. Os “outros cristãos” (que deverão ser predominantemente ortodoxos) aumentaram de 1,5% para 1,6%, enquanto os crentes de religiões não cristãs (muçulmanos, judeus, hindus, budistas, por exemplo) passaram de 0,2% para 0,8%.
Na assembleia plenária que esta tarde abre em Fátima, com um discurso do presidente da CEP, o patriarca de Lisboa e os bispos deverão debater ainda uma nota pastoral sobre a Europa. Esta mensagem, disse o porta-voz da CEP, padre Manuel Morujão, à Lusa, incidirá na ideia de que “a Europa não pode resumir-se a um projecto de euros”. Antes, diz este responsável, deve “assumir-se como uma comunidade de países solidária e aberta ao mundo, para que a utopia da União Europeia se concretize nos seus valores essenciais”.
Uma teóloga feminista gerou uma grande e polêmica discussão no meio acadêmico este mês ao publicar um artigo afirmando que Jesus pode ter sido um hermafrodita (nascido com os dois sexos).
Mesmo que a doutora Susannah Cornwall afirme ser “simplesmente um palpite” que Jesus era do sexo masculino, seus comentários geraram indignação em alguns setores.
A Dra. Cornwall, ligada ao Instituto Teológico Lincoln, da Universidade de Manchester, descreve-se em seu blog como uma especialista em: “Pesquisa e escrita sobre teologia feminista, sexualidade, gênero, realização, ética e outras coisas divertidas como essas”.
No artigo assinado por ela, “Intersexo e Ontologia, uma resposta à Igreja, às bispas e à Provisão”, ela defende que não é possível saber ”com certeza” que Jesus não possuía uma condição intersexual, tendo nascido com órgãos masculinos e femininos.
Seu argumento principal é: “Não é possível afirmar com certeza de que Jesus era um homem como nós, hoje, definimos a masculinidade. Não há como saber ao certo que Jesus não tinha uma condição intersexual que lhe daria um corpo externamente masculino, mas que podia ter algumas características físicas femininas escondidas”.
A motivação para sua publicação foi a de necessidade contribuir para o debate atual, no Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra, Anglicana, sobre a ordenação de bispas, que tem dividido uma igreja que já aceita a ordenação de bispos gays.
Cornwall argumenta que o fato de Jesus não ter gerado filhos faz com seu gênero seja “ainda mais incerto”. Ela continua: “Não podemos saber com certeza que Jesus era do sexo masculino, uma vez que não temos um corpo para examinar e analisar. Logo, o Jesus visto [nos Evangelhos] como gênero masculino precisa suportar o peso de toda esta autoridade”. Para reforçar seu argumento, ela cita o trabalho do pastor anglicano e ginecologista John Hare, que defende a homossexualidade como uma questão genética.
Para os fiéis da sua paróquia, a teoria da Cornwall é vista como algo “totalmente ridículo”. Um deles afirmou, indignado: “Ela não pode dizer que Jesus não era um homem só porque ninguém jamais viu o seu pênis”.
Há muito mistério a respeito da vida amorosa de mulheres muçulmanas. Muito se especula, porém sabemos pouco sobre a intimidade destas moças. Além disso, não há estudos ou pesquisadores que saibam mais sobre este assunto do que elas mesmas.
Foi pensando em dividir as suas histórias com o mundo ocidental e minimizar o preconceito a respeito de seu povo que duas mulçumanas que vivem na América reuniram histórias e organizaram um livro.
A obra batizada de "Love, Inshallah: The Secret Love Lives of American Muslim Women" (Amor, se Alá quiser: A Vida Amorosa Secreta da Mulher Muçulmana Americana, em tradução livre) foi lançada, nos Estados Unidos. As organizadoras Ayesha Mattu e Nura Maznavi ouviram diversas histórias sobre amor e sexo contadas por muçulmanas e selecionaram 24 delas para comporem o livro, que pode ser encontrado no site Amazon.com por $10,85, equivalente a R$ 18,85.
A vontade de desmistificar o estereótipo de que as muçulmanas são oprimidas e que não têm voz em sua sociedade foi o que motivou as duas editoras a escreverem o livro. Em entrevista ao jornal americano "The New York Times", Nura Maznavi explicou o uso do termo "Inshallah" no título da obra, está é a palavra árabe para a expressão "Se Deus Quiser". "Capta a ideia de que todo mundo está procurando por amor", diz ela.
Histórias da vida real
Marisa Toledo Santanna*, 23 anos, decidiu modificar sua vida radicalmente para poder viver uma história de amor. Quando criança, a jovem teve como vizinhos uma família original do Egito que logo voltou ao seu país de origem. Aos 20 anos ela reencontrou pela internet Mohamed Atta, o caçula daquela família. Os dois passaram a se comunicar frequentemente e paixão foi inevitável. Em menos de dois anos, Marisa ficou noiva, se converteu à religião do amado e se mudou para o Egito. Infelizmente o casamento não completou seis meses.
Sobre a vida sexual dos muçulmanos, Marisa revela: "Eu procurei levar a nossa cultura para a nossa intimidade, não queria ter que me anular e fingir ser quem não sou. Antes de partir para me casar comprei algumas lingeries bem sensuais. Notei que ele se espantou com a minha iniciativa."
Talvez atitudes como essas tenham contribuído para o curto período de casamento. "Outra coisa que me incomodava era o entra e sai de parentes dele na nossa casa. Os pais e os irmãos dele moravam no mesmo prédio que nós, mais precisamente nos andares de baixo e de cima. Minha sogra tinha as chaves do meu apartamento, não tínhamos privacidade", se queixa Marisa.
Porém, ela conta que as mulheres mulçumanas não são tão reprimidas como é mostrado no ocidente. "Nós temos voz, sim", afirma. Embora o casamento não tenha dado certo, Marisa não abandonou a religião do ex-marido. A jovem não quis revelar os motivos do divórcio.
Estreou no último domingo (04), no canal TLC dos EUA, um reality show que promete causar polêmica. Como o próprio nome entrega, “The Virgin Diaries” acompanha a rotina de homens e mulheres já maduros que estão se casando virgens – a idade da maioria gira em torno dos 30 anos. A inexperiência de alguns integrantes vai além do fato deles nunca terem praticado sexo, como deixa claro um comercial que promove a curiosa atração. Nele, o casal formado por Ryan, de 31 anos, e Shanna, 27, dá seu primeiro beijo em pleno altar, logo após os dois dizerem “sim” e aceitarem um ao outro como marido e mulher. Tal qual uma criança que imita desajeitadamente uma cena de filme, o rapaz beija a noiva de maneira atabalhoada e acaba provocando gargalhadas inevitáveis nos convidados e nos familiares. O beijo de Ryan não espanta só por ter sido o primeiro dado em sua noiva, mas por ser o primeiro em toda a sua vida – o que é bem esclarecedor sobre a falta de habilidade dele. Shanna já tinha beijado outro rapaz, vivência insuficiente para promover o mínimo de jogo de cintura na cena.
Apesar da farra que o reality promove diante da inexperiência extrema dos casais, a questão de manter a virgindade até o casamento está longe de ser fator isolado num programa de televisão. Jovens decidem ter a primeira relação sexual só após trocarem alianças. Essa decisão é majoritariamente influenciada pela religião, mas há também outros motivadores, como a ideia de se guardar para alguém especial.
“Eu tomei essa decisão quando era menina, nem tinha namorado ainda. Eu fui orientada pelos meus pais para entender o sexo como algo bonito, divino, mas que precisa ser feito no tempo certo, que é depois do casamento”, conta Amanda Neuman, que tem 21 anos e mora em Aracajú (SE). Evangélica, ela se apoia na fé para lidar com a sua libido. “O desejo sempre existe, não nego, mas você precisa alimentar o espírito para poder vencer a carne. Como se faz isso? Orando, lendo a bíblia e se evolvendo com as atividades da igreja”, explica Amanda.
Amanda está de casamento marcado para 2012 com o seu noivo, o agente fiscal Danilo Silva, 25, que também é virgem. “É muito mais difícil para o homem. Porque para a mulher ainda é bonitinho ela ser virgem, muitos pais gostam e apoiam. Já o homem tem que perder a virgindade cedo, nem que seja num prostíbulo. Ele é muito mais cobrado”, diz o sergipano, ciente que sua atitude é vista com estranhamento por muitas pessoas. “Nós tentamos lutar o máximo contra o desejo. Ele existe, mas não pode nos dominar. A gente evita conversas, ambientes e pessoas que possam representar tentações”, completa Danilo.
O casal de Sergipe é partidário do movimento pró-virgindade “Eu escolhi esperar”, que surgiu nas igrejas evangélicas e atrai seguidores de outras religiões, como os católicos. A ideia ganhou força nas redes sociais: a campanha tem 72 mil seguidores no Twitter (@EscolhiEsperar) e mais de 135 mil fãs no Facebook. “O objetivo é dar apoio às pessoas que decidem se guardar para o casamento. Muitas vezes os jovens que fazem essa escolha são motivo de deboche dos amigos. É uma maneira de conhecer e conversar com pessoas que compartilham o mesmo pensamento”, esclarece o pastor Nelson Júnior, 35, idealizador do projeto.
O médico Francisco Carlos Anello, ginecologista e especialista em sexualidade, interpreta a valorização da virgindade com um movimento natural na sociedade. “Depois de um período de muita liberdade sexual, como vimos recentemente, é comum surgir uma onda mais conservadora. É cíclico”, diz.Especialista em uroginecologia e professora de sexualidade, Débora Pádua faz ressalvas: “As pessoas precisam estar bem informadas sobre o sexo, mesmo não transando. Elas devem conhecer os próprios corpos e conversar sobre o assunto, para evitar um completo estranhamento na primeira vez”, avalia a expert, que aponta um risco dessa decisão. “Eu já tive casos de homens que se casaram virgens e só descobriram que tinham ejaculação precoce ou alguma disfunção sexual depois do casamento”, alerta Débora.
Danilo diz não ter medo deste tipo surpresa na noite de núpcias. “Se Deus orientou para você fazer as coisas desse jeito, ele organizou todas as coisas para funcionar neste dia também”, aposta
Papa a dar um beijo a Safwad Hagazi, imã do Cairo (DR)
Lembra-se da campanha da Benetton em que Oliviero Toscani fotografou um doente com sida, já perto da morte, rodeado pela família? E aquela em que um padre e uma freira se beijam na boca? Foi nos anos 90. Agora a marca de roupa italiana volta a dar que falar numa acção de marketing, continuando a apostar em beijos impossíveis: o Papa Bento XVI e um imã egípcio, os presidentes americano e chinês, a chanceler alemã e o chefe de Estado francês.
A campanha com estas montagens fotográficas, cujos cartazes acabam de invadir as ruas de Roma e Milão e os “sites” noticiosos um pouco por todo o mundo, faz parte de uma iniciativa da fundação Unhate (Deixe de Odiar, em tradução directa), financiada pelo grupo de Luciano Benetton e que tem por objectivo, lê-se na sua página oficial, “contribuir para a criação de uma nova cultura de tolerância” e de diálogo, independentemente das diferenças.
É por isso que o cartaz que agora está a 500 metros dos aposentos do Papa no Vaticano (segundo o diário espanhol “El País”) mostra o sumo pontífice a dar um beijo a Safwad Hagazi, imã do Cairo. É por isso que noutro cartaz da campanha o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, beija o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas.
Desta vez as fotografias não são de Oliviero Toscani, mas ao olhar para a imagem que junta os líderes das duas Coreias é impossível não pensar nele. Tão impossível como o beijo entre Kim Jong-il e Lee Myung-bak.
Nunca fui uma pessoa muito religiosa, mas até eu sei que Jesus Cristo quando, supostamente, veio à Terra espalhou mensagens de igualdade entre homens e mulheres. Assim sendo, há uma questão que paira na minha cabeça há anos: afinal, por que raio não podem as mulheres vestir a sotaina e subir ao altar?
Pelos vistos, esta pergunta - pertinente, diria eu - não me ocorre só a mim. Esta segunda-feira, um grupo de quinze mulheres vestidas de padre desfilou pelas ruas de Roma, num protesto pela ordenação de mulheres a sacerdotes. De cartazes em punho e acompanhadas pelo padre católico norte-americano Roy Burgesois, o grupo de ativistas católicas tentou entrar na Praça de São Pedro para entregar 15 mil assinaturas de apoio à causa. Conclusão: os guardas do Vaticano barraram-lhes o acesso à praça, sob ameaça de detenção. Uma atitude digna da tolerância pregada na Bíblia, não tenho dúvidas.
A líder do grupo e o padre que as acompanhava chegaram mesmo a ser presos. Pergunto eu: seria isto necessário num protesto totalmente pacífico? Que eu saiba, a entrada na Praça de São Pedro ainda não está interdita aos "filhos de Deus" (aliás, pelos magotes de gente que se junta lá diariamente eu diria que são todos bem-vindos... ou estou enganada?).
Alguém avisa estes senhores que o tempo da inquisição já passou à história?
Sem querer ofender ninguém, eu percebo que os cartazes com frases simpáticas e devotas que todos os domingos são mostrados à sua santidade o Papa naquela praça agradam muito à Igreja e ficam bonitos na televisão. Mas não vejo muito bem o que de tão ofensivo tinha uma simples faixa a dizer: "Deus está a chamar as mulheres a serem padres". Ofensivo ao ponto de levar à detenção de duas pessoas que, julgo eu, além de nem sequer terem provocado distúrbios, têm direito a uma coisa tão essencial como a liberdade de expressão. Alguém avisa estes senhores que o tempo da Inquisição já passou à história?
"O escândalo de exigir silêncio sobre a questão da ordenação de mulheres reflete a arrogância absoluta da hierarquia (da Igreja Católica Romana) e o seu trágico fracasso em aceitar as mulheres como iguais em dignidade aos olhos de Deus". Palavras (com muita pena minha por não ter sido eu a dizê-las primeiro) de Erin Hanna, a líder do grupo que acabou detida, seguidas da apreciação do padre solidário com a causa: "Se o chamamento para ser padre é um dom e vem de Deus, como podemos, como homens, dizer que nosso chamamento de Deus é autêntico, mas o chamamento de Deus às mulheres não é?".
Talvez o senhor Bento XVI tenha uma resposta para isto. Ou não. Mas é por estas (hipocrisias) e por outras que a mim não me apanham na missa ao domingo.
Noiva brasileira não usava lingerie sob o vestido. Padre recusou-se a celebrar o casamento, acusando-a de desrespeitar o altar sagrado.
Um padre brasileiro recusou-se a celebrar um casamento porque a noiva não estava a usar roupa interior. A união foi cancelada perante 230 convidados que, estupefactos, ouviram o sermão do pároco sobre "o respeito pelo altar sagrado".
O episódio ocorreu em Maceió, Alagoas, Brasil e foi desencadeado pelo enorme decote nas costas do vestido que a noiva envergava. Esse facto desagradou de imediato o padre Jonas Mourinho, de 68 anos, que chamou a noiva à atenção quando esta chegou ao altar.
Desconfiado, o padre encaminhou a nubente, de 25 anos, para a uma sala da sacristia, onde solicitou a uma 'ministra' daquele espaço para confirmar se a jovem tinha roupa interior vestida.
"Depilação púbica incentiva pedofilia"
As suspeitas do padre confirmaram-se, sendo que a jovem não usava nem sutiã... nem cuecas. E a revelação na 'ministra' foi ainda mais longe, ao acrescentar no seu relato que a noiva tinha os pelos púbicos totalmente depilados.
Aqui, o padre alegou ser este um incentivo à pedofilia: "Os pelos púbicos marcam a transição entre a infância e a vida adulta, portanto, retirá-los seria incentivar os pedófilos à prática sexual".
O religioso cancelou o casamento e informou os pais dos noivos e, posteriormente, os convidados de que "a noiva não respeitava o altar sagrado".
Indignada, a noiva acusou o padre de ser "um pervertido, que ao invés de querer celebrar o casamento estava a pensar em taradices" com ela.
Depois deste episódio, o padre Jonas deixou dois avisos afixados na apostila do curso de noivas: "noiva sem calcinha é satanás na cabecinha" e "vagina careca é o diabo na boneca".
Cento e cinco mil cristãos são assassinados anualmente devido às convicções religiosas, o que indica que em cada cinco minutos morre um cristão por causa da fé, alerta o perito em temas de liberdade religiosa Massimo Introvigne.
O responsável, citado hoje pela Rádio Vaticano, falava na Conferência Internacional sobre o Diálogo Inter-religioso entre Cristãos, Judeus e Muçulmanos, realizada em Budapeste, na Hungria.
«A cada cinco minutos morre um cristão por causa da sua fé», disse Massimo Introvigne, sociólogo italiano, que representava na Conferência a OSCE, Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa.
«Se essas cifras não gritarem ao mundo, se não se detiver esta praga, se não se reconhecer que a perseguição dos cristãos é a primeira emergência mundial em matéria de violência e de discriminação religiosa, o diálogo entre religiões só produzirá congressos estupendos, mas nenhum resultado concreto», afirmou Massimo Introvigne.
O arcebispo de Budapeste, cardeal Peter Erdö, disse, também citado pela Rádio Vaticano, que muitas comunidades cristãs no Oriente Médio morrerão porque terão de fugir. «Que a Europa se prepare para uma nova onda imigratória, desta vez de cristãos que fogem da perseguição», advertiu.
Na Conferência, organizada pelo governo da Hungria, participaram outras autoridades religiosas e civis, como o diplomata egípcio Aly Mahmoud, que afirmou que no Egipto estão a registar-se ataques muito graves contra as Igrejas Coptas.
No entanto, disse, serão promulgadas leis que proibirão os imãs muçulmanos de realizar discursos incitando ao ódio e às manifestações hostis junto aos templos das minorias, especialmente a cristã.
Segundo o boletim italiano INFOVITAE, pelo menos um milhão dos cristãos perseguidos no mundo são crianças.
Italiano garante ter encontrado a assinatura de Giotto na obra (DR)
O Santo Sudário de Turim, um dos objectos mais venerados do Cristianismo, foi na verdade um trabalho do pintor italiano pré-renascentista Giotto. Esta é a conclusão de um estudo do artista italiano Luciano Buso.
O pano de linho puro, de 4 metros e 36 centímetros de comprimento por 1 metro e 10 centímetros de largura, que alguns afirmam ter sido utilizado para envolver o corpo de Jesus Cristo após sua crucificação, tem sido alvo de várias teorias, sendo até hoje um dos trabalhos mais misteriosos do mundo.
Luciano Buso, pintor e restaurador de arte, analisou exaustivamente e ao pormenor o Sudário de Turim através de várias fotografias oficiais cedidas pelas arquidioceses de Turim e garante ter encontrado a marca de Giotto no lenço. O italiano explica que a peça tem a marca de Giotto, presente em muitos dos seus trabalhos, garantindo ter verificado a presença do número 15 em várias partes do Santo Sudário, significando que a obra terá sido criada em 1315.
De acordo com a investigação, a peça está também assinada, mas assim como o número 15, nunca ninguém conseguiu ler porque Giotto terá usado uma técnica de escrita oculta que os pintores costumavam usar naquela época como marca indelével da autenticidade das suas obras.
São várias as teorias que existem em torno do Santo Sudário de Turim. Não existe acordo sobre a verdadeira origem da peça, nem mesmo se terá coberto o corpo de Cristo. Em 1898, foram feitos os primeiros testes para se provar que o pano realmente serviu esse fim, depois de um fotógrafo de Turim ter feito uma foto do manto e, na revelação, ter descoberto que os negativos mostravam o corpo e o rosto de um homem crucificado. Em 1989, o Sudário foi submetido a um teste específico de carbono em três laboratórios diferentes, onde se chegou à conclusão que o pano de linho foi criado cerca de 1300 anos depois da morte de Jesus, entre 1260 e 1390.
Luciano Buso utiliza estes testes para provar que a sua teoria se enquadra no período de criação da peça e acrescenta que não acredita que Giotto não tivesse assinado claramente o trabalho para enganar as pessoas. “Ele não estava a tentar fingir nada, o que é claro tendo em conta que ele assinou ‘Giotto 15’, para autenticar o seu próprio trabalho”, disse ao The Independent o italiano.
Esta nova investigação também já está a gerar uma grande onda de controvérsia e criticas na Itália e nos meios religiosos. Os críticos acham que a teoria de Buso não faz sentido porque a Sudário de Turim não tem o padrão de Giotto.
Em 2010, o Sudário de Turim foi exposto ao público na Catedral de Turim, atraindo cerca de dois milhões de visitantes e peregrinos.
Pesquisa da Universidade do Kansas (EUA) feita com 14.500 pessoas revelou que os ateus têm melhor vida sexual que os religiosos. Uns e outros reconheceram as mesmas práticas, como masturbação, sexo oral e uso de pornografia como estímulo. Mas os religiosos não obtêm a mesma vivência prazerosa por causa da culpa que têm durante o sexo, sentimento que se estende pelos dias seguintes.
Os psicólogos Darrel Ray e Amanda Brown, os responsáveis pela pesquisa “Sexo e Secularismo”, informaram que, para garantir uma avaliação com baixo índice de distorção, foram selecionadas pessoas que mantêm a mesma frequência semanal de sexo.
Em uma escala de 0 a 10, os mórmons apresentaram a maior pontuação de culpa, com 8,19, seguidos por Testemunhas de Jeová, evangélicos pentecostais, adventistas do Sétimo Dia e batistas, nessa ordem.
Os católicos tiveram pontuação de 6,34 os luteranos, 5,88. Os ateus apresentaram o mais baixo índice de culpa sexual, 4,71. Os agnósticos ficaram perto, com 4,81.
Do total das pessoas que cresceram em lares de forte religiosidade, 22,5% sentem vergonha quando se masturbam. Em relação a quem é de família menos religiosa, o índice é de 5,5%.
A pesquisa também apurou que quem deixou de lado a religião e se tornou ateu teve uma melhora significativa na satisfação sexual.
Ray disse que ficou surpreso com esse resultado, porque acreditava que as pessoas nunca se livrariam completamente da repressão religiosa.
O jornalista italiano Carmelo Abbate vai lançar um livro que já provoca alvoroço nos bastidores da Santa Fé porque revela a vida clandestina de padres e freiras de congregações de vários países com representação no Vaticano e em algumas cidades da Itália.
O livro se chama “Sexo e o Vaticano, viagem secreta ao reino dos castos”. A viagem, no caso, foi a convivência de vários meses que Abbate teve, como infiltrado, entre sacerdotes e religiosas heterossexuais e homossexuais com intensa atividade sexual.
O jornalista apresenta relatos de orgias, de encontros com amantes, visitas a prostíbulos, sacerdotes com união estável e filhos, abortos e outros casos considerados pecados graves pela Igreja Católica.
Há também informação sobre as aventuras de padres homossexuais em casas noturnas.
Piemme, a editora do livro, adiantou que Abbate conta como sacerdotes se dividem “entre as austeras salas da Via della Conciliazione (avenida de acesso ao Vaticano) e a movimentada Roma by night”.
O Vaticano não quis comentar o livro e negou que existam padres homossexuais na Santa Fé. O vaticanista Marco Tosatti admitiu existir padres “com tendência homossexual”, mas, segundo ele, são poucos.
Abbate criticou a cultura de sigilo do Vaticano e a insistência da igreja em negar a existência dos desejos sexuais dos sacerdotes.
Vivia num convento de Toledo há mais de 35 anos, mas o Facebook veio ditar a sua expulsão. María Jesús Galán recebeu ordem de saída por parte das outras freiras por causa do clima de tensão criado pelos hábitos online de Galán, que no ano passado lhe valeram um prémio da junta de Castilla-La Mancha.
Tudo começou quando, ao cabo de 24 anos frente ao arquivo, María Jesús Galán conseguiu vencer a resistência das suas companheiras e adquiriu um computador. Daí à Internet e às redes sociais foi um passo. Com recurso às novas tecnologias conseguiu catalogar e digitalizar quase todo o arquivo do convento, que conta 119 livros e mais de 3000 documentos, indica o ABC.
Graças a este seu labor, o governo regional tinha reconhecido em Maio no ano passado os méritos de Galán - conhecida por “soror Internet” -, pelo seu trabalho de catalogação de documentos e livros da biblioteca conventual, pela contribuição para a difusão destes documentos pela Internet e pela introdução de tecnologias num ambiente tradicional.
Numa das suas múltiplas entrevistas após ter recebido o prémio, María Jesús Galán dizia sentir-se “muito orgulhosa” de ser freira no convento Santo Domingo el Real e dizia ainda sentir-se “plenamente realizada” como religiosa.
Acontece, porém, que onde outros viram interesse e diligência, as companheiras de mosteiro de María Jesús Galán viram uma tensão insuportável e um mal-estar crescente.
Na passada terça-feira, chegou a notícia, no próprio mural do Facebook de María Jesús Galán: “Expulsaram-me. Umas quenianas tornaram a minha vida impossível. A inveja pregou-me uma partida e elas ganharam. Hoje, o delegado da Vida Religiosa, junto com a madre prioresa e outras duas freiras, decidiram que eu teria que sair para que ficassem tranquilas as quenianas. Não têm vocação, mas vêm buscar dinheiro para as famílias. Não vale a pena meter o dedo na ferida. Estou em paz e sem nenhum tipo de rancor”.
Sabe-se que no mosteiro vivem 14 freiras estrangeiras, algumas oriundas de África e da Ásia.
O arcebispado de Toledo recusou-se a comentar o caso, considerando-o um assunto da “vida interna” da comunidade religiosa.
A notícia da expulsão da freira provocou protestos nas redes sociais e muitos internautas, de diferentes partes do mundo, deixaram no mural de María Jesús Galán mensagens de apoio.
Sabe-se que, depois da expulsão, María Jesús Galán, que cumpriu 54 anos no passado dia 1 de Janeiro - segundo o ABC - já foi inscrever-se no instituto de emprego.
A freira diz agora que poderá finalmente conhecer Londres e Nova Iorque, viagens que não poderia cumprir se tivesse continuado a viver no convento de Santo Domingo el Real, fundado no século XIV.