Não se sabe quantos alunos portugueses têm dislexia. Os problemas variam entre dificuldades de leitura, de compreensão, de ortografia ou de matemática. Um estudo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro concluiu que 5,4% dos alunos do 1º ciclo são disléxicos, mas, segundo a Associação Portuguesa de Dislexia, o número «é muito maior».
Até este ano letivo, essas crianças eram acompanhadas pelo Departamento de Educação Especial de cada escola, que construía os testes e os exames consoante as suas dificuldades. Era esta equipa de professores especializados, encarregados de educação, terapeutas e psicólogos que definia, caso a caso, o Programa Educativo Individualizado dos alunos disléxicos e os «critérios de adaptação» nos momentos de avaliação. Da chamada adequação das condições de avaliação, constavam possibilidades como a não pontuação dos erros, a redução do número de questões ou do texto, o prolongamento do tempo ou a leitura do enunciado.
«Em abril, o Júri Nacional de Exames alterou as regras. Os exames passaram a ser todos nacionais e deixou de ser permitida a leitura do enunciado», criticou a presidente da associação, Helena Serra, aotvi24.pt.
Ministério da Educação mudou as regras dos exames apenas em abril. Caso de Constança é apenas um entre «milhares»Esta decisão ganhou relevo com a história de Constança, a menina de 14 anos de Odemira que está a ser obrigada a realizar os exames do 9º ano em igualdade de circunstâncias com os outros alunos. «Tiraram o tapete a milhares de alunos que usufruíram de adequações durante todo o ano letivo. As adequações não são nenhum favor que lhes estamos a fazer, é apenas o reconhecer que têm um cérebro especial», disse.
O ministro Nuno Crato garantiu que os casos de alunos disléxicos serão analisados «um a um». No entanto, e apesar das recomendações da escola, da terapeuta, da Direção Regional de Educação e até do Provedor de Justiça, Constança teve de ler o enunciado sozinha e não conseguiu completar o exame de Português por falta de tempo. O ministério alega que um aluno só pode completar o 9º ano se dominar o Português e a Matemática. «Concordamos nesse aspeto, mas só para um cérebro que processa as palavras normalmente. Um aluno disléxico tem pequenos distúrbios no processamento. Ao retirarmos-lhes esses direitos nos exames, estamos a colocá-los em desvantagem logo na linha de partida», explicou Helena Serra.
Nos exames nacionais está garantida a utilização da Ficha A, uma lista de possíveis erros destes alunos, sinalizados pelo departamento especial e pelo diretor de turma, e enviada ao corretor para que não os pontue. «O ministério diz que os alunos não vão ter mais benesses porque já têm a Ficha A, mas só os erros escritos é que não serão pontuados. Então e a dificuldade de leitura ou de compreensão? O ministério esqueceu-se de pensar nos efeitos da má interpretação...», lamentou a professora especializada em educação especial.
A Associação Portuguesa de Dislexia está a aconselhar os pais de alunos disléxicos a enviarem queixas para o ministério, onde já entregou uma petição com mais de 1200 assinaturas. Entretanto, vai enviar uma carta ao secretário de Estado da Educação com um conjunto de propostas, entre as quais a possibilidade de, durante a inscrição nos exames, as adequações realizadas ao longo do ano poderem ser descritas no impresso.
Propõe-se ainda um «modelo de 50 horas de formação específica para os professores», prioritariamente os da educação especial. Segundo Helena Serra, «os alunos não estão a ser apoiados por professores especializados e, quando começam a patinar, têm apoios educativos», que são «uma falácia do sistema», porque estes educadores têm «a mesma formação de outro qualquer». «Os alunos precisam de pessoas que saibam o que estão a fazer, logo no 1º ano ou mesmo, preventivamente, aos 5 anos», frisou.
A professora é a favor da escola inclusiva, mas apenas se isso se traduzir em «turmas reduzidas» e com o «apoio de um professor especializado» em dislexia.
São épocas da vida em que nos encontramos a avaliar a estrutura da nossa vida social, financeira...
O primeiro retorno de Saturno acontece entre os 28-30 anos, idade caracterizada por tomadas de decisão e o assumir de responsabilidades, em áreas cruciais como a da carreira, a do casamento e/ou filhos. Tratando-se de Saturno, este ciclo será pontuado por responsabilidade, maturidade, disciplina e ambição. Nem todos temos Saturno no mesmo local do horóscopo nem a reger a mesma área de vida, onde ele está é sabido que será onde nos teremos que empenhar já que a sua posição sugere sempre onde teremos mais trabalho. Em comum todos iremos sentir estas como fases de ajustes de vida.
São épocas da vida em que nos encontramos a avaliar a estrutura da nossa vida social, financeira, o que já fizemos e o que ainda ambicionamos, aquilo que já nos faz sentir seguros e a autoridade que detemos versus a que confrontamos. A grande questão é sempre se queremos manter o “statu quo” ou se ao contrário nos deveríamos “arriscar” a encetar outro caminho mais de acordo com o que sentimos ser o nosso verdadeiramente, o “chamado” ou vocação. Não sem se pesar as responsabilidade e riscos. Nestas alturas deveríamos ter em mente uma questão; se este é o caminho que acreditamos e sentimos ser por aquele que estamos dispostos a trabalhar arduamente.
Após o 1º retorno de Saturno e durante os 30 anos que se seguem vamos tendo oportunidade de rever, cimentar ou realinhar as decisões tomadas. Enquanto caminhamos para segundo retorno quando, uma vez mais tudo será avaliado e pesado.
A cada 7 anos vivemos uma nova "tensão" um período dinâmico, que poderá trazer velhas questões. Períodos estes a serem aproveitados como uma oportunidade para revisão do plano que iniciámos aos 30; entre os 35-37 anos, na 1ª quadratura. O reflexo desta tensão poderá surgir como uma fase meio irritante que nos leva a ponderar sobre aonde nos levaram as decisões de há 7 anos, esta será a 1ª oportunidade de emendar a mão, caso seja necessário ou a ser reconhecidos pelo trabalho desenvolvido e abarcar maiores responsabilidades.
São épocas da vida em que nos encontramos a avaliar a estrutura da nossa vida social, financeira...
Seria bom ter presente que daí a mais 7 anos, entre os 42-44 anos, estaremos a viver a oposição; o auge do que poderá ser de um conflito ou da consagração. No 1º caso o do conflito; o que se adiou, continua a ser um foco de ansiedade e, volta ao presente ainda como maior persistência e peso. O mesmo peso com que temos vindo a resistir à mudança.
Nesta idade estaremos no início da chamada crise da meia-idade já aqui falada em artigos anteriores, para muitos sentida como a derradeira oportunidade para se fazer o que se deixou de… e adiou até ali, de repente ficamos conscientes de que o tempo não pára e que metade já lá vai.
Por isso aos 49-51 anos, a ansiedade daqueles que nesta altura ainda não se revirem no que fazem, será enorme e estarão mais pressionados do que nunca, agora que se caminha para a derradeira quadratura. Quando o confronto do indivíduo consigo é duro e exigente, socialmente as mudanças de vida não são apoiadas. Estas tensões por vezes acabam por degenerar em doenças fruto do sucessivo e continuo ignorar das necessidades próprias. Outros haverão que estarão a gozar o apogeu das suas carreiras com vidas estruturadas como planearam, usufruindo da estabilidade e respeitabilidade que entretanto angariaram, a sensação de dever cumprido. A prepare agora os seus 56-58 anos e a continuidade dos projectos que acalentam, com a sabedoria que entretanto detêm. Na rota para o terceiro retorno que cada vez mais se vem apresentando como uma idade em que se abraçam os planos mais ambiciosos, a maior ameaça nesta altura é o deixar o tempo passar e não pôr em prática o plano, seja ele qual for.
O PÚBLICO associa-se à Semana Europeia do Cancro com a divulgação de uma série de cinco documentários elaborados pelo Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, um dos principais centros de investigação na área do cancro.
A colecção “In vivo” focada na prevenção dos cancros mais frequentes em Portugal – Mama, Pele, Colo do útero, Colo-rectal e Estômago – tem sido apresentada em várias escolas do país e foi adaptada para o PÚBLICO.
“O que se procura aqui é uma tomada de consciência entrando pela porta do alerta e não do alarme”, resume o coordenador desta iniciativa do Ipatimup e Professor Afiliado da Faculdade de Medicina da UP, Luís Filipe Silva.
Mais do que os excepcionais avanços feitos na área das terapias que atacam os mais diversos cancros, Sobrinho Simões, director do Ipatimup, remata que “o problema do cancro, de todos os cancros, só será atenuado com prevenção e diagnóstico precoce”.
Assim, a escolha dos cinco cancros desta série foi feita a pensar na importância que têm em Portugal mas também na possibilidade que todos temos de os prevenir com medidas simples. São doenças que têm factores de risco evitáveis.
A colecção [In Vivo] foi concebida e produzida por investigadores da Unidade de Divulgação do IPATIMUP, com a colaboração de especialistas clínicos e investigadores externos e um conjunto de entidades públicas e privadas que se empenharam activamente na concretização deste projecto, com especial relevo para as escolas que o acolheram e o fortaleceram.
Cancro da Mama mata uma mulher a cada minuto. Veja como prevenir
Diz o ditado que “homem que trai o pipi cai” (e até é verdade, dá uma olhada aqui). Mas o problema pode ser mais sério ainda. Ter uma amante pode custar a vida dos homens que traem.
O aviso vem de uma pesquisa da Universidade de Florença, na Itália. Os pesquisadores revisaram estudos anteriores sobre as causas e efeitos da infidelidade e perceberam uma tendência mortal: homens que traem correm mais risco de sofrer infarto fatal.
Um dos estudos revisados veio de uma universidade da Alemanha. Os pesquisadores de lá avaliaram casos de infarto durante o sexo. E a maioria dos homens que morreram nessas situações estava traindo suas mulheres.
Em janeiro deste ano, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos, fez estudo semelhante. Após analisarem as autópsias de mais de 5 mil homens, eles descobriram que, entre aqueles que morreram durante o sexo, 75% estavam com as amantes.
Os pesquisadores não sabem exatamente por que, mas desconfiam de vários motivos. Primeiro, os homens casados costumam se envolver com menininhas mais novas. E eles trabalham duro para dar conta do sexo com elas. Sem contar a alimentação nada saudável: pizzas, hambúrgueres e aquela porcariada toda, que só vão gerar preocupação nelas anos mais tarde.
Dentro dessa conta de problemas, o homem ainda soma um sentimento de culpa (poxa). Quando eles ainda gostam da mulher, a chance de trair e ter um infarto é maior ainda. “Ele pode punir a si mesmo por trair esta parceira”, diz a pesquisadora Alessandra Fisher (aspas do Daily Mail). E eles ainda tendem a ficar mais estressados.
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A proteína ajuda a queimar calorias mas não aumenta o apetite (Foto: DR)
Calor. A palavra-chave para controlar a obesidade pode estar em aquecer o corpo. Não com sol ou com roupa, mas sim colocando o chamado “tecido adiposo castanho” a trabalhar de forma mais intensa para dissipar a gordura na forma de calor. Para isso, segundo um trabalho da Universidade de Santiago de Compostela, do investigador português Luís Martins, é necessário dar ao cérebro uma proteína óssea.
Bmp8b (ou proteína morfogenética óssea 8b) é o nome da proteína identificada pelo grupo de investigação de NeurObesidade desta universidade espanhola no âmbito do doutoramento de Luís Martins e que foi agora adaptado e publicado na edição deste mês da revista científica Cell.
Segundo explicou ao PÚBLICO Luís Martins, nos últimos quatro anos o grupo conduziu uma experiência laboratorial em ratos e ratinhos que foram submetidos a uma alimentação muito rica em gorduras. “Verificámos que os animais que não tinham o gene desta proteína engordaram mais rapidamente do que os outros”, disse. Tiveram também mais dificuldade em controlar a temperatura corporal.
Questionado sobre se está ultrapassado o "mito" de que o tecido adiposo castanho só existia nos bebés e crianças, o investigador assegurou que “cada vez há mais evidência científica de que existe este tipo de tecido nos adultos, ainda que em menos quantidade e mais disperso”. Luís Martins esclareceu que o tecido castanho não armazena lípidos e que, pelo contrário, “utiliza a chamada gordura branca ou normal para produzir energia” que se dissipa na forma de calor – um fenómeno que se denomina “termogénese” e que tem influência na regulação da temperatura do corpo e ajuda a queimar calorias.
Daí que, prosseguiu o investigador, a solução para controlar alguns casos de obesidade possa passar por aumentar a actividade do tecido adiposo castanho que, no máximo, elevará a temperatura corporal em 1º Celcius, o que não deverá gerar desconforto. “Na nossa investigação injectámos no cérebro dos ratos e ratinhos a proteína e esta mostrou-se eficaz, mas é um método desconfortável e seria importante desenvolver uma técnica que por uma via mais periférica conseguisse fazer chegar a Bmp8b ao cérebro ou mesmo ao tecido adiposo castanho”, acrescentou.
Luís Martins salientou que esta não é a primeira proteína a mostrar estes efeitos. Porém, a Bmp8b revelou, pela sua forma de actuação, muito menos efeitos secundários noutros órgãos. Esta proteína actua no cérebro, mais concretamente no hipótalamo, uma zona que tem um papel fundamental na regulação da energia e que faz a ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino.
Outros estudos com outras proteínas acabaram por esbarrar, por exemplo, em problemas cardiovasculares que faziam com que os riscos ultrapassassem os benefícios. Por outro lado, o investigador concretizou que esta proteína tem a capacidade de colocar o tecido castanho a consumir mais energia do tecido branco sem aumentar o apetite. “É aumentada a actividade do metabolismo mas sem indução da vontade de comer”, explicou.
O estudo surge no mesmo mês em que um relatório da Organização Mundial de Saúde veio alertar para o aumento da obesidade a nível mundial, sendo que em todas as regiões do mundo a obesidade duplicou entre 1980 e 2008.
Hoje 500 milhões de pessoas são consideradas obesas, ou seja, 12% da população mundial. A América é o continente com mais gordos (26% dos adultos), ao contrário dos asiáticos, que surgem no final da tabela. Em todo o mundo, as mulheres têm mais tendência para ser obesas do que os homens e, por isso, correm mais riscos de vir a ter diabetes, doenças cardiovasculares e cancro. Portugal não é excepção: a obesidade atinge 20,4% dos homens e 22,3% das mulheres com mais de 20 anos.
Depois de um longo dia de trabalho, algumas mulheres se sentem desestimuladas para o sexo ao chegar em casa. Há noites em que tudo o que você quer é apenas deitar e dormir, mas quando isso vira hábito o relacionamento pode esfriar.
Por isso, para driblar o cansaço e aumentar o desejo sexual, o site Health.com listou sete dicas importantes. Confira a seguir e aproveite sua noite a dois:
Dê abraços longos Sabe aqueles abraços de até três segundos? Prolongue-os. De acordo com um estudo, um abraço com mais de 20 segundos aumenta os níveis de hormônios ligados à sensualidade. “Abraçar proporciona sentimentos de profundo apego, o que muitas vezes leva ao desejo sexual”, explica a pesquisadora Helen Fisher.
Mantenha seu coração acelerado Seja com corrida ou musculação, fazer exercícios aumenta sua confiança com a silhueta e, consequentemente, o desejo sexual. Se tiver preguiça, faça uma caminhada para intensificar o fluxo de sangue no corpo. "Mulheres que se exercitam têm maior autoestima sexual", afirma a pesquisadora Tina M. Penhollow.
Aguce seus sentidos Concentre-se em tudo o que vê, sente e ouve. Mulheres sensitivas têm mais satisfação sexual, segundo um estudo do jornal Sexual Medicine. Para adquirir este hábito, escolha uma refeição do dia e observe a textura, o aroma e o sabor com atenção. Dessa forma, você será capaz de captar melhor as sensações.
Mude o tom da conversa Tudo bem que vocês precisam dividir algumas angústias, mas conversar apenas sobre trabalho e problemas familiares afasta os desejos sexuais. Por isso, divida seus pensamentos picantes e relembre noites marcantes. De acordo com a especialista em relacionamento Yvonne K. Fulbright, ele ficará mais apaixonado ao ouvir frases como: “lembra quando fizemos isso na cozinha?".
Olhe uma foto dele Segundo um estudo da Universidade de Rutgers, exames de ressonância magnética mostraram que quando uma pessoa olha para foto de outra por 30 segundos, há uma atividade do cérebro que aumenta o desejo sexual. Por isso, olhe uma foto dele no caminho do trabalho. Os sentimentos gerados nos 30 segundos irão se prolongar até você chegar em casa.
Redescubra seu lado sexy Você já tentou acender velas e colocar uma música sexy, mas mesmo assim, depois de um longo dia de trabalho, é difícil entrar no clima. "As mulheres fazem malabarismos, tanto que podem colocar sua sexualidade em segundo plano e perder a conexão com o lado sensual", diz Marianne Brandon, autora do livro Recuperação do Desejo. A dica é não desistir e sempre tentar novas táticas para descobrir a mulher sexy que há em você.
Não aposte em lingeries sexy Claro, se você se sentir atraente dessa forma, siga em frente. Mas algumas mulheres usam peças sensuais apenas para agradar o parceiro. O segredo é usar roupas que aumentem sua autoestima e libido. “Use o que faz você se sentir sensual, não o que seu parceiro pensa que é quente. A sensualidade faz parte de quem você é”, explica Marianne Brandon.
Proximidade das férias leva os portugueses a querer ficar em boa forma rapidamente (Foto: Daniel Rocha)
Não há milagres nem super poderes dentro das embalagens à venda nos hipermercados e lojas de dietética, avisa a Deco Proteste que analisou 20 produtos que prometem o emagrecimento. Ordem dos Nutricionistas subscreve alerta.
Para eliminar os quilos a mais, a solução é mesmo uma dieta equilibrada e exercício físico. Quanto a tentar perder peso com os produtos para emagrecer arrisca-se a constatar que “só a carteira perde peso”. Esta é a conclusão do estudo divulgado pela Deco Proteste que foi buscar 20 produtos “para emagrecer” às prateleiras dos super e hipermercados e lojas de dietética, disponíveis nas secções “saudável” e “emagrecimento”. Os resultados da análise da composição e alegações anunciadas nos rótulos das embalagens servem de aviso aos consumidores: Alguns destes produtos não têm efeito, outros contêm substâncias diuréticas ou laxantes, incompatíveis com um emagrecimento real.
As “fórmulas” para emagrecer à venda nos supermercados “combinam plantas, frutos ou legumes, são enriquecidos com vitaminas ou sais minerais e reclamam super poderes contra os quilos em excesso”, explica o estudo da Deco Proteste que denuncia ainda que “para convencerem, recorrem a um discurso pretensamente científico, mas, com frequência, repleto de erros”. De acordo com a análise, alguns destes produtos contêm mesmo substâncias que, em elevadas concentrações, podem ser perigosas como é o caso dos estimulantes, que elevam o ritmo cardíaco. Além disso, nota, o preço é elevado variando entre 6 e 40 euros por embalagem.
“Alguns produtos analisados propõem o emagrecimento com o recurso a diuréticos e laxantes, que fazem perder água e fezes em vez de gordura. Outros contêm cafeína, substância estimulante, presente, por exemplo, no chá verde e no guaraná. Mas seriam necessárias quantidades elevadas para permitirem a perda de peso. E, em tais quantidades, existe o risco de alterações ao nível do batimento cardíaco”, alerta o resumo de estudo que desmascara estes produtos.
Mas há mais avisos: Cuidado, por exemplo, com a típica “estratégia de sedução” usada nos rótulos das embalagens e que se apoia em “linguagem com aparência científica”. Exemplo? “Variam as diferenças morfológicas (metabólicas) individuais: obstipação, retenção de líquidos, excesso de apetite (...)”, cita a Deco Proteste para, em seguida, desmontar esta mensagem: “Uma coisa é a morfologia de um indivíduo (alto, baixo, etc.), outra as suas características metabólicas, ou seja, a forma como transforma e elimina, por exemplo, as gorduras e os hidratos de carbono”.
Além da ciência recorre-se também à estratégia do recurso a “substâncias ditas naturais” para convencer os consumidores. “A lista é vasta e varre desde o incontornável aloe vera até frutos exóticos brasileiros, como o açaí, passando pelo ginseng, típico da medicina oriental. Mas a eficácia real destas substâncias, nas doses propostas, está por demonstrar”, nota o estudo que adianta ainda que algumas destas plantas não estão isentas de riscos e que é preciso ter cuidado com interacções com outros medicamentos.
Por fim, ficam ainda algumas dicas sobre sinais que devem servir de alerta: “Desconfie dos produtos ou dietas que prometam uma perda de peso fácil e sem esforço. Tenha o mesmo cuidado face a alegações de conhecimento científico, cura milagrosa, ingrediente com segredo e remédio tradicional. Termos como “sensação de saciedade” ou “termogénese” também devem fazer soar as campainhas. Produtos que afirmem ser seguros, sobretudo por conterem substâncias ditas naturais, ou incluam histórias não documentadas, com testemunhos de consumidores ou médicos, reclamando resultados fantásticos, são ainda de rejeitar”.
Depois de tudo isto resta uma conclusão: “Para perder peso e manter a saúde, a dieta deve ser variada, eliminar os alimentos hipercalóricos, contemplar 1200 a 1500 quilocalorias diárias e incluir exercício”, refere a Deco Proteste que aconselha os consumidores que querem eliminar os quilos a mais a calcular o índice de massa corporal (que relaciona peso e altura) e a consultar um especialista. Alerta dos Nutricionistas
A Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, subscreve o alerta da Deco Proteste. “Qualquer destes produtos implica riscos e deixa reservas se não for prescrito por um profissional”, refere sublinhando que “o excesso de peso é, em primeiro plano, uma doença e, por isso, necessita de uma avaliação por um profissional que pode ser um nutricionista ou dietista”.
Segundo a especialista estas fórmulas são também muitas vezes inócuas alcançando apenas um efeito placebo. “Quando muito funcionam como factor motivador para operar uma mudança em hábitos alimentares e, aí, a única perda seria económica”, considera, lamentando as falsas expectativas e a pressa de quem quer perder peso. “O que as pessoas querem são milagres. Querem perder peso e já. Muitas vezes, estes produtos vendem isso com imagens perfeitas e até definem um horizonte temporal como o ‘perca x quilos em xtempo’”.
Alexandra Bento insiste na importância da consulta de um nutricionista ou dietista e nota que no site da Ordem dos Nutricionistas está publicada a lista dos profissionais acreditados porque também na oferta destes serviços há pessoas sem formação que podem “vender gato por lebre”.
A relação entre os hábitos tabágicos e o baixo peso à nascença está estudada (Foto: Pedro Vilela)
A lista de malefícios associados ao consumo de tabaco durante a gravidez já vai longa. Vários estudos têm demonstrado que os filhos de mães que fumaram durante a gestação também têm maior risco de sofrerem de obesidade na infância.
O porquê desta associação ainda está por deslindar, refere Sérgio Soares, um dos autores de um estudo de revisão científica sobre o tema publicado na revista Expert Review of Obstetrics & Gynecology.
A relação entre os hábitos tabágicos e o baixo peso à nascença está estudada e as razões são conhecidas, refere Sérgio Soares, médico e director da clínica de fertildade Instituto Valenciano de Fertilidade IVI-Lisboa, que tem investigado a relação entre tabaco e fertilidade. No caso do baixo peso, sabe-se que” a nicotina prejudica a fisiologia da placenta”, fazendo com que a quantidade de sangue que chega à placenta seja menor e que haja menos oxigenação.
Os dados que assinalam a associação entre tabaco e obesidade estão plasmados em cada vez mais estudos mas ainda será preciso mais pesquisa para perceber se existe uma relação de causa e efeito, diz.
Por enquanto, existem dois caminhos possíveis de explicação, diz. Um deles aponta para possíveis razões orgânicas, podendo haver alterações metabólicas em resposta a condições intra-uterinas adversas, mas as explicações podem também ser de ordem familiar, refere Sérgio Soares, isto porque também foi encontrado uma relação entre a obesidade e o facto de o pai da criança fumar. “É uma hipótese” mas o facto de ambos os pais fumarem pode ser “indicativo de circunstâncias familiares, pode haver padrões genéticos desconhecidos, padrões comportamentais, dietas alimentares [associados a essa família]”.
O artigo, publicado em Março, analisou 172 trabalhos científicos nesta área e é também da autoria de Marco Belo, da Clínica Viara, investigador da cidade brasileira de Belo Horizonte e José Bellver, da clínica IVI em Valência e da Faculdade de Medicina da Universidade de Valência.
Sérgio Soares lembra que no campo da procriação medicamente assistida o consumo de mais de dez cigarros por dia reduz a probabilidade de sucesso na transferência de embriões de óptima qualidade, mesmo quando se trata de ovócitos doados por dadoras não fumadoras.
De acordo com especialistas, fazer sexo não piora as condições do coração
Pessoas que já tiveram ataques cardíacos evitam ter relações sexuais com medo que isso desencadeie outro enfarte, mas, de acordo com pesquisadores, fazer sexo não piora as condições do coração. As informações são do jornal Daily Mail.
O mito de que sexo é uma atividade perigosa para pacientes cardíacos é que aflige suas vidas sexuais, mas um estudo mostra que apenas 1% dos enfartes ocorrem durante a relação sexual.
Por ano, são relatados 124 mil ataques cardíacos no Reino Unido. Destes, mais de 50 mil ocorrem em adultos com menos de 75 anos.
Especialistas culpam os médicos por não conversarem com pacientes e esclarecerem o momento certo para retomar a atividade sexual com segurança. Por isso, 40% das pessoas que já sofreram ataques cardíacos deixam a vida sexual de lado.
De acordo com o estudo, apenas dois em cada cinco homens e uma em cada quatro mulheres conversaram com seu médico sobre ter relações sexuais após o enfarte.
"Os médicos precisam entender o papel importante que desempenham em ajudar doentes com enfarte agudo do miocárdio. É preciso evitar o medo desnecessário de ter recaídas ou até mesmo da morte com o retorno à atividade sexual", explica a cardiologista Stacy Tessler Lindau, da Universidade de Chicago.
Uma mulher foi presa em Munique, Alemanha, por obrigar um homem a fazer sexo com ela durante 36 horas.
O homem, de 31 anos, foi encontrado pela polícia chorando do lado de fora do apartamento da mulher e, exausto após 36 horas de sexo, teria dito: “Oh, Deus, foi um inferno. Eu não posso andar. Por favor, me ajude”.
A ninfomaníaca conheceu o sujeito no ônibus, quando voltava de uma clínica para viciados em sexo.
O rapaz foi convidado a conhecer o apartamento da mulher, ficou preso, foi feito de escravo sexual e só conseguiu escapar após uma maratona de sexo.
Essa não foi a primeira vítima da moça, no mês passado divulgamos aqui um outro episódio envolvendo a criminosa sexual, que chegou até a convidar os rapazes da polícia para uma surubinha.
A moça foi levada a um hospital para observação psiquiátrica.
Para muitas pessoas a existência dos orégãos começa e acaba numa fatia de pizza. Contudo, estas ervas são - felizmente - muito mais do que isso, sendo o toque essencial em muitas saladas, caldeiradas, caracóis e outras saborosas e saudáveis aplicações.
É incontornável sermos transportados para o universo da cozinha italiana quando sentimos o irresistível perfume dos orégãos, no entanto, esta erva aromática não se cinge à gastronomia transalpina, sendo um dos aromas mais característicos das dietas mediterrânicas. De resto, os orégãos são um dos muitos alimentos que, pelo seu simbolismo de felicidade (a origem do seu nome é mesmo “alegria das montanhas”), estão historicamente ligados ao corolário de casamentos em algumas culturas.
Muito há a dizer sobre os orégãos e a sua ligação à saúde. Como qualquer erva aromática que se preze, alega-se na medicina alternativa que os orégãos possuem um efeito positivo numa panóplia de maleitas, sendo as mais comuns as dores menstruais, flatulência e gripes. Já no campo das certezas (se é que em ciência podemos utilizar esta palavra), os orégãos são os vice-campeões dos antioxidantes no campeonato das ervas aromáticas e especiarias, sendo apenas ultrapassados pelo cravinho neste domínio.
É este tremendo potencial antioxidante conferido pelo timol e ácido coumárico e rosmarínico, entre outros compostos, que os tornam num autêntico “antibiótico alimentar” devido à sua comprovada actividade antimicrobiana e antifúngica. Mas, para além destas vantagens per se, os orégãos possuem igualmente um toque de Midas ao melhorar a composição dos alimentos no qual são incorporados. Neste contexto, um estudo recente demonstrou que a adição de uma mistura de especiarias a hambúrgueres, na qual os orégãos eram o componente dominante, diminuiu em mais de 70% a concentração de malonaldeído, composto implicado em processos cancerígenos e ateroscleróticos.
Para além de tudo isto, há ainda a acrescentar que mesmo quando ingeridos em pequenas quantidades, os orégãos são uma boa fonte de fibra, vitamina A, K, ferro e cálcio. Tem ainda para oferecer o benefício típico das ervas aromáticas que passa pela diminuição da adição de sal aos pratos que incorporam.
Assim, quer à italiana, em saudáveis pizzas caseiras, pastas e saladas de tomate e queijo fresco, quer à portuguesa, com caracóis, caldeiradas e marinadas, os orégãos são daqueles preciosismos dos quais nenhuma cozinha nem a sua saúde devem prescindir.
*Assistente Convidado da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto
Estudante de design gráfico apresenta vídeo didático e divertido sobre tabus sexuais do universo feminino em seu trabalho de conclusão de curso
Objetivo, autoexplicativo e sem nenhum tabu. É assim o vídeo “Sem Tarja Preta” da designer de 22 anos Bee Grandinetti. Este foi seu projeto de conclusão de curso na Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Com quase sete minutos de duração, a recém-formada esclarece o que chama de “pontos obscuros relacionados ao prazer no sexo para mulheres”.
O vídeo é despojado e com linguagem simples. Isso porque sexo nunca foi um assunto estranho para Bee: “Nunca tive inibições de conversar sobre o tema, o que inclusive me ajudou em termos de aprendizado. Essa abertura fez com que eu percebesse que as pessoas não eram tão felizes e bem resolvidas sexualmente como diziam”, conta.
Até o momento, a repercussão do vídeo é bastante positiva. “Eu esperava uma enxurrada de retornos negativos, pois eu falo com muita sinceridade de coisas que muita gente não quer ouvir. Mas, para a minha surpresa, até agora só tive retornos muito positivos”, comemora.
As informações que aparecem no vídeo, como números e estatísticas, são de pesquisas do ProSex, projeto de sexualidade da Faculdade de Medicina da USP, e os “pontos obscuros” foram escolhidos a partir de vídeos, artigos, livros, debates e reflexão pessoal. Bee contou com o apoio do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania GLBT da Universidade Federal de Minas Gerais.
O resultado do trabalho, academicamente, foi a nota máxima. Mas, além disso, Bee tem outras expectativas. “Eu torço muito para que o vídeo alcance o maior número de pessoas possível. Se pelo menos uma pessoa que tenha dificuldades repense seu comportamento sexual depois de ver o vídeo, já vai ter valido a pena”, completa.
Vários casais têm dúvidas quando o assunto é sexo na gravidez, principalmente os marinheiros de primeira viagem. Por isso, o Mundo Ela conversou com a doutora Denise Coimbra para esclarecer algumas das dúvidas mais freqüentes.
Algumas mulheres têm medo de fazer sexo durante a gravidez. Existe algum risco para o bebê?
Em algumas situações o sexo é contra-indicado, como na transferência de embriões na técnica de reprodução assistida até confirmação da gravidez, mas na gravidez natural não há contra-indicação. Durante o período gestacional, se houver sangramento ou outra queixa, será orientado pelo obstetra se deve parar de ter relações.
E para a mulher? Pode ser desconfortável, causar alguma dor?
Relação sexual não provoca dor e nem causa desconforto, mas a medida que cresce o útero a mulher tem que escolher a melhor posição, ou seja, a mais confortável - por exemplo, de lado.- que impeça uma penetração tão profunda.
Durante a gravidez o corpo da mulher sofre várias transformações, físicas e hormonais. Essas modificações podem alterar o apetite sexual feminino?
Sim. No início existe até certa rejeição ao sexo, que se normaliza com o esclarecimento médico de que não vai prejudicar o bebê. Tudo volta ao normal, a não ser que o médico impeça ou a mulher não se sinta mais confortável para ter relações, mas o sexo durante a gestação reforça o ponto de vista psicológico a mulher segura e amada pelo companheiro. É bom e importante.
Existe alguma situação em que o sexo deve ser evitado ou mesmo proibido?
Sim, o sexo na gravidez deve ser evitado sempre que o médico achar necessário, como em casos de ameaça de abortamento no inicio da gravidez, nas situações infecciosas de pelve (corrimentos, cistites...), placenta previa centro total, ameaça de parto prematuro e rotura de bolsa amniótica.
Alexander Dale Oen, de 26 anos, sofreu uma paragem cardíaca no balneário depois de mais uma sessão de um treino, em Flagstaff, Arizona, nos Estados Unidos. A Noruega entrou em choque na segunda-feira com a morte do campeão mundial de natação e uma das grandes esperanças para os Jogos Olímpicos de 2012.
O presidente da federação de natação norueguesa, Per Rune Eknes, disse ainda não saber as causas que levaram à paragem do coração e adiantou que o campeão do mundo dos 100m bruços foi encontrado prostrado no chão do balneário no fim do dia de segunda-feira.
“Estamos todos em choque”, desabafou o treinador da selecção da Noruega, Petter Loevberg.
O primeiro-ministro norueguês Jens Stoltenberg também lamentou a morte de Oen. “Era um grande desportista de um pequeno país”.
Dale Oen alcançou o seu maior triunfo nas piscinas no ano passado em Xangai, quando venceu os 100m bruços na final dos Mundiais. Esse triunfo levou a alegria de novo à Noruega, três dias depois do massacre perpetrado pelo norueguês de extrema direita Anders Breivik que levou à morte 77 pessoas.
O nadador dedicaria a sua vitória às vítimas do massacre, enquanto apontava para a bandeira do sue país. “Precisamos de nos manter unidos”, disse Oen no final da corrida. “Toda a gente no meu país está, obviamente, paralisada país mas é importante para mim simbolizar que, apesar de estar aqui na China, sou capaz de sentir essas emoções”.
A selecção da Noruega estava treinar nos EUA a preparar os Jogos Olímpicos, que têm início a 27 de Julho (terminam a 12 de Agosto). A federação disse que Oen teve apenas um treino ligeiro na segunda-feira e jogou golfe nesse dia. Mas os seus companheiros começaram a ficar preocupados com o tempo que este passou no chuveiro e entraram no seu balneário, quando perceberam que ele não respondia.
A federação disse que “encontraram Dale Oen no chão e na banheira”. O médico da equipa Ola Roensen começou logo com a massagem cardíaca até chegar a ambulância. “Foi tudo feito como devia e tentámos tudo, e é muito triste não o termos conseguido ressuscitar”, disse o clínino. “É difícil aceitar”.
No seu último tweet na segunda-feira, Dale Oen escreveu que estava ansioso para voltar a casa: “faltam 2 dias para ir embora de Flagstaff, depois é voltar à cidade mais bonita da Noruega…#Bergen."
A estética, a beleza, a autoestima, a segurança, e tantas outras preocupações permeiam ouniverso sexual de muita gente, e mais especificamente, o das mulheres que cobram de si mesmas um padrão, quase sempre, muito alto. O que dá tesão, o que faz a gente pirar é algo tão pessoal e a única máxima é que entre quatro paredes vale tudo.
E quando se possui uma deficiência física, como se encara o sexo e suas artimanhas, e os atributos de beleza? Somos todos iguais. Queremos ter prazer, e nos sentirmos bem. Nesse universo vasto e delicioso, não há limites, basta manter a mente e o corpo relaxados e abertos a novidades.
Ao refletir e pesquisar sobre a vida sexual dos cadeirantes, no caso de deficiência, ou lesão medular por acidente, percebemos o quanto a criatividade e a imaginação contam.
Para os homens a disfunção erétil é o que tira o sono e para as mulheres a libido simplesmente some, e só ficam as dúvidas e as incertezas. Logicamente, que quando há tesão, amor, e muita vontade, dá para contornar, e dar um jeitinho nos obstáculos.
A feminilidade, ou masculinidade de ninguém, pode ser apagada por alguma condição física, a atração e o interesse por alguém não se limita a isso, fazem parte delas olhares, conversas, amor, carinho, atitudes, uma frase certa, no momento certo. O que vale é levantar a autoestima, usar o bom humor e a criatividade, sempre.
Muitas vezes, essas pessoas que se veem numa situação nova acabam descobrindo novos prazeres, áreas do corpo que nem se explorava, é um desafio que se trilha junto com um(a) companheiro(a) que realmente esteja do lado para o que der e vier. Se jogar a novas experiências pode abrir portas, inclusive a dos sentidos.
Você sabia que um homem gera 53 litros de sêmen durante a vida? Já ouviu dizer que coalas têm dois pênis? E que os orgasmos podem ser mais intensos em ambientes quentes? Se você ficou surpreso com essas informações, não pode deixar de ler o livro 369 Curiosidades sobre sexo, do autor argentino Aníbal Litvin.
A publicação traz informações sobre inusitadas posições, reações do corpo ao orgasmo e comportamento de homens e mulheres quando o assunto é sexo. Além disso, o livro traz páginas bônus com inúmeros apelidos dados aos órgãos sexuais femininos e masculinos. Para elas, a lista inclui bacurinha, ostra e xoxota. Para eles, os nomes vão de bengala à espada.
Para quem ficou interessado, o Terra selecionou 50 das 369 curiosidades citadas no livro. Confira a seguir e aumente seus conhecimentos sobre sexo.
1. Aproximadamente 5% das mulheres são alérgicas ao sêmen.
2. Fumar pode encurtar o pênis quase um centímetro.
3. A anta é o animal com o maior pênis em relação ao corpo. Ela pode medir em média 2 m, ao passo que seu membro ereto atinge 1,5 m.
4. Os espermatozoides necessários para duplicar a população mundial atual caberiam na circunferência de uma aspirina. Os óvulos necessários para duplicar a população mundial caberiam no ovo de uma galinha.
5. As mulheres que comem chocolate de excitam mais: esse doce permite estimulação mais direta das terminações nervosas.
6. O coração pode chegar a 180 pulsações por minuto durante o orgasmo (se a garota fingir, 40 pulsações e 180 suspiros).
7. No Líbano, um homem pode ter relações sexuais com animais, desde que sejam fêmeas. Relações sexuais com machos são punidas com a pena de morte.
8. Um elefante macho pode sentir o cheiro de uma fêmea no cio a 50 km de distância.
9. Homens com parceiras se masturbam mais. Como eles mantêm relações sexuais com maior frequência e em maior quantidade, produzem muita testosterona e por isso se excitam mais.
10. No momento de máxima excitação, o clitóris dobra de tamanho e o ponto G pode chegar ao tamanho de uma amêndoa.
11. Durante a ejaculação, o sêmen atinge a velocidade de 45 km/h.
12. O sexo é um tratamento de beleza. A ciência já comprovou que a mulher, quando mantém relações sexuais, produz grande quantidade de estrogênio, o que deixa o cabelo brilhante e suave.
13. Fazer amor de forma suave e relaxada reduz as possibilidades de sofrer dermatite e acne. O suor produzido limpa os poros e faz a pele brilhar.
14. As primeiras ereções dos homens ocorrem no último trimestre de gestação, quando ainda são fetos.
15. As camisinhas devem ser capazes de esticar até sete vezes seu tamanho normal, segundo a norma internacional. Além disso, devem resistir no mínimo a 18 litros de ar antes de rasgar.
16. Aproximadamente 8% das pessoas pratica sexo anal regularmente.
17. Quase 60% dos homens e 54% das mulheres já fizeram sexo casual de uma única noite.
18. Devido a liberação de endorfinas, o orgasmo feminino é um poderoso analgésico, motivo pelo qual dor de cabeça é um pretexto ruim para não fazer sexo.
19. Apenas 1% das mulheres chega ao orgasmo só com a excitação dos mamilos.
20. A velocidade máxima em que viajam as sensações eróticas da pele para o cérebro é de 230 km/h.
21. Pelo menos 500 pessoas por ano morrem dos EUA por asfixia ao tentar reduzir o fluxo de oxigênio para o cérebro para induzir um orgasmo mais forte.
22. Aproximadamente 29% das mulheres chegam virgens ao casamento.
23. Quase 58% das pessoas costumam dizer grosserias durante o sexo.
24. Uma em casa dez pessoas é assexuada. Ou seja: 10% da população não sente atração por nenhum gênero, nem masculino, nem feminino.
25. Durante o beijo, cerca de 40 mil bactérias passam de uma boca para a outra, mas a maioria é inofensiva. A ciência diz que beijar é saudável: exercita uns 30 músculos faciais.
26. Um em cada cinco mil homens na Europa faz um corte no frio da língua para poder fazer sexo oral melhor em suas parceiras.
27. Um homem gera, em toda a sua vida, 53 litros de sêmen.
28. Alguns animais, como iguanas e coalas têm normalmente dois pênis.
29. O homem tem sua etapa maior de excitação sexual pela manhã bem cedo, durante o outono.
30. A quantidade de homens que de sentem culpados por se masturbar chega a 41%.
31. Só um homem a cada 400 é flexível o bastante para dar a si mesmo prazer oral.
32. O tamanho do pênis depende, em grande parte, da herança genética. O medo, o estresse e a água fria fazem o membro encolher.
33. Aproximadamente 47% das mulheres têm o primeiro orgasmo por meio da masturbação.
34. Pelo menos 50% das mulheres já fingiram o orgasmo em algum momento da vida.
35. O chimpanzé detém o recorde de rapidez no ato sexual entre os mamíferos: consuma-o em apenas 3 segundos. O rato precisa de 5 segundos. Os mosquitos levam só 2 segundos. As baleias e os elefantes precisam de 20 segundos para copular.
36. Em geral, os orgasmos femininos duram entre seis e dez segundos, mas algumas mulheres têm orgasmos que chegam a 20 segundos.
37. O vibrador foi o primeiro artigo eletrônico para o lar lançado no mercado no início do século XX. Foi anterior até ao aspirador de pó e ao ferro elétrico.
38. A palavra clitóris deriva do grego e significa chavinha.
39. Mãos, nariz e pés grandes não são indícios de pênis grande.
40. Existem estudos científicos que mostram que fazer sexo quatro vezes por semana ajuda a rejuvenescer.
41. Em média, os testículos europeus têm o dobro do tamanho dos chineses.
42. Os orgasmos podem ser mais intensos em um ambiente quente.
43. Para os budistas, a prática do sexo oral e anal não é bem vista porque causa agitação mental, ou seja, impede a meditação.
44. A cada segundo, mais de 28 mil usuários da internet estão vendo pornografia.
45. Enquanto as mulheres só queimam 45 calorias a cada dez minutos fazendo amor, os homens queimam 60 na mesma atividade.
46. As mulheres bonitas têm um cheiro natural mais sensual que o das feias, segundo estudos do Instituto de Etologia Urbana de Viena.
47. Para realizar a operação transexual, esvazia-se o pênis, e com a pele que sobra, vai se dando forma aos lábios vaginais.
48. No Brasil, grande parte das mulheres prefere ficar por cima do homem na relação sexual.
49. Por volta do ano 2000 a.C, as egípcias usavam esterco de crocodilo como anticoncepcional.
50. Profissionais que fazem menos amor: engenheiros, gerentes de marketing e matemáticos. Profissionais que fazem mais amor: médicos, advogados e psicólogos.
Começar por tornar a coisa divertida é o melhor caminho
Agora já não há dúvidas: a carne vermelha é mais letal do que se pensava . Há algumas semanas, a notícia esteve em destaque nos principais sites de jornais nacionais e internacionais, na blogoesfera e nas redes sociais, já que um novo estudo da Harvard School of Public Health , nos EUA, provou que, mesmo em quantidades reduzidas, o consumo de carne vermelha aumenta em muito os riscos de doenças cardiovasculares e de cancro. Por isso, o melhor mesmo é trocar o vermelho do sangue pelo verde dos legumes.
Não ponha a saúde dos seus filhos em risco
Como muitos pais constatam, a maioria das crianças adoram (e consomem) carne vermelha, seja em hambúrgueres, seja em bifes ou em almôndegas. Se cruzarmos este facto com os resultados do estudo norte-americano, a situação é preocupante. Foi exatamente por isso que decidi abordar este tema hoje.
Você tem de cozinhar todos os dias para as suas crianças e já não sabe mais como variar nos pratos, sobretudo no que toca a comida saudável e, ainda mais agora, sem recorrer à carne vermelha. Ao mesmo tempo, as crianças têm de gostar do que lhes é servido para que comam. Isto tem sido um problema para si? Calma, não desespere. Conheça alguns truques para levar as crianças a comer o que é mais saudável e até a quererem repetir.
Sugestões apetitosas da organização de prevenção da obesidade infantil:
Massas: já sabemos que as crianças adoram massas, no entanto, em vez de pôr sempre o queijo ou limitar-se ao molho de tomate, experimente servir o esparguete com pedaços de brócolos ou tiras de frango. Se acrescentar um pouco de natas light ou margarina derretida na massa, elas vão adorar.
Sopas: experimente variar nas sopas. Além da típica sopa de puré de cenoura, as crianças costumam apreciar sopa de lentilhas, e se ainda acrescentar aipo, não só vão gostar, como também estarão a cumprir parte dos requisitos dietéticos essenciais.
Hambúrgueres mais saudáveis: os hambúrgueres são de facto um dos pratos favoritos da maioria das crianças. Mas agora, com as conclusões do estudo da Harvard School of Public Health, torna-se realmente imprescindível repensar o tipo de hambúrgueres que damos aos miúdos. Podemos substitui-los por hambúrgueres de frango, que ficam igualmente deliciosos. Mas em vez de os servir com as tradicionais batatas fritas, que tal servi-los dentro de um pão com cereais, tomate, alface e queijo magro? Acredite que eles vão gostar à mesma. E se ainda quiserem batatas fritas para acompanhar, então experimente substitui-las por batatas assadas no forno. São muito mais saudáveis e não dão trabalho praticamente nenhum a cozinhar.
Tortilhas: são outro prato que podem ser muito nutritivos - com ingredientes caseiros -, e as crianças costumam gostar muito.
Legumes: as crianças não costumam gostar de legumes e normalmente colocam-nos na borda do prato. Mas é possível faze-los comer alguns. Por exemplo, acrescentando queijo no topo dos brócolos cozidos e levando-os ao micro-ondas durante um minuto. Ficam deliciosos e, mais importante, irresistíveis para as crianças. Há outro prato saboroso com legumes que também é fácil de cozinhar: couve-flor com bacon. Tem dúvidas? Então aqui fica o linka para a receita . Verá como a criançada vai adorar.
Por outro lado, há ainda uma regra de ouro para que as crianças não torçam o nariz cada vez que lhe puser legumes ou vegetais à frente: a decoração do prato. Muitos especialistas afirmam, que se a apresentação do prato for divertida, pode ser a chave para um apetite mais aberto a verduras.
Quando o sonho de ter um bebê não se concretiza de maneira espontânea, até os casais mais reticentes se rendem às simpatias e fórmulas infalíveis para alcançar o objetivo de aumentar a família.
Dizem até que alguns truques usados na hora do sexo podem viabilizar o tão sonhado encontro bem sucedido entre o espermatozóide e o óvulo.
Mas será que eles funcionam mesmo? "Não existe nada cientificamente comprovado, mas são difundidos alguns procedimentos que facilitam para algumas mulheres", diz Dr. Amaury Mendes Jr., ginecologista, sexólogo e secretario-geral da Sociedade Brasileira de Sexualidade.
Uma das dicas do médico é a mulher ficar deitada depois do coito, com um travesseiro erguendo o bumbum, para que os espermatozóides possam descer em direção ao colo do útero. Ter orgasmos também ajuda. "Quando mais a mulher goza mais movimentos contráteis o útero faz, aspirando o esperma para o colo do útero", explica o médico.
Outra prática sugerida pelo Dr. Amaury é o homem gozar bem próximo à entrada do colo do útero, assim, mesmo o esperma consegue vencer toda a lubrificação vaginal e chegar até lá. Na hora de escolher a posição sexual para facilitar o processo, o médico indica: "A posição de quatro encurta a vagina e a entrada do colo do útero fica mais baixa e mais aberta. E se a mulher estiver ovulando, as chances de engravidar aumentam mais ainda", afirma Dr. Amaury.
Caso as dicas não sejam suficientes para realizar o sonho da maternidade, Dr. Amaury sugere que o homem faça um espermograma para saber se há algo errado. Assim ele poupa a mulher de certos desgastes. "Quando o casal apresenta dificuldade para engravidar, o homem faz apenas um exame, diferente da mulher, que precisa passar por uma bateria deles para saber se o problema é com ela", diz o ginecologista.
O especialista lembra ainda que o casal precisa encontrar prazer na relação, fazer brincadeiras e ser espontâneo na hora do sexo com objetivo de fecundação, pois é comum que nessas horas que os parceiros tenham relações muito programadas.
"Conheço caso de homens que costumam brochar na hora, por conta da pressão e pela forma como ele é usado pela parceira. É como se o filho passasse a ser mais importante do que a relação em si", critica. "Por isso, é importante lembrar que o casal é protagonista da relação e não coadjuvante da história e saiba aproveitar bem o momento com muito romantismo", lembra o médico.
A Europa continua a liderar o consumo mundial de álcool (Foto: Nuno Ferreira Santos)
Continente europeu continua a liderar o consumo mundial de álcool, com uma média anual de 12,4 litros por habitante. Em Portugal, a média é de 13,4 litros, revela um relatório da Organização Mundial de Saúde.
Numa lista de 34 países da Europa, Portugal surge no nono lugar no que se refere à média anual de consumo de álcool puro per capita, com 13,43 litros. Esta é uma das leituras mais imediatas que se podem fazer aos dados revelados ontem no relatório Álcool na União Europeia, da Organização Mundial de Saúde, com o patrocínio da Comissão Europeia.
Os mapas e gráficos mostram também que Portugal é um dos países com maior número de acidentes na estrada que envolvem álcool e que é um dos poucos (no total, são cinco, numa lista de 29 países) a autorizar a venda de álcool a menores de 18 anos. Curiosamente, Portugal mostra ainda ser um dos países com mais abstémios, o que pode indicar que os que bebem, bebem muito.
O título do comunicado que resume o relatório da OMS divulgado ontem é revelador do padrão europeu: "Os adultos na Europa consomem três bebidas alcoólicas por dia". As contas são simples: uma média de 12,5 litros de álcool puro por ano é o equivalente a 27 gramas por dia, o que, por sua vez, é o equivalente a três bebidas por dia. O documento avalia os consumos, mas realça sobretudo os efeitos do álcool na saúde dos europeus (há mais de 40 problemas de saúde associados e um em cada dez cancros nos homens está relacionado com o álcool), concluindo que é possível evitá-los.
Entre as múltiplas estratégias para minimizar os inúmeros estragos provocados pelo álcool (nos próprios ou em terceiros), aponta-se para a necessidade de dificultar o acesso dos mais jovens às bebidas. Neste preciso ponto - e apesar da intenção manifestada pelo Governo de aumentar para os 18 anos a idade mínima - Portugal permanece num restrito grupo de quatro países (entre 29) que mantém os 16 anos como idade-limite para a compra de álcool (Malta colocou o limite dos 17 anos), independentemente de se tratar de cerveja, vinho ou bebidas espirituosas e do local de venda.
O secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, reafirmou este mês a vontade de legislar de forma a proibir a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos. Já o tinha feito em Novembro do ano passado, mas sem adiantar mais pormenores sobre esta medida, nomeadamente quando será aplicada e se abrange todos os tipos de bebidas alcoólicas e locais de venda. Ontem, o PÚBLICO tentou obter mais alguns pormenores sobre esta estratégia do Ministério da Saúde, mas sem sucesso.
Para já, sabe-se apenas que, além do aumento da idade-limite dos 16 para os 18 anos para a compra de álcool, o Governo quer também baixar a taxa de alcoolemia (de 0,5 para os 0,2 gramas de álcool por litro) para os recém-encartados e jovens. Em entrevista à Antena 1, Leal da Costa lembrou que "há dados que mostram que há sete vezes mais mortalidade em condutores, abaixo dos 20 anos, quando conduzem com 0,5 gramas quando comparados com 0,2 gramas". O governante falou ainda de uma forma vaga de um conjunto de "outras formas de motivar os jovens a beber menos".
O relatório divulgado ontem pela OMS valida esta estratégia anunciada pelo Governo e avança ainda com outro tipo de medidas capazes de fazer diminuir o consumo de álcool e, desta forma, minimizar os seus efeitos. Aumentar as taxas para fazer subir o preço das bebidas e regulamentar a publicidade são algumas das propostas. O relatório aponta ainda para a necessidade de monitorizar a eficácia das leis, tais como o limite de idade para a compra de álcool através de acções inspectivas que coloquem o sistema à prova.
De resto, sobre o retrato do álcool na Europa, a OMS revela que o consumo se mantém estável e que na Europa Ocidental e do Sul tem mesmo diminuído. Portugal surge no grupo da Europa do Sul, região que continua a ser excepção no mapa europeu, ao preferir o vinho à cerveja. No que se refere às mortes provocadas pelo álcool (um em cada sete homens e uma em cada 13 mulheres com idades entre os 15-64 anos morreram por causa do álcool), a Europa do Sul tem os valores mais baixos (uma taxa de 30 homens e 10 mulheres por 100 mil habitantes) perante uma média europeia que é de 57 homens e 15 mulheres. A maior nódoa de Portugal surge no capítulo dos acidentes na estrada que envolvem álcool, com o país a destacar-se entre os que têm piores resultados. Na análise dos abstémios, Portugal aparece com uma impressionante percentagem de 18,6% dos homens e 32% das mulheres, quando a média europeia se fica pelos 5,6% e 13,5%, respectivamente.
Os benefícios da aspirina têm sido sobretudo associados à prevenção de doenças cardiovasculares (Rui Gaudêncio)
Uma pequena dose diária de aspirina durante apenas três anos pode ajudar e reduzir em um quarto o risco de cancro e mesmo travar o seu desenvolvimento e processo de metastização. Esta é a conclusão de três estudos publicados no The Lancet esta semana.
Pesquisas anteriores já tinham provado o potencial da aspirina na prevenção do cancro mas focavam-se numa toma diária durante dez anos, o que levantou preocupações dos especialistas devido a eventuais efeitos secundários, nomeadamente problemas de hemorragias no estômago. Os novos estudos agora publicados, por investigadores do Reino Unido (Universidade de Oxford e do Hospital John Radcliffe), focam-se em apenas três anos de toma diária e reforçam os benefícios da aspirina na luta contra o cancro.
Os resultados de um dos artigos publicados mostram que uma toma diária de baixas doses de aspirina durante três anos pode levar a uma redução do risco de cancro de 23 por cento nos homens e 25 por cento nas mulheres. Por outro lado, concluíram ainda os investigadores, o risco de morrer de cancro diminui 15% (e em 37 % para os que prolongam esta toma durante mais de cinco anos). Os dados foram obtidos com a análise de 51 ensaios que testaram os efeitos de doses baixas de aspirina em pessoas com problemas cardiovasculares.
O outro estudo divulgado centra-se no efeito da aspirina nas metástases e conclui que este fármaco reduziu em 48% a proporção de cancros que se desenvolvem afectando outros órgãos. O fármaco reduziu ainda o risco de um diagnóstico de um tumor sólido já com metástases em 31% e, para doentes que já tinham sido diagnosticados com cancro, a redução do risco de metástases foi na ordem dos 55%.
Os especialistas acreditam que a relação entre a aspirina e a capacidade de abrandar o processo de metastização pode ser explicada com o efeito do fármaco no sangue (nas plaquetas). Os benefícios da aspirina têm sido sobretudo associados à prevenção de doenças cardiovasculares, existindo muitas pessoas que tomam uma dose (75 miligramas) todos os dias em nome da prevenção de ataques cardíacos e outros problemas. Porém, alguns especialistas defendem que esta estratégia só deverá ser usada por pessoas que estão em risco de sofrer um problema cardíaco devido aos possíveis efeitos secundários (perigo de hemorragias de estômago ou intestinos, por exemplo) da utilização deste fármaco a longo prazo.
Os resultados dos estudos agora publicados mostram que os benefícios da aspirina extravasam o mundo das doenças cardiovasculares e que este fármaco será igualmente (ou mais ainda) eficaz na prevenção do cancro. Estas publicações no The Lancet mereceram, no entanto, um comentário de peritos na mesma edição da revista que, apesar de sublinharem a importância dos resultados, invocam algumas limitações dos artigos apresentados nomeadamente a qualidade dos dados (de ensaios clínicos prévios) analisados. Ainda assim, os dois especialistas norte-americanos que comentam os artigos concluem: “Apesar destas reservas, fica convincentemente demonstrado que a aspirina parece reduzir a incidência e a morte por cancro”.
A ideia preconcebida de que pacientes doentes não mantêm uma vida sexual activa não é verdade, segundo uma pesquisa realizada na Universidade de São Paulo (USP) que avaliou 139 mulheres afectadas pelo cancro da mama. A descoberta é que, pelo menos um ano após o diagnóstico, metade manteve uma vida sexual activa.
Elisabeth Meloni Vieira, coordenadora do projecto «Sexualidade e Cancro da Mama», afirma que 56,8% das pacientes que participaram da pesquisa afirmaram ter tido pelo menos um parceiro sexual no último ano e 48,9% disseram ter feito sexo no último mês.
Ainda segundo a pesquisa, 33,8% das pacientes fizeram sexo na última semana, 5% disseram que a última relação ocorreu entre um e seis meses, 3% afirmaram que foi entre seis meses e um ano e, 38,8%, há mais de um ano.
A hipótese é que a idade e a situação marital são factores que pesam mais do que o próprio cancro no caso das pacientes sem relação sexual há mais de um ano, pois muitas ficaram viúvas.
Outro estudo qualitativo realizado pelo projecto analisou 25 pacientes do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Assistência na Reabilitação de Mastectomizadas (Rema). As entrevistas revelaram que existem três situações distintas.
Há mulheres que tiveram a vida sexual prejudicada pelas alterações corporais e psicológicas trazidas pela doença, há aquelas que relatam não ter sentido diferença e há também as que afirmam que a vida sexual melhorou após o cancro.
De acordo com Vieira, essas últimas disseram que o medo da morte fez com que o relacionamento com o parceiro melhorasse e isso teve impacto na vida sexual.
A doença, porém, costuma trazer complicações, visto que muitas pacientes entram em menopausa precoce por causa da terapia com hormonas usada no combate ao tumor e isso gera consequências como diminuição da libido e secura vaginal.
Além disso, muitas têm dificuldade em lidar com a perda da mama ou de parte dela, com a calvície temporária provocada pela quimioterapia e com o inchaço nos braços causado pela retirada de gânglios linfáticos das axilas.
A pesquisa feita com as enfermeiras que tratam de pacientes com cancro da mama mostrou que os profissionais da saúde não estão preparados para lidar com a questão.
Para a especialista, é fundamental que os cursos de especialização em enfermagem oncológica incluam o tema da sexualidade nos currículos, pois às vezes as pacientes precisam apenas de um lubrificante vaginal e a enfermeira não sugere.
O médio Fabrice Muamba, do Bolton, caiu neste sábado inanimado aos 42 minutos do encontro Tottenham-Bolton, dos quartos-de-final da Taça da Inglaterra de futebol, obrigando à interrupção da partida.
Muamba, 23 anos, caiu sem expressão perante o olhar incrédulo dos colegas e do público no Estádio White Hart Lane, tendo uma equipa médica tentado de imediato a sua ressuscitação com recurso a um desfibrilhador.
Após longos momentos a lutar pela vida, o médio foi retirado do relvado e transportado para o hospital, tendo o árbitro Howard Webb decidido suspender o encontro.
Até ao momento, ainda não há qualquer informação sobre o estado de saúde do jogador congolês. O Bolton já confirmou que o jogador foi para o hospital, mas disse não ter mais informações nesta fase.
Fabrice Muamba nasceu no antigo Zaire (actual República Democrática do Congo) e é internacional inglês sub-21.
Hoje é o Dia Internacional da Mulher. É aquele dia em que a gente comemora todas as vitórias que tivemos, todo o respeito e segurança que fazem parte da nossa vida. Mas espera aí...
Milhares de sutiãs foram queimados para que a gente pudesse usar minissaia e fazer sexo sem ter que ouvir julgamentos, além de outras coisas, claro, mas a gente ainda passa por isso, não? A cada passeio num vestido um pouco mais curto e temos que nos sentir como carne no açougue, todo mundo olhando, fazendo comentários e o pior de tudo são os comentários que chamo, carinhosamente, de "estuprador em potencial", que são os que nos deixam morrendo de vontade de correr para casa.
A gente não deveria passar por tudo isso!
É claro que hoje já temos a liberdade sexual, podemos nos relacionar com quem quisermos sem que ninguém tenha que se intrometer. Mas as pessoas ainda apontam as mulheres que são assim. Dizer que a mulher que faz sexo apenas por sexo não se respeita é um absurdo tão grande, tão machista, que nem merece muitas linhas de texto.
O mais triste de tudo é que muitas mulheres tem essa atitude de apontar para a outra e sentar sobre o próprio rabinho. Um exemplo muito claro disso foi a eliminação da BBB Renata. Ela saiu da casa porque ficou, em 45 dias, com três caras. Oi? Aqui fora ninguém faz isso?
Ah, dizem que ela fez sexo na casa, o que é um absurdo. Oi de novo? Sexo não é um absurdo. Sexo é algo que todo mundo faz, é natural, faz bem, é gostoso. E sexo na novela das oito pode, né? O argumento sobre ser ou não real não cola, é sexo, ponto. As cenas do BBB, tanto da Renata quanto da Laisa, só foram vistas por quem procurou na internet. E MUITA gente procurou.
Além disso, se as duas fizeram sexo e uma delas ficou com mais de uma pessoa, tem gente faltando nessa conta, né? Laisa e Renata são erradas por terem feito sexo, mas Yuri e Rafa são garanhões. Assim como Jonas, que deu uns beijos em Renata e Monique. Não tem algo errado aí?
É claro que tivemos diversas vitórias, que temos mais liberdade, mas ainda não podemos andar sozinhas na rua, de noite, sem ter um pinguinho de medo, de olhar para os lados porque violência sexual é algo banalizado.
É claro que podemos fazer sexo com quem e quando queremos, mas vamos ter que aguentar alguém comentando sobre a nossa vida e achando que o homem é assim mesmo, mas a mulher não se dá o respeito.
É claro que trabalhamos, mesmo ganhando menos por um cargo igual ao do homem, mas algumas de nós ainda têm que chegar em casa e cuidar de tudo — o último post deste blog foi a grande prova de que isso existe muito mais do que gostaríamos de acreditar.
Os homens vivem reclamando nos comentários e nos e-mails que as mulheres não gostam de sexo, que não sentem desejo por eles e que eles gostariam de mudar isso. A pergunta que eu faço é: como as mulheres vão deixar os desejos falarem se a cada vez que isso acontece ela corre o risco de ser taxada de piranha? A atitude de apontar para as mulheres livres faz com que outras enxerguem o sexo, inconscientemente, como algo errado. E aí é claro que ela não vai querer se soltar nem com o marido. A gente colhe o que planta!
Proponho um desafio: que tal julgar menos e se divertir mais? Nos primeiros dias vai ser difícil, mas depois você vai notar que sua vida ficou mais leve. Sexo não é errado, errado é tornar algo tão natural um tabu.
Consumido pelo homem desde a Antiguidade, o peixe pode assumir um papel de relevo na alimentação. O seu consumo proporciona ao organismo grandes quantidades de material proteico de muito boa qualidade, usado para fabricar inúmeras estruturas, como músculos, pele, hormonas, indispensáveis à ocorrência de processos biológicos.
Os peixes fornecem quantidades apreciáveis de muitos minerais como cobre, zinco, potássio, magnésio, fósforo, iodo, ferro e selénio, e quando ingeridos com espinha, podem também ser uma boa fonte cálcio. Nas suas variedades mais gordas, os peixes podem apresentar quantidades apreciáveis de vitaminas A, D e E.
A gordura existente nos peixes, apresenta teores elevados de ácidos gordos polinsaturados da série ómega 3, nomeadamente ácido eicosapentaenóico (EPA) e ácido docosahexaenóico (DHA). Estes ácidos gordos têm um papel reconhecido na prevenção de doença cardiovascular, estando também associados a outras funções importantes. O óptimo desenvolvimento neuronal fetal, por exemplo, está dependente dos ácidos gordos essenciais da série ómega 3, em especial o DHA.
Este tipo de gordura apresenta um papel fundamental nas membranas das células, na construção dos tecidos do cérebro, sendo também muito importante para a visão. Sabe-se também que mais de metade do peso seco do cérebro consiste em AGPI de cadeia longa, dos quais o DHA é o ácido gordo ómega 3 mais abundante.
O aumento destes ácidos gordos no cérebro do feto, particularmente de DHA, parece ocorrer durante o pico de crescimento cerebral correspondente ao terceiro trimestre de gravidez, o que também confere ao peixe, um lugar de destaque na alimentação da grávida. Este rápido aumento de DHA nos tecidos neuronais pode diminuir após o nascimento, mas continua significativo até aos dois anos de idade.
Uma baixa ingestão de peixe durante a gravidez pode levar a insuficiência do feto em ácidos gordos da série ómega 3, podendo resultar em efeitos adversos no desenvolvimento neuronal e na função cognitiva. Os resultados de um estudo publicado em 2007 na revista Lancet, e que envolveu cerca de doze mil mulheres grávidas, concluiu que as mulheres com uma ingestão semanal inferior a 340 g de peixe, apresentavam uma probabilidade aumentada das suas crianças se situarem no quartil mais baixo do quociente de inteligência verbal, quando comparadas com as mães que consumiam mais de 340 g de peixe por semana.
Embora seja sabido que o metilmercúrio que o peixe possa ter acumulado tem efeitos adversos no desenvolvimento cerebral, a equipa de investigadores argumenta que o risco de consumir menos peixe e, por isso, de perder os benefícios nutricionais em termos de desenvolvimento neuronal, pode exceder o risco de exposição a concentrações residuais de contaminantes. Limitar o consumo de peixe pode, portanto, reduzir o aprovisionamento de nutrientes necessários ao óptimo desenvolvimento neuronal.
Para além destes benefícios, o baixo teor em tecido conjuntivo faz com que os tecidos dos peixes amoleçam rapidamente, permitindo reduzidos tempos de cozedura, mastigação fácil e tempos de permanência no estômago relativamente baixos. Esta reunião de características torna o peixe um alimento especialmente interessante para todas as idades. E quanto às espinhas, a indústria já disponibiliza inúmeras opções isentas de espinhas de óptima qualidade e sabor.
Mesmo submetendo o peixe a métodos culinários que possam modificar o conteúdo lipídico total, e respeitando a qualidade das gorduras utilizadas, a contribuição percentual de gordura saturada do preparado pode, ainda assim, ser menor do que a contribuição proveniente da ingestão de outras fontes, o que demonstra a qualidade do peixe e o torna tão importante em alimentação saudável, ao longo do ciclo de vida.
Por conter aspectos inconscientes, a alteração do desejo sexual nem sempre é compreendida pelo parceiro
A sexualidade ativa não precisa ser interrompida em nenhum momento da gravidez e do puerpério (período de 40 dias, no qual a mulher se reestabelece do parto), visto que não é apenas com a penetração que se atinge o orgasmo. Há várias maneiras de se obter prazer e cada parceiro pode usar de criatividade e jogos de sedução para que se mantenha viva esta chama tão importante na vida conjugal e tão benéfica nesta fase.
Por conter aspectos inconscientes, a alteração do desejo sexual de um parceiro nem sempre é compreendida pelo outro e, muitas vezes, é captada como uma dificuldade de ordem pessoal, tornando a relação mais vulnerável e o vínculo conjugal ameaçado. Outras disfunções sexuais poderão vir à tona neste período. Poderíamos destacar: a dificuldade em atingir o orgasmo por parte da mulher, alterações no tempo da ejaculação e na qualidade da ereção para o homem.
Assim, o significado de tais alterações é percebido pelo homem e pela mulher de maneiras diferentes. Para o homem, pode ser a confirmação de sua exclusão na relação mãe-bebê e pode causar-lhe profunda mágoa e grande irritação. Consequentemente, isso provocará um maior afastamento de sua parceira, num momento em que ela está mais necessitada de sua presença física e emocional.
Para a mulher, pode ser a confirmação de que não é mais atraente, fazendo-a sentir-se menos sedutora, muitas vezes reclamando que o parceiro está desinteressado pela gravidez e pelo bebê.
É, portanto, de suma importância, o diálogo entre os dois, sem mágoas e ressentimentos, assim que as dificuldades conjugais comecem a surgir, para que não se acentuem.
Mais uma vez há de se falar da importância do acompanhamento de um profissional especializado, no sentido de ajudar a tornar conscientes os aspectos dos sentimentos mais íntimos do casal. Restabelecendo a segurança e fortalecendo o vínculo do relacionamento amoroso, para que possam acolher o bebê em um ambiente de harmonia.
Em Washington D.C. entre o mais rico dos habitantes e o mais pobre há 18 anos de diferença na esperança média de vida (Scott Olson/AFP)
Michael Marmot veio ao Portugal em crise relembrar que por cada 1% na subida da taxa de desemprego, os suicídios crescem 0,8%. A boa notícia é que descem as mortes por acidentes de viação, ironiza. Viagem ao mundo das desigualdades na saúde com muito humor negro
Já não soa a surpreendente dizer que a esperança média de vida de uma mulher no Zimbabwe é de 42 anos e a de uma japonesa é de 80 anos, uma diferença de 42 anos, portanto. Ou que um queniano morre em média aos 47 anos e um sueco pode chegar contar aos 82, enuncia Michael Marmot, professor catedrático em Epidemiologia e Saúde Pública e director do Instituto Internacional para a Sociedade e Saúde na University College de Londres.
Mas e se o universo de que falamos for antes uma das zonas mais ricas de Londres, Westminster? Isso mesmo, o sítio onde fica o Parlamento britânico "e onde vivem muitos políticos e pessoas ricas". Pois nesta área geográfica, a diferença entre o mais rico e o mais pobre dos habitantes é de 17 anos. Não é preciso, por isso, apanhar um avião para África. "Eu faço este percurso de bicicleta em cerca de 25 minutos", disse o inglês Michael Marmot, na semana passada, perante uma plateia de profissionais de saúde no Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, em Lisboa.
"É um mito pensar que a Europa é uma região rica e não tem estes problemas. Há grandes desigualdades entre as pessoas, dentro dos países". E esta não é uma particularidade de Inglaterra, é possível encontrar o mesmo fenómeno, por exemplo, numa simples viagem de metro na capital norte americana, continua. Em Washington D.C. entre o mais rico dos seus habitantes e o mais pobre distam 18 anos de diferença em esperança média de vida, explicita o académico. Este tipo de desigualdades sociais que se reflectem na mortalidade e no estado de saúde das pessoas são tão transversais e tão permanentes que "até na igualitária Suécia há um estudo que mostra que há diferenças entre um detentor de um doutoramento e o de um mestrado, o doutorado tem maior esperança de vida".
Sindicato diz que medida visa apenas "aumentar as listas de utentes dos médicos de família" (Foto: Rui Gaudêncio)
Todos os utentes que não recorram a um centro de saúde durante três anos consecutivos vão ser expurgados das listas. A experiência-piloto já começou no Agrupamento dos Centros de Saúde Grande Lisboa II - Lisboa Oriental e será mais tarde alargada a toda área de influência da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e, posteriormente, a todo o país.
O Ministério da Saúde explicou ao PÚBLICO que esta experiência enquadra-se "na necessidade (de anos) de expurgar as listas de utentes dos centros de saúde". "O processo de depuração das listas visa retirar, com a rapidez necessária, as inscrições de cidadãos entretanto falecidos ou de inscrições redundantes e criar uma lista de utentes passivos, isto é, de cidadãos que não recorrem ao SNS por um prazo determinado [três anos consecutivos]", salientou o assessor de imprensa do ministério, Miguel Vieira, garantindo que a estes utentes "não lhes é retirado qualquer direito".
O porta-voz de Paulo Macedo não quis tecer qualquer comentário às críticas do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que acusa o ministério de querer apenas "aumentar as listas de utentes dos médicos de família". O SIM lembra que o acordo colectivo de trabalho em vigor estipula "que os utentes inscritos em lista nominativa não pode ser superior a 1550" e, por isso, alertou os seus associados "para os seus direitos".
Segundo o SIM, os utentes que não tenham tido qualquer contacto com a sua unidade de saúde durante um período de três anos, passam a surgir no SINUS - sistema informático das unidades de saúde - com o tipo de inscrição "não frequentador", mas continuam a pertencer à lista do respectivo médico de família. E por cada utente que é considerado "não frequentador" entrará "um utente sem médico que passará a fazer parte da lista do médico". Os utentes não frequentadores, se recorrerem novamente ao centro de saúde "activam automaticamente (não necessitando de qualquer outro tipo de acção, nem da sua parte nem da parte do administrativo) a sua inscrição, refere o SIM, adiantando que "após a activação da inscrição, o utente retorna exactamente à situação que tinha antes de passar à situação de não frequentador".
De acordo com as contas do PÚBLICO aos dados divulgados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), os utilizadores dos centros de saúde sem médico de família eram 1.821.772 no final de Outubro, o que representa uma taxa de 27,5% em relação ao número total de utilizadores (6,6 milhões). Só na Região de Lisboa e Vale do Tejo há mais de um milhão de utentes nesta situação, ou seja, quase metade do número total de utilizadores. Os dados de Outubro indicam que, em termos globais, existem 11.277.023 utentes inscritos nos centros de saúde, apesar de a população de Portugal Continental ser de pouco mais de 10 milhões.
A primeira coisa com a qual cientistas e poetas divergem é que amamos com o cérebro e não com o coração. Mas o que acontece em nossa cabeça quando desejamos, amamos e nos apegamos?
Segundo a cientista e pesquisadora da Universidade de Rutgers, Doutora Helen Fisher, o amor pode ser dividido em 3 sistemas principais do cérebro: sexo, romance e apego
A próxima vez que alguém te disser "te amo do fundo do meu coração", você pode desconfiar da veracidade da afirmação. Na verdade, amamos com nosso núcleo accumbens, nossohipotálamo, nossa área ventral tegmental e outras áreas vitais de nosso cérebro. Segundo a cientista e pesquisadora da Universidade de Rutgers, Doutora Helen Fisher, o amor pode ser dividido em 3 sistemas principais do cérebro: sexo, romance e apego.
Cada sistema cerebral do amor (sexo, romance e apego) envolve uma rede de trabalho distinta; composta de diversos hormônios, neurotransmissores e outros constituintes em diferentes estágios de relacionamento.
O desejo sexual
A luxúria provém predominantemente do hipotálamo, região do cérebro que também controla necessidades básicas como comer e beber. O hipotálamo está conectado com o Sistema Nervoso Autônomo, o qual controla nossa frequência cardíaca e o quão rápido respiramos. Receptores específicos no hipotálamo para hormônios como testosterona - também presente nas mulheres - potencializa conexões a todos os tipos de reações físicas. O resultado disso é uma forte e familiar inclinação para a reprodução.
O sistema romântico
Este sistema é o culpado por todas as loucuras de amor. Estudos imagéticos do cérebro comprovam que quem recém-amantes têm alta atividade na área ventral tegmental e no núcleo accumbens, os mesmos sistemas de recompensa que são estimulados quando se usa cocaína. Cientistas também chegaram à conclusão de que a substância serotonina é baixa neste tipo de amor; assim como em situações de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC's), depressão e ansiedade. O resultado é uma perseguição obsessiva da pessoa desejada, um otimismo implacável e até um tipo de vício.
O sistema de apego
É devido a este sistema que as pessoas continuam juntas quando acaba a dose de dopamina (ou seja, quando o romance acaba). As substâncias reponsáveis pelo apego são a oxitocina e vasopressina. Estranhamente, estes hormônios calmantes são secretados pelo hitpotálamo, região que alimenta nossa luxúria.
Alguns enxergam esses 3 sistemas acima como uma progressão dos relacionamentos. Primeiramente, a luxúria, depois o romance, e então o casamento. No entanto, é importante lembrar que nenhum deles, em nenhum momento, inexiste. Por exemplo, não é porque você está com alguém há 8 anos que você não queira mais ter relações sexuais com essa pessoa.
E quando terminamos um relacionamento?
Neste caso, os cientistas também divergem dos poetas. Imagens do cérebro de alguém que acabou de passar por um rompimento, mostram que as áreas mais afetadas são aquelas relacionadas à incerteza da recompensa (áreas ventral tegmental, ventral pallidum e putamen). Este sentimento está normalmente presente após um término. Áreas do cérebro responsáveis pela raiva e comportamentos obessivos-compulsivos (córtex órbitofrontal) também são estimuladas, embora esta atividade diminua com o tempo.
É importante lembrar quão complicado é o assunto amor e afeição para nós. Nossa cultura, nossa educação e nossas vidas interferem nessas substâncias. A complexidade do amor mostra que as questões acerca da natureza do amor continuarão não somente fascinando poetas, filósofos e escritores; assim como cientistas por muitos e muitos anos.
Os médicos afirmam que a quantidade de pacientes com DST cresce muito logo depois do Carnaval
Você está solteira, pronta para pegar a estrada e cheia de amor para dar nestes dias deCarnaval? Antes de fechar a mala, veja aqui como não trazer na bagagem uma péssima e perigosa lembrança: uma doença sexualmente transmissível.
Antes de viajar
· Vacine-se contra a hepatite B, doença com mais chances de transmissão sexual que a aids, segundo os médicos. E, se você tem até 26 anos e nunca foi infectada pelo HPV, pode tomar a vacina, recém-aprovada no Brasil, contra a doença. Apesar de ser mais indicada para quem ainda não iniciou a vida sexual, acredita-se que ela também ajuda quem nunca teve contato com o vírus.
· Abasteça sua mala com preservativos. "Ele é a melhor proteção contra as DSTs", afirma a ginecologista Eliana Amaral. "Entretanto, há alguns vírus que podem estar em uma região que a camisinha não cobre, como o saco escrotal. É o caso do HPV, que atinge de 20 a 30% da população jovem", alerta. Por isso a importância de fazer exames periódicos.
Quando estiver lá
· Camisinha nele! Está prestes a ir para a cama com aquele moreno in-crí-vel que acabou de conhecer? Saque da bolsa um preservativo. Se ele não demonstrar intenção de usá-lo, melhor parar antes de as coisas esquentarem. Pense bem: se o bonitão não se importa com a sua saúde, é bom saber agora em vez de perder seu tempo (e sabe-se lá mais o quê) com um homem desses. E mais: Também é importante usar preservativo ao praticar sexo anal, oral e até mesmo quando for masturbar o outro. Se o homem tiver gonorréia, por exemplo, a mulher pode se contaminar simplesmente ao coçar os olhos depois do contato com o esperma.
Ao voltar para casa
· Observe o seu corpo diariamente para verificar o surgimento de sinais estranhos. "Qualquer cheiro ou corrimento diferente, lesão na pele ou na vagina (verruga, ferida, vermelhidão) podem ser sinais de doença", explica a dra. Eliana. "Se esperar para ver se essa alteração passa com o tempo - e isso realmente acontece -, o diagnóstico fica mais difícil." Um exemplo disso é a sífilis: no primeiro estágio ela provoca uma ferida, que seca em alguns dias. Se a pessoa não for ao médico, apesar de o sintoma ter sumido, a doença continua lá e pode avançar para estágios mais graves, provocando danos ao coração.
· Agende uma consulta com seu ginecologista assim que voltar de viagem - mesmo que aparentemente esteja tudo ok nos países baixos. Algumas DSTs, com o HPV e a clamídia, costumam não dar sinais. Porém, quando não tratadas, podem causar infertilidade e outras infecções graves. Peça ao seu médico que solicite exames para investigar se não foi infectada com nenhum vírus ou bactéria. "Há casos de mulheres que têm clamídia e só descobrem quando tentam engravidar e não conseguem", explica a dra. Eliana. Você não precisa ser uma dessas.
A disfunção eréctil é um problema extremamente grave, que mexe com a masculinidade e que tem implicações gravíssimas”, afirma Pedro Norte, coordenador do Laboratório de Investigação em Sexualidade Humana (SexLab). O que não se sabe é que muitas vezes não está sequer associada a factores médicos, mas sim a uma condição psicológica que advém das crenças sexuais de cada pessoa, da personalidade, do afecto em geral ou da tendência para a excitação ou a inibição sexual.
Até agora, os investigadores ainda só começaram o estudo piloto, mas já avançam com algumas hipóteses polémicas. Uma das crenças sexuais que dizem poder ser mais propensa a factores de risco psicológico é a crença do “macho latino”.
“Os homens vêem-se a eles próprios como máquinas e o sexo é algo que nunca pode falhar. Ou seja, a ideia de sexualidade implica desempenho sem falhas, perfeição. E o homem tem de estar sempre pronto para desempenhar o seu papel independentemente de estar cansado, de ter tido problemas ou de ter bebido de mais”, explica Pedro Nobre.
Não é permitido falhar
O “macho latino” pode, efectivamente, ter um maior número de parceiras, estar mais disponível e mesmo ter uma vida sexual mais activa e satisfatória do que qualquer outro homem. Mas nem tudo dura para sempre e a busca pela perfeição pode tornar-se num factor de risco.
“Se um dia não corre tão bem, não é como descer um degrau, é como cair de um precipício. Aquele homem não está preparado para que as coisas não corram bem. Estas crenças são muito elevadas”, explica Pedro Nobre.
E a falha acaba por chegar, nem que seja quando se começam a conjugar factores psicológicos com condições clínicas próprias da idade, como a toma de medicamentos ou a diminuição da reposta sexual.
Depois da primeira má experiência, tudo vai ser diferente na cabeça destes homens. “A próxima relação vai ser um teste, não uma forma de dar e receber prazer”, explica o investigador.
E é por causa deste alheamento ou “distração cognitiva” que é muito provável que o homem volte a falhar e isto se torne de facto numa condição clínica. ”A probabilidade de falhar é muito maior e com duas experiências de insucesso é provável que o problema comece a persistir”, explica Pedro Nobre.
Não é só um problema da meia idade
Mas desengane-se quem pensa que este é um problema da meia idade. Existem jovens que antes de terem tido sequer a sua primeira relação sexual já têm um problema grave.
“É o mito comum da penetração vaginal: se um homem não tiver uma erecção, nunca pode satisfazer a mulher. E isso é realmente um mito”, afirma Pedro Nobre.
O Laboratório de Investigação em Sexualidade Humana, da Universidade de Aveiro, vai levar a cabo este estudo com uma amostra clínica de homens e mulheres com e sem dificuldades sexuais. Este será o primeiro estudo em Portugal a avaliar a resposta sexual fisiológica em laboratório com recurso a voluntários com disfunção sexual.