Sábado, 08.10.11
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Ministro diz ter consciência de que as medidas apresentadas não são “consensuais”

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Ministro diz ter consciência de que as medidas apresentadas não são “consensuais”

 

O ministro da Economia e do Emprego afirmou hoje no Parlamento que as portagens em todas as Scut vão avançar ainda este mês. Na discussão das linhas orientadoras do plano estratégico dos Transportes (o documento ainda não foi aprovado em Conselho de Ministros), Álvaro Santos Pereira, disse ter consciência de que não estava ali para apresentar medidas “consensuais” e que muitas delas seriam “impopulares”.

 

Dizendo que não estava em causa a manutenção da prestação de serviço público de transportes, Santos Pereira adiantou ainda a intenção de fundir algumas empresas públicas – Carris e Metro de Lisboa, que darão lugar à Empresa de Transportes de Lisboa; STCP e Metro do Porto, para dar lugar à Empresa de Transportes do Porto e a fusão de Transtejo e Soflusa, para aparecer apenas o grupo Transtejo.

Relativamente ao sector aeroportuário, o ministro sublinhou a intenção de suspender a construção do novo aeroporto de Lisboa – “devido ao grave constrangimento de financiamento da economia, não nos parece possível avançar com o projecto já”. Mas, acrescentou o ministro, no contexto de privatização da TAP “aliando-a a um parceiro estratégico que alavanque o seu potencial”, parece útil que a construção de um novo aeroporto se mantenha no caderno de encargos.

A rentabilização do investimento que já foi efectuado no aeroporto da Portela deverá, também, passar pela maximização do seu período de vida, arranjando “um destino para as companhias low-cost”.

Ainda no sector rodoviário, o ministro afirmou que mesmo com a introdução de portagens em todas as Scut, e com a actualização pela inflação do Contributo de Serviço Rodoviário, o endividamento da Estradas de Portugal em 2030 será de 21 mil milhões de euros. Álvaro Santos Pereira acrescentou que para além da universalidade de utilizador-pagador, o Governo vão agora avançar com a renegociação de contratos assinados com as concessionarias, de modo a acomodar também o cancelamento e suspensão de vários troços, para gerar poupanças estimadas na ordem dos mil milhões de euros. O ministro anunciou ainda a intenção de criar uma rede de postos de abastecimento de combustivellow-cost bem como a autorização de estacionamento de veiculos GPL em parques cobertos.

“Espero que não restem dúvidas do nosso interesse para continuar a prestar um serviço público. O que é insustentável não tem futuro. Não vejo esta reforma como uma imposição da troika mas como um dever patriótico”, afirmou o ministro.

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 10:18 | link do post | comentar

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