Sexta-feira, 30.12.11
Na primeira pessoa, eles confessam que são inseguros, que nos comparam com as antigas namoradas, que choram a ver filmes e, sim, fingem orgasmos. Surpreendida? Pois é, no mundo masculino nem tudo é o que parece...
Em tempo de igualdade entre os sexos, divisão de tarefas e valorização da comunicação dentro do casal, que segredos podem os homens ainda querer guardar? Foi o que perguntámos a vários representantes do dito sexo forte, fazendo um pequeno inquérito informal. É generalizar? Claro que sim, mas não deixa de ser elucidativo. Confira as respostas.
"As mulheres não podem nunca saber que são constantemente comparadas às antigas namoradas ou mulheres e que o desejo secreto de cada homem é poder ser mórmon..."
"Que nunca esquecemos o primeiro amor. Que chumbámos três vezes ao tirar a carta e continuamos a ‘mandar vir' com a condução. Que temos medo delas. É verdade, temos medo das mulheres, principalmente das que não conhecemos e das que achamos minimamente atraentes. Temos medo da rejeição e do que vocês dizem. Temos medo que contem às amigas que não conseguimos ‘actuar'. Temos medo do nosso lado feminino".
"Não queremos que saibam quão frágeis somos, que conheçam o nosso lado ‘medricas', que saibam que também temos "dias feios" e que precisamos tanto de ser verdadeiramente amados como vocês. Tentamos esconder tudo o que contrarie o arquétipo ‘machão'."Os homens não gostam que as mulheres saibam das suas contas e investimentos, nem quando dinheiro têm, porque se sentem controlados."
"Que também somos invejosos e fazemos intrigas. Que queremos dominar e fazemos tudo para que pareça que dominamos, embora muitas vezes sejamos completamente dominados por vocês. Sim, temos atracções pelas vossas amigas, sim, somos infantis".
"Tememos sempre que fiquem desapontadas com a nossa performance sexual e que achem que somos piores amantes do que os anteriores namorados.""Às vezes choramos em determinado tipo de filmes, mas não fica bem admiti-lo"
"Que vemos pornografia; que dizemos sempre que temos muito trabalho, mesmo quando não temos; que às vezes nos masturbamos a pensar noutras mulheres e que arranjamos títulos pomposos para a nossa profissão porque queremos parecer mais importantes. Resumindo, que somos imaturos!"
"Que às vezes, de manhã, não é desejo que sentimos, apenas uma erecção matinal, e não nos apetece fazer amor, mas não temos ‘lata' de dizê-lo. Que encontrámos a antiga namorada na rua e acabámos por ir beber um café com ela; que a noite ia ser muito mais divertida se a namorada não estivesse presente e que achamos os seus seios muito pequenos".
"Que fingimos orgasmos (é verdade, ao que nos obriga a emancipação sexual da mulher...), o que é um bocado vergonhoso. Claro que não se pode fingir a reacção fisiológica, mas podemos fingir a intensidade do orgasmo. É possível, desde que se estimule o suficiente, ter ejaculações sem orgasmo."
"Não queremos que as mulheres saibam das vezes em que não conseguimos ‘actuar', quer porque ‘o pano não chegou a subir', quer porque a longa-metragem, afinal, era uma ‘curta'. Não queremos que saibam que os nossos amigos têm um pénis maior e que olhamos para todas as miúdas de uma forma sexual (mesmo as mais feias têm direito a uma avaliação visual).""Que vocês saibam com quem saímos à hora do almoço".
"Que nunca vamos casar com ela. Um tipo pode não ser totalmente verdadeiro para não desgostar a rapariga casadoira..."
"Que ganhamos menos do que elas (principalmente num primeiro encontro, a não ser que a coisa seja mesmo visível)."
"Que a ‘tal' afinal é a nossa mãe. As mães normalmente educam os filhos para serem os homens da vida delas. Por isso, é difícil resistir. Dão-nos todos os mimos e mais alguns, toleram os nossos defeitos de personalidade, essas coisas...""Que somos egocêntricos."
"Não gostamos que vocês saibam mais do que nós, seja em que assunto for, e não gostamos que vocês percebam que estamos com medo, por exemplo, em situações de ‘pancadaria' ou acidentes, porque é suposto sermos nós a defender-vos".
"Não gostamos que saibam sempre por onde andamos, não gostamos que conheçam todos os nossos amigos (ou amigas, principalmente, porque evita as cenas de ciúmes)."
"Não queremos que vocês saibam que precisamos muito mais de vocês do que vocês de nós".
"Um homem para ser um tipo como deve ser tem de superar muita tolice que a cultura masculina impõe. Não há ninguém que ensine mais coisas a um homem sobre quem realmente ele é do que uma mulher. Os homens pouco evoluíram desde a puberdade e, então, quando se juntam são uns animais, grosseiros e porcos."
"Que temos inveja de vocês e detestamos admitir que vocês são seres pensantes. Não queremos que conheçam os nossos medos; detestamos que não saibam cozinhar e que queiram ser iguais a nós".
"A maior parte dos homens têm a mania que é melhor do que as mulheres. Só pensarem que uma mulher pode ser mais inteligente do que eles é o fim!".
"Os homens não querem que as respectivas saibam que a melhor amiga dela é mais bonita do que ela; que as piadas que conta não têm piada nenhuma; que cinco ou seis SMS por dia são irritantes (devia enviar apenas um); que aquele dia em que ele disse que estava cansado afinal foi para a borga com os amigos, que odiamos aquele bar que ela adora e que morremos de ciúmes daquele amigo de infância que está sempre com ela".
Via Activa
Quinta-feira, 08.09.11
Não vale a pena tentar. Muitos falharam antes, e nós falhámos também. Não há truque nem persistência que arranque o segredo dos pastéis dos donos da confeitaria que os fabrica. No país dos pastéis de nata, quem tem um segredo é rei.
Há nesta história qualquer coisa que lembra uma visita à oficina do Pai Natal, num lugar secreto do Pólo Norte, onde os duendes trabalham a fazer os brinquedos que os meninos pediram nas suas cartas.
Chama-se Oficina do Segredo o lugar onde não podemos entrar. É aí que trabalham os mestres do segredo - três das seis únicas pessoas no mundo que sabem o segredo da confecção dos pastéis de Belém (as outras três são o gerente da casa e dois mestres já reformados). E como é que provamos que somos dignos de partilhar o segredo?
Os mestres assinam um contrato de sigilo profissional, mas essa é a regra que menos peso tem", diz Miguel Clarinha, responsável pela comunicação da Antiga Confeitaria de Belém, em Lisboa. "A nossa forma de controlar a situação é garantir que cada novo mestre é alguém escolhido a dedo, que trabalha há muitos anos na casa. É uma aposta no carácter da pessoa que tem a ambição de chegar a mestre do segredo."
Quando alguém está para se reformar, um novo mestre começa a ser preparado. Não é um processo simples. São necessários vários meses de treino para o aprendiz se familiarizar, e a fábrica garantir que os pastéis continuarão a sair como sempre. "A gerência da casa está na mesma família há quatro gerações, mas não há registo de como chegou a esta família. O facto é que tem sido um negócio familiar e que a receita e a forma de produção artesanal se tem mantido exactamente igual."
Não vale a pena sonharmos com um velho pergaminho amarelecido e com nódoas de gordura, guardado num cofre fechado dentro da Oficina do Segredo. Pai Natal, mas não tanto. Miguel Clarinha sorri. "Se existe uma receita escrita, há muito tempo que está passada a limpo".
Muita coisa, aliás, ter-se-á perdido com o tempo desde que, segundo se conta, a receita foi inventada no Mosteiro dos Jerónimos. "Havia uma feira diante dos Jerónimos e era muito típico os monges comercializarem doces". Como em tantas outras histórias de doces conventuais em Portugal, com o encerramento do convento em 1834 o segredo do doce sai para o exterior, e o que se sabe ao certo é que a receita terá ido parar às mãos de um empresário chamado Domingos Rafael Alves que, em 1837, inaugurou ali a Refinação de Açúcar e Confeitaria de Belém Lda.
Via Público
Quarta-feira, 13.04.11
Não é que tenham segredos escuros no seu passado, pelo menos a maioria deles. Mas vivem quase todos em pânico que a gente perceba que..
- Que acham as nossas amigas giras
Como se a gente não percebesse o mínimo olhar que deitam às outras! Quaisquer outras! Mesmo que ele só esteja a pensar ‘Que gira que esta miúda é', ou mesmo que ele não esteja a pensar rigorosamente nada, porque não é capaz de fazer duas coisas ao mesmo tempo, assim que ele deita o olho a outra, transformamo-nos imediatamente no, sei lá, exterminador implacável, serve? Quer seja a loira do body attack ou a nossa amiga Paulinha, que andou connosco na creche e que, enfim, desde então cresceu bastante. Pior: mesmo que ele já esteja divorciado, continuamos a achar que não tem nada que deitar o olho à Mina, mesmo que a Mina seja solteira, e ele também já seja, enfim, solteiro...
- Que ainda pensam de vez em quando nas ex
A nós não nos passaria pela cabeça tornar a ter pensamentos escaldantes com o Zé Manel uma vez que acabámos tudo, mas mesmo tudo, com ele. Acabou, acabou. Grande traste. Venha o próximo. Mas eles separam bastante bem o departamento Sexo Escaldante do departamento Casamento, Relação Séria & Outros Assuntos. Portanto não é de estranhar que consigam pensar ao mesmo tempo ‘A cabra da Maria Antónia fugiu-me com as pratas, as crianças, e o que é muito pior, a bola assinada pelo Chalana (que não lhe serve para nada, inda por cima!), o ipad (que tinha as cotações da bolsa online e agora tenho que gastar 800 euros noutro!), mais a cadeira ortopédica que subia e descia e tinha apoio para os pés e para o comando, e a box com a Sport TV e a Venus TV!!" e "Ai a Maria Antónia quando vestia aquele vestido vermelho... aquele justinho... e fazia... pronto. Ai ai."
- Que não são assim tão bem sucedidos no trabalho
"E depois eu disse ao Sousa, ó Sousa, você não me enerve, Sousa, que eu quando me enervo levo tudo à frente!" Isto é o que eles dizem em casa. Em frente do Sousa, dizem 'Sim, chefe'. E baixam a cabeça.
- Que já tiveram um episódio de impotência
Ou vários. Ou uma telenovela inteira de episódios de impotência. E se não tiveram, têm pânico de vir a ter. Isto é o maior fantasma deles. Inda maior que o fantasma da trisavó Rosa Inácia no canto esquerdo da sala, mesmo em frente da televisão, aliás eles nunca deram por ela, o que é bom porque ela gosta de ver os ‘Malucos do Riso' e a Sic Mulher e é por isso que a LCD dele passa a vida a ir abaixo quando dão os jogos da Liga dos Campeões, embora ele sempre tivesse pensado que a culpa era da loja de eletrodomésticos manhosa onde ele o comprou.
- Que de certeza que devem ter um filho espalhado aí pelo Portugal profundo (ou mesmo pelo Mundo, para quê ser modesto)
Isto não se sabe muito bem se é um fantasma ou um sonho... Mas às vezes lembram-se da Ana Patrícia, com quem passaram fantásticos momentos em Carrazeda de Ansiães em 1984. Ou da Carlinha, por quem tiveram uma passageira - mas apaixonada - relação no baile de Boliqueime em, já nem se lembra quando. Ou da, como é que ela se chamava, Ingrid? Karen?, aquela sueca que conheceram no verão quente de 93, ai na volta o, como é que se chama o filho dela, que até lhe mandou foto, na volta o Lars tem genes lusitanos, como o Viriato!
- Que estão inscritos num site porno
Homem que é homem está inscrito num site porno. Claro que no fundo no fundo sentem-se sempre culpados, nem eles sabem bem porquê, acham sempre que andam ali a trair a Joaninha, também não se sabe bem porquê, ou então é aquela coisa modernóide que diz que os homens como deve ser não andam em sites porno porque é degradante para a imagem da Mulher, embora eles também não saibam bem porquê, e também acham que a Joaninha preferia vê-los no site Caça& Pesca.com, no Forum AutoHoje, ou no papáparasempreblogspot.com. Embora eles não saibam bem porquê.
- Que já estiveram várias vezes tentados a mudar o seu estatuto no Facebook
E se, em vez de Zé Manel é casado, aparecesse Zé Manel é solteiro? Sim, Zé Manel é solteiro! Zé Manel deu cos pés na Joaninha, coitada, e já a desarriscou da lista de sócios, e está disposto a amigar todas as mulheres do mundo, e a tagar todas as amiguinhas e mais algumas, incluindo a Carlinha de Boliqueime e a Ana Patrícia de Carrazeda de Ansiães, apesar de ela agora ter um marido e mais ou menos 44 filhos e meio, e quem sabe porque não a (Ingrid? Karen?) que o Facebook é como o amor itself, não tem fronteiras! A quantidade de amiguinhas que lhe cairia na rede, ah quanta sardinha, sim, Zé Manel quer ser amigo de Cátia Filipa, Sónia Maria, Joana Marta, Catarina Alexandra! Ah, que felicidade ser solteiro outra vez!
Pena ser um sonho... Enfim... Por enquanto...
- Que encontraram por acaso a Xana
E não só a encontraram um dia por acaso como voltaram a encontrá-la noutros variados dias de propósito. A Xana foi colega dele na faculdade, depois namoraram uns tempos até ele dar de caras com a Joaninha que era colega da Ticha que era irmã da Xana, e foi o fim da Xana. De repente viu a Xana à esquina e percebeu por que é que passara toda a sua vida com saudades dela, embora só agora desse por isso. Foram tomar um café, trocaram fotos dos filhos (ele) e do gato (ela), separaram-se com os respetivos números de telemóvel, combinaram almoçar noutro dia, ele pensou que nunca mais a ia ver na vida mas o telemóvel dele não era da mesma opinião e ligou à Xana que ficou surpreendida porque pensou que nunca mais ia vê-lo na vida, e têm andado assim, de vez em quando, a almoçaricar, a lancharicar. A etctricar. Não é que haja nada sério. Só conversam. Ninguém disse que a conversa não era uma coisa séria. Mas enfim. Vocês percebem. Nunca disse nada à Joaninha. Para quê. Não é nada de sério. E ela ia ficar a pensar em coisas que não existem. E com minhocas na cabeça. São muito dadas a isso, as mulheres. A minhocas.
- Que não sabem de facto o que estão a fazer
Inda por cima as mulheres percebem logo que eles não sabem o que estão a fazer, e se eles não percebem que elas percebem é porque elas disfarçam bastante bem, porque apesar de eles não saberem o que estão a fazer, elas amam-nos e não querem ferir os sentimentos deles. A eles, como ninguém lhes ensinou como lidar com sentimentos de inadequação, que é uma coisa bastante à frente e americanóide, eles projetam essa inadequação nas mulheres. É por isso que vivemos obcecadas com o peso, a celulite, as borbulhas, a roupa, os saltos, os brincos, e outras coisas sem a mínima importância, porque no fundo no fundo a culpa é sempre deles. Hehehehehe.
Via Activa.pt
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sexy,
vida
Domingo, 13.03.11
Não é que tenham segredos escuros no seu passado, pelo menos a maioria deles. Mas vivem quase todos em pânico que a gente perceba que..
- Que acham as nossas amigas giras
Como se a gente não percebesse o mínimo olhar que deitam às outras! Quaisquer outras! Mesmo que ele só esteja a pensar ‘Que gira que esta miúda é', ou mesmo que ele não esteja a pensar rigorosamente nada, porque não é capaz de fazer duas coisas ao mesmo tempo, assim que ele deita o olho a outra, transformamo-nos imediatamente no, sei lá, exterminador implacável, serve? Quer seja a loira do body attack ou a nossa amiga Paulinha, que andou connosco na creche e que, enfim, desde então cresceu bastante. Pior: mesmo que ele já esteja divorciado, continuamos a achar que não tem nada que deitar o olho à Mina, mesmo que a Mina seja solteira, e ele também já seja, enfim, solteiro...
- Que ainda pensam de vez em quando nas ex
A nós não nos passaria pela cabeça tornar a ter pensamentos escaldantes com o Zé Manel uma vez que acabámos tudo, mas mesmo tudo, com ele. Acabou, acabou. Grande traste. Venha o próximo. Mas eles separam bastante bem o departamento Sexo Escaldante do departamento Casamento, Relação Séria & Outros Assuntos. Portanto não é de estranhar que consigam pensar ao mesmo tempo ‘A cabra da Maria Antónia fugiu-me com as pratas, as crianças, e o que é muito pior, a bola assinada pelo Chalana (que não lhe serve para nada, inda por cima!), o ipad (que tinha as cotações da bolsa online e agora tenho que gastar 800 euros noutro!), mais a cadeira ortopédica que subia e descia e tinha apoio para os pés e para o comando, e a box com a Sport TV e a Venus TV!!" e "Ai a Maria Antónia quando vestia aquele vestido vermelho... aquele justinho... e fazia... pronto. Ai ai."
- Que não são assim tão bem sucedidos no trabalho
"E depois eu disse ao Sousa, ó Sousa, você não me enerve, Sousa, que eu quando me enervo levo tudo à frente!" Isto é o que eles dizem em casa. Em frente do Sousa, dizem 'Sim, chefe'. E baixam a cabeça.
- Que já tiveram um episódio de impotência
Ou vários. Ou uma telenovela inteira de episódios de impotência. E se não tiveram, têm pânico de vir a ter. Isto é o maior fantasma deles. Inda maior que o fantasma da trisavó Rosa Inácia no canto esquerdo da sala, mesmo em frente da televisão, aliás eles nunca deram por ela, o que é bom porque ela gosta de ver os ‘Malucos do Riso' e a Sic Mulher e é por isso que a LCD dele passa a vida a ir abaixo quando dão os jogos da Liga dos Campeões, embora ele sempre tivesse pensado que a culpa era da loja de eletrodomésticos manhosa onde ele o comprou.
- Que de certeza que devem ter um filho espalhado aí pelo Portugal profundo (ou mesmo pelo Mundo, para quê ser modesto)
Isto não se sabe muito bem se é um fantasma ou um sonho... Mas às vezes lembram-se da Ana Patrícia, com quem passaram fantásticos momentos em Carrazeda de Ansiães em 1984. Ou da Carlinha, por quem tiveram uma passageira - mas apaixonada - relação no baile de Boliqueime em, já nem se lembra quando. Ou da, como é que ela se chamava, Ingrid? Karen?, aquela sueca que conheceram no verão quente de 93, ai na volta o, como é que se chama o filho dela, que até lhe mandou foto, na volta o Lars tem genes lusitanos, como o Viriato!
- Que estão inscritos num site porno
Homem que é homem está inscrito num site porno. Claro que no fundo no fundo sentem-se sempre culpados, nem eles sabem bem porquê, acham sempre que andam ali a trair a Joaninha, também não se sabe bem porquê, ou então é aquela coisa modernóide que diz que os homens como deve ser não andam em sites porno porque é degradante para a imagem da Mulher, embora eles também não saibam bem porquê, e também acham que a Joaninha preferia vê-los no site Caça& Pesca.com, no Forum AutoHoje, ou no papáparasempreblogspot.com. Embora eles não saibam bem porquê.
- Que já estiveram várias vezes tentados a mudar o seu estatuto no Facebook
E se, em vez de Zé Manel é casado, aparecesse Zé Manel é solteiro? Sim, Zé Manel é solteiro! Zé Manel deu cos pés na Joaninha, coitada, e já a desarriscou da lista de sócios, e está disposto a amigar todas as mulheres do mundo, e a tagar todas as amiguinhas e mais algumas, incluindo a Carlinha de Boliqueime e a Ana Patrícia de Carrazeda de Ansiães, apesar de ela agora ter um marido e mais ou menos 44 filhos e meio, e quem sabe porque não a (Ingrid? Karen?) que o Facebook é como o amor itself, não tem fronteiras! A quantidade de amiguinhas que lhe cairia na rede, ah quanta sardinha, sim, Zé Manel quer ser amigo de Cátia Filipa, Sónia Maria, Joana Marta, Catarina Alexandra! Ah, que felicidade ser solteiro outra vez!
Pena ser um sonho... Enfim... Por enquanto...
- Que encontraram por acaso a Xana
E não só a encontraram um dia por acaso como voltaram a encontrá-la noutros variados dias de propósito. A Xana foi colega dele na faculdade, depois namoraram uns tempos até ele dar de caras com a Joaninha que era colega da Ticha que era irmã da Xana, e foi o fim da Xana. De repente viu a Xana à esquina e percebeu por que é que passara toda a sua vida com saudades dela, embora só agora desse por isso. Foram tomar um café, trocaram fotos dos filhos (ele) e do gato (ela), separaram-se com os respetivos números de telemóvel, combinaram almoçar noutro dia, ele pensou que nunca mais a ia ver na vida mas o telemóvel dele não era da mesma opinião e ligou à Xana que ficou surpreendida porque pensou que nunca mais ia vê-lo na vida, e têm andado assim, de vez em quando, a almoçaricar, a lancharicar. A etctricar. Não é que haja nada sério. Só conversam. Ninguém disse que a conversa não era uma coisa séria. Mas enfim. Vocês percebem. Nunca disse nada à Joaninha. Para quê. Não é nada de sério. E ela ia ficar a pensar em coisas que não existem. E com minhocas na cabeça. São muito dadas a isso, as mulheres. A minhocas.
- Que não sabem de facto o que estão a fazer
Inda por cima as mulheres percebem logo que eles não sabem o que estão a fazer, e se eles não percebem que elas percebem é porque elas disfarçam bastante bem, porque apesar de eles não saberem o que estão a fazer, elas amam-nos e não querem ferir os sentimentos deles. A eles, como ninguém lhes ensinou como lidar com sentimentos de inadequação, que é uma coisa bastante à frente e americanóide, eles projetam essa inadequação nas mulheres. É por isso que vivemos obcecadas com o peso, a celulite, as borbulhas, a roupa, os saltos, os brincos, e outras coisas sem a mínima importância, porque no fundo no fundo a culpa é sempre deles. Hehehehehe.
Via Activa.pt
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Segunda-feira, 14.02.11
Já nenhum dos dois tem paciência para as conversas sobre trabalho mas as justificações estão viciadas: é no emprego que as culpas da rotina caem sempre. Tempo? É para o trabalho, para as tarefas domésticas, visitas à família, levar os miúdos à creche, ao ballet e ao inglês. Talvez nas férias sobre algum para o casal estar a sós. Estão juntos há anos mas a intimidade tornou- -se um corpo estranho. Já não se lembram da última vez que se tocaram. Também já não se lembram da última vez que pararam dois minutos para olhar o outro. Um está farto das críticas mas também não se lembra de fazer elogios. E a relação, que no início apostavam ter tudo para ser para sempre, já cansa. Não se separaram, mas perderam-se um do outro.
Pelo meio, A. e B. estabeleceram metas para perder quilos, fazer exercício físico, comer menos carne vermelha e reduzir triglicéridos e colesterol, agendaram datas para mudar de carro e de casa, escreveram na agenda planos profissionais a serem alcançados a cada três meses. Mas esqueceram-se dos objectivos conjugais. Como se o amor fizesse todo o trabalho por eles.
As rotinas condenam as relações longas ou é mais fácil do que parece salvar o romance? "A maioria das pessoas cai no erro de achar que não é preciso trabalho para manter viva uma relação", explica o psicólogo Manuel Peixoto. "E não é preciso fazer uma só coisa, é preciso fazer um tratado de coisas. As pessoas entram nas rotinas e se não se esforçarem para as contrariar é óbvio que a relação acaba mal."
A psicóloga Catarina Mexia usa uma frase de Salvador Minuchin, referência na terapia familiar, para mostrar como as relações precisam de tanto investimento como a carreira profissional: "Todos os casamentos têm erros. Alguns casais têm mais sucesso do que outros a repará-los."
Reparar uma relação é difícil mas não impossível, garantem os terapeutas. "O primeiro conselho que dou é que façam amor muitas vezes", adianta Manuel Peixoto. Problema: para A. e B. o desejo sexual mora para lá de Bagdade e as sessões de sexo que eram boas e pediam bis são um passado distante lembrado com tanta nostalgia como os mais velhos dizem "no meu tempo". Há solução: inovar, diversificar e conversar sobre o que se gosta e o que não se gosta. As relações precisam de erotismo mas "a vida sexual começa com a intimidade e isso não é igual a sexo", lembra Catarina Mexia. "A intimidade muitas vezes é criada na palavra que ouve de manhã ou no beijo que dá quando chega a casa."
Reservar dez minutos do dia para conversar sobre a relação é um bom primeiro passo. "Nos casamentos de maior sucesso, o casal tem uma grande capacidade de falar daquilo que sente. São pessoas capazes de criticar comportamentos - e não o outro. E até de adiar discussões para uma altura em que o nível de stresse seja menor para evitarem agressões", explica a terapeuta Catarina Mexia. Estar sempre a apontar defeitos é, para o terapeuta Manuel Peixoto, "um tiro no pé": "Nas relações há um eu, um tu e um nós. A crítica dirigida ao outro é sempre uma crítica ao casal."
É importante que um seja fã do outro e reservar tempo para elogios: não esquecer de dizer como ela está bonita ou como ele é talentoso "fazem o outro sentir-se valorizado". Outro dos segredos para manter a paixão numa relação em que um pensa já saber de cor o que vai na cabeça do outro é precisamente o contrário: "Nunca pensar que se conhece o outro." E tirar da cabeça que como são um casal têm de andar agarrados tipo lapa se querem ter uma relação longa e feliz. As relações precisam de uns graus de separação e cada elemento deve cultivar a sua individualidade. "Se estamos sempre lá e se as coisas são sistematicamente iguais não há novidade. E sem novidade não há proximidade ", explica Catarina Mexia.
Via Ionline