Uma noite e nada mais. Para algumas mulheres esta condição é ótima.
Não há cobranças no dia seguinte e nem neuras sobre a possibilidade - ou não - de o cara ligar para você. Mas mesmo sabendo dessas vantagens, será que não bate um arrependimento depois?
De acordo com uma pesquisa realizada pelo site americano TresSugar, esse sentimento pode bater sim! A enquete feita com 2.000 mulheres com idades entre 18 e 63 anos revelou que das entrevistadas que já praticaram sexo casual (83%), 68% disseram que se sentiram muito bem depois da transa sem envolvimento emocional, enquanto 38% sentiram um certo desconforto depois do ato.
Somente 19% das mulheres disseram que se arrependeram de terem ido para a cama com um desconhecido. E as brasileiras? Será que pensam da mesma forma? "Tudo muda quando é a mulher é quem quer. Se elas não pretendem ficar com o cara, obviamente não se arrependem. Mas se querem mais envolvimento, geralmente não ficam bem depois", comenta Márcia, de 33 anos.
Bárbara, de 30 anos, acabou fazendo sexo casual meio "sem querer". "Conheci um cara numa balada e fiquei encantada. "Saímos dois dias seguidos e ele me tratou como rainha. Ele queria ir para a cama, mas como eu achava que era cedo demais, não cedi", conta. "Só que aí ele sumiu. E já que queria muito continuar, corri atrás dele e não deu outra: fomos para o motel. Era o que ele queria, mas eu esperava algo mais depois. Apesar de tudo não me arrependi, pois foi muito bom", contou.
Analisando a pesquisa, a urologista e terapeuta de família, casal e sexual, Sylvia Faria Marzano, acha que o número de mulheres solteiras adeptas ao sexo casual é bem grande. "Está ocorrendo um vazio nas vidas dessas pessoas, pois elas procuram e não encontram o que desejam. Falta sentimento, envolvimento, e se isso ocorre, a proposta de casual desaparece", acredita.
Para a especialista, se o sexo foi bom, não há motivos para a mulher se arrepender. Ainda mais quando o ato foi praticado com intuito de vingança por conta de uma traição. "Não quero dizer se isso é certo ou errado, pois quem faz não está trabalhando as suas dificuldades e acaba de submetendo a outro tipo de sofrimento", ressalta.
Já o arrependimento se deve a vários motivos: "Ele bate quando a mulher chega em casa, olha para os filhos, sente que mentiu e não fica bem; ou quando começa a se ligar a esse homem, comparando-o ao seu parceiro ou ainda quando descobre que foi usada - afinal de contas, ela quer usar mas não ser usada."
Dra. Sylvia não chama o sexo casual de tendência, mas sim de uma busca desenfreada por ser feliz. É como se somente o sexo fosse o bastante para satisfazer algumas mulheres. E ela afirma que não são somente as solteiras que se colocam como praticantes do sexo casual.
"Há mulheres comprometidas que estão se prestando a ter parceiros casuais para ter sexo de melhor qualidade, ou por vingança por traições ou até por curiosidade, só que precisam antes analisar seus próprios valores e se saberão suportar o dia seguinte", afirma. "Essas experiências elas não contam nem para a melhor amiga, pois a satisfação, mesmo que esse sexo não tenha sido dos melhores, é interna".
Via Vila Dois