Segunda-feira, 23.01.12

Dickens: bicentenário do nascimento de uma obra

 

Charles John Huffam Dickens é considerado um dos mais populares romancistas britânicos da época Vitoriana e o Reino Unido comemora este ano os 200 anos do seu nascimento. No site http://www.dickens2012.org/ poderá aceder a uma panóplia de eventos que se encaixam nesta celebração, tanto no Reino Unido como no resto do mundo. Eventos literários, mas também cinematográficos, teatrais e exposições farão as delícias dos fãs de Dickens um pouco por toda a parte, mas em especial na Inglaterra.

 

Mas se Charles Dickens nos deixou um legado literário onde se incluem clássicos títulos como "Oliver Twist", ou "A Christmas Carol", não é menos verdade que a introdução da crítica social na literatura de ficção inglesa foi a sua maior façanha. Um homem que vivia no seu tempo, Dickens atravessou um importante período na história britânica que acompanhou a passagem de uma Inglaterra industrializada para uma era de puro capitalismo, com a expansão do império Britânico e um progresso social e político na esfera da vida inglesa.

 

É neste contexto que a literatura de Dickens encontra um terreno fértil, juntamente com a ascensão da burguesia e o declínio operário, para a proliferação de personagens trágico-cómicas altamente complexas e que se tornaram memoráveis na literatura e na sociedade inglesa.

 

Tendo como principal público a população anglófona (na altura a mais alfabetizada do mundo) Dickens consegue o equilíbrio perfeito entre a crítica social, abordando temas polémicos como o trabalho e o abandono infantil, mas manter-se - ao mesmo tempo - à parte de uma conotação comunista ou mesmo revolucionária, conseguindo usufruir do lado excitante da vida.

 

Amante da globalização e da circulação de bens e serviços aponta, contraditoriamente, a acumulação de bens como um dos malefícios do capitalismo empurrando personagens para vidas arruinadas pela expectativa de um conforto materialista, especialmente na ausência de um conforto emocional.

 

Dickens morreu a 8 de Junho de 1820 de ataque cardíaco e deixou um extenso legado de extraordinárias histórias onde se contam uma vintena de romances.

 

A vida e as obras de Charles Dickens são tão fascinantes, e tão extensas, que o seu resumo seria impossível neste texto. Deixo-vos o convite a visitar Londres no próximo mês e a assistir de perto às comemorações do bicentenário do nascimento de Dickens. Em alternativa, numa forma low cost mas não menos atrativa, a revisitar a obra literária que vos fará certamente viajar por personagens perfeitas e imperfeitas, mas sempre complexas e profundas como o resto da humanidade.


Via Expresso



publicado por olhar para o mundo às 17:44 | link do post | comentar

Segunda-feira, 09.01.12

Há coisas que nos fazem sonhar. Pessoas também. Natsumi é uma delas.

 

Natsumi Hayashi é uma jovem fotógrafa de Tóquio. Até aqui nada de especial, não fossem as fotografias de Natsumi ter uma particularidade que já fizeram duvidar da sua veracidade. Esta cativante rapariga tira fotografias a si própria a saltar, até conseguir captar o momento perfeito em que parece estar a... levitar.

 

Em entrevista ao "Daily Mail UK", Natsumi Hayashi explica: "a única forma de obter o momento perfeito para a fotografia é saltar muito. Às vezes necessito de saltar mais de 100 vezes para obter a fotografia perfeita".

 

Equipada apenas com uma câmara com temporizador, um tripé e a ajuda de alguns amigos, Natsumi presenteia-nos com fotografias cujo resultado final é uma perfeita levitação, sem o esforço do salto declarado. Em perfeita harmonia com o meio envolvente, os cenários das suas fotografias são o mais banal possível, em situações perfeitamente normais do quotidiano.

 

Se este impressionante trabalho é fruto de muita dedicação ou se é puro Photoshop é algo que tem sido discutido por especialistas. No entanto, tal como qualquer manobra de ilusão (ou não), estamos perante imagens que parecem quebrar as leis da gravidade, e isso transporta-nos par uma sensação única de "tirar os pés do chão", especialmente quando os precisamos ter bem assentes na terra.

 




Via A vida de Saltos Altos



publicado por olhar para o mundo às 08:31 | link do post | comentar

Segunda-feira, 18.07.11

Como fazer durar a fruta portuguesa de Verão até ao próximo Inverno

 

No Verão a fruta portuguesa é deliciosa e a um preço mais convidativo. Aproveite para a fazer durar até ao Inverno

Quando eu era pequena a minha família tinha um grande pessegueiro no jardim e uma das coisas que mais gostava de fazer com a minha mãe era compota de pêssego. Recordo-me como era divertido e... delicioso.

 

Talvez hoje em dia já não seja tão fácil ter uma árvore de fruta praticamente dentro de casa, mas com a época de crise que atravessamos é necessário colocar a imaginação a trabalhar e encontrar novas formas de poupar.

 

No Verão a fruta portuguesa é de facto deliciosa e a um preço mais convidativo. Maçãs, pêras, pêssegos, ameixas, melão, figos... a oferta é extensa e variada para todos os gostos. Se tiver filhos, ainda lhes vai proporcionar uma fantástica tarde em família a fazer algo que poderão usufruir em futuros pequenos-almoços ou lanches de inverno.

 

Pode encontrar inúmeras receitas na Internet apurando a forma como faz a sua compota favorita, no entanto, deixo-lhe aqui algumas dicas úteis e uma receita base que funciona muito bem para quase todas as frutas.

 

Tão simples que todos podem participar!

 

- Utilize frascos de vidro e tampas que vedem bem e devidamente esterilizados (coloque-os dentro de um tacho de água a ferver por 5/10 minutos. Cuidado para não se queimar!)

- Escolha a fruta do seu agrado bem madura mas ainda firme

- Lave e descasque a fruta e corte-a em pequenos pedaços

- Num tacho grande que possa ir ao lume coloque 350 gramas de açúçar por cada 600 gramas de fruta e envolva bem. Deixe ferver em lume brando durante cerca de 30 minutos (depende da quantidade que estiver a fazer) até evaporar todo o sumo e a consistência ser do seu agrado. Não se esqueça de mexer para não pegar no fundo.

- Coloque o doce nos frascos enquanto o mesmo ainda estiver quente, para solidificar já dentro do frasco.

- Feche bem e conserve-os num local fresco e seco.

- Se os seus filhos gostarem de trabalhos manuais poderão ainda decorar as tampas ou fazer etiquetas personalizadas!

E já agora não se esqueça do título deste texto e de como é importante consumir fruta... nacional!



Via A Vida de Saltos Altos




publicado por olhar para o mundo às 08:09 | link do post | comentar

Segunda-feira, 23.05.11

Já por diversas vezes tive o prazer de abordar aqui na "Vida de Saltos Altos" o tema das relações, do amor e de toda as fases envolvidas no processo de flirt, no processo de "coração partido" ou nas diferentes dinâmicas dos relacionamentos.

 

Talvez por ser fã confessa do género tornei-me uma irremediável fã do trabalho de Lev Yilmaz, um escritor, editor e artista que iniciou uma série animada simples, projetada e que se foca em vários assuntos do quotidiano das pessoas onde o amor e as relações não são exeção.

 

Falo-vos da já muito falada série "Tales of Mere Existence" que remonta já a 2003 e que continua tão atual como antes.

 

O episódio que vos trago é um dos que mais me diverte. Estou certa que muitos de vós já, em alguma fase da vossa vida, se reviram numa situação similar!

 

Convido-vos a conhecer o restante trabalho deste artista em http://www.ingredientx.com/ e a soltarem umas boas gargalhadas! Porque parece que nisto das relações, há coisas que não passam de moda.

 

Como acabar com a sua namorada em 64 passos

 

 

Via A Vida de Saltos Altos

 



publicado por olhar para o mundo às 17:29 | link do post | comentar

Domingo, 20.03.11
A pergunta 32 dos Censos 2011
A pergunta 32 dos Censos 2011
 
 

Assim num instante caí do meu pedestal de cidadã portuguesa orgulhosa de ir figurar nas estatísticas do meu país.

Quando no sábado durante a tarde recebi, à porta da minha casa, o senhor dos Censos senti-me na obrigação de cumprir este dever cívico sem pestanejar.

Pedi-lhe por favor que me deixasse a senha ao que o senhor, amavelmente, acedeu e deixou-me também o impresso sobre o "Alojamento Familiar". Tudo bem até aqui. Esse sentimento reforçou-se na 2º feira enquanto ouvia na rádio que o INE não iria aplicar coimas sobre quem não respondesse ao inquérito (muito bem!) e que, por sua vez, apelava antes ao sentido de cidadania dos portugueses para que o preenchessem e com honestidade.

Foi este sentido de cidadania que me levou a, antes do tempo, procurar na internet uma cópia do questionário que irei preencher amanhã. E foi aqui que o meu sentido de cidadania foi por água abaixo.

Como podem ver na fotografia ao lado, na questão número 32, a pessoa que responde ao questionário é informada que - e passo a citar - "Se trabalha a "recibos verdes" mas tem um local de trabalho fixo dentro de uma empresa, subordinação hierárquica efectiva e um horário de trabalho definido deve assinalar a opção "Trabalhador por conta de outrém".

(Pausa, que estou a respirar fundo.

E - assim num instante - caí do meu pedestal de Cidadã Portuguesa orgulhosa de ir figurar nas estatísticas do meu país: Estão a brincar ou eu tenho o impresso errado? Pois... parece que não tenho o impresso errado...

Basicamente o que os senhores dos Censos 2011 dizem na questão número 32 é algo do género "se trabalhar de forma ILEGAL e é explorado pela sua entidade patronal que o obriga a cumprir horário, que o obriga a ter um local de trabalho definido por esta, que até o obriga a ter uma subordinação hierárquica, mas à qual depois passa um recibozinho verde no final do mês... guarde isso para si e diga-nos que trabalha por conta de ontrém" provavelmente deveriam também acrescentar a explicação: "é que nós queremos divulgar os regultados deste Censo e isso ficava assim... um bocadinho mal".

Claro que imagino o confuso inquirido a questionar-se a si próprio, "mas se eu coloco aqui que trabalho por conta de outrém entro para as estatísticas como alguém que tem subsídio de férias, de Natal, direito a baixa e desemprego, indeminização se for despedido, e outras regalias refererentes à situação... isto é a honestidade que pedem?"

Agora percebo porque é que retiraram a multa às pessoas que respondessem com base em principios falsos: é que teriam de multar todas as pessoas que trabalham neste país a recibos verdes, mas que são exploradas por um empresário sem escrúpulos!

Felizmente, devo dizer que não faço parte deste grupo que trabalha unicamente a recibos verdes, mas se o fosse recusar-me-ia a responder a esta questão.

Senhores do Censo, por favor, tenham vergonha! Isto faz-me lembrar algo que aconteceu à alguns anos quando o motorista da Carris perguntava a uma criança quantos anos tinha para lhe poder - ou não - cobrar bilhete e ao que a criança responde inocentemente: lá fora tenho 7, mas aqui tenho 5.

As coisas são como são, não é o que dá mais jeito, e isto era suposto ser um retrato do nosso país! Talvez ainda o seja, mas pelas razões erradas.

 

Via A Vida de Saltos Altos



publicado por olhar para o mundo às 17:04 | link do post | comentar

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