Domingo, 18.12.11

Dois restaurantes já fecharam e 25 trabalhadores foram dispensadosDois restaurantes já fecharam e 25 trabalhadores foram dispensados (Miguel Madeira)

Ninguém sabe muito bem como, nem porquê. Mas a verdade é que, no espaço de um mês, o Aya, um ícone da cozinha japonesa em Portugal, fechou dois restaurantes, foi alvo de um arresto de bens e pediu a insolvência, junto do Tribunal do Comércio de Lisboa. A morte precoce do seu criador, o chef Takashi Yoshitake, e as dívidas acumuladas com a expansão do negócio parecem ser o denominador comum de mais um caso que reflecte a crise do sector.

No espaço que o Aya ocupava, desde 2003, no centro da capital, restam agora folhas de papel que cobrem, de alto a baixo, o vidro exterior do restaurante. Não deixam perceber o que sobrou do arresto de bens movido na passada sexta-feira, por um dos fornecedores da empresa, que reclama dívidas de praticamente 300 mil euros. Pelo que se conta por ali, levaram praticamente tudo: mesas, cadeiras e até cinzeiros.

Esta terá sido a segunda fase de um processo que se precipitou, apanhando clientes e trabalhadores de surpresa. Já há um mês, o Aya de Carnaxide, um restaurante inaugurado há cerca de três anos, tinha fechado. Terá sido, aliás, este projecto que fez tremer as contas da empresa. O investimento financeiro que implicou demorava a ter retorno, acusando falta de clientes e custos superiores às receitas.

Foi a empresa contratada para remodelar e equipar este espaço, a Engitagus, que moveu o arresto de bens que acabou por ditar o fecho do segundo restaurante, nas galerias comerciais Twin Towers, em Campolide. O PÚBLICO tentou contactar a empresa, mas sem sucesso. No entanto, esta interpôs uma acção de execução contra o Aya, no início de Novembro, por causa de uma dívida de 289 mil euros, que estava a ser negociada entre as partes.

Este não é, porém, a único pagamento em atraso por parte da empresa fundada, em 1992, por Takashi Yoshitake. Há pelo menos quatro credores da banca: Montepio Geral, Banif, Finibanco e ainda BPI. No conjunto, estas instituições financeiras moveram acções de execução num valor superior a 76 mil euros.

Face ao acumular de dívidas, à pressão dos credores e ao fecho de dois restaurantes, o Aya viu-se obrigado a apresentar-se à insolvência. Na segunda-feira, entrou no Tribunal do Comércio um pedido de falência judicial, requerido pela própria empresa. Este processo tanto poderá resultar no encerramento ou na recuperação do negócio, caso se chegue à conclusão de que ainda existe uma margem de viabilização financeira.

Sem dinheiro e sem mestre

Apesar da sucessão de episódios que arrastaram o Aya para a insolvência, as contas da empresa não reflectem a instabilidade actual. Um relatório a que o PÚBLICO teve acesso mostra que, em 2009, as vendas subiram, ainda que marginalmente, alcançando perto de 1,6 milhões de euros. E, nesse ano, houve um lucro de 13.600 euros - mais três mil euros do que em 2008. Até mesmo o passivo diminuiu, assim como os custos com pessoal, que passaram de 400 para perto de 300 mil euros.

Mas, no terreno, a realidade é outra. Ficou apenas aberto um terceiro restaurante mais pequeno, o Bistrôt, também localizado nas Twin Towers. Já terão sido dispensados perto de 25 trabalhadores e alguns dos que ficaram têm os salários em atraso. O PÚBLICO tentou contactar a actual dona do Aya, Megumi Yoshitake (esposa do chef que fundou a cadeia), mas tal não foi possível.

A morte precoce do mestre do Aya é apontada como uma das razões para as dificuldades que o negócio atravessa. Takashi Yoshitake, que abriu o primeiro restaurante em Portugal num primeiro andar de um prédio em Lisboa, morreu repentinamente em 2009, aos 56 anos. Espera-se, agora, que a sua "escola" seja continuada pelos discípulos que deixou.

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 11:09 | link do post | comentar

Quinta-feira, 15.12.11

sushi

Em termos nutricionais, o único problema que podemos apontar ao sushi é o seu teor de sal, que aumenta ainda mais quando se utiliza o molho de soja. Pessoas com hipertensão arterial, por exemplo, devem procurar diminuir a quantidade deste molho para assim não ingerirem uma dose excessiva de sal.

 

Se é verdade que o mundo ocidental abriu as suas portas ao sushi, também constatamos que o sushi se deixou "ocidentalizar". Sobretudo nos Estados Unidos da América, é frequente termos sushi com maionese ou outros ingredientes que lhe aumentam substancialmente o valor energético e assim diminuem o seu interesse como refeição sofisticada e saudável. Mais uma vez, os métodos tradicionais acabam por se revelar como os mais adequados e desvirtuá-los raramente apresenta vantagens.

 

Recomendar o consumo de sushi à população em geral será inviável dada a pouca acessibilidade e custo elevado, mas, e ao contrário do que tantas vezes sucede, com o sushi podemos pelo menos conjugar prazer e saúde de forma harmoniosa.


Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação Universidade do Porto nunoborges@fcna.up.pt 

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 08:58 | link do post | comentar

Sábado, 26.03.11
Ameaça nuclear no Japão afecta sushi na Europa

 

 

A radioactividade descoberta em alguns alimentos cultivados na zona da central nuclear de Fukushima, no Japão, está a preocupar os proprietários de restaurantes japoneses em Portugal.
 

Em causa estão possíveis rupturas de stocks, escaladas de preços em determinados produtos, ou a sua substituição por alimentos de outros países.

 

«As algas japonesas são as melhores do mundo. Se houver uma diminuição da oferta, nos próximos meses, poderão entrar numa escalada de preços», considera Paulo Morais, proprietário do restaurante Umai, em Lisboa. Se tal acontecer, o sushiman pondera recorrer à produção da Coreia do Norte. Além das algas, que provêm do sul do Japão, Paulo Morais utiliza conservas e molhos nipónicos.

 

Admitindo que a ameaça nuclear possa trazer atrasos nas entregas, o especialista está seguro de que o seu fornecedor, certificado, encontrará soluções.

 

No restaurante Lucullus, em Cascais, o caso é mais preocupante: a maioria dos produtos é japonesa. «Quase todo o pescado que servimos é importado do Japão», conta o proprietário José Manuel. O problema colocar-se-á quando os stocks acabarem, uma vez que se trata de peixe congelado.

 

Nas águas do Oceano Pacífico, foram detectados níveis de radioactividade 80 vezes superiores ao normal, mas as autoridades garantem que, por enquanto, o consumo de peixe e marisco não constitui ameaça à saúde humana. «No futuro, as algas virão de outros países», admite ao SOL Anabela Fialho, dona do restaurante Koi Sushi, em Alcântara-Rio. No Koni, no Largo da Trindade, também se procuram alternativas.

 

Via Sol



publicado por olhar para o mundo às 10:20 | link do post | comentar

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