Sexta-feira, 11.05.12
A relação entre os hábitos tabágicos e o baixo peso à nascença está estudada
A relação entre os hábitos tabágicos e o baixo peso à nascença está estudada (Foto: Pedro Vilela)

A lista de malefícios associados ao consumo de tabaco durante a gravidez já vai longa. Vários estudos têm demonstrado que os filhos de mães que fumaram durante a gestação também têm maior risco de sofrerem de obesidade na infância.

 

O porquê desta associação ainda está por deslindar, refere Sérgio Soares, um dos autores de um estudo de revisão científica sobre o tema publicado na revista Expert Review of Obstetrics & Gynecology.

A relação entre os hábitos tabágicos e o baixo peso à nascença está estudada e as razões são conhecidas, refere Sérgio Soares, médico e director da clínica de fertildade Instituto Valenciano de Fertilidade IVI-Lisboa, que tem investigado a relação entre tabaco e fertilidade. No caso do baixo peso, sabe-se que” a nicotina prejudica a fisiologia da placenta”, fazendo com que a quantidade de sangue que chega à placenta seja menor e que haja menos oxigenação.

Os dados que assinalam a associação entre tabaco e obesidade estão plasmados em cada vez mais estudos mas ainda será preciso mais pesquisa para perceber se existe uma relação de causa e efeito, diz. 

Por enquanto, existem dois caminhos possíveis de explicação, diz. Um deles aponta para possíveis razões orgânicas, podendo haver alterações metabólicas em resposta a condições intra-uterinas adversas, mas as explicações podem também ser de ordem familiar, refere Sérgio Soares, isto porque também foi encontrado uma relação entre a obesidade e o facto de o pai da criança fumar. “É uma hipótese” mas o facto de ambos os pais fumarem pode ser “indicativo de circunstâncias familiares, pode haver padrões genéticos desconhecidos, padrões comportamentais, dietas alimentares [associados a essa família]”. 

O artigo, publicado em Março, analisou 172 trabalhos científicos nesta área e é também da autoria de Marco Belo, da Clínica Viara, investigador da cidade brasileira de Belo Horizonte e José Bellver, da clínica IVI em Valência e da Faculdade de Medicina da Universidade de Valência.

Sérgio Soares lembra que no campo da procriação medicamente assistida o consumo de mais de dez cigarros por dia reduz a probabilidade de sucesso na transferência de embriões de óptima qualidade, mesmo quando se trata de ovócitos doados por dadoras não fumadoras.

 

Retirado do Público



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Terça-feira, 24.01.12

Tabaco de enrolar é melhor para o bolso, mas mau para a saúde

O consumo de cigarros artesanais disparou mas os benefícios são só económicos. Apesar do aspecto "eco-friendly", podem ser tão ou mais prejudiciais ao organismo

 

São cada vez mais os portugueses que vêem no tabaco de enrolar uma solução mais económica. De acordo com dados da Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC), o comércio de tabaco de corte fino, como também é conhecido, mais do que duplicou em Dezembro de 2011 em relação a igual período de 2010.

 

Valter Botelho, 34 anos, optou recentemente por esta solução. Contas feitas, cada 20 cigarros ficam-lhe a cerca de €2,80. Menos 90 cêntimos do que um maço da marca que fumava anteriormente.

 

Mas desengane-se quem pensa que pode ser menos nocivo para a saúde. “Os efeitos nefastos têm a ver com o consumo do fumo do tabaco”, independentemente dee este estar preparado sob a forma de um cigarro industrial ou artesanal”, explicou ao P3 Joaquim Esteves da Silva, docente do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP).

 

Artesanal "versus" industrial

 

Artesanal ou industrial, tanto faz - são ambos prejudiciais à saúde. Factores como o papel usado na elaboração do cigarro são de ter em conta. “Quanto mais pesado for, mais alcatrão leva”, alerta a pneumologista Isabel Gomes, que dá consultas de cessação tabágica no Hospital de São João no Porto. O tabaco de enrolar é “uma alternativa mais económica” e por isso pode “levar a determinado tipo de conceitos, de ser 'eco-friendly' ou natural”, mas a verdade é que os malefícios “não deixam de existir”, realça.

 

O facto de, no caso do tabaco de enrolar, haver a possibilidade de não colocar filtro é outra preocupação destes especialistas, que vêem aumentar esta alternativa de consumo entre os portugueses. “O consumo de tabaco de enrolar sem filtro leva à entrada de uma maior carga de substâncias poluentes tóxicas para os pulmões”, alerta o docente da FCUP.

 

Quando confrontado com o que disseram estes especialistas, Valter ficou surpreendido. “Posso escolher as quantidades que quero pôr e faço cigarros mais leves, com menos tabaco”, explica. “Por isso pensei que fazia menos mal”, remata.

 

A quantidade de um cigarro feito em casa é de facto regulável. Contudo, com mais ou menos tabaco, os prejuízos para a saúde são os mesmos, com menor ou maior gravidade. “O único comportamento seguro é não fumar”, finaliza Joaquim Esteves da Silva.

 

Via P3



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