Todos os jogos têm transmissão na Sporttv em sinal fechado. Transmissão de jogos em sinal aberto (RTP1, SIC, TVI) ainda só está definida para a fase de grupos.
Bourdain em Lisboa, aquando das filmagens agora já emitidas (Foto: Rui Soares/Arquivo)
Quando passou por Lisboa em Dezembro de 2011, Anthony Bourdain, autor do programa de viagens e gastronomia No Reservations (que os canais SIC Radical e 24Kitchen, ambos no cabo, emitem) deixou o aviso de que não estava na cidade para a retratar como um bilhete postal.
Muito se falou na altura sobre o que se ia conhecendo das suas escolhas. Sabia-se que tinha ido aos fados com António Lobo Antunes, às conservas, no Sol e Pesca, com os Dead Combo e às bifanas. Tinha estado também na Cervejaria Ramiro e nos restaurantes de José Avillez (Cantinho do Avillez), Henrique Sá Pessoa (Alma) e Ljubomir Stanisic (Bistro 100 Maneiras). Nas redes sociais opinava-se sobre o que deveria ter comido e onde deveria ter ido e muitos foram surpreendidos com a sua popularidade.
Agora que finalmente o episódio foi disponibilizado no YouTube ficámos a conhecer as opções de Anthony Bourdain. À primeira vista parece que só se fala de crise, da ditadura de Salazar e dos portugueses como um povo pessimista e melancólico, sobretudo, na sessão de fado em que entram António Lobo Antunes e a fadista Carminho. Contudo, embora esses temas sejam recorrentes ao longo do episódio – tal como aconteceu em relação à ditadura de Franco, num capítulo anterior sobre Madrid – é possível vislumbrar além deles.
Bourdain é fiel ao seu estilo e coerente com o seu percurso. Procura o testemunho de pessoas de vários quadrantes – que sejam emblemáticas, ou que tenham vivido certos momentos da história da cidade ou do país –, busca lugares pitorescos e, geralmente, fora dos roteiros turísticos habituais. Por último, no que diz respeito à gastronomia, rodeia-se de quem intervém no panorama local. Pode ser um artista, um jornalista da área, ou um chef. No caso do episódio de Lisboa, Bourdain aparece conduzido por chefes de cozinha nossos conhecidos embora fique subjacente que as sugestões serão deles mas as opções são suas.
O episódio começa bem, na Cervejaria Ramiro. Na companhia de José Avillez e Henrique Sá Pessoa, a conversa vai discorrendo sobre os predicados do local e sobre o que Portugal tem de bom. A sequência passa-se entre imperiais, percebes, camarões “de morrer”, lagostins “de fazer chorar”, amêijoas, búzios, santolas e pregos (“a sobremesa”). A partir deste momento Bourdain parece deixar-se envolver numa atmosfera introspectiva e uma cidade mais sombria aparece. Sobretudo na parte com Lobo Antunes e Carminho, na Tasca do Chico, mas, também, com os Dead Combo, no Sol e Pesca, ou com Tozé Brito no Cantinho do Avillez. Mas Bourdain dá também alguma cor à cidade e mostra uma Lisboa diferente e pitoresca pautada pela presença de pessoas simples - como nas cenas do grupo do jogo de chinquilho, na pesca de polvo, ou o no almoço com o os pescadores).
Como sempre acontece nos seus episódios, o norte-americano procura a autenticidade no que come, seja numa bifana no café da esquina, num prego e uma mariscada no Ramiro, ou numa das propostas dos “chefes talentosos” que o acompanham no episódio (clique aqui para a página relativa a este episódio no site do Travel Channel).
Neste caso deixa-se render pelos pezinhos de porco e peixinhos da horta, de Avillez; pela cavala, o bacalhau e o leitão, de Sá Pessoa; ou pelo cabrito com arroz de miúdos, de Stanisic - todos pratos de raiz tradicional e de reinterpretação contemporânea. Uma proposta que pareceu algo forçada, e não tão “very traditional”, como foi apresentada, é o guisado de coração de cavalo, fígado de touro e mioleira de porco deste último chef – cujo protagonismo pareceu apagado tendo em conta a sua personalidade e a sua experiência televisiva.
Em Dezembro, na conferência de imprensa que deu no final das filmagens, Bourdain referia que se aprende muito sobre as pessoas vendo “o que elas comem, como comem, em que circunstâncias, o que cozinham, o que lhes dá prazer”. É fácil apontar erros e faltas, como a ausência do multiétnico Martim Moniz, da cozinha goesa, dos vinhos da região ou do pastel de nata, só para dar alguns exemplos. Contudo, em traços gerais e com uma montagem muito feliz (excelentes os pormenores com os Dead Combo), Bourdain cumpre o desígnio de forma coerente e de acordo com a filosofia do programa.
* Miguel Pires é critico gastronómico, autor do blogue Mesa Marcada e do livro “Lisboa à Mesa – Guia onde comer. Onde Comprar”
A Casa da Música vai estar no ar no canal televisivo francês Mezzo ao longo deste mês de Maio.
O canal temático vocacionado para a música esteve no Porto a gravar vários momentos da última edição do festival À Volta do Barroco, em Outubro-Novembro do ano passado. Vai agora transmiti-los em diferentes horários, já a partir da manhã deste domingo. Neste dia, será recordado, às 11h50 e às 18h50, o REMA Showcase, uma apresentação de formações musicais constituídas por jovens instrumentistas de música antiga.
No dia seguinte, com honras de horário nobre, serão transmitidos os concertos do grupo italiano Sonatori de La Gioiosa Marca, com o violinista Giuliano Carmignola (21h), e da Freiburger Barockorchester (22h), dois momentos altos do festival. A programação que a Mezzo dedica à Casa da Música, e que se prolongará pelo mês adiante, inclui também uma reportagem realizada nos bastidores do edifício concebido por Rem Koolhaas, numa visita guiada pelo administrador delegado Nuno Azevedo.
Série criada em 1989 é vista em mais de 100 países (Foto: DR)
Os fanáticos da série de animação norte-americana Simpsons vão ter de correr até à Wikipedia e mudar a informação sobre a localização da cidade, graças à última revelação do criador do popular programa televisivo. Matt Groening levantou o véu sobre o grande segredo da série: onde fica Springfield, a cidade onde tudo acontece em torno dos personagens amarelos que conquistaram milhões de simpatias em todo o mundo desde 1989?
Até agora, os fãs da série sabiam que Springfield era sinónimo de uma qualquer anónima cidade mediana dos Estados Unidos, recheada de típicos norte-americanos, famílias, empresas e problemas que poderiam acontecer – e acontecem – em qualquer lado. Daí que a escolha do nome Springfield não tenha sido um acaso: actualmente, há registo de cidades com esse nome em pelo menos 35 estados.
Essa "tipicidade" – ou construção baseada em muitos esterótipos – permitia à série uma universalidade nos retratos que fazia parte do seu sucesso: como não era uma cidade em concreto, muitos podiam identificar-se com os temas levantados pelos personagens que começaram a ser imaginados em 1987 e que se estrearam dois anos mais tarde (actualmente, já foram emitidos 503 episódios).
O próprio autor realça isso na referida entrevista, dada a uma publicação mensal dedicada às artes, à história, às ciências e à cultura popular contemporânea e que é propriedade do Smithsonian Institute – uma entidade sem fins lucrativos financiada pelo governo federal norte-americano e por mecenas, responsável por 19 museus nos Estados Unidos.
Diz Groening: "Parecia-me divertido que houvesse muita gente a identificar-se com o nome da cidade."
É, aliás, isso que diz esta página na Wikipedia dedicada ao universo da família composta pelos pais Homer e Marge, e a prole de três filhos (Bart, Lisa e Maggie). E também o Simpsons Archive disponível online, e que recolhe provas e pistas que os argumentistas foram deixando nas centenas de episódios emitidos. A conclusão é que Springfield podia ser em qualquer lado e que o lugar exacto é, apenas e só, "Springfield fica na nossa televisão".
Porém, segundo Groening, a Springfield dos Simpsons afinal existe mesmo e fica perto de Portland (no estado de Oregon), cidade natal do "pai" destas personagens animadas. O autor refere que se inspirou numa popular série televisiva dos anos de 1950 nos EUA ("Father Knows Best"), passada em Springfield.
Groening começou por manter segredo sobre essa inspiração, porque com tanta cidade baptizada com esse nome, poderia haver muita gente a achar que era a sua Springfield que estava ali nos Simpsons, uma série distinguida até agora com 27 prémios Emmy (atribuídos pela indústria da televisão norte-americana) e que é vista em mais de 100 países e 50 idiomas, de acordo com o jornal Guardian, que acrescenta que os Simpsons são hoje a mais antiga sitcom norte-americana no ar.
O mesmo jornal britânico acrescenta que havia outras pistas sobre a localização de Springfield, já que o autor usou nomes de ruas dessa terra que fica perto da sua cidade natal para baptizar personagens, como o reverendo Lovejoy ou o vizinho de Homer (cujo nome é inspirado no poeta grego Homero), Ned Flanders. Até mesmo a morada dos Simpsons coincide com a de Groening quando era criança.
Em Portugal, a série é transmitida na RTP2 e no canal Fox (cabo). Popularizou também expressões linguísticas como "D'Oh", o berro de Homer que, em 2001, entrou para o Oxford English Dictionary, que a definiu como a expressão de uma frustração quando alguém se apercebe de que as coisas não correram como pretendido, ou, num sentido pejorativo, como uma expressão usada por alguém para sustentar que outra pessoa disse uma tolice.
Adele recebe um dos seis troféus arrecadados nesta noite (Foto: AFP)
A cerimónia da 54.ª edição dos Grammy Awards, os prémios mais desejados da música nos Estados Unidos, que aconteceu neste domingo em Los Angeles, arrancou com uma oração em homenagem a Whitney Houston, que foi encontrada morta num quarto de hotel, na véspera, aos 48 anos. Adele conquistou todos os galardões para os quais estava nomeada.
A morte de Whitney Houston foi um dos assuntos mais falados na passadeira vermelha, multiplicando-se os tributos e as mensagens elogiosas à cantora. Bruce Springsteen abriu a cerimónia e, logo a seguir, o rapper LL Cool J pediu aos presentes uma oração em memória de Whitney Houston, enquanto ao mesmo tempo foram mostrados os melhores momentos da cantora, ao som de "I Will Always Love You". "Como diz a música, todos nós vamos amar-te para sempre, Whitney", disse o músico.
Apontada como a grande favorita aos prémios, a britânica Adele confirmou todas as apostas ao ganhar tudo o que tinha para ganhar. Adele estava nomeada em seis categorias e conquistou as seis estatuetas. Foi a primeira a subir ao palco para receber o Grammy de Melhor Pop Solo Performance, pela música "Someone Like You". Ao receber o primeiro prémio, a cantora fez um agradecimento especial ao médico, "que [lhe] deu a voz de volta". A cantora está de volta à música, depois de uma cirurgia às cordas vocais.
Adele repetiria as subidas ao palco e as mensagens de agradecimento, que culminaram com o prémio máximo, o Álbum do Ano, com o recordeista de vendas "21". Em lágrimas e com poucas palavras, Adele conseguiu apenas agradecer o galardão.
"Rolling In The Deep” foi considerada a Música do Ano e venceu ainda o prémio de Melhor Vídeo. O galardão de Melhor Álbum Pop Vocal foi novamente para “21”. A actuação da britânica, que cantou "Rolling In the Deep", era um dos momentos mais esperados e conquistou um dos maiores aplausos da noite.
Kanye West, nomeado em sete categorias, venceu o Grammy de Melhor Álbum Rap com “My Beautiful Dark Twisted Fantasy”, e Melhor Colaboração Rap com “All of the Lights”, música que conta com a participação de Rihanna, Kid Cudi e Fergie, e que estava também nomeada na categoria de música do ano. O single "Otis", do álbum "Watch The Throne", a colaboração de West com Jay-Z, foi considerado a Melhor Rap Performance. Os dois músicos estiveram ausentes da cerimónia.
Um dos momentos da noite foi o desejado regresso aos palcos dos Beach Boys, recebidos em êxtase e com uma grande ovação de pé. Brian Wilson, Mike Love, Al Jardine, Bruce Johnston e David Marks, que em 2012 comemoram 50 anos de carreira, actuaram na cerimónia, depois dos Maroon 5 e dos Foster The People terem tocado um tema cada da histórica banda.
O dueto entre Amy Winehouse e Tony Bennett, "Body and Soul", que chegou às lojas em Setembro, já depois da morte da cantora, conquistou o Grammy de Melhor Dueto/Grupo Performance. A canção, gravada em Londres, em Março do ano passado, terá sido uma das últimas interpretadas em estúdio por Amy Winehouse. O dueto integrou o novo álbum de Bennett, “Duets II”, que conta ainda com a participação de nomes como Lady Gaga e Aretha Franklin, e que valeu ao cantor o Grammy de Melhor Álbum Pop Tradicional Vocal.
Nomeado pela primeira vez aos Grammys, Bon Iver, projecto musical do norte-americano Justin Vernon, conquistou o Grammy de Artista Revelação e ainda o troféu de Melhor Álbum Alternativo, com o seu segundo trabalho “Bon Iver, Bon Iver”, considerado um dos melhores álbuns de 2011.
Ao receber a estatueta de Artista Revelação, Bon Iver disse sentir-se numa situação muito desconfortável. "Há tanto talento aqui no palco e tanto talento que não está aqui. É uma honra", disse, deixando um agradecimento não só aos pais, familiares e amigos, como também a "todos os nomeados e não nomeados".
Os Foo Fighters, que ao lado de Adele e Bruno Mars se incluíam na lista dos mais nomeados com seis indicações cada, conquistaram quatro galardões, incluindo os prémios de Melhor Álbum Rock com “Wasting Light” e Melhor Performance Hard Rock/Metal. A banda liderada por Dave Grohl venceu ainda nas categorias de Melhor Música Rock, com “Walk”, e Melhor Vídeo, com “Back And Forth”.
Na categoria de R&B, o Grammy de Melhor Álbum foi entregue a Chris Brown, por "F.A.M.E.". Cee Lo Green venceu dois galardões nas categorias de Melhor Performance R&B Tradicional e Melhor Música, ambos com "Fool For You".Na categoria country, a jovem Taylor Swift voltou a ser a grande vencedora, ao conquistar os Grammys de Melhor Solo Performance com o música "Mean", também considerada a Melhor Música Country. O galardão de Melhor Álbum foi entregue aos Lady Antebellum por "Own The Night".
Já perto do fim da cerimónia houve um momento de homenagem a todos os talentos que a indústria da música perdeu entre 2011 e o princípio de 2012. No ecrã gigante do Staples Center passaram as fotografias de artistas como Amy Winehouse, Steve Jobs, Facundo Cabral, Clarence Clemons, Johnny Ottis e Jerry Leiber. Por fim, Whitney Houston, na voz de Jennifer Hudson. Emocionada, Hudson deu voz a "I Will Always Love You" e terminou a música com um "We Will Always Love You", provando que o mundo da música jamais esquecerá a cantora.
O ex-Beatle Paul Mccartney encerrou a cerimónia com uma estonteante actuação. A lista completa dos nomeados e vencedores pode ser consultada aqui.
A edição deste ano já decorreu sob as alterações anunciadas pela The Recording Academy, que reduziu o número de categorias de 109 para 78. Com esta reformulação as categorias que distinguiam os artistas femininos e masculinos nos diferentes géneros musicais (pop, R&B, rock e country) desaparecem, concorrendo todos os artistas, em cada área, a uma única categoria, agora chamada de “Solo Performance”. No geral, todas as áreas perderam duas categorias, tendo muitas delas sido reagrupadas em apenas uma.
O último episódio de House vai para o ar no dia 21 de Maio (DR)
A conhecida série de televisão norte-americana "House", há oito anos no ar, vai acabar no final desta temporada, anunciou a FOX esta quarta-feira. O último episódio será emitido no dia 21 de Maio nos Estados Unidos.
Os produtores da série, David Shore, Katie Jacobs e Hugh Laurie – o actor britânico que dá corpo a House – explicaram que a decisão foi muito ponderada e difícil de tomar, mas que chegou a altura de terminar a saga do enigmático médico de métodos pouco ortodoxos.
“Os produtores sempre imaginaram House como uma criatura enigmática, que nunca seria o último a deixar uma festa. Por que não ir embora antes de a música parar, enquanto ainda há uma certa mística no ar?”, lê-se no comunicado do canal.
Desde que em 2004 se estreou na televisão, “House” já conquistou cerca de 40 prémios, entre eles dois Globos de Ouro. Pelo prestígio que ganhou ao longo dos anos e pela legião de fãs que deixa para trás, os produtores garantem que a série “é uma fonte de orgulho para todos os envolvidos”, afastando os fantasmas de que a série chega ao fim, por não ter mais o mesmo sucesso. A oitava série, que está agora a ser transmitida – em Portugal no canal FOX –, é vista semanalmente por cerca de 9 milhões de espectadores, muito abaixo dos 20 milhões das primeiras séries.
Em Abril, “House” terá completado 177 episódios, “mais 175 do que qualquer um esperava em 2004”, notam ainda os produtores. Quando se estreou, a série teve um arranque lento, não tendo conquistado o público norte-americano logo na primeira temporada. Mas aos poucos conseguiu ganhar o seu território na grelha televisiva e em 2008 ultrapassou as séries CSI, tornando-se no programa televisivo mais visto. Segundo os números da agência de rating Eurodata TV Worldwide, "House" foi visto nesse ano por mais de 81,8 milhões de telespectadores em 66 países.
O presidente de entretenimento da FOX, Kevin Reilly, emitiu um comunicado, lamentando a decisão dos produtores. “É com grande pesar e um nó na garganta, respeitamos a decisão tomada por Hugh, David e Katie. Por oito temporadas, toda a equipa de House deu-nos alguns dos melhores personagens e das histórias mais emocionantes jamais vistas na televisão”, escreveu o responsável.
Da equipa de especialistas que desvendam os misteriosos diagnósticos fazem parte, além de House, o neurologista Eric Foreman (Omar Epps), o cirurgião plástico Chris Taub (Peter Jacobson), o cirurgião Robert Chase (Jesse Spencer), e as médicas Jessica Adams (Odette Annable) e Chi Park (Charlyne Yi). Ao lado de House desde o episódio número esteve o seu amigo, o oncologista James Wilson (Robert Sean Leonard).
O fim de “House” pode assim ditar o afastamento do actor britânico, de 52 anos, dos ecrãs. Nomeado para seis Emmys e vencedor de dois Globos de Ouro pelo papel, Hugh Laurie já tinha dito numa entrevista em Novembro que quando a série terminasse, se retiraria da televisão.
Meryl Streep ganhou pela interpretação de Margaret Thatcher (Fotos: Lucy Nicholson/Reuters)
O filme “O Artista”, que faz os espectadores regressar ao tempo dos filmes mudos, e o drama familiar “Os Descendentes” foram os filmes mais distinguidos ontem à noite na cerimónia dos Globos de Ouro, apresentada pelo humorista britânico Ricky Gervais, que chegou ao palco com uma bebida na mão.
“O Artista”, de Michel Hazanavicius, a história romântica de um actor que encontra o amor numa altura em que a indústria cinematográfica fez a transição dos filmes mudos para os sonoros, estava nomeado em seis categorias, e conquistou três prémios, incluindo o de Melhor Filme de Comédia ou Musical e Melhor Actor num Filme de Comédia ou Musical (para o actor francês Jean Dujardin).
Rodado a preto e branco e como um filme mudo, recriando o cinema da era de ouro de Hollywood, o filme francês, que chega aos cinemas de Portugal em Fevereiro, arrecadou ainda o galardão de melhor banda sonora.
O filme “Os Descendentes”, de Alexander Payne, e o seu protagonista, George Clooney, que representa um pai que tenta reatar a ligação com as duas filhas, depois de a mulher ficar em coma na sequência de um acidente de barco, venceram, respectivamente, as estatuetas de Melhor Filme Dramático e Melhor Actor Dramático. O filme estreia-se em Portugal no dia 19 de Janeiro.
Num feito, quase inédito, os Globos de Ouro, entregues pelos membros da imprensa estrangeira a residir nos Estados Unidos – e que servem de antevisão aos Óscares, agendados para 26 de Fevereiro, não centraram os prémios em apenas um filme, premiando, além de “O Artista” e “Os Descendentes”, outras nove películas, incluindo “As Serviçais”, “A Invenção de Hugo” e “Meia-Noite em Paris”.
O galardão de melhor realizador, um dos mais cobiçados da noite, foi entregue a Martin Scorsese, pelo seu filme de aventura e fantasia, “A Invenção de Hugo”. A história de um rapaz que vive sozinho numa estação de comboios de Paris e a de um enigmático proprietário de uma loja de brinquedos marca a estreia deste realizador nos filmes 3D.
No campo feminino, Meryl Streep levou para casa o Globo de Ouro de Melhor Actriz num Filme Dramático pelo seu desempenho em “The Iron Lady” (A Dama de Ferro), no qual interpreta o papel da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher. Ao receber o galardão, a actriz norte-americana mostrou-se satisfeita e fez um agradecimento especial aos ingleses.
Por seu lado, Michelle Williams conquistou o troféu de Melhor Actriz num Filme de Comédia ou Musical pelo seu desempenho em “A Minha Semana com Marilyn”, interpretando o papel de Marilyn Monroe. Na hora do agradecimento, a actriz não esqueceu a diva a quem deu vida no cinema, agradecendo aos Globos de Ouro terem posto nas suas mãos “o mesmo prémio que deram a Marilyn há mais de 50 anos”.
Os galardões de melhores actores secundários foram entregues a Christopher Plummer, de 81 anos, que representa em “Assim é o Amor” um homem que assume a homossexualidade depois de a sua mulher morrer, e a Octavia Spencer, pelo seu papel no filme “As Serviçais”.
“As Aventuras de Tintin”, de Steven Spielberg, venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme de Animação, e “Uma Separação”, filme iraniano de Asghar Farhadi, que tem estado em destaque entre a crítica norte-americana, arrecadou o prémio de melhor filme estrangeiro.
O último trabalho de Woody Allen, “Meia-noite em Paris”, filme que foi o mais visto do realizador nos Estados Unidos e na Europa, venceu o galardão de melhor argumento.
Madonna também subiu ao palco dos Globos de Ouro para receber o prémio de melhor canção original, com o tema “Masterpiece”, criada especialmente para o romance histórico “W.E.”, filme escrito e realizado pela própria.
O actor Morgan Freeman foi agraciado com o prémio Cecil B. DeMille, pela sua carreira e contributo para o cinema.
Na área de televisão, os vencedores da noite foram as séries Homeland e Uma Família Muito Moderna.
Longe de grandes polémicas esteve o britânico Ricky Gervais, responsável pela apresentação da cerimónia. Depois de a sua actuação na edição 2010 ter gerado bastante controvérsia, tendo a organização dos prémios obrigado o comediante a pedir desculpas pelas suas piadas que não caíram bem em Hollywood, este domingo Gervais não abandonou o estilo provocador e controverso, mas mostrou ter tido um maior cuidado. Ainda assim, a estrela norte-americana Kim Kardashian, o actor Eddie Murphy, que no final do ano passado desistiu do papel de anfitrião dos Óscares, e o cantor pop Justin Bieber foram algumas das vítimas da sátira de Gervais.
No seu monólogo de entrada, Ricky Gervais começou por comparar os Globos de Ouro aos Óscares, explicando que os Globos de Ouro estão para os Óscares como “Kim Kardashian está para Kate Middleton”, ou seja, o mesmo tipo de cerimónia, mas com menos nível e consideração.
Madonna também não fugiu ao comediante, que ao chamá-la ao palco, fez referência à virgindade da cantora, lembrando a conhecida música “Like a Virgin”. Sem qualquer pudor Madonna respondeu: “Se eu sou como uma virgem, Ricky, porque não vens aqui e fazes alguma coisa”.
Ricky Gervais ironizou ainda e lembrou a actuação do ano passado, dizendo que para este ano a organização da cerimónia lhe deu instruções rígidas a seguir. “A HFPA (Hollywood Foreign Press Association) avisou-me que se eu insultasse alguém... eles me chamariam definitivamente para o ano”, brincou.
Os Globos de Ouro - que são entregues desde 1944 - são os prémios mais importantes da indústria do cinema depois dos Óscares, servindo como um importante barómetro para estes galardões. Os vencedores são eleitos por um grupo de cerca de cem jornalistas internacionais que trabalham em Hollywood.
Serão a Google e a Apple capazes de mudar a forma como vemos televisão tal como revolucionaram o universo das comunicações móveis?
A forma como vemos televisão deverá começar a mudar a partir de 2012, agora que a gigante norte-americana da Internet e a dona do iPad e iPhone estão decididos a lançar os seus próprios modelos de smart TV.
Se é verdade que até ao verão a maioria das televisões à venda nos EUA já terão instalado o Google TV - que permite aceder à Internet e instalar 150 aplicações desenvolvidas à medida dos internautas-telespectadores -, não será menos verdade que a Apple estará a construir o seu próprio aparelho de 55 polegadas, com o design e a facilidade de uso que caracterizam os produtos com a marca da maçã.
Até ver, tudo indica que a Google segue na frente. Esta semana em Las Vegas, EUA, naquela que é considerada a maior feira de eletrónica de consumo do mundo, a CES , a tecnológica coreana LG apresentou a primeira smart TV com uma interface Android, o sistema operativo mais usado em nos telemóveis de última geração.
Deverá ser por aqui, isto é, através do recurso a interfaces bem conhecidas que possam proporcionar aos telespectadores uma experiência mais interativa, que estes poderão despertar para as smart TV.
Interatividade procura-se
Para o especialista em tecnologia Nic Newman, citado pelo "The Independent", "as smart TV não estimularam o grande público em 2011, em parte por não proporcionarem experiências interativas".
Os Jogos Olímpicos (que a BBC irá cobrir com 24 canais de vídeo adicionais) e o Europeu de futebol, ambos agendados para o próximo verão, deverão impulsionar a aquisição deste tipo de aparelhos, pelo menos no Reino Unido, onde 10% dos consumidores já têm uma smart TV. Então e a Apple?
A empresa criada por Steve Jobs, que antes de morrer disse ao seu biógrafo Walter Isaacson que sonhava criar um "televisor integrado", também estará a tratar de tornar realidade a vontade do co-fundador.
Uma equipa liderada pelo designer Jonathan Ive (um dos principais responsáveis pelo sucesso do iPod), já estará a construir o protótipo que deverá ter um ecrã multitoque e um sistema de reconhecimento de voz semelhante ao Siri do iPhone 4S.
No futuro, Nic Newman acredita que as estrelas do pequeno ecrã verão o seu mundo tomado de assalto por empresas como a Google a Apple que irão criar uma nova forma de ver televisão.
O fim do sinal analógico e a transição para a Televisão Digital Terrestre, que começa a 12 de Janeiro e acaba a 26 de Abril, não podia calhar em pior altura. Muitos dos portugueses que não têm televisão por cabo e compraram o seu aparelho antes de 2009 - geralmente os que têm menor folga financeira, onde se incluem muitos idosos - terão de pagar um aparelho descodificador. São 77 euros mais IVA, com reembolso de 22 euros pela PT para os pensionistas com menores rendimentos e algumas pessoas mais desfavorecidas. Uma coisa chocante para os senhores da ANACOM: 55 euros é muito dinheiro para quem tenha reformas abaixo dos 300 euros ou para quem esteja desempregado. Pior: quem tenha um televisor sem tomada de interface SCART ou HDMI terá mesmo de comprar uma televisão nova ou um modulador de sinal RF, não comparticipado. E não podemos esquecer todos os que vivem nas zonas não cobertas pela TDT (cerca de 13% da população) que terão de de usar o satélite.
Não ponho em causa as vantagens da TDT para a modernização do sector. Mas elas não se farão sentir, de forma evidente, para a maioria dos consumidores. O sinal poderá ser melhor mas continuarão, apesar da despesa, a ter direito aos mesmíssimos quatro canais do costume.
Se a transição tecnológica não traz serviços novos e relevantes porque têm de ser os cidadãos a pagá-la? Parece, a quem tenha alguma noção das situações dramáticas que se vivem, no meio desta crise, por este país fora, que esta é uma despesa prioritária para as famílias? Se obrigam as pessoas a isto não seria normal darem-lhes qualquer coisa em troca? Um exemplo: se já pagamos a RTP nos nossos impostos não seria uma boa solução aproveitar as potencialidades da TDT e oferecer no pacote gratuito os restantes canais da televisão pública? Porque temos de pagar duas vezes (nos impostos e na subscrição por cabo) a mesma coisa?
Vai nascer um novo canal de televisão por cabo e um dos seus rostos é Carlos Cruz (Rui Gaudêncio)
Não sabe quanto lhe vão pagar. Aceitou sem pensar nisso. Por saudades. Pelo prazer de fazer televisão. E também porque enfrentar as câmaras é uma forma de passar a imagem que quer que tenham de si neste momento: “Estou tão tranquilo que aceito olhar para a câmara, sabendo que do lado de lá estão pessoas a ver-me. Aceito o debate.”
Vai nascer um novo canal de televisão por cabo. E um dos seus rostos é Carlos Cruz. Há um ano foi condenado a sete anos de prisão por abuso sexual de crianças. Recorreu da sentença e espera pelo resultado que deverá ser conhecido no início de 2012. O apresentador que gosta “de ir ao fundo da alma das pessoas”, conhecido como “Senhor Televisão”, diz que não pensa muito na reacção do público. Numa entrevista à Pública, feita por Andreia Sanches e com fotografias de Rui Gaudêncio, fala do seu regresso e conta como tem sido a sua vida desde que foi julgado.
Tem lutado para fazer passar a imagem de que está inocente. Este regresso à televisão é mais uma forma de afirmar inocência?
Todos os meus actos que se possam encaixar na normalidade da vida de um cidadão são naturalmente um manifesto de inocência. Agora, isto não é um projecto que esteja desenhado para eu gritar a minha inocência. Aliás, é um projecto onde não se falará do processo. Não vou discutir o processo Casa Pia.
Qual acha que vai ser a reacção do público?
Não penso muito nisso. O que eu vou fazer é o meu trabalho o melhor que souber, com a entrega total, como sempre fiz, tendo noção de que estou a ser visto e observado por milhares de pessoas – no mínimo, milhares. Tenho perfeita noção do país onde vivo e de que há dois grandes grupos na sociedade portuguesa: as pessoas com preconceitos e as pessoas sem preconceitos.
Outros destaques que podem ser lidos na revista Pública, nas bancas com o PÚBLICO de domingo e na edição online exclusiva para assinantes:
— A eleição de Leila Lopes a Miss Universo e as manifestações de jovens em Luanda foram as melhores notícias sobre Angola nos últimos tempos, diz o investigador e cronista angolano António Tomás. Mas o orgulho nacional também passa pelas selecções de andebol feminino ou basquetebol, a arte contemporânea emergente e alguma música e cinema. Num trabalho de Ana Dias Cordeiro, questiona-se se os ganhos da actual projecção dourada do país irão beneficiar aqueles que mais precisam.
— Há uma nova rapariga de ouro em Hollywood, chama-se Emma Stone. O que a torna fascinante, explica Francisco Valente, vai para além dos estereótipos de beleza da indústria: a actriz de 22 anos tem não só uma rara personalidade e humor, mas um verdadeiro talento que dá brilho aos filmes em que participa. E já tem a bênção de Bill Murray.
— Jim Pressler parece não envelhecer. Dão-lhe 40 anos quando afinal tem 62. E nada de cabelos brancos. Serão os genes? Bons hábitos de estilo de vida? Os peritos analisam tudo o que faz este homem para manter a saúde e o bom aspecto e sugerem que todos façamos um esforço. Talvez assim retardemos o envelhecimento.
— Na secção Miúdos, Rita Pimenta lembra que falta pouco para o Big Bang, Festival Europeu de Música e Aventura para Crianças, no Centro Cultural de Belém (14 e 15 de Outubro). Madalena Wallenstein, da Fábrica das Artes, espera que seja uma “experiência profundamente artística” e Fernando Mota, que abrirá o festival com o espectáculo “Motofonia”, convida todos para uma viagem sonora.
Antes do final do ano a consola Xbox 360, da Microsoft, vai permitir a visualização de conteúdos televisivos
O anúncio foi feito pela empresa, que referiu estar a preparar o lançamento do Xbox Live, um sistema online para a área do entretenimento que irá permitir aceder a conteúdos de mais de 40 produtores de televisão através da Xbox 360.
«O dispositivo permitirá aos utilizadores ver a suas séries de televisão e ouvir as suas músicas favoritas, e aceder, de forma fácil, a conteúdos de vários fornecedores, bem como interagir com esses conteúdos», referiu Frank X. Shaw,vice-presidente da área de comunicação da Microsoft.
Entre os conteúdos a ser disponibilizados estão programas de canais como Bravo, Comcast, HBO GO, Verizon, BBC, Telefónica, Televisa, ZDF e Mediaset.
O lançamento que está previsto para o Natal ocorrerá em vinte países.
Recomeçou o programa dos segredos da TVI e parece não haver segredo em relação à saloiice que continua a caracterizar a "casa mais famosa do país" (e aparentemente um dos bares de alterne com mais metros quadrados da europa). Do pasteleiro musculado (aliás toda a fauna masculina parece ter sido alimentada a papas de creatina) ao tipo do rancho folclórico, da rapariga que se orgulha de ter traído tudo o que é namorado que sentou à mesa dos papás (almoços em que adora debater a arte de "fornicar"- "especialmente quando há convidados") - à stripper com dois litros de implantes mamários (parte dos habitantes dos pastos açorianos devem morrer de inveja) e 1 mililitro de massa cinzenta. Do rapaz humilde e virgem que fazia furor entre as ovelhas todas da terra ao "garanhão" com a mania que é poeta mas com o QI de um javali.
Surpresa: a stripper é afinal ex-namorada de um dos pasteleiros, que aparentemente não sabia que a ia encontrar desta forma, choroso que está desde que esta o decidiu trocar por parte da corporação de bombeiros do barlavento algarvio. Para finalizar todos dizem procurar um futuro na representação? Perdão? Alguém é capaz de explicar a este grupo que a representação não é uma espécie de fungo que se apanha à beira da piscina num pré-fabricado da Venda do Pinheiro?
Não me venham com a desculpa habitual de que só vê o programa quem quer. As pessoas vêem este nojo porque ele está disponível e a inabalável verdade é que o ser humano adora contemplar a desgraça. De preferência a alheia. Os portugueses adoram dissecar acidentes. Observar a chapa amolgada e o sangue. De tal forma que se provocam filas só para ver um toque entre dois veículos. E olhar para um incêndio e a fazer comentários? - " Epá este é dos grandes - sim senhor"? Horas no Zoo a ver os macacos fazerem imbecilidades... E gastar dinheiro em revistas que falam da ex-mulher do médico dos obesos que andava enrolada com o motorista? Então qual o motivo válido para não gostarem de assistir a esta malta a expor a sua vida, as suas debilidades, a sua profunda ignorância, 24 horas por dia, 7 dias por semana?
E agora? Vamos deixar de prevenir incêndios, pôr de parte a prevenção rodoviária e levar com esta imundice em formato televisivo não criticando só porque há quem goste? Não.
A ERC, uma entidade que não se percebe bem para que serve mas que já fazia alguma coisa em relação à lixeira em que se está a tornar a televisão em Portugal, está à espera de quê? A educação de um povo não passa por aquilo que lhes é transmitido? A televisão não é hoje um meio fundamental na educação dos cidadãos? Os operadores televisivos neste momento são uma espécie de selva em que quase tudo é permitido, o limite são as audiências ou falta delas. 80 Mil desocupados candidataram-se a este programa e a TVI parece ter escolhido o azeite que escorria pelas folhas de inscrição. O lixo, a ignorância, a estupidez, a idiotice e a promiscuidade triunfam. Resumo: o povinho quer-se estupido e bacoco. Quanto mais ignorante, saloio e entretido melhor. E Portugal teima em não acordar do estado comatoso em que se encontra, conveniente a tantos.
Há um Peter Falk de que toda a gente se lembra: o detective de olho de vidro e gabardina amarrotada que, durante quase dez anos, resolveu crimes numa das mais populares séries televisivas de sempre, Columbo.
Há outro Peter Falk de que só os mais cinéfilos se recordam: o actor de composição que fez parte dos lendários filmes independentes de John Cassavetes como Maridos e Uma Mulher sob Influência, ou que foi um dos anjos das Asas do Desejo de Wim Wenders.
O actor, esse, era um e o mesmo. Nova-iorquino nativo, filho de imigrantes de Leste, Peter Falk morreu quinta-feira na sua casa de Beverly Hills, aos 83 anos. Teve o seu último papel no cinema em 2009, após uma carreira de mais de 50 anos iniciada no teatro e na televisão quando se aproximava dos 30 anos de idade.
A sua carreira não arrancara mais cedo devido ao que viria a ser uma das "marcas registadas" do tenente Columbo: o olho de vidro. Não era maquilhagem: Falk perdera o olho direito aos três anos na sequência de um tumor maligno, o que levou produtores a fechar-lhe primeiros papéis em produções de Hollywood. Mas a sua interpretação do gangster nova-iorquino Abe Reles em Murder, Incorporated (1960) valeu-lhe uma nomeação para o Óscar de actor secundário e lançou a sua carreira de actor de composição, que lhe trouxe nova nomeação para o Óscar (Milagre por um Dia, 1961). Entre a sua filmografia estão clássicos de culto da comédia americana como Um Cadáver de Sobremesa (1976); Por Favor Não Matem o Dentista (1979); um dos mais aclamados filmes de autor dos anos 80, As Asas do Desejo (1987); e três filmes do seu velho amigo John Cassavetes, Maridos (1970), Uma Mulher sob Influência (1974) e, numa curta participação, Noite de Estreia (1977).
Foi na televisão que Falk se tornou numa vedeta global ao aceitar o papel do tenente Columbo da polícia de LA, detective cuja aparente distracção escondia um modo peculiar de resolver crimes, num telefilme de 1968. O primeiro episódio da série foi para o ar em 1971, e Columbo continuou no ar, primeiro, regularmente, até 1977, e depois em telefilmes esporádicos entre 1989 e 2003, valendo-lhe quatro Emmys. É ainda hoje uma das séries americanas mais populares de sempre em todo o mundo.
Em 2007 foi-lhe diagnosticada a doença de Alzheimer.
Cocas e companhia estão de volta. No novo filme, o famoso grupo de marionetas contracena com atores de carne e osso.
O famoso grupo de marionetas 'Os Marretas ' (The Muppets Show) regressa em novembro com um filme onde bonecos contracenam com atores de carne e osso.
Em 'The Fuzzy Pack', os Marretas reúnem-se com a ajuda de três fãs, para salvar o seu antigo estúdio. Amy Adams, Emily Blunt e Jason Segel são alguns dos atores que entram na película.
Logo no primeiro dia de Maio, a SIC estreou Peso Pesado, o formato português do sucesso norte-americano Biggest Loser - onde candidatos obesos lutam pela maior perda de peso. No domingo seguinte, foi a vez de a TVI lançar a resposta à altura com Perdidos na Tribo - um conjunto de celebridades como José Castelo-Branco ou Io Apolloni tenta sobreviver despojado do luxo ocidental, perdidos no meio de uma tribo na Namíbia ou na Etiópia. E, nesta guerra de televisões onde o reality show é a arma principal, nem a RTP quis ficar de fora.
Também no domingo a RTP1 estreou o Último a Sair. Há concorrentes entre os quais estão os actores Bruno Nogueira, Rui Unas ou Gonçalo Waddington, e cantores como Luciana Abreu ou Roberto Leal. E há dois apresentadores: o actor Miguel Guilherme (a quem os concorrentes, por vezes, chamam "Teresa" ou "Júlia", numa alusão às apresentadoras deste formato) - que se estreia neste papel aos 52 anos, e Luís Pereira de Sousa (ou "Eládio", para os concorrentes), que regressa à apresentação, onde não estava desde 1993. E há uma casa, um confessionário. E expulsões da casa. Mas o Último a Sair não é um reality show. O que é então, como versa a canção infantil?
"É um programa de humor. Acho que faz todo o sentido enquanto serviço público. Este programa questiona-nos a todos, porque já vimos todos, alguma vez, um reality show, aguça o nosso espírito crítico. Quem o seguir nunca mais vai olhar da mesma maneira para um reality show. E isso é positivo", responde José Fragoso, director de programas da RTP, sobre o lugar de Último a Sair na grelha da TV pública.
Boa aceitação ou falhanço
E sobre o facto de a Entidade Reguladora para a Comunicação Social já ter recebido duas queixas sobre o programa, devido ao vernáculo usado, Fragoso afirma: "Os programas de humor trazem sempre queixas, o que tem a ver com a sua natureza diferenciada".
Bruno Nogueira, autor do modelo a par de João Quadros e Frederico Pombares, contou ao P2 como nasceu a ideia: "Não teve grande ciência. O José Fragoso pediu-me para apresentar um projecto novo a seguir ao Lado B [talk show de domingo à noite que era apresentado pelo humorista]. Lembrei-me que me apetecia algo que seguisse a estética dos reality show, com os aspectos mais sumarentos do género, conflitos e paixões".
E confessa que tinha uma expectativa ténue sobre o que ia ser a aceitação do público em relação ao modelo: "Queremos sempre que corra o melhor possível. Mas achei que ou ia ter uma boa aceitação ou que ia ser um tremendo falhanço".
As audiências não têm sido propriamente animadoras, com um décimo segundo lugar na grelha de audiências da estreia (um share médio de 17,9 por cento comparado com os 41,5 de Perdidos na Tribo, da TVI, ou com os 35,2 de Peso Pesado, da SIC, líderes da tabela no dia). Mas nas redes sociais é o Último a Sair que reina, com mais 50 mil fãs, o dobro dos verdadeiros reality shows da concorrência.
"Acho a ideia brilhante", confessa o crítico de televisão Eduardo Cintra Torres. "E um falso reality show. Não me parece que seja algo que não deva estar no canal público. O humor é livre", acrescenta, criticando, contudo, o facto de o programa se colar de mais ao Big Brother e a mistura de actores com não-actores: "Os que não são actores não representam bem". Mas reconhece que ainda há muito para ver. E aponta Gonçalo Waddington como a personagem que maior expectativa lhe oferece: "É interessante por ser de ruptura.
Para José Fragoso, esta é uma aposta da RTP no humor, género em que o canal tem investido: "O programa faz parte de uma linha da RTP de aposta no humor, com Portugal Tal e Qual, Estado de Graça, com o Herman. Temos uma família muito larga de humoristas, todos capazes de chegar aos vários públicos que os queiram ver. Só não temos os Gato Fedorento. Mas eles fizeram uma opção. O humor é um conteúdo muito importante para a RTP".
E sobre quem será o Último a Sair, guarda segredo: "Sei quem é, mas não posso dizer".
A Televisão Digital Terrestre mais conhecida como TDT possibilita a um grande número de empresas de telecomunicações e de lojas de eletrodomésticos angariar um maior número de receitas. Por vezes estas mesmas receitas são obtidas de forma não clara e com claro ênfase para uma politica menos transparente para idosos e pessoas mal informadas. Este texto permite identificar as escolhas mais acertadas. Antes disso, para saberes como o TDT começou e o que é necessário recomendo a leitura do artigo de TDT no site do Tomé Mendes.
TV digital com 4 canais
Existem duas formas de obter a TV Digital com 4 canais. A primeira comprando um descodificador. Os mesmos estão disponíveis por valores inferiores a 100EUR uma vez ou em alternativa 10.49EUR todos os meses. As duas opções que recomendo são:
Equipamentos ligados à antena atual existente em casa: Shop+ T2000 HD com valor médio de 49EUR a 999EUR e consumo em stand-by de 0.5w ou Sigmatek DVBR-520 HD por 70EUR e consumo em stand-by de 0.6w. Estes dois aparelhos podem ser adquiridos em lojas de informática por todo o país. Este é um valor investido uma única vez. Para aliar a este serviço telefone, consulte o post sobre o Vodafone Casa – a solução mais barata de telefone fixo em Portugal.
Oferta ZON TVCaboapenas para Lisboa e Porto: 4 canais nacionais sem box com cabo coaxial diretamente ligado à TV e apenas para uma tomada (exceto se já houver instalação anterior, caso contrário é cobrado 25EUR por tomada adicional) com telefone ilimitado rede fixa e 50 destinos internacionais à noite e fim de semana todo o dia por 10.49EUR. Cobram 25.60EUR de instalação inicial.
TV digital com mais canais
No caso de ser uma casa que tenha cobertura GPON do Grupo PT torna-se vantajoso a nível tecnológico usar o MEO. O produto mais barato sem box’s são de 24.99EUR com 70 canais ou 32.19 com 80 canais e telefone ilimitado nacional e internacional para 50 destinos apenas à noite todos os dias. Na Clix também existe o pacote de 90 canais com chamadas ilimitadas para a rede fixa nacional por 31.99EUR.
No caso de não existir cobertura, a opção deve ser o pacote da ZON TVCabo denominado de TALK+HD com 102 canais e chamadas ilimitadas (no site não foi possível verificar condições internacionais) por 32.19EUR.
Estas foram as melhores opções. Continuamos nós, o grupo de pessoas mais atentas, sem saber como é que a Cabovisão continua distanciada destas necessidades e a Clix continua com preços acima da média. A decisão é fácil: mudar com o vento ou ser levada com o vento.
O primeiro canal de televisão português dedicado à cultura e criatividade, estreia na segunda-feira na posição 180 da grelha digital da Zon, com seis horas diárias de programação, foi hoje divulgado pela OSTV.
A empresa, sedeada no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, venceu em 2010 o Prémio Nacional das Indústrias Criativas Unicer/Serralves, precisamente com o projecto de lançamento do primeiro canal de televisão colaborativo e interactivo na área da cultura.
Pensado numa lógica 'low cost', o canal 180 tem uma equipa de dez pessoas, nenhum estúdio, câmara de filmar ou apresentador, e assenta numa lógica de colaboração com as instituições culturais.
«Mais do que produzir uma grande quantidade de conteúdos, queremos procurar, encontrar e atrair conteúdos, criando um contexto qualitativo interessante. Temos uma equipa muito concentrada em criar uma boa experiência de conteúdos mais do que produzir», esclareceu João Vasconcelos, fundador e director geral da OSTV, em declarações à Lusa.
O responsável considera que «não é a captação e produção de novos conteúdos que faz falta».
A necessidade, diz, «é mais a forma» como se agrega, comunica e quais as horas de programação desses conteúdos.
A motivação da empresa é mostrar conteúdos culturais, «que não se conseguem encontrar na televisão», acrescenta João Vasconcelos.
Quando for para o ar, na segunda-feira a partir das 20 horas, o 180 chegará também a outras plataformas - website, Facebook, iPad e iPhone.
O público-alvo do canal tem entre 18 e 35 anos, das classes A, B e C1, e são pessoas «informadas e qualificadas, culturalmente activas, viajantes, artistas, criadores, cinéfilos, melómanos e apreciadores de arte».
A programação prolonga-se todos os dias até às 2 da manhã, incluindo videoclips, um magazine cultural e um destaque diário (que pode ser um documentário ou um concerto, por exemplo).
O magazine «vive muito da colaboração com as instituições» culturais, o que «permite grandes poupanças», refere João Vasconcelos.
«Depois, temos os destaques diários, sobretudo no formato documentário. Alguns são adquiridos, outros fruto de colaboração com artistas ou com marcas comerciais», acrescenta, explicando que o canal se paga «com publicidade».
Os documentários Rip: 'Remix Manifesto', 'Lusofonia a (R)Evolução', 'Uma na Bravo outra na Ditadura', '12 Histórias sobre John Zorn', 'Inside Outside' e 'We ar moving in' são alguns dos destaques para a primeira semana de programação, dedicada ao tema Revolução.
Sim, um perfeito atrasado mental. Um ser pequeno e mesquinho, e aparentemente incapaz de perceber que há vida para além do futebol, mas que infelizmente ainda nada prova que exista para além da morte. E demonstrando não passar de um ser ignóbil, profundamente ignorante que este "comentador", estéril de inteligência e desprovido de qualquer razoabilidade nas palavras que lhe saíram da boca, parte do corpo que deveria ser encerrada e apenas aberta para nutrição, que esta pessoa achou por bem dizer a seguinte bacorada:
"Eu desejo muito sinceramente que o presidente do FC Porto festeje o próximo título junto daqueles a quem dedicou este" - (Sérgio L. Bordalo, no programa "Debate, transmitido na Benfica TV)
Como se sabe Jorge Nuno Pinto da Costa dedicou o título de campeão nacional 2010/2011 a Pôncio Monteiro, falecido em Dezembro de 2010, e a José Maria Pedroto, falecido em 1985.
Quis o desconhecido Bordalo - que nem o mais acérrimo benfiquista reconheceria na rua até este dia, e de forma supostamente inteligente mas que os maneirismos denunciam o pouco à vontade gritante e uma imbecilidade latente, que Pinto da Costa estivesse morto num próximo título do FC Porto. Ou seja, para o ano se tal acontecer. Ora isto não é ser adepto, comentador, nem sequer cego ou faccioso, é ser um verdadeiro cretino.
Desejar a morte a uma pessoa,independente da sua posição, clube, convicções, amores e ódios que desperte não deixa de ser uma atitude lamentável de quem abre a boca na televisão pago por um clube, mesmo que seja para dizer normalmente um chorrilho de disparates - como alguns benfiquistas atestam ser o caso do pequeno bordalito.
É assustador que a ERC não se pronuncie sobre esta matéria, que nada tem a ver com futebol, com o Benfica ou Porto, mas com um comentador de um pasquim em formato televisivo que se dedica exclusivamente a este tipo de transmissões e conteúdos para a malta do garrafão. Ou muito me engano, ou este senhor Bordalo ainda vai parecer o badalo de um sino às mãos de algum mais atravessado. Depois não se queixe meu caro amigo. Quem semeia ventos...
Vejam o vídeo. Execrável. Lamentável. Qualquer benfiquista, portista e desportista sério, qualquer pessoa honesta só pode repudiar uma estupidez deste tamanho.
A população mais carenciada vai beneficiar de um programa de apoio do Governo, que prevê a aplicação de mais de 10 milhões de euros na comparticipação de aquisição de descodificadores do sinal de Televisão Digital terrestre (TDT), anunciou esta terça-feira, em Alenquer, o administrador da ANACOM.
"Está previsto que 50 por cento do valor do descodificador sejam subsidiados até um máximo de 22 euros", adiantou Eduardo Cardadeiro à margem de uma sessão de esclarecimento à população, em Alenquer, uma das três zonas piloto do país escolhidas por problemas técnicos existentes.
O preço de venda dos descodificadores no mercado situa-se entre os 35 e os 200 euros. O programa de apoio abrange pessoas que beneficiam do Rendimento Social de Inserção, reformados e pensionistas com rendimentos até 500 euros mensais, pessoas portadoras de deficiência que tenham acima dos 60 por cento de capacidades reduzidas ou instituições consideradas de valia social.
Domingo, dia 3 de Abril, às 20h30. Esta é a data e a hora de arranque do grande jogo, entre Benfica e Futebol Clube do porto, que pode decidir (já) o campeão nacional de futebol, época 2010/2011.
Numa partida que se espera quente, no Estádio da Luz, a equipa do Porto pode festejar a conquista de mais um campeonato. O jogo é transmitido na SportTV1. No estádio, em casa, mas também nas cervejarias e restaurantes, tudo está a ser preparado para uma noite animada e, quem sabe, de celebração.
Escape.pt faz o roteiro dos melhores restaurantes para festejar o título, ou pelo menos, para ver a bola e petiscar! Insira os seus comentários e as suas sugestões sobre os melhores locais onde ver a bola e (talvez) festejar o título!
Escrevi aqui, e não pretendo retirar uma única vírgula ao que disse, que levar os "homens da luta" ao festival da canção na Alemanha é mais ou menos como ir correr as 24 horas de Le Mans com um símio ao volante. O Festival da Canção vale o que vale, e até pode valer pouco hoje em dia, admito. É uma espécie de resquício dos tempos em que acordávamos ao fim-de-semana às 7:30 e tínhamos de levar com o 70x7 e com o simpático Engenheiro Sousa Veloso no TV Rural antes de chegar o material bom, o animado, aquilo que fazia as crianças levantarem o pandeiro da cama mesmo em dias gelados de Inverno.
Tempos em que a novela "Pantanal" era transmitida de madrugada porque a "Juma" - que virava onça - aparecia desnudada, os habitantes da fazenda local suspeitavam que "Jove" - acabado de chegar do Rio - era "frosô" (veado) porque usava talheres às refeições e "Maria Broaca" - uma ninfomaníaca que viva nas margens do rio amazonas - andava a trair ao marido com um peão de boiadeiro, farta que estava da besta que "não lhe dava a assistência devida".
Mas não é por algo estar completamente desfasado e sem a qualidade e importância no panorama televisivo que o Festival da Canção deve ser automaticamente desconsiderado e sujeito ao envio de qualquer coisa, por muito má que seja, para nos representar. Já chega as tristes figuras que andamos a fazer na Europa. Estava na altura de parar de nos comportarmos como os parolos que vêm lá do refugo da europa à beira-mar-plantado para entreter os demais parceiros com as suas saloiices. Para isso já chegaram as várias tentativas de Inglês e Espanhol técnicos por parte do Primeiro-Ministro demissionário, com o mesmo número de espalhanços.
Foi por isso que constatei que no meio dos homens da luta há uma mulher que salva um bocadinho a coisa musicalmente, já que aquilo é uma verdadeira lástima. Chama-se Celina da piedade, é vocalista e intérprete do cinema ensemble de Rodrigo leão e ainda uma exímia acordeonista. Resumindo: nem tudo está perdido. Valha-nos a Celina e o seu acordeão. É uma pena não ir sozinha representar-nos. Grande Celina! Ouçam-na um bocadinho...
José Pacheco Pereira parece viver num mundo à parte, numa realidade muito própria e diferente da dos demais que o rodeiam. Com a esquerda no coração mas sentado confortavelmente à direita e habituado que está a fazer o ponto-contraponto daquilo que o próprio selecciona, parece por vezes esquecer-se que há mundo para além das suas próprias barbas. E que nesse mundo "distante" vivem pessoas que têm o direito de expressar a sua angústia, a sua livre opinião, fartas que estão de conversa fiada para boi dormir e alguns ganharem uns cobres. Como nem todas têm a "sorte" de ter um programa de televisão para o poderem fazer sem contraditório, escolhem o sítio mais democrático que existe para manifestarem o que lhe vai na alma: a rua - dispersas nas praças por esse país fora.
Ora como José Pacheco Pereira seria mais um dos que achavam, do alto do majestático pedestal de pseudolíderes opinativos cá do burgo, juntando-se a outros como Miguel Sousa Tavares e afins, que esta manifestação seria um total e rotundo flop, sem organização, sem ideias, sem ordem ou rumo, sem qualquer sentido. Ora meus amigos "metam uma rolhinha" como diz o povo, e desculpem a brejeirice, mas desta vez merecem. A azia é um prato que se serve frio. É como a saladinha de polvo ensalsada. E ontem ao jantar o Rennie deve ter sido prato do dia para muita gente.
Sábado, por volta das 17:00 horas, Pacheco Pereira apercebeu-se que afinal Portugal é um bocadinho maior do que um estúdio de televisão, pelo menos umas 300 mil vezes maior, e decidiu por isso atirar-se à comunicação social que fazia a cobertura do protesto, já que sobre o protesto pouco poderia dizer, as imagens que o deveriam estar a atormentar e exasperar falavam por si:
O espantoso relato "jornalístico" da manifestação de hoje "em directo" pelas televisões e nalguns jornais que se dizem de "referência", mostra como o jornalismo português está a milhas de qualquer deontologia básica da informação e de qualquer critério mínimo de qualidade profissional. Alguém faz sequer nas redacções uma vaga ideia de como nenhuma televisão (e jornais) sérios em todo o mundo faria isto? Hoje voltou-se ao PREC e aos comícios em directo. Hoje a televisão de Hugo Chávez foi o padrão do "jornalismo" português. JPP - "Abrupto" (blogue)
Atentem na frase: "Alguém faz sequer nas redacções uma vaga ideia de como nenhuma televisão (e jornais) sérios em todo o mundo faria isto?"
Claro que não caro José. Nenhuma televisão ou jornal portugueses sabiam efectivamente o que estavam ali a fazer. É tudo gente pouco séria. Pelos vistos nem sequer a estação para a qual o José trabalha fez uma cobertura isenta. Só mesmo o José Pacheco Pereira saberia a melhor maneira de cobrir este protesto. Acho até que deveriam abrir uma escola de jornalismo de elite chamada "Nova Escola Superior de Comunicação Social José Pacheco Pereira". E o José deveria ficar encarregue da unidade curricular "Acompanhamento de manifestações e protestos como deve ser".Enfim, haja paciência para aturar ministros da propaganda sem cadeira.
A cantora transexual Dana International, que venceu o Festival Eurovisão da Canção em 1998, vai voltar a representar Israel, o seu país, na festa de música popular europeia mais famosa da televisão.
A artista, que também participou no festival em 1995 e que compôs a sua própria canção para a edição de 2008, volta a dar voz a Israel em Maio, em Dusseldorf (Alemanha), com a canção Ding, Dong.
O tema foi escrito e composto por Tzvika Pik, que também colaborou com o êxito de 2008, Diva.
Dez anos antes, quando venceu a Eurovisão, Dana tornou-se no primeiro transexual a participar no concurso europeu.
Parece que sim. Pelo menos é o que Paul Ekman diz. Quem é Ekman? O maior especialista nesta área, psicólogo americano que estuda as expressões faciais e linguagem não verbal há mais de 50 anos. É nas suas descobertas que se baseia a série da Fox "Lie to Me", com Tim Roth na pele de Dr. Cal Lightman, um Paul Ekman mais novo e com sotaque britânico.
O argumento da série gira em torno do Lightman Group, cujos serviços são contratados pelas forças policiais e sociedades de advogados que querem apanhar mentirosos. Lightman e a sua equipa, especialista na leitura das expressões faciais e linguagem não verbal, nunca se enganam e, através de uma quase invisível contracção facial ou de um piscar de olho involuntário que filmam e observam em repeat, descobrem quem mente e quem diz a verdade.
Apesar de ser consultor da série, o especialista americano avisa no seu site oficial: "A forma como o Lightman Group descobre as mentiras é baseada nas minhas investigações. No entanto, e uma vez que se trata de uma série de ficção e não de um documentário, Lightman não se preocupa tanto em interpretar comportamentos, como eu. Na série, as mentiras são descobertas de forma mais certeira e rápida do que na vida real." Mas antes que pense que é tudo uma grande mentira, Ekman garante: "A maioria das coisas que vê na série é baseada em estudos científicos."
Apanhar um mentiroso
Se pertence ao grupo de espectadores que se tornou muito mais apto a detectar mentiras graças a "Lie to Me", é melhor repensar esse dom recentemente adquirido.
Timothy Levine, professor no Departamento de Comunicação da Universidade de Michigan State, EUA, e doutorado em psicologia, é o autor do estudo "The Impact of ''Lie to Me'' on Viewer''s Actual Ability to Detect Deception" ("O Impacto de ''Lie to Me'' na Capacidade dos Espectadores em Detectarem a Mentira") publicado da revista "Communication Research" a 17 de Junho de 2010.
Um estudo sobre televisão e violência em crianças que frequentam o ensino primário revelou que quase metade das inquiridas já assistiu a um programa com «bolinha vermelha» e que a esmagadora maioria viu violência no pequeno ecrã.
A investigação Agressividade e violência em ecrãs e na vida real - atitudes e intenções em crianças do 1º ciclo foi realizada por finalistas do Mestrado Integrado de Medicina, na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa: Hélder Nogueira, João Ferreira, João Theriága, Paulo Santos, Ricardo Leite e Sara Vidal.
O estudo, coordenado pelo pediatra Mário Cordeiro, baseou-se num inquérito a que responderam 165 crianças de uma escola pública do primeiro ciclo do ensino básico de Lisboa e demonstrou «uma relação entre determinadas preferências televisivas e algumas variáveis como o sexo, ter televisão no quarto, auto-percepção de se ficar mais violento por ver TV ou padrão de intenção agressivo perante adversidade ou frustração».
O documento, a que a Lusa teve acesso, refere que quatro em cada cinco (81,2 por cento) inquiridos já tinham visto algo violento na televisão e que praticamente metade (43,6 por cento) assumiu ter visto um programa com «bolinha vermelha».
Este é «um dado importante e que deverá suscitar alguma preocupação», escrevem os autores.
Praticamente todas as crianças (93,3 por cento) revelaram ter contacto frequente com a televisão e, quando questionadas sobre o aspecto que mais lhes agradava no herói de desenhos animados, mais de um terço (38,9 por cento) elegeu a característica de«salvar os inocentes», principalmente as raparigas.
Os rapazes preferem os «super poderes tão fixes que destroem tudo com estilo» e ainda o facto de os seus heróis de desenhos animados andarem «à luta com os maus». Os investigadores identificaram, por isso, «uma preferência do sexo masculino por comportamentos considerados violentos ou pelo menos mais agressivos».
A grande maioria das crianças (85 por cento) considerou «não ficar mais violenta por ver televisão» e, destas, 79 por cento consideraram que os amigos também não ficavam mais violentos.
A maioria das crianças (cerca de 62 por cento) afirmou ter restrições estabelecidas pelos pais quanto aos conteúdos da programação televisiva.
Cerca de metade (47,3 por cento) das crianças afirmou ter televisão no quarto e são mais estas que vêem programas como Wrestling,Morangos com Açúcar ou Casa dos Segredo», tendo os autores assumido que estes não são programas adequados ao grupo etário em questão.
«Este resultado parece sugerir que a presença de televisão no quarto poderá facilitar o visionamento de alguns programas globalmente considerados não próprios para estas idades, comparativamente às crianças que não têm televisão no quarto», lê-se no estudo.
Inquiridas sobre a sua reacção quando são contrariadas pelos pais - em termos de não poder jogar em consolas ou no computador - as crianças responderam maioritariamente que tentavam convencê-los ou, numa proporção ligeiramente inferior, que se resignavam e não agiriam em relação a isso.
Ao analisar os resultados estratificados por sexo, verifica-se que na opção mais escolhida - «partes tudo lá em casa» - a quase totalidade das crianças que optaram por esta resposta são do sexo masculino.
Depois de se ter enganado a cantar no hino na final do Super Bowl, Christina Aguilera volta a ser protagonista de um momento embaraçoso. Na cerimónia dos Grammy, que ocorreu a noite passada, a cantora norte-americana caiu no palco durante a actuação.
A cantora, que juntamente com Jennifer Hudson, Yolanda Adams, Martina McBride e Florence Welch cantou um tema para homenagear Aretha Franklin, necessitouda ajuda das suas colegas para se manter em pé e continuar a performance.