Sexta-feira, 13.01.12
A Via Láctea vista a partir da Terra
A Via Láctea vista a partir da Terra (ESO)
Branca, como as neves da Primavera que acabam de cair, quando bate a luz da primeira hora da manhã ou da última hora do dia. É assim que os astrónomos que identificaram as verdadeiras cores da Via Láctea a descrevem.

Olhar para um objecto quando se faz parte desse objecto é um exercício que apresenta uma série de dificuldades. Quando se quer identificar as cores da galáxia onde se vive, a barreira é enorme. 

“Não só estamos a olhar para a Via Láctea a partir de dentro, mas a nossa visão é bloqueada pelo pó. Só podemos ver cerca de dois milhares de anos-luz em qualquer direcção”, explicou Jeffrey Newman, durante uma apresentação feita durante o 219ª encontro da Sociedade Americana de Astronomia, citado pela BBC News.

Há galáxias de várias cores. Algumas têm cores azuis, indicando que existem milhões de estrelas a formarem-se neste instante. Outras são vermelhas, e estão envelhecidas, sem estrelas a nascer. 

“Para os astrónomos, um dos parâmetros mais importantes é a cor de uma galáxia”, disse Newman à BBC News. “Isso diz-nos basicamente a idade das estrelas da galáxia e até quando é que a galáxia esteve a formar novas estrelas – ainda estão a ser produzidas agora ou nasceram há milhares de milhões de anos?” 

Para conseguir identificar a cor da Via Láctea, Jeffrey Newman e o seu estudante Timothy Licquia utilizaram os dados obtidos no projecto Sloan Digital Sky Survey (SDSS). O SDSS rastreou milhões de galáxias com a ajuda do telescópio do observatório Apache Point, instalado no Novo México, EUA.

Com esta informação, analisaram a propriedade de milhões de galáxias e identificaram as que tinham semelhanças com a Via Láctea em relação ao número de estrelas e ao rácio com que novas estrelas estão a ser formadas. O resultado ofereceu um retrato que valida o nome Via Láctea. 

“A melhor descrição que posso dar [da cor da Via Láctea] é se olharmos para a neve acabada de cair na Primavera, que tem grãos finos, cerca de uma hora depois do amanhecer ou uma hora antes de o anoitecer, iria ver-se o mesmo espectro de luz que um astrónomo alienígena de outra galáxia veria, se olhasse para a Via Láctea”, explicou Newman à BBC News. 

E em termos astronómicos, que significado tem uma galáxia já ter uma cor parecida com o leite? É uma galáxia que ainda produz estrelas mas está “a terminar esse processo”, explicou o cientista. “Daqui a uns milhares de milhões de anos irá ser um local aborrecido, cheio de estrelas de meia-idade a usar o seu combustível e a morrer, mas sem novas estrelas a serem formadas.”

 

Via Público



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Sábado, 27.08.11

 

Descoberto planeta de diamante

 

Novo planeta encontra-se a uma distância de 4 mil anos-luz da Terra e tudo indica que é composto por diamante.

Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/descoberto-planeta-de-diamante=f670105#ixzz1WAQLUmzo
O novo planeta foi descoberto na Via Láctea por uma equipa internacional de astrónomos liderada por Matthew Bailes, professor na Universidade de Tecnologia de Swinburne , em Melbourne, Austrália. 

Localizado a uma distância de 4 mil anos-luz, tudo indica que o planeta é composto por carbono cristalino, ou seja, diamante, e pode vir a chamar-se Lucy.

Aproximadamente cinco vezes maior do que a Terra, o planeta orbita em torno da estrela de neutrões J1719-1438, num movimento de translação com a duração de duas horas e dez minutos.
 
Foi a monitorização da estrela J1719-1438, efetuada por telescópios instalados na Áustrália, Reino Unido e Havai, que permitiu aos astrónomos detetarem a existência deste novo planeta.

 

Planeta feito de diamante

O novo planeta descoberto é composto por uma forma alotrópica de carbono, identificada como diamante, mas a sua aparência real é ainda um mistério. Segundo Ben Stappers, da Universidade de Manchester, "não acredito que a imagem de um objeto muito brilhante seja o que vamos encontrar". 

O planeta descoberto tem aproximadamente a mesma massa que Júpiter, mas esta é 20 vezes mais densa. 

Para além do carbono identificado, é provável que o planeta também contenha oxigénio à superfície, mas a sua densidade sugere que elementos como o hidrogénio e o hélio, que fazem parte de planetas como Júpiter, não estão presentes.


Via Expresso



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