Num telegrama de 2009, a embaixada dos EUA em Lisboa confirma que "a aceitação de um cão de água (pela Casa Branca) iria gerar enorme publicidade positiva" para a administração Obama em Portugal. Clique para visitar o dossiê WikiLeaks
Se queres um amigo em Washington, arranja um cão de água" português, aconselha a embaixada norte-americana em Lisboa, num telegrama de março de 2009 tornado público pela WikiLeaks, sobre o animal de estimação da família Obama.
No telegrama, de 10 de março de 2009, a diplomacia norte-americana em Lisboa confirma que "a aceitação de um cão de água (pela Casa Branca) iria gerar enorme publicidade positiva" para a administração dos EUA em Portugal. |
Reportando que a imprensa está "animada" com o facto de "a família (presidencial) Obama poder estar interessada em adquirir um cão de água português", a embaixada refere que o Turismo do Algarve pretendia oferecer um animal daquela espécie à Casa Branca.
Publicidade positiva para a raça
"Em 1981, o cão de água foi registado no Livro do Guinness como a raça mais rara do mundo. Atualmente, existem mais de quatro mil cães de água registados em Portugal. Os cães de água são bem-humorados, bons com as crianças, não se babam e são hipoalergénicos", explica a embaixada norte-americana em Lisboa.
De acordo com o telegrama, com referência 09LISBON144, Nuno Aires, vice-presidente do Turismo do Algarve, disse que a instituição "tem enfrentado dificuldades orçamentais" e que "se a família presidencial aceitar este presente a publicidade e o interesse esperados 'ajudariam a proteger o cão de água português'".
A WikiLeaks divulgou na quinta-feira na Internet novos telegramas da diplomacia norte-americana em todo o mundo, relativos a Portugal, Angola, Moçambique e Timor-Leste, entre outros países.
Via Expresso
Numa das suas raras aparições em público, Julien Assange esteve presente numa conferência na Universidade de Cambridge onde apontou a Internet como «a melhor máquina de espionagem» de sempre.
De acordo com a edição online do The Telegraph, o fundador do Wikileaks abordou o papel da Internet no mundo actual e defendeu que «não é uma tecnologia que favoreça necessariamente a liberdade de expressão».
O australiano sublinhou que a Internet contribui para permitir uma transparência dos governos e uma melhor cooperação entre activistas, mas frisou também a visibilidade que confere às acções de cada indivíduo.
«Apesar da Internet ter a capacidade de nos informar das acções do governo, (.) não é uma tecnologia favoreça a liberdade de expressão (.) ou os direitos humanos. É antes uma tecnologia que pode erguer um sistema de espionagem quase totalitário, algo que nunca tenhamos visto», observou.
Assange realçou contudo que a Internet pode ser direccionada para outro rumo «se for tomada por nós, pelos cidadãos, pelos activistas, e por todos aqueles que querem um futuro diferente para o mundo da tecnologia».
Se a Internet for utilizada de acordo com a visão do australiano, então «poderá ser algo no qual poderemos depositar as nossas esperanças», acrescentou.
O co-fundador do Wikileaks enfrenta actualmente acusações de abuso sexual, estando a ser investigado pelas autoridades suecas.
Via SOL